ABSTRACT: The article deals with concepts related to literacy and reading, to get to the crucial point of the same that is the question of functional illiteracy in rooms of higher education. From a simple approach aims to demonstrate that although considered one of the levels higher of Brazilian education this holds flaws that it puts in check the quality of education in Brazil.

Thus we have been through concepts and history of functional illiteracy, in order to verify that the difficulties of understanding and interpretation of texts that are presented in rooms of higher education then related to this problem or is the result of an educational system aimed at quantity, not quality, leading to a demand for academics functionally illiterate.

KEY WORDS: Literacy, reading, functional illiteracy.

INTRODUÇÃO

 Inúmeros acadêmicos durante sua formação queixam-se de dificuldades de compreensão e interpretação dos textos ali apresentados, obviamente que nos períodos inicias é compreensível que isto aconteça, considerando que é o primeiro contato dos mesmos com textos mais técnicos, comparados ao trabalhados nas séries anteriores. No entanto nem sempre essas dificuldades podem ou tem relação com a complexidade dos textos mais sim com a capacidade do acadêmico de compreensão.

Muitos usarão a justificativa de que não tiveram tempo suficiente para a leitura, mas a preocupação aumenta em relação aos acadêmicos que fazem a leitura, mais que ainda assim não são capazes de compreender e interpretar os textos apresentados pelo mediador tem então um problema para várias possibilidades, uma delas, é a formação desse acadêmico que implica bastante na maneira como irá se apresenta numa sala de ensino superior, pois se a base do aluno foi falha obviamente que teremos um acadêmico com dificuldades de leitura, de interpretação, em calculo, em tudo que irá exigir dele o que foi dado nas séries anteriores.

Outro problema é bem mais complexo, pois é bastante mascarado pelo primeiro, e o analfabetismo funcional, que pode está relacionado a falta de atenção dos professores e dos pais do aluno ao processo de  ensino aprendizagem do mesmo observação, e a outra ao próprio aluno, que estando em um condição de entendimento, não admitiu tal dificuldade, burlando meios para alcançar aquilo que era pedido pelo professor.

Tendo já exposto as situações, nos prendemos então ao que objetivou esta pesquisa, inicialmente vai se verificar as definições dos termos referentes ao analfabetismo funcional, para enfim expor de que maneira ele interfere no processo de ensino aprendizagem de uma sala de ensino superior, além de desmistificar uma das justificativas mais apresentada pelos acadêmicos em relação à dificuldade de compreensão e interpretação de textos, e  como um ensino deficiente contribui para a formação desses acadêmicos. Para isso fez-se uma pesquisa de cunho bibliográfico, qualitativa e descritiva. Tendo como procedimento metodológico o levantamento de dados através de resumo, resenha e fichamento, fundamentando na linha teórica de Cléa Silvia Biasi Krás, doutora da em Letras pela PUCRS, Mayra Patrícia Moura, pesquisadora da ONG Ação Educativa, e outros. Este se divide em quatro seções, a primeira tem como titulo Alfabetismo, a segunda Leitura, a terceira Analfabetismo e Analfabetismo Funcional e o quarto Analfabetismo Funcional.

ALFABETISMO

A UNESCO em 1958 definia como alfabetizada aquelas pessoas que eram capazes de ler e escrever um enunciado simples relacionado a seu cotidiano. Anos mais tarde, em 1978, a mesma UNESCO propôs a adoção do conceito alfabetismo funcional, que passaria a considerar alfabetizada funcionalmente as pessoas que fossem capazes utilizar a leitura e a escrita dentro do contexto social, e a partir delas continuar aprendendo e se desenvolvendo no decorrer da vida (Soares, 1995).

Deve-se compreender que nas mais diferentes fases da vida dentro de uma sociedade sejam em ambiente familiar, na comunidade, no meio político, a capacidade de compreensão, reflexão e utilização das informações escritas é tida como um processo contínuo que vai desde o conhecimento mais rudimentar como os elementos da escrita, até aos elementos mais complexos, como as operações cognitivas que integra informações textuais complexas com o conhecimento de mundo do leitor.

Dentro do universo do alfabetismo se distingue dois domínios, para fins específicos e pedagógicos, o letramento, que é capacidade de processamento de informações verbais, e o numeramento, que envolve a capacidade de processamento de informações quantitativa, que envolve operações matemáticas.

No Brasil, vem sendo mais empregado o termo letramento, que o próprio alfabetismo, devido ao novo enfoque teórico que privilegia as práticas sociais da leitura e da escrita, contrapondo o enfoque tradicional.

O INAF define quatro níveis de conhecimento, dentro dos quais três estão relacionados com o alfabetismo, que trataremos aqui e um que será tratado em outro momento.

O primeiro nível tratado aqui e segundo na tabela do INAF, é o alfabetismo rudimentar, em que a pessoa é capaz de localizar informações explicitas em textos curtos e familiares, como anúncios e pequenas cartas, bem na área da matemática, consegue ler e escrever números comuns a seu cotidiano e realizar operações simples como manusear dinheiro em pequenas quantias e fazer medidas de comprimento utilizando fita métrica.

O segundo nível é o básico em que são classificadas nesse nível aquelas pessoas que já conseguem compreender textos de extensão média, localizando informações mesmo que essa lhe exija que faça suposições, eles fazem leitura de números na casa dos milhões, conseguem resolver problemas matemáticos que envolvam operações simples, e tem noção de proporcionalidade, suas limitações aparecem quando solicitados para fazer leitura de textos mais longos e resolver operações que envolvam um numero maior de elementos, etapas e relações.

E o terceiro e ultimo nível chamado alfabetização plena, em que são consideradas alfabetizadas plenamente aquelas pessoas que tem o domínio completo da leitura e escrita, sendo capaz de ler textos longos, fazendo análise e relação entre as partes, comparação e avaliação da informação, diferindo fato de opinião, e realizar inferências e sínteses. Nesse nível ela também de domínio da matemática, conseguindo realizar tanto operações simples como as mais complexas, que exijam um maior planejamento e envolvam proporção, porcentagem, calculo de área, alem da capacidade de interpretação de gráficos e tabelas.

Com base nessa tabela, podemos concluir que grande parte de nossos acadêmicos, embora já em um nível avançado de conhecimento não estão inseridos no nível pleno de alfabetização, e isso decorre porque estes na sua maioria das vezes manifestam suas preferências por áreas a partir do ensino fundamental, acarretando ao que muito se tem nas escolas, que são alunos que se identificam com a área de exatas no geral, com dificuldades em outras que não exijam tal domínio, principalmente em Língua Portuguesa, e já estes que se identificam com a área de Letras, Ciências, e assim por diante, apresentam dificuldades em relação à área de exatas.

E isso irá refletir nos bancos das faculdades, universidades, instituições de ensino superior, pois aquele que não se identifica com a área de exatas, buscará áreas que necessitem o mínimo possível desse domínio, e assim sucessivamente, resultando na problemática que temos hoje, em que o professor considera importante que ele tenha domínio somente do que diz respeito a sua área, quando na verdade, ele tem a obrigação de dominar a sua matéria de competência, mais o dever para com o aluno de dominar as outras áreas, pelo menos quando isso for solicitado.

Em uma sala de ensino superior isso se agrava, pois o acadêmico irá buscar se  munir de conhecimento   pertinente a sua área, que foi a que escolheu e que lhe agrada, deixando de lado as que lhe desagrada, e se não houver a conscientização da interdisciplinaridade, o acadêmico pode sim ser considerado um  alfabeto de nível médio. Isso quando não nos deparamos com acadêmicos que apresentam dificuldades de compreensão e interpretação de textos, por fazerem isso de forma isolada, tentando decodificar palavra por palavra, sem considerar que a mesma está inserida dentro de um contexto, revelando assim um acadêmico mal preparado, e possivelmente seria classificado como analfabeto funcional, se não fosse as falhas do sistema educacional brasileira, que empurrando o aluno serie a serie, sem se preocupar com real situação do mesmo.

LEITURA

 Sabemos que para uma pessoa ser considerada alfabetizada funcionalmente, é necessário que a mesma tenha o pleno domínio da leitura e da escrita, sendo capaz de aplicá-las em seu cotidiano, a fim de promover seu crescimento pessoal e social, dentro desse contexto percebe-se a importância da leitura nesse processo, logo se faz necessário que a compreendemos na sua essência.

Smith (1987) Vê a leitura como uma atividade construtiva e criativa, que detém quatro características distintivas e fundamentais, ela é objetiva, seletiva, antecipatória e baseada na compreensão.

Segundo ele sua natureza objetiva é central, não só porque as pessoas normalmente lêem por uma razão, mais porque a compreensão do leitor em relação ao o que lê, só será manifestada através de suas intenções com a mesma, assim se não temos uma finalidade para aquela leitura, ela de nada valerá. É seletiva porque só prestamos atenção em algo quando isto é relevante para nossos objetivos, como a leitura de vários textos, todos indiscriminados, romance, ficção, ou um manual de instrução, será inútil se estamos à procura de um único texto.

Ela é antecipatória por antes mesmo de ler já sabemos o que vamos encontrar, assim nossos objetivos dentro da leitura define nossas expectativas em relação à mesma. E por último ele diz que ela é baseada na compreensão porque a presença constante da possibilidade de ambiguidade, o ato de ler e não o conteúdo, raramente nos deixará confuso.

Tais características se farão presente se bem efetivadas no processo de ensino considerando que o mesmo é fundamentado na leitura, e se faz obrigatório se tratando de ensino superior, no entanto o que temos são inúmeros mediadores das mais diversas áreas do ensino superior apontado dificuldades quanto à compreensão e interpretação de textos, sendo que estes já passaram por um processo de alfabetização.

Schneider (1990, p. 16) diz que ler é compreender, pois a leitura não se efetiva sem a compreensão. Soletrar, decodificar palavras ou frases não chega a ser leitura, se esse processamento de decodificação não for acompanhado da compreensão do significado relacionado com elementos ou estruturas lingüísticas, e é justamente esta compreensão que falta a muitos acadêmicos.   

Se esta problemática está relacionada com a base educacional desse aluno, verifica-se a falha do sistema educacional, que não deu subsidio para a escola, nem para melhor formação do professor, assim temos um círculo vicioso, em que se joga a responsabilidade um para o outro, e nada se faz para mudar a concepção quantitativa vigente. Tendo ainda a posição do professor diante de tal realidade, considerando que o mesmo na sua maioria das vezes não tem formação para isso, pois ainda segue uma cartilha tradicional.

Temos ainda as propostas dos PCNs (1998), que dão ênfase a importância da leitura, não como um processo de decodificação, em que verifica letra por letra, palavra por palavra, mais uma atividade de estratégia, que envolve os mesmos elementos defendidos por Smith aqui já mencionados, trilhando um caminho tanto para professores já formados, como para futuros professores.               

Assim temos mais um item primordial para a formação de um acadêmico crítico, mais que na realidade do sistema de ensino superior deixa muito a desejar, o que impede que tenhamos bons professores que irão trabalhar na formação de novos alunos sem preparo algum, e que embora aja essa proposta dos PCNs, o sistema educacional dificulta a efetivação dos mesmos.

ANALFABETISMO E ANALFABETISMO FUNCIONAL

Segundo o INAF, o termo analfabetismo designa aquelas pessoas que não conseguem realizar tarefas simples que envolvem leitura de palavras e frase, embora uma pequena parcela deste consiga ler alguns números de vido sua familiaridade como numero de telefone, preço, mais de maneira geral são pessoa que nunca freqüentaram o banco de uma escola, e por vezes não sabem escrever nem o próprio nome.

No Brasil, contamos com o registro de dados sobre o analfabetismo desde o final do séc. XIX, que segundo Ferraro (1987), é o mais antigo e constante indicador que dispomos para analisar o nível de instrução elementar em nosso país. E com base nesses dados que se verifico a queda do índice de analfabetismo entre pessoas de 15 anos, no decorrer do séc. XX. De 1920 a1999 esse índice caiu de 65% para 14% entre essas pessoas, segundo o IBGE, 1999.  Um dado mais recente, do INAF (2009), aponta que somente 7% da população brasileira são consideradas totalmente analfabetas.

No entanto com a universalização escolar, em que se ampliou o ensino a todas as camadas sociais, surge então uma nova preocupação, se essa escola é capaz de responder as demandas da sociedade com um processo de escolarização de qualidade. Com isso mais importante que saber o nível de analfabetismo, é saber se essas pessoas ditas alfabetizadas são capazes de fazer o uso efetivo desse aprendizado, não basta saber ler e escrever tem que se aplicar tais elementos em seu cotidiano.

E justamente sob essa visão e a recomendação da UNESCO, que o IBGE passou a divulgar não só o índice de alfabetização, mais também o de analfabetismo funcional, mas o que vem a designar tal termo? O analfabetismo funcional irá designar aquelas pessoas tenham passado por um processo de alfabetização, logo sabem ler e escrever, mais não conseguem efetivá-las no seu dia a dia, em prol de seu crescimento pessoal e social.

Mas o IBGE irá considerar analfabetos funcionais aqueles indivíduos que têm menos de quatro anos de estudo, entretanto critérios desse tipo assentam o pressuposto de que há um patamar pré-determinado de instrução para que o indivíduo ganhe autonomia no que diz respeito à leitura e a escrita, para então torná-las efetivas no decorrer de sua vida, mais é de se questionar que só o nível de escolaridade determine isso, pois sabemos que há muitas outras questões que envolvem o problema, como a qualidade de ensino, o contexto social, e a própria sociedade, quanto a oportunidade de uso presente nos contextos extra-escolares.

Em 2009 dados do INAF revelaram que 68% da população brasileira são analfabetos funcionas, sendo que desses 21% estão no nível rudimentar, e 47% no nível médio. Somando esses dados com o índice de analfabetismo que é de 7%, temos um dado alarmante que é de 78% da população brasileira sem domínio pleno da leitura, o que restam somente 25% de pessoas que estão no nível pleno.

Esses dados se tornam mais graves, quando se verifica a faixa etária dos entrevistados, que entre 15 e 64 anos, concentrando-se principalmente entre os acadêmicos, que Botelho (2010) afirma que muitas pessoas em funções-chave em empresas e instituições de ensino, ocupam esses cargos sem que tenham habilidades de leitura compreensiva, escrita e cálculo para fazer frente às necessidades profissionais e sócio-culturais.

Esses índices altos estão diretamente ligados a deficiência do ensino brasileiro que se apresenta com baixa qualidade, seja ele privado ou público, ao baixo salário dos professores, além de sua desmotivação e desvalorização, a aprovação automática, a falta de estrutura das escolas, principalmente as públicas, e fundamentalmente a falta de hábito e interesse pela leitura dos brasileiros.

Este último é o principal dilema tanto das escolas como das instituições de ensino superior, pois se não temos alunos leitores, como exigir que tenhamos acadêmicos. Se o aluno em sua formação básica está condicionado a uma leitura por obrigação, o que dizer dos acadêmicos que se vêem na mesma posição quando deparados com textos e mais textos teóricos, que por vezes os próprios mediadores relatam ser de difícil compreensão, ou na palavra dos mesmos, leitura “chatas”.

Dentro desse contexto Krás (2010) diz que uma maneira de se amenizar esse grave problema, é nos apoiar nas descobertas das ciências mais avançadas que se ocupam do processamento de leitura. È necessário que se entenda onde estão às grandes dificuldades enfrentadas pelos educandos e por que os educadores não têm conseguido melhores resultados com a proficiência em leitura.

Considerando o que foi colocado sobre analfabetismo e analfabetismo funcional, aponta-se um elemento que difere um elemento do outro, que é justamente a posição educando dentro dos dois contextos, se o classificamos como analfabeto total é porque este não tem as competências necessárias como domínio da leitura e da escrita, principalmente por não terem frequentado uma escola. Diferentemente desses os analfabetos funcionais já passaram por um processo de aprendizagem, mais que devido a falta de efetivação desse aprendizado, como a prática da leitura e da escrita no seu dia, fazendo com que essas pessoas não conseguissem alcançar seu pleno desenvolvimento sócio-cultural e crítico.

Juntando esses preceitos sobre alfabetismo, leitura, analfabetismo e analfabetismo funcional, já temos o suporte suficiente para abordamos o tema deste artigo, que é justamente a presença de pessoas que se enquadra no perfil de analfabetos funcionais.

 

ANALFABETISMO FUNCIONAL E ENSINO SUPERIOR

 

Quando falamos em ensino superior, imagina-se que as pessoas que ali se encontram têm ou pelo menos deveriam ter o pleno domínio da leitura, mais nossa realidade é completamente diferente. Muito se questiona sobre a qualidade do ensino na educação básica, mais poucos se predem a verificar essa mesma qualidade no ensino superior.

Villas Boas (2000) é um que vem desenvolvendo trabalhos de pesquisa nesta área, trazendo para o centro de discussão a maneira como o aluno chega à universidade, a formação do professor universitário, entre outros temas que visam avaliar esse ensino, mais ainda sim não supre a demanda de questionamento dentro dessa área.

Como aqui já citado, Botelho afirma que a presença de pessoas analfabetas funcionalmente em posições que exigem dela o pleno domínio da leitura, é uma dura realidade, e faz com que o sistema educacional Brasileiro, além de ter que lidar ao mesmo tempo com problemas novos e antigos, se temos o analfabetismo em uma ponta, temos na outra o analfabetismo funcional, se por um lado temos que lidar com pessoas que pleno sec.XXI não sabem ler e escrever, por outro, temos que refazer todo um caminho de escolarização.

Sabemos que as regras que regem o ensino superior não é a mesma do ensino fundamenta, tão pouco da educação infantil, mais em certos momentos tanto os professores como os acadêmicos se deparam com situações que remetem a esse período, são alunos que lêem e não compreendem alunos com dificuldades de leitura, principalmente de compreensão e interpretação, daí se joga a culpa no professor, que indicou uma leitura muito complexa, ou que não explicou mais tudo isso só mascara um problema que vem desde o ensino básico, a falta da mesma.

 Chaves (2001), diz que o professor cumpre as obrigações legais da instituição – dar aula, avalia e atribui notas – e o acadêmico na sua maioria das vezes preocupam – se mais em passar na disciplina e conseguir notas do que na qualidade de sua formação profissional., bem como no que ele realmente está absorvendo daquele aprendizado.

E isso refletirá daqui alguns anos nos alunos desses acadêmicos que da mesma forma que foram avaliados e empurrados pra as salas de aula, irão empurrar seus futuros alunos.

A questão do analfabetismo funcional nas salas de ensino superior, não que dizer que todos aqueles que apresentarem dificuldade de leitura, compreensão e interpretação, sejam inseridos nesse contexto, haverá uma parcela que não compreendeu o texto dado porque realmente não leu, e espera que o mediador lhe de respostas prontas, ou ainda aqueles que se apóiam na velha desculpa de falta de tempo, mais isso não abstém tanto o professor como  o acadêmico de reconhecer essa problemática nesse meio. 

 

CONCLUSÃO

 Visto o que foi apresentado, o presente artigo nos faz concluir que as presenças de analfabetos funcionais passam por vários aspectos, mais que o principal deles é a falta de qualidade do sistema educacional.

Assim compreender que Alfabetizar está muito além de ensinar uma pessoa ler e escrever, que é o que as escolas ainda fazem hoje em dia, deixando de considerar a aplicação da mesma na vida desses alunos. Preocupa-se em reduzir o número de pessoas fora da escola, ou que nunca passaram por uma, mas esquecem de qualificar esse ensino, acarretando em numero altíssimo de pessoas alfabetas funcionalmente.

Além dessas, temos que lhe dar com a falta de interesse do aluno, consequentimente do acadêmico, que por vezes não assume as responsabilidades exigidas pelo ensino superior, principalmente em relação a leitura, que embora diga não haver tempo, ele deve sim buscar meio de concretizá-la, pois é fundamental para sua formação, e para de seus futuros alunos.

O analfabetismo e o analfabetismo funcional são pontos distintos, mais que caminham em um mesmo eixo, decorrente de um passado escravista, um presente negligenciado, e um futuro duvidoso, considerando a demanda de alunos que entram e saem todos os anos de escolas publicas e privadas, para um uma sociedade que exige o domínio pleno da leitura e suas aplicações, mais que não lhes oferece um ensino de qualidade. Logo se temos alunos deficientes, estes chegarão ao ensino superior e terão mais deficiência ainda, já que este irá lhe exigir mais.

São visíveis principalmente em instituições particulares, acadêmicos que vão passando de etapa em etapa no ensino, sem ter preparação alguma para chegar a uma sala seja de ensino fundamental ou médio, e repassar o conteúdo com plenitude, visto que esse não o faz nem nos trabalhos de seminário, ou outro qualquer, que exija isso. Assim vai se caminhando em circulo, que só é quebrado por aqueles que realmente se assumem a responsabilidade de educar.

Toda essa realidade pode sofrer mudança a partir do momento que governantes educadores revisem a concepção educacional vigente, deixando de enxergar a educação por números, e passar a vê-la um elemento qualitativo. Obviamente que isso está longe de acontecer considerando que mais e mais projetos surgem com o objetivo de facilitar a entrada desses alunos no ensino superior, não queremos provocar atos discriminatórios, mais sim chamar a atenção para uma problemática que ao ser ignorado, só complica tanto a posição do professor como do acadêmico, mais principalmente dos alunos desses futuros professores.

 


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