1-INTRODUÇÃO

O Presente trabalho propõe-se através de pesquisa bibliográfica e com ações educativas, favorecer a inter-relação entre crianças em idade escolar. Tentando assim diminuir as atitudes e comportamentos agressivos e violentos no contexto familiar, escolar e social das crianças provenientes de famílias de baixa renda.

O comportamento agressivo apresentado por crianças de classe menos favorecida é um assunto bastante discutido por estudiosos e profissionais da educação. Percebe-se que meninos e meninas mesmo considerados “Anjinhos’’ estão a cada dia mostrando-se mais violentos e agressivos com seus colegas seja na escola ou em suas brincadeiras do cotidiano. Essas atitudes e a falta de limites deixam pais e professores e os demais profissionais da escola, principalmente os da escola pública sem saber o que fazer, dando a impressão de que a escola e a família já não dão mais conta de tantas agressões, geradas no contexto dessas crianças. A escola já começa a sentir-se impotente no que diz respeito a esse comportamento fora dos padrões normais mesmo tentando de árias maneiras principalmente trabalhando valores e usando a ludicidade na tentativa de amenizar esses comportamentos.

O meio que a criança vive é um fator que pode vir a influenciar quanto à agressividade e a escola não poderá ficar de braços cruzados sem fazer algo que venha favorecer a socialização e a recuperação de valores, essenciais para que o indivíduo possa viver em sociedade sem causar problemas para si e para os que convivem com ele.

A agressividade das crianças e adolescentes é um tema que preocupa pais, educadores e a sociedade em geral, pensando assim pretendemos, através de ações socializadoras, informativas, apoiar a família, procurando mudar essa realidade que chega a nos assustar. Pretendemos que as crianças aprendam com os adultos que há outra forma de se defender e obter aquilo que desejam. Outrossim, é de grande importância orientar a família, preparar os atores da escola, a se envolverem de forma dinâmica usando estratégias sociais, facilitando assim a mudanças das condutas agressivas das crianças.

Segundo Vygotsky, o homem é um ser social e as condições sócio-culturais o transformam profundamente, desenvolvendo uma série de novos comportamentos positivos.

Enfim, tomando como referencial esse pressuposto, podemos afirmar que a participação mediadora dos professores e dos adultos com os quais as crianças estão envolvidas é de extrema importância, para a mudança de comportamentos agressivos praticados por crianças contra crianças, levando-os a uma conscientização de valores e respeito ao próximo, até porque a criança é um produto do meio e aprende coisa boas e más.

3-REFERÊNCIAL TEÓRICO

Frente à preocupação em ocupar seu espaço na sociedade, o individuo apresenta em média duas características: a preocupação com a especificidade na educação e com a violência, que se manifesta de forma tão freqüente no contexto escolar.

A crescente desestruturação familiar torna cada vez mais frágil o conceito de limite, ética, e responsabilidade social. Como uma resposta natural a toda esta fragilidade a criança apresenta dificuldade de relacionamento.

Segundo Newcombe (1999), encontramos como determinantes de agressividade fatores biológicos, influencia familiar, rejeição dos pais e permissividade. Conforme a autora, a raiva é uma emoção básica sentida desde a primeira infância, essa emoção pode desencadear muitos conflitos internos em crianças, adolescentes e adultos resultando muitas vezes em agressão.

Considerando as constantes variações de comportamentos das crianças no contexto escolar, o professor sente necessidade de buscar subsídios que possam auxiliar-lo frente a esse problema. As constantes manifestações de agressividade, com que a criança convive (familiar, social) contribuem de forma acentuada para a reprodução desse comportamento (Silveira, 2003).

De acordo com Fernandes (2000), a agressividade esta alcançando grandes proporções dentro e fora da escola. Fortes questões como desemprego, moradia, fome, saúde e educação abalam a estrutura familiar refletindo no contexto escolar, pois a criança reproduz o que ela vivencia. Estas questões relacionadas á desigualdade e exclusão social tem conduzido ao crescimento da delinqüência e da violência, quer na sociedade ou no interior da escola. Apesar do sistema educacional mostra-se um tanto inseguro quanto a preparação e a formação destas crianças, a escola ainda é um dos poucos locais onde as mesmas são estimuladas a seguir normas que poderão conduzi-las a um convívio social equilibrado.

Mussem et al (apud, Silveira, 2003) coloca a agressão como comportamento que ofende ou tem o potencial de ofender uma outra pessoa ou objeto. Pode ser um ataque físico (bater dar pontapés, morder) ataque verbal (gritar, xingar, depreciar). Este comportamento nocivo aos outros é considerado agressão, principalmente quando a criança está consciente de sua capacidade de ferir alguém.

Silva, (2003) alerta para as dificuldades nas relações entre professor-aluno e aluno- aluno nas escolas. O crescimento da violência nos espaços escolares apresenta relação com a sociedade, inclusive de fundo emocional.

A criança não tem um código de ética, não sabe o que é ser solidário, quem ensina isso são os pais, diz a educadora Tânia Zagury, autora do livro Limites sem Traumas.

Saber impor limites também é fundamental para domar a agressividade infantil, a falta provoca na criança a sensação de abandono e a ilusão de que pode fazer tudo o que quiser. Os pais muitas vezes tentam a querer livrar seus filhos de toda forma de pressão e terminam por deixar que façam tudo, só que o efeito disso em longo prazo, poderá fazer com que a criança se torne agressiva.

Especialistas dizem que a agressividade manifestada na idade escolar pode evoluir de forma negativa na adolescência, se for tratada com permissividade pelos os pais, pois para entender a agressividade, é necessário olhar um pouco para o desenvolvimento da criança e como ela aprende a se comportar agressivamente.

Por volta dos três ou quatro anos, é bastante comum as crianças apresentarem condutas agressivas em relação aos adultos e as outras crianças para conseguirem algo, esse comportamento é denominado de manipulativo, isto é a criança agride para alcançar determinados fins. Porém se essa conduta persistir por longo tempo poderá se transformar em um problema mais sério na adolescência e na vida adulta, tornando-se preferencial para resolver qualquer dificuldade. Há uma série de condutas dos pais que podem ser chamada de condutas de risco para o desenvolvimento de padrões agressivos das crianças, mostrando claramente que ela não é amada ou que ninguém se importa pelo o lhe possa acontecer. A violência domestica é um fator que pode exercer uma influencia decisiva no comportamento. Crianças que assistem a cenas de violência em casa, ou que são vitimas da violência dos pais, podem aprender que essa forma é uma forma aceitável e normal de lidar com a raiva e com a frustração. Também a escola se não é responsável por desenvolver o comportamento agressivo das crianças, pode contribuir, para o aumento considerável desse padrão. Professor excessivamente autoritário pode desencadear sentimentos de hostilidade em seus alunos.

Um ambiente escolar que estimula a rivalidade e a competição pode gerar nas crianças, ansiedade e dificuldade de integração com o grupo, outra circunstancia em que a escola pode vir a ser um ambiente propicio para o desenvolvimento agressivo, é quando ela não consegue lidar com a criança agressiva. Uma criança assim provoca hostilidade e a rejeição dos colegas e isso pode gerar nela uma atitude defensiva e fazer com que tente se impor aos outros pela a violência, de forma a atingir aqueles o que a rejeitam.

O tema agressividade envolve muitas varáveis, porém é necessário, que, pais e educadores entendam que o comportamento agressivo da criança não surge do nada ele é construído da interação social, portando é de extrema importância conversar com a criança mostrando a ela comportamentos positivos e o envolvimento dos pais e essencial para construção de atitudes amigável. Ressaltamos que, qualquer criança independente da educação que tenha, começa a possuir a partir de uma determinada idade fantasias agressivas que são inatas e instintivas e que surgem aos 2 e 3 anos, estas são visíveis através do brincar, porém tende a desaparecer mas em algumas crianças isso não acontece e estas continuam a revelar-se violentas, agredindo colegas ou mesmo membros da família, levando aos pais sentimentos de impotência, face a situação ficando sem saber como reagir.

Portanto, é preciso buscar reflexões sobre o papel da família e da escola, da sociedade frente a este problema que se agrava em grande dimensão, a escola e professores precisam entender exercer seu papel social comprometendo-se de fato com a transformação do ser em desenvolvimento.

O comportamento agressivo apresentado por crianças de classe menos favorecida é um assunto bastante discutido por estudiosos e profissionais da educação. Percebe-se que meninos e meninas mesmo considerados “Anjinhos’’ estão a cada dia mostrando-se mais violentos e agressivos com seus colegas seja na escola ou em suas brincadeiras do cotidiano. Essas atitudes e a falta de limites deixam pais e professores e os demais profissionais da escola, principalmente os da escola pública sem saber o que fazer, dando a impressão de que a escola e a família já não dão mais conta de tantas agressões, geradas no contexto dessas crianças. A escola já começa a sentir-se impotente no que diz respeito a esse comportamento fora dos padrões normais mesmo tentando de árias maneiras principalmente trabalhando valores e usando a ludicidade na tentativa de amenizar esses comportamentos.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

DIAS. A.R. Agressividade Infantil. Disponível em: www.anaritadias.blogspot.com, acesso 29/09/2008.

FERNANDES, J.V. Globalização excludente indisciplina e violência na escola. 2001. Disponível em: www.educação.te.pt. Acesso 02/08/2007.

JORNAL DO BRASIL. Como Domar a Agressividade Infantil. Disponível em: www.jbonline.terra.com, acesso 28/09/2008

MOSSER, G. A Agressão. São Paulo: Editora Ática, 1991.

NEWCOMBER, N. Desenvolvimento Infantil: Abordagem Mussem. 8. ed. Porto Alegre, Artimed, 1999.

O ALUNO Agressivo? Ele precisa de Afeto e Limites. Revista Nova Escola, Edição 184- Agosto 2005. Disponível em www. revistaescola.abril.com, acesso 09/10/2008.

SILVEIRA, C. I. Agressividade Infantil. Dissertação - Universidade do Estado de Santa Catarina- 2003.

VYGOTKS, L.S A Formação Social da Mente. 3. Edição São Paulo, Martins Fontes

ZAGURY, T. O adolescente por ele mesmo. 5 ed. Rio de Janeiro, Record, 1996.