Katia Pompeo Farinha - Graduada em Pedagogia pela FAP- Faculdade de Pimenta Bueno, Servidora da SEDUC - Secretária de Estado da Educação de Ronondonia, Pós graduanda em Gestão, Oritentação e Supervisão Escolar e em Docência do Ensino Superior




A temática étnico – racial após a aprovação da Lei 10639/03 tornou-se uma obrigatoriedade nas escola publicas brasileira, e vem sendo trabalha por muitos educadores na rede publica de acordo com lei no seu

Art. 1° § 2° Os conteúdos referente à História e Cultura Afro-Brasieliera serão ministrada no âmbito de todo o currículo escolar, em especial nas áreas de Educação Artística e Literatura e História Brasileira.

            Com isso o governo tenta acabar com anos de discriminação e segregação aos negros que fizeram e fazem parte da história do Brasil, dando a eles o devido valor que a muito foi esquecido quando esses eram trazidos do continente africano sem nem mesmo o direito de escolha de vir ou não. Nesta mesma época muitas famílias foram separadas, sem ser respeitado o direito do ser humano de constituir uma família.

            Os negros trazidos para o Brasil trouxeram mais do que apenas mão de obra para um país recém descoberto com eles vieram também sua cultura, sua religião, sua comida, suas roupas, seus ritmos, que muito contribuíram para a formação na nação Brasileira.

No Brasil, em especial, eles desenvolveram estratégias de sobrevivência e luta que iam desde o”sim ao batismo cristão até a formação de quilombos e revoltas sem falar nos protestos individuais..., abortos e envenenamento dos senhores. (Daniela Hack)

            Sempre na esperança de uma vida melhor e de uma sociedade livre onde eles pudessem ser sue próprios donos e não vendidos como animais que passa de mão em mão, sendo que na maioria das vezes eram separados de suas famílias e até mesmo de seus filhos recém nascidos, mas nunca desistiram de sua liberdade

             No dia 13 de maio de 1888 a então regente do Brasil Princesa Isabel Cristina assina a lei AUREA e durante muito tempo se comemorou 13 de maio como o dia da Libertação dos escravos, mas que para os negros não passava de apenas mais uma data  "Treze de maio traição, liberdade sem asas e fome sem pão", assim definia Silveira o "Dia da Abolição da Escravatura" em um de seus poemas.

Normalmente nessa data nas escolas, as crianças negras faziam o papel de escravos e a loirinha se vestia de princesa Isabel, momento que se demonstrava total incentivo ao racismo, entretanto, tal espaço deveria servir de questionamentos de tais lembranças. Nada era falado sobre a resistência e as lutas dos negros, o destaque era pela ação da princesa Isabel. (Ilze Soares)

 

Como no dia 13 de maio a maior valorização era dada a princesa Isabel e não luta do negro e sua resistência a escravidão chegando muitos deles a morrer nos trocos, de fome ou até mesmo em suicídios coletivos.

Há 32 anos, o poeta gaúcho Oliveira Silveira sugeria ao seu grupo que o 20 de novembro fosse comemorado como o "Dia Nacional da Consciência Negra", pois era mais significativo para a comunidade negra brasileira do que o 13 de maio.

            A partir daí surge um movimento em busca do reconhecimento da data de 20/11 como sendo o Dia da Consciência Negra, pois foi nesse dia que morreu o maior líder quilombola ZUMBI DOS PALMARES existente no Brasil que lutou pela libertação dos escravos e comandou o maior quilombo existente na América com uma população estimada de 30 mil pessoas o Quilombo Palmares esse quilombo durou cerca de 140 anos.

            Após as manifestações negras e a aprovação da lei 10.639 de 2003 20 de novembro passou a ser considerado o marco da resistência negra sendo então incluso no calanderário escolar não como um dia a ser comemorado, mais sim como um dia a ser mostrado aos educandos a importância e o valor do povo negro para a formação de nossa nação.

            No contexto da religião muitos ainda são os preconceitos e discriminação com as religiões de origem africanas como o Candomblé, a Umbanda e a Quimbada, mesmo  que no Art. 5°, inciso VI da Constituição Brasileira constar  seguinte texto: “o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de cultos e suas liturgias” ainda existem muitos preconceitos em relação as pessoas que são adeptas das religiões africanas, na sua maioria pela falta de conhecimento ou algumas vezes por comentários maldoso. Sendo o Brasil um pais laico, o respeito a todos os cultos religiosos deve ser preservados pelo Estado.

            O negro escravo e depois liberto contribuiu muito para a formação da cultura brasileira, mas que em muitos momentos insiste em “não reconhecer esse legado”, nota-se onde os negros se instalaram uma cultura muito rica de traços africanos e de influência em todas as camadas sociais.

            Hoje somos conhecidos com o pais do Samba, samba esse desenvolvido pelos negros e tendo com uma grande percussora Chiquinha Gonzaga, entre outros como a capoeira, o afoxé, o maracatu.

            Por isso as escola brasileiras devem pensar em um pais de pluralidade cultural e que deve estar presente no contexto escolar na formação dos cidadãos brasileiros e na valorização cultural do nosso pais.

 

Referencia Bibliográfica

KRONBAUER,Selenir Correa Gonçaves (org.). Educar para a convivência na diversidade. São Paulo, Ed. Paulinas 2009

Constituição Federal

Lei n° 10639/2003

Diálago: Revista de Ensino Religioso ano XII n° 48 outubro 2007

Diálago: Revista de Ensino Religioso ano XIII n° 50 maio 2008

Diálago: Revista de Ensino Religioso ano XIII n° 54 maio/julho 2009