A RELEVÂNCIA DA DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DOS DOCENTES DO ENSINO SUPERIOR[1]

 

Poliana Gonçalves de Oliveira[2]

Urcácia Ricardo de Lima Silva[3]

Welton Rodrigues Vaz [4]

 

RESUMO: O presente trabalho tem como objetivo discutir a importância da didática na capacitação de professores para atuarem na educação superior. Levando em consideração que não é raro encontrar bacharéis ou técnicos sem nenhuma formação na área de licenciatura que estão à frente nas salas das faculdades, o que acaba por prejudicar os discentes, pois a falta de postura e até mesmo o não conhecimento de métodos de ensino fazem com que a transmissão do saber se faça de uma maneira rústica e tradicional. Portanto, acreditamos que a partir do momento que o docente universitário conhece a didática, e os diversos métodos de ensino, e mais do que isso, coloca em prática, pode promover uma transformação na sua postura dentro do ambiente educacional, influenciando diretamente na formação de profissionais de qualidade, e que estão aptos para o mercado de trabalho. Assim, neste artigo iremos apresentar alguns conceitos de didática bem como um breve apanhado histórico da mesma, e métodos de ensino que devem estar atrelados a atuação docente.

PALAVRAS-CHAVE: Didática; Professor; Ensino Superior.

ABSTRACT: This paper aims to discuss the importance of teaching in the training of teachers to work in higher education. Considering that it is not uncommon to find bachelors or technicians without any training in the undergraduate area are ahead in the halls of colleges, which eventually affects the students, because the lack of posture and even lack of knowledge of teaching methods cause the transmission of knowledge to make a rustic and traditional way. Therefore, we believe that from the moment that the university teacher knows the teaching, and the various teaching methods, and more than that, put into practice, can promote a change in your posture within the educational environment, directly influencing the formation of quality professionals, and which are fit for the job market. So in this article we will present some of didactic concepts and a brief résumé of the same, and teaching methods that should be linked to teacher performance.

KEYWORDS: Teaching; teacher; Higher Education.

 

INTRODUÇÃO

 

A didática é muitas vezes vista como algo banal e sem necessidade, contudo o que se observa é que a sua falta nas salas de aula provoca verdadeiras “catástrofes”, uma vez que aquela é uma ferramenta fundamental para a constituição de um professor.

A situação se agrava mais no ensino superior, pois os alunos já com uma idade madura sentem necessidade de aprenderem para consequentemente alcançarem a tão sonhada profissão. Todavia, deparam-se com a barreira de docentes que dominam o conteúdo, mas não possuem habilidades para transmiti-lo de forma que os alunos o absorva e possam colocar em prática.          

Assim, se faz necessário que professores principalmente da Educação Superior, se capacitem em relação a didática, já que muitos cursos como por exemplo: Direito, Contabilidade, Administração, Medicina entre outros formam bacharéis e não licenciados. Porém, as universidades necessitam destes para assumirem as salas e darem continuidade a transmissão do saber. Nessas circunstâncias que surgem problemas, pois a falta de métodos de ensino prejudica diretamente os discentes muitas vezes reclamam de não conseguirem entender o conteúdo, apesarem de estarem diante de profissionais renomados, como juízes, auditores, médicos, procuradores etc.

Pensando neste problema nos propomos analisar a didática para conhecermos melhor os seus parâmetros e as formas de colocá-la em prática para que se alcance resultados de excelência. Levando em consideração que um profissional da educação que não possui a capacidade de repassar o seu conteúdo de tal forma que se faça entender pelos alunos, não está cumprindo o seu papel.

Portanto, iremos discutir alguns conceitos de didática, e aprofundar um pouco em relação aos métodos de ensino que tanto se fazem necessários no âmbito educacional. Pois com este trabalho objetivamos auxiliar aqueles que se interessam por essa belíssima profissão, o magistério no ensino superior, e que tanto necessita de profissionais preparados para repassarem o conhecimento necessário àqueles que estão sedentos do saber.

 

1. DIDÁTICA: Conceitos Fundamentais

A palavra didática origina-se do grego didaktiké que pode ser traduzida como arte ou técnica de ensinar. O vocábulo é um adjetivo que deriva do verbo didásk , que indica o processo de instruir.

A didática por se tratar do estudo da arte de ensino é um dos fundamentos principais que compreende vários fatores que auxiliam diretamente no processo de ensino aprendizagem e também na relação professor-aluno. Sendo necessário entendê-la como campo de estudo dinâmico que busca a utilização adequada de conhecimento a nível da prática docente, envolvendo a maneira de como os professores desempenham suas funções em sala de aula.

Libâneo (1994) afirma que as primeiras abordagens da didática surgiram a partir dos estudos de Comênio que foi o responsável pela “teorização” da didática.

A formação da teoria da didática para investigar as ligações entre ensino aprendizagem e suas leis ocorre no século XVII, quando João Amós Comênio (1592-1670), um pastor protestante, escreve a primeira obra clássica sobre didática, a Didática Magna (LIBÂNEO, 1994, p.58)

 A esse respeito, Castro (2006, p.16) diz que: 

COMÊNIO escreveu, entre outras boas obras, a Didática Magna, instituindo a nova disciplina como a “arte de ensinar tudo a todos”. Dessa ambição participa também RATÍQUIO, que ambos, pautamos por ideias ético-religiosos, acreditavam ter encontrado um método para cumprir aqueles desígnios de modo rápido e agradável.

É a partir da obra Didática Magna (1657) de Comênio que surge o primeiro termo da didática, que foi entendida como técnicas e métodos de ensino, sendo a parte da pedagogia que visava apenas “como” ensinar. Traziam manuais de como os professores deveriam se portar em sala de aula e os elementos tradicionais da ação didática que são: professor, aluno, conteúdo, contexto e estratégias metodológicas.

Comênio através de sua obra acreditava poder definir um método capaz de ensinar tudo a todos:

A proa e a popa de nossa Didática será investigar e descobrir o método segundo o qual os professores ensinem menos e os estudantes aprendam mais: nas escolas haja menos barulho, menos enfado, menos trabalho inútil, e, ao contrário, haja mais recolhimentos, mais atrativo e mais sólido progresso; na Cristandade, haja menos trevas, menos confusão, menos dissídios, e mais luz, mais ordem, mais paz, mais tranquilidade. (COMÊNIO apud VEIGA, 2006, p.18).

Através das necessidades da época surgem as ideias de Comênio para facilitar o processo de desenvolvimento do ensino. A partir destas necessidades este teórico buscava um novo meio de ensino para que os professores pudessem colocar em prática na sala de aula para que ocorresse o progresso da aprendizagem dos alunos. Suas ideias eram baseadas na visão ética religiosa sendo consideradas inovadoras para a época, pois contrapunham o pensamento conservador da nobreza e do clero, que exerciam grande influência.

Apesar de suas contribuições terem sido importantes para a pedagogia e para a própria sociedade daquela época, uma vez que visava um ensino voltado para o mundo das produções e dos negócios, ao mesmo tempo contemplava o sistema de produção capitalista e o desenvolvimento das capacidades e os interesses individuais. Comênio cometeu alguns equívocos, pois o modelo de educação que prevalecia era o ensino verbalista, dogmático e intelectualista.

Com o passar dos anos, e o desenvolvimento da sociedade e da ciência surgem às necessidades de um novo modo de ensino. A partir destas necessidades vão surgindo novos pensadores que contribuíram e contribuem significativamente para a conceituação da didática, podemos citar Haydt (2003, p.13) que diz que: a didática é o “estudo da situação instrucional, isto é, do processo de ensino e aprendizagem, e nesse sentido ela enfatiza a relação professor-aluno”. Já que para autora a didática surge da intrínseca relação entre docente e discente e como a mesma é estabelecida, em um ambiente educacional.

Castro, afirma a importância da didática dizendo:

[...] a didática tem uma determinada contribuição ao campo educacional, que nenhuma outra disciplina poderá cumprir. E nem a teoria social ou a econômica, nem a cibernética ou a tecnologia do ensino, nem a psicologia aplicada à educação atingem o seu núcleo central: o Ensino. (CASTRO, 2006, p.21).

De acordo com as palavras de Castro, a didática é uma disciplina que contribui no processo de formação de professores, pois a partir desta formação eles são capazes de terem habilidades pedagógicas de como se portar em sala de aula, desde a preparação dos conteúdos, de como ser um bom mediador, a sua relação com os alunos e entre outras inúmeras coisas que a didática auxilia na formação dos docentes, sendo necessário que sempre ocorra o desenvolvimento do ensino/aprendizagem.

Nas palavras de Libâneo (1994, p. 26) a didática é uma área da pedagogia que:

[...] cabe converter objetivos sócio-políticos e pedagógicos em objetivos de ensino, selecionar conteúdos e métodos em função desses objetivos, estabelecer os vínculos entre ensino e aprendizagem, tendo em vista o desenvolvimento das capacidades mentais dos alunos. [...] trata da teoria geral do ensino.

Na atualidade, os pesquisadores afirmam a ideia de que a didática é o estudo do processo de ensino e aprendizagem que compreende as formas de organização do ensino na aplicação de técnicas, recursos pedagógicos, postura do professor e principalmente objetivos políticos-pedagógicos e críticos sobre o ensino. Tem sido também relacionada à questões que envolvem o desenvolvimento de funções cognitivas que visam a aprendizagem autônoma, que segundo Libâneo (2006, p.02) pode ser chamada de:

[...] competências cognitivas, estratégias do pensar, pedagogia do pensar etc. Do ponto de vista didático, a características mais destacada do trabalho de professor é a mediação docente pela qual ele se põe entre o aluno e o conhecimento para possibilitar as condições e os meios de aprendizagem.

Nesta perspectiva, a didática abrange ainda muitos outros conceitos que fazem presente na prática do professor e sobre a arte de ensino, por sua vez, Luckesi (1994) afirma que a didática é a mediação necessária para transformar teoria pedagógica para prática pedagógica. Para Candau (1984, p.13) a didática “está sempre presente, de forma direta ou indireta, no relacionamento humano”. Podemos citar também o educador e o grande criador da Pedagogia Libertadora, Paulo Freire, que pensava e concebia uma didática baseada no desenvolvimento de um ensino aprendizagem no interior dos grupos sociais.

Considerando o contexto histórico que a didática percorreu, percebemos que ela seguiu rumos diferentes de acordo com as necessidades do modelo econômico do país, pois os conceitos surgiam conforme o desenvolvimento das transformações da própria sociedade e também atendiam as necessidades dos interesses políticos e educacionais, através disso surgiam novas pesquisas em torno desta área e criavam novos conceitos e métodos para o ensino. Assim temos:

Na corrente Tradicional, a didática visava um homem passivo, acrítico e fiel a “religião”. Na corrente Nova, a didática deveria formar um homem capaz de aprender autonomamente, mas não a pensar e a criticar. Na corrente Tecnicista a didática é voltada para a formação de um “homem máquina”, que aprenda e viva mecanicamente e de forma neutra. Nas correntes “críticas da educação” (Pedagogia Libertadora, Crítico-Social dos Conteúdos e Histórico Crítica) a didática que se propõe visa formar um homem que possui e usufruem seus direitos e deveres, mediante sua aprendizagem na escola, posicionamento político e crítico diante da realidade. (BARANDEL, 2007, p.26)

Portanto, o ensino da didática até o século XIX aparece no campo da educação fundamentando-se nos estudos da filosofia, a partir do início do século XX ela passou a receber bases significativas de outras ciências como a Biologia e Psicologia que buscava sair do modelo tradicional e visava uma educação que considerasse os aspectos psicológicos relacionados com o processo de ensino aprendizagem. Portanto, podemos considerar a didática como uma das chaves que abrem as portas para o professor vencer as inúmeras dificuldades no processo de ensino aprendizagem.

Concluído, podemos citar a definição da palavra didática obtida no Minidicionário Aurélio (2001, p. 235) como “A técnica de dirigir e orientar a aprendizagem”. Ou seja, é a técnica de como o professor/mediador transfere o conteúdo aos discentes para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem.

2. DOCENTES E OS MÉTODOS DE ENSINO

Falar sobre a Didática no ensino superior é refletir em relação as suas aplicações práticas realizadas em diversos ambientes sociais e acadêmicos. Realidades distintas que carregam especificidades e dificuldades variadas.

Durante muito tempo no âmbito do Ensino Superior prevaleceu a ideia de que, para se tornar um bom professor bastaria dispor de comunicação fluente e conhecimentos concretos relacionados a disciplina que pretendesse lecionar.

Nos dias atuais percebemos que para ser bom professor no nível superior ou em qualquer outro nível é necessário não apenas de sólidos conhecimentos na área, mas também de habilidades pedagógicas para que ocorra o processo de ensino-aprendizagem de forma eficaz. Pois, como afirma Scheffer (1974, p. 75) o ensino “trata-se de algo que alguém se dedica a fazer ou que está ocupado a fazer”. Ou seja, não é uma mera distração, e sim um trabalho que requer dedicação e empenho na busca de meios que possibilitem a transmissão de conhecimento de maneira eficaz e satisfatória.

Nas palavras de Libâneo (1994, p. 29) o processo de ensino é:

Uma atividade conjunta de professores e alunos, organizado sob a direção do professor, com a finalidade de prover as condições e meios pelos quais os alunos assimilam ativamente conhecimentos, habilidades, atitudes e convicções. Esse é o objetivo de estudo da didática. Os elementos constitutivos da didática, o seu desenvolvimento histórico, as características do processo de ensino aprendizagem, e a atividade de estudo como condições do desenvolvimento intelectual. Os objetivos, conteúdos, métodos e formas organizativas do ensino, especialmente a aula, constituem o objeto da mediação escolar.

A didática tem grande contribuição na formação de professores para prepará-los a serem profissionais qualificados no processo de ensino para a formação dos mesmos.  As práticas de docentes no ensino superior é uma preocupação antiga da didática, uma vez que esses docentes, na sua grande maioria, não se formaram professores e são profissionais de diferentes áreas que por serem especialistas em suas áreas de formação tornam-se professores e/ou muitas vezes possuem apenas os saberes produzidos pela experiência e não dispõem saberes didático ou pedagógico.

Para muitos docentes universitários a didática passou a ser vista como um conjunto de estratégias para proporcionar o alcance dos produtos educacionais e confundiu-se como Metodologia de Ensino. Oliveira (2003, p. 13) diz que seus propósitos eram de “fornecer subsídios metodológicos aos professores para ensinar bem, sem se perguntar a serviço do que e de quem se ensina”. Infelizmente muitos professores universitários se eximem da obrigação de ensinar e desprezam esta tarefa, “entram no jogo das classes dominantes, pois a estas interessa um professor bem comportado, um missionário de um apostolado, um abnegado; tudo, menos um profissional que tem como função principal o ensino” (ALMEIDA, 1986. p. 78). Já que o conhecimento pode provocar profundas mudanças no sistema, não interessa a classe dominante que existam professores universitários que dominem bem os métodos didáticos e por isso tenham capacidade de fazerem seus alunos se transformarem em agentes ativos e críticos.

Sobre isso Marion (2001, p.19) afirma que:

Há muitos profissionais que percebem elevado salário, mas vivem em função do dinheiro, já que seu trabalho é rotineiro e cansativo. Usam muito pouco sua criatividade e nem sempre trabalham em função de um resultado digno. Com o tempo, seu espírito fica entorpecido (perde a criatividade).

Desta forma, percebemos que muitos docentes universitários consideram seu trabalho como uma rotina, cansativo e estressante, e direcionam seu foco apenas ao aspecto financeiro. Todavia os mesmos têm uma missão muito importante para com a sociedade, e quando não são capazes de realizarem um trabalho de qualidade acabam por afetar diretamente o conhecimento de seus discentes e por ato reflexos a formação de um péssimo profissional.

Segundo Paulo Freire (2004, p. 92):

O professor que não leva a sério a sua formação, que não estuda, que não se esforce para estar à altura de sua tarefa não tem força moral para coordenar as atividades de sua classe. [...] o que quero dizer é que a incompetência profissional desqualifica a autoridade do professor.

O próprio conceito da didática mostra que não tem receita para ser um bom professor, mas mostra que os professores se formam pedagogicamente na prática reflexiva com o apoio da teoria que o informa, conflita e dá novo significado a prática para assim criar novos elementos para ajustar a teoria.

Assim, a formação continuada dos docentes e a qualificação são fundamentais para a prática educacional, pois a sociedade exige pessoas qualificadas que vão além do senso comum e que partem para a pesquisa e transferem o que sabem para seus discentes de forma objetiva. E ao mesmo tempo faz com que seus alunos sejam seres ativos que através de suas próprias pesquisas tiram suas conclusões.

Por se tratar de Ensino Superior os alunos já trazem sua personalidade formada e sabem das necessidades que precisam superar. Os acadêmicos exigem muito de seus docentes, pois querem colocar em prática a teoria que veem em sala para se prepararem com base no mercado de trabalho. Uma vez que procuram absorver o máximo de conhecimento do conteúdo transmitido pelos seus professores, pois estes são os responsáveis no processo de mediação do ensino.

Nesta perspectiva Saint-Onge (2001, p. 200), diz que o educador deve:

[...] adquirir a formação e o aperfeiçoamento que permitem enfrentar a complexidade da tarefa, de atender às exigências de eficácia de suas intervenções e de determinar padrões de qualidade e critérios éticos referentes ao exercício de tarefas cujo papel é claramente definido.

Os docentes em suas práticas pedagógicas ao criarem novos métodos de ensino a serem trabalhos em sala de aula devem tirar algumas conclusões e levantar alguns questionamentos, como: quando introduzir um novo método de ensino; ele vai de encontro com meu estilo de ensino; será eficaz com seus discentes. É de suma importância a análise a respeito de “quando” utilizá-los e “como” se dará a utilização, para que ocorra o processo de ensino/aprendizagem dos discentes. Segundo Saint-Onge (2001, p. 35):

Assim, na sala de aula, é preciso encontrar situações suficientemente estimulantes para envolver o aluno nas atividades de estudo, mas não excitantes a ponto de distraí-lo da aprendizagem. Uma aula deve começar pelo despertar da curiosidade. Convém a partir daí recorrer a demonstrações surpreendentes ou a experiências de descobertas.

O verdadeiro professor que está preocupado com a aprendizagem de seus discentes, não é aquele que está preocupado apenas em ensinar e cobrar, mas é aquele que ensina conteúdos de qualidade e significativos e estabelece uma relação verdadeira com os educandos e principalmente que se preocupa em verificar se seus alunos estão realmente aprendendo e que aprendizagem estão desenvolvendo.

Libâneo (1994, p.250) diz que:

O professor não apenas transmite uma informação ou faz perguntas, mas também ouve os alunos. Deve dar-lhes atenção e cuidar para que aprendam a expressar-se, a expor opiniões e dar resposta. O trabalho docente nunca é unidirecional. As respostas e opiniões dos alunos mostram como eles estão reagindo à atuação do professor, às dificuldades que encontram na assimilação dos conhecimentos. Servem também, para diagnosticar as causas que dão origem a essas dificuldades.

Os docentes ao criarem novos métodos de ensino despertam o interesse de seus discentes. A motivação e a criatividade é uma grande aliada no processo de ensino/aprendizagem, pois contribui significativamente para que o aluno se disponha a aprender. Sabemos que nem todos os alunos aprendem da mesma forma, daí a importância de trabalhar de formas diferentes e ser criativo para proporcionar oportunidade de aprendizagem a todos. 

A respeito da participação do aluno no processo de ensino/aprendizagem, destacamos Marion (2001) que traz duas formas de participação do aluno: como agente passivo e como agente ativo. Sobre o aluno como agente passivo ele afirma que:

Segundo esse método tradicional, o aluno procura absorver os conhecimentos e experiências do professor. O aluno fica numa posição passiva e o professor ativa, no sentido de transmitir conhecimentos e apontar erros cometidos. (MARION 2001, p. 33)

O aluno como agente ativo, Mairon afirma que:

A ideia central deste método é de que os estudantes deverão tornar-se “pensadores-críticos” e, assim, o processo de aprendizagem se tornará mais dinâmico. Eles deverão desenvolver a capacidade de auto iniciativa de descobrimento que permita um processo de aprendizagem contínuo e de crescimento em sua vida profissional. (MAIRON, 2001, p.35)

No método passivo, o professor é emissor e o aluno o receptor, sendo que apenas o professor é ativo, não permitindo o desenvolvimento crítico do aluno sobre o tema estudado. Tem-se que levar em consideração que para ocorrer o processo de ensino aprendizagem ambos devem ser ativos, para ocorrer a troca de conhecimentos. Já o método ativo, o aluno é um agente ativo que contribui com seus conhecimentos, experiências e suas características. O professor ao utilizar este método deve mostrar aos alunos os encantos do curso levando-o a questionar, analisar, criticar e julgar, e ao mesmo tempo desafiando a vencer cada disciplina, e tendo a certeza que cada uma dela será importante para sua formação acadêmica e consequentemente para sua vida profissional.

Na visão de Wisz (2004, p.60) afirma que:

O aprendiz é um sujeito protagonista do seu próprio processo de aprendizagem, alguém que vai produzir a transformação que converte informação em conhecimento próprio. Essa construção, pelo aprendiz, não se por si mesma e no vazio, mas a partir de situações nas quais ele possa agir sobre o objeto de seu conhecimento, pensar sobre ele, recebendo ajuda, sendo desafiado a refletir.

Dessa forma, a aprendizagem é tida como construção das ações que envolvem o professor e alunos, o sujeito participa ativamente e coloca em prática suas habilidades de lutar por seus objetivos e os professores os apoiam nesta troca de informação. Assim, a sala de aula que se embasa nesse modelo pedagógico cria-se uma atmosfera onde ambos são protagonistas do processo de ensino/ aprendizagem.

Sobre isso Sobral (2006, p.1) afirma que:

Ensinar exige risco, aceitação do novo e rejeição a qualquer forma de discriminação. O ser é ofendido e para ele é restrito o direito a democracia, quando acontece qualquer uma das práticas discriminatórias. O repúdio de Paulo Freire, por tais ações se faz notável e deve ser a todo custo seguido, o pensar certo exige humildade. Ensinar exige reflexão crítica, sobre a prática educativa. Como cita o autor, a esta prática docente crítica, implicante do pensar certo envolve movimento dinâmico, dialético, entre o fazer e o pensar sobre o fazer. O educando desenvolve o pensar certo em comunhão com o educador, tudo concorrendo para melhorias reais acerca da prática-ensino-aprendizagem.

A partir destes métodos onde ambos são ativos, professor e aluno, a arte de ensinar torna-se prazerosa em sala de aula, pois abre-se uma via de comunicação direta entre docente/discente e o conteúdo exposto, assim nas palavras de Freire (2004, p. 25) afirma que: "quem forma se forma e re-forma ao formar e quem é formado forma-se e forma ao ser formado [...] quem ensina aprende ao ensinar e quem aprende ensina ao aprender." Ou seja, ambos aprendem um com o outro através da exposição de seus diferentes conhecimentos do conteúdo exposto.

A didática é de fundamental importância para a prática dos professores universitários, pois a partir dela os leva a terem várias reflexões sobre o processo de ensino. Ao pensar em “processo de ensino” é necessário que não pense apenas em transferir o conteúdo, mas pensar em como transferir esse conteúdo para atingir o ápice da aprendizagem. Portanto é necessário olhar para esse sujeito e pensar em suas necessidades e organizar o ensino a partir desse olhar.

Portanto, o papel do professorem sua prática pedagógica e em seus métodos de ensino, possui valor significativo no processo educacional dos discentes, pois contribui positivamente para que o educando seja artífice de sua formação. Educador e educandos, lado a lado, vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber. Ensinar, aprender e pesquisar são momentos que ambos trabalham juntos em busca da evolução do ensino/aprendizagem em sala de aula.

3. A IMPORTÂNCIA DA DIDÁTICA NA FORMAÇÃO DOS PROFESSORES

A didática possui um importantíssimo papel na formação de professores, pois sua especificidade é garantida pela preocupação com o processo de ensino/aprendizagem e a busca de novas formas de intervenção na prática pedagógica. A mesma tem por objetivo mostrar aos professores que o necessário é “como fazer” a prática pedagógica, e que só tem sentido quando articulado “para que fazer” e a “por que fazer”.

Pesquisas e estudos ao discutirem sobre as questões referentes à docência no nível superior, destacam a importância dos professores e do seu trabalho neste nível de escolaridade, e apontam também a questão problemática profissional que refere-se tanto a sua identidade quanto no que se refere à profissão, pois as instituições universitárias têm em seu corpo docente um conjunto de profissionais de diferentes áreas, e que em sua maioria não tiveram formação inicial ou continuada para o exercício da profissão. Os estudos têm mostrado que:

[...] o professor universitário aprende a sê-lo mediante um processo de socialização em parte intuitiva, autodidata ou [...] seguindo a rotina dos “outros”. Isso se explica, sem dúvida, devido à inexistência de uma formação especifica como professor universitário. Nesse processo, joga um papel mais ou menos importante sua própria experiência como aluno, o modelo de ensino que predomina no sistema universitário e as relações de seus alunos, embora não há que se descartar a capacidade autodidata do professorado. Mas ela é insuficiente. (BENEDITO, 1995, p. 131)

A docência no ensino superior não precisa de qualquer formação de ensinar e/ou qualquer domínio de conhecimento, necessita de professores que ao lecionar em sala mostrem que sua habilidade é a pesquisa e/ou o exercício profissional no campo. O ensino na graduação exige qualidade, preparação e habilidades. Desse modo, Fávero (2001, p.67) afirma que:

[...] aceitar a formação profissional como um processo significa aceitar, também, que não existe separação entre formação pessoal e profissional. Implica reconhecer que não há uma formação ‘fora’ de qualquer relação com os outros, mas ‘dentro’ da relação com a realidade concreta. Mesmo a auto-formação pelo estudo e reflexão individual não deixam de ser uma forma de confronto de experiências vivenciadas por outros.

A partir do processo de formação profissional é necessário que o docente reflita sobre o seu papel de professor/mediador, analisando sua contribuição no processo de ensino da sociedade, sendo necessário ver que sua prática não se trata simplesmente de opção desprovida de qualquer cunho cultural e político. É necessário ver que existem objetivos que demarcam o “ser professor”.

Pimenta (2000, p.31) afirma que:

[...] a formação de professores na tendência reflexiva se configura como uma política de valorização do desenvolvimento pessoal-profissional dos professores e das instituições escolares, uma vez que supõe condições de trabalho propiciadoras da formação contínua dos professores, no local de trabalho, em redes de auto-formação, e em parceria com outras instituições de formação.

A esse respeito, Libâneo (1994, p.35) acrescenta:

A formação do professor abrange, pois, duas dimensões: a formação teórico-científica, incluindo a formação acadêmica especifica nas disciplinas em que o docente vai especializar-se a formação pedagógica, que envolve os conhecimentos da Filosofia, Sociologia, História da Educação e da própria Pedagogia que contribuem para o esclarecimento do fenômeno educativo no contexto histórico-social; a formação técnico-prática, visando à preparação profissional específica para a docência, incluindo a didática, as metodologias específicas, a Psicologia da Educação, a pesquisa educacional e outras.

A formação efetiva do docente ocorre em processo de profissionalização continuada que através de elementos como: estudos, pesquisas, experiência do conhecimento e os saberes pedagógicos. Contribuem em sua identidade profissional que visa como processo de construção profissional contextualizado e ativo. A formação profissional tem os seguintes objetivos para a prática dos docentes universitários.

a) Domínio cognitivo: os professores deverão adquirir conhecimentos sobre os processos de aprendizagem, sobre a interdependência entre objetivos, conteúdos, métodos e avaliação e sobre meios de melhorar os processos ensino-aprendizagem;

b) Domínio afetivo: aprendem a adotar uma postura positiva frente aos estudantes e parceiros do processo ensino/aprendizagem (leitura positiva da realidade dos alunos);

c) Domínio da prática: adquirem habilidades para aplicar diferentes métodos e aprendem a olhar e refletir criticamente as próprias práticas. (FRANCO, 2013, p.150)

A didática, como técnica de dirigir e orientar a aprendizagem, propõe aos docentes um modelo de trabalho mais estratégico que visa refletir sobre a prática e discuti-la com o apoio da teoria e também discuti os problemas e propõem novas práticas para entrar no novo processo de aprendizagem que tem como objetivo.

As práticas docentes no ensino superior necessitam utilizar os fundamentos de métodos ativos, no olhar de uma didática crítica, mesmo sabendo que estes métodos, por requererem a participação real dos discentes no processo ensino-aprendizagem, podem inovar em novas contradições no âmbito educacional, na medida em que não se deve deixar de lado a eficiência do processo de ensino, que deve se guiar pela relevância do conhecimento; pela qualidade de lidar com problemas diversos; pela capacidade de pensar criticamente, de argumentar frente a dificuldades postas, além de atitudes de autoconfiança; autodisciplina; qualidade de agir na urgência etc. Deve-se fugir da prática sem a teoria, o que seria um mero empirismo, o que não é a perspectiva do ensino no nível superior.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

No presente trabalho procuramos informar a importância da didática desde suas primeiras abordagens com Comênio no século XVII entre outros teóricos que auxiliaram em seu desenvolvimento. Chegando a atualidade com suas novas influências e reflexo na prática pedagógica do docente. O conceito da didática em sua trajetória histórica é influenciada através de momentos econômicos, políticos do país para atender as necessidades educativas da sociedade.

 Os principais objetivos deste trabalho foram de desenvolver uma análise teórica sobre didática, fundamentando a com ação do docente universitário. Mostrando a grande importância de ser um bom profissional e a contribuição de seus novos métodos de ensino que despertam os interesses dos discentes contribuindo no desenvolvimento do ensino/aprendizagem em sala de aula. Destacando também a importância do papel da didática na formação da prática dos docentes universitários.

Segundo Pimenta e Anastasiou (2010, p. 49)

A tarefa da didática é a de compreender o funcionamento do ensino em situação, suas funções sociais, suas implicações estruturais; realizar uma ação autorreflexiva como componente do fenômeno que estuda, porque é parte integrante da trama de ensinar (...); por em relação e diálogo com outros campos de conhecimentos construídos e em construção, numa perspectiva múlti e interdisciplinar (...); proceder a constantes balanços críticos do conhecimento produzido no seu campo (as técnicas, os métodos, as teorias), para dele se apropriar, e criar novos diante das novas necessidades que as situações de ensinar produzem.

Ao analisarmos os conceitos de didática apresentado neste trabalho, percebemos a grande importância que ela possui na prática pedagógica dos profissionais da educação, que visam na melhoria da transmissão e no entendimento do ensino. E infelizmente nos dias atuais percebemos que muitos docentes ainda utilizam as práticas da didática tradicional, que está centrada na figura do professor que não incentiva a interação entre aluno, professor e conhecimento.

De acordo com Gil (2010, p.5)

 

(...) Muitos professores universitários exercem duas atividades: a de profissional de determinada área e a de docente, com predominância da primeira. Por essa razão tendem a conferir menos atenção às questões de natureza didática (...)

Pimenta e Anastasiou (2010, p.35) ressaltam:

De que modo os professores do ensino superior se identificam profissionalmente? Um físico, um advogado, um médico, um geógrafo, um engenheiro, por exemplo, (...) convocados a preencher uma ficha de identificação qualquer, como se identificariam profissionalmente? Podemos imaginar algumas possibilidades: físico, advogado, médico, geógrafo, engenheiro, simplesmente; ou seguido de professor universitário. Destas, seguramente, a primeira seria a mais frequente.

O ensino das universidades quer docentes qualificados que são ativos e pesquisadores, que desenvolvem um papel de mediador do conhecimento, mas ao mesmo tempo instiga seus alunos a seres ativos, pois a partir deste método ambos são ativos e protagonistas do desenvolvimento do ensino/aprendizagem.

A formação dos professores é de suma importância, pois têm o papel de mediador, devendo ser capaz de estabelecer o contato didático e fazer a transposição entre os saberes sociais no espaço da aula. Todavia, a prática do professor é fortalecida através da tríade formada pelo aluno, professor e conteúdo.

Nesta perspectiva o profissional universitário pode e deve utilizar a didática como recursos facilitadores do processo de ensino/aprendizagem que os auxiliam com excelentes oportunidades para o desenvolvimento do ensino em sala. E principalmente de buscar a melhor forma de desempenhar suas funções com as metodologias de ensino significativas que complete os aspectos relacionados com a educação.

De acordo com Steiner e Malnic (2006, p.42).

 

A força da universidade não está no pretenso monopólio sobre o conhecimento. Está, sim, na capacidade de gerar um tipo especial de conhecimento, na habilidade em trabalhar com ele e, principalmente, na competência em formar e educar pessoas para continuarem a executar ambas as tarefas. A força da universidade, sua característica mais singular está na aliança entre educação e avanço do conhecimento.

 

Enfim, vale ressaltar que nos dias atuais, o principal desafio dos docentes nos centros universitários não é apenas a falta de conhecimento. Mas, sim, como eles devem trabalhar o conhecimento do ensino positivamente para contribuir no crescimento do ser humano e na sociedade.

Portanto, a didática vista como ciência e a arte de ensinar, nos centros universitários, aplicadas com padrões metodológicos abordados, construirão seres humanos realmente inteligentes, integrados e socialmente bem sucedidos. A didática quando aplicada permanente, torna-se veículo que contribui no corpo docente como facilitadora da melhoria do sistema educacional, na melhoria da qualidade do ensino através da boa formação dos professores e principalmente no desenvolvimento do processo do ensino/aprendizagem das universidades como instituição detentora e divulgadora de conhecimentos. Por isso, visamos mostrar a importância e a necessidade que a didática possui na formação docente e no plano universitário. 

REFERÊNCIAS

ALMEIDA. G. O professor que não ensina. São Paulo: Summus, 1986.

BARANDEL, C. de B.Didática: contribuições teóricas e concepções de professores (monografia). Faculdade de Ciências – Câmpus Bauru, 2007.

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[1] Artigo apresentado ao curso de pós graduação em Docência do Ensino Superior da Faculdade Montes Belos como requisito para obtenção do título de Especialista.

[2] Aluna do Curso de Pós gradução. Graduada em Pedagogia pela FMB. 2010.Especialista em Psicopedagogia.2012. Docente  da FMB.

[3] Aluna do Curso de Pós gradução. Tecnóloga em Gestão de Recursos Humanos pela FMB 2010.Tecnóloga em Gestão Pública pela UEG. 2005.Especialista em Gestão de Recursos Humanos pela ESAB 2008. Docente da FMB.

[4] Aluno do Curso de Pós graduação. Administração de Empresas com Ênfase em Análise de Sistemas 2008. Especialização em Programação Web e Segurança em Sistemas Web 2010. Docente da FMB.