A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PROMOÇÃO DA SAÚDE INFANTIL NO AMBIENTE ESCOLAR

A PREVENÇÃO DE ACIDENTES E PROMOÇÃO DA SAÚDE INFANTIL NO AMBIENTE ESCOLAR

RESUMO

Através da prevenção pode-se solucionar a maioria dos acidentes, podendo fazer dela uma medida efetiva, no Brasil, ainda permanece um desafio. Hoje, no país, a cultura de prevenção não é encarada como prioridade, sendo necessário, muitas vezes, que os problemas ocorram para só depois se rever os prejuízos. Ainda é preciso atentar-se de que nem sempre o acidente é notificado e tratado como tal, gerando ainda mais obstáculos na busca por soluções. Com a conscientização da sociedade, até 90% dos acidentes podem ser evitados com atitudes como: ações educativas; modificações no meio ambiente; modificações de engenharia; criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas. O objetivo deste é identificar o nível de conhecimento e promover formas corretas de proceder diante de várias situações, através de palestras, treinamento. Através de uma coleta de dados por meio de questionários, será traçado um perfil do problema existente em a determinada escola. Favorecendo a elaboração de uma proposta de educação continuada, com palestras explicativas e treinamento sobre os primeiros socorros direcionados para os cuidados com a saúde infantil, para que a escola se torne promotora de saúde, por meio da identificação da percepção dos professores em relação aos temas: saúde, promoção e educação em saúde e a necessidade de capacitação, em prol da qualidade de vida de todos aqueles que convivem no ambiente escolar.

Palavras chave: Educação em saúde continuada; Primeiros socorros; Acidentes; Ambiente escolar.

ACCIDENT PREVENTION AND HEALTH PROMOTION CHILD IN SCHOOL ENVIRONMENT

ABSTRACT

Through prevention can solve most accidents, may make it an effective measure in Brazil remains a challenge. Today, the country, the culture of prevention is not seen as a priority, requiring often problems occur and only then to review the damage. It is still necessary to pay attention that the accident is not always notified and treated as such, creating even more obstacles in the search for solutions. With the awareness of society, up to 90% of accidents can be avoided with attitudes such as educational activities; changes in the environment; engineering modifications; creation and enforcement of specific laws and regulations. The purpose of this is to identify the level of knowledge and promote correct ways to proceed in several situations, through lectures, training. Through a collection of data through questionnaires, will create a profile of the existing problem in the particular school. Encouraging the preparation of a proposal for continuing education, with accompanying lectures and training on first aid directed to the care of children's health, so that the school becomes a promoter of health, by identifying the perception of teachers on the issues : health promotion and health education and the need for training, for the quality of life of those who live in the school environment.

Tags: Education, continued health; First aid; Accidents; School environment.

PREVENCIÓN DE ACCIDENTES Y SALUD INFANTIL DE PROMOCIÓN EN ENTORNO ESCOLAR

RESUMEN

A través de la prevención puede resolver la mayoría de los accidentes, puede hacer que sea una medida eficaz en Brasil sigue siendo un desafío. Hoy en día, el país, la cultura de la prevención no es visto como una prioridad, lo que requiere a menudo se producen problemas y sólo entonces para revisar los daños. Todavía es necesario prestar atención a que el accidente no siempre es notificado y tratado como tal, creando aún más obstáculos en la búsqueda de soluciones. Con la conciencia de la sociedad, hasta el 90% de los accidentes se pueden evitar con actitudes como las actividades educativas; los cambios en el medio ambiente; modificaciones de ingeniería; creación y aplicación de leyes y reglamentos específicos. El propósito de esto es para identificar el nivel de conocimiento y la promoción de formas correctas de proceder en varias situaciones, a través de conferencias, capacitación. A través de un conjunto de datos a través de cuestionarios, se creará un perfil del problema existente en la escuela en particular. Fomentar la preparación de una propuesta de educación continua, con el acompañamiento de conferencias y capacitación en primeros auxilios dirigido a la atención de salud de los niños, de modo que la escuela se convierte en un promotor de la salud, mediante la identificación de la percepción de los docentes en los temas : promoción de la salud y educación para la salud y la necesidad de formación, para la calidad de vida de los que viven en el entorno escolar.

Tags: Educación, salud continuado; Primeros auxilios; Los accidentes; Ambiente escolar.

INTRODUÇÃO

O conceito mais comum sobre saúde de um indivíduo está relacionado sobre com sua própria saúde no que se destaca a forma como vive e como se relaciona com o meio e os demais indivíduos, sofrendo então mudanças através das influências de cada sociedade; assim, pode-se dizer que este conceito varia de acordo com as condições sociais, econômicas e culturais dos indivíduos.

A Organização das Nações Unidas (ONU) define que o conceito de segurança humana deve estar centrado no desenvolvimento do ser humano, abrangendo a segurança de todos os cidadãos no seu cotidiano: nas vias públicas, no trabalho, na escola, no lazer, no lar.

2 PRINCÍPIOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA

Fundamentada em determinados princípios, a educação em saúde na escola deve:

Estar integrada à educação global;
Acompanhar a evolução nos campos da educação e da saúde;
Concorrer para o desenvolvimento integral da criança a partir de suas necessidades, interesses e problemas;
Levar em conta os fatores determinantes do comportamento humano (biológicos, psicológicos, sociais e culturais);
Ser compatível com a política de desenvolvimento educacional, sanitário, social e econômico do país;
Ser planejada, executada e avaliada pelo pessoal docente, profissional, técnico, administrativo, pelos pais e representantes de agências da comunidade;
Procurar a participação da família e da comunidade para seu pleno desenvolvimento.

3 OBJETIVOS DA EDUCAÇÃO EM SAÚDE

Com a aprovação da política nacional de promoção da saúde, em março de 2006, a promoção da saúde deve ser entendida como uma estratégia para fomentar a qualidade de vida, e auxiliar na redução das vulnerabilidades e riscos relacionados aos determinantes e condicionantes da saúde da população, assim é visto a importância de se aplicado nas escolas públicas nos anos iniciais palestras informativas, com o objetivo de reduzir acidentes e promover a saúde como um hábito cotidiano dos docentes e discentes. Assim promovendo uma construção de um modelo de atenção à saúde que priorize ações de melhoria da qualidade de vida para todos.

A escola é um dos alicerces da educação, da cidadania e da formação de uma nação. É por meio dela que a criança inicia sua educação, sua integração e inclusão social, seus relacionamentos e seus potenciais, ou seja, relações complexas que se estendem por toda a vida (LIBERAL, 2005).

As medidas que serão adotadas para promoção da saúde não serão dirigidas a uma determinada doença ou acidente, mas sim as mais comuns que as crianças estarão sujeitas a sofrerem no ambiente escolar, gerando um aumento na saúde e o bem estar geral, voltadas para o coletivo e para o ambiente. Ao invés de ações intervencionistas, o foco está no reforço da capacidade dos indivíduos e das comunidades, ou seja, gerando autonomia para enfrentamento das situações, promovendo instruções rápidas e que gerem mais segurança no pré-atendimento aos acidentes ocorridos no âmbito escolar.

4 O PROGRAMA DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE NA ESCOLA

Tem como objetivo realizar atividades como palestras sobre o tema saúde no espaço escolar desenvolvendo uma ação mais reflexiva e crítica do conceito de saúde, como investigações de demandas e temas pertinentes à comunidade escolar.

As metodologias utilizadas priorizaram a participação e interação dos atores do processo, pois a análise de como pensam e agem as crianças de determinada localidade facilita a identificação dessa realidade, norteando as políticas públicas saudáveis. A educação em saúde consiste em oferecer subsídios aos sujeitos, educar para a vida. Sendo a escola co-responsável pelo aprendizado do aluno e de sua instrumentalização para enfrentamento da vida, torna-se um ambiente propício à prática da educação em saúde.

A comunidade, a família e a escola não devem estar dissociadas em um processo educativo integral utilizado como uma ferramenta fundamental da promoção da saúde.

O professor exerce uma influência constante e ativa sobre os conceitos de saúde e doença dos seus alunos, sua sensibilidade e didática devem dar condições de repassar informações acerca de saúde e adaptá-las ao ambiente escolar, necessitando assim de um suporte na área para subsidiar o seu trabalho (OLIVEIRA, 2007).

Geralmente o professor se torna referência para os alunos e pode estimular a compreensão e adoção de hábitos saudáveis, além disso, um professor preparado para observar corretamente o ambiente escolar e perceber os riscos pode proteger a saúde dos escolares e seus familiares.

Assim sendo, este estudo tem como objetivo identificar os níveis de conhecimentos dos professores em relação aos temas de saúde e promoção da saúde, bem como verificar o interesse e a necessidade dos professores em capacitações nos temas relacionados à saúde e educação em saúde, com o proposito de gerar uma sociedade consciente e participativa no que se refere à política nacional de promoção da saúde, promovendo a qualidade de vida e reduzir vulnerabilidade e riscos à saúde relacionados aos seus determinantes e condicionantes – modos de viver, condições de trabalho, habitação, ambiente, educação, lazer, cultura, acesso a bens e serviços essenciais.

4.1 Composição do programa de educação em saúde na escola

4.1.1 Ambiente da Escola (Físico e Emocional)

A saúde do escolar é amplamente influenciada pelo ambiente em que vive. Muitos fatores físicos, emocionais e sociais afetam a saúde desfavoravelmente, exigindo ajustamentos e controle. Entre as condições ambientais de interesse especial de educação em saúde na escola, contam-se as relacionadas com:

Saneamento básico (água, esgoto, lixo).
Prédio escolar (iluminação, ventilação, acústica, temperatura, vias de acesso).
Mobiliário e equipamento escolar.
Refeitório, cozinha e cantina.
Recreio e áreas adjacentes.
Arborização e controle de ruídos.
Relações professor-aluno-pessoal.
Rotina escolar.

4.1.2 Serviços de Saúde

Nesta área são consideradas as atividades relacionadas com a proteção e promoção da saúde do escolar, entre as quais:

Assistência médica, odontológica e psicológica.
Alimentação supletiva.
Recreação e exercícios físicos.

4.1.3 Ensino da Saúde

Esta área abrange todos os tipos de instrução formal e informal, cujo conteúdo é organizado com base nas necessidades e interesses da criança e da problemática de saúde local, incluindo, de modo geral:

Crescimento e desenvolvimento humano.
Reprodução.
Higiene pessoal e do vestuário.
Exercício, sono e repouso.
Nutrição.
Saúde oral.
Saneamento básico: abastecimento de água, destino de dejetos, lixo, poluição do ar e da água, ruídos.
Habitação.
Etiologia, transmissão e profilaxia das doenças transmissíveis.
Prevenção de acidentes e socorros de urgência.
Substâncias que modificam o comportamento (álcool, tóxicos).
Problemas de saúde locais, regionais, nacionais e internacionais.
Aspectos econômicos da saúde.
Recursos de saúde da comunidade.
Carreiras relacionadas com a saúde.

4.1.4 Relações Lar-Escola-Comunidade

Nesta área são consideradas todas as atividades que contribuem para o desenvolvimento de relações de cooperação entre a escola, a família e a comunidade, como sejam:

Criação de Associações de Pais e Mestres.
Participação em programas dos órgãos oficiais de saúde.
Criação de Conselhos de Educação e Saúde.

4.2 Programa de Ação

A integração da saúde aos programas escolares exige, em todos os níveis de ensino, o conhecimento da realidade em que atua a escola e que atua na escola. Isto só é possível através da pesquisa e do levantamento de dados necessários ao embasamento dos programas de educação em saúde na escola.

Nesse sentido, a formação de um profissional capacitado para realizar estudos e investigações na área da educação em saúde na escola, bem como para desenvolver programas de saúde integrados ao currículo escolar e prestar assistência técnica aos professores se faz necessária, a fim de proporcionar ao sistema educacional condições para que cumpra cabalmente sua função integradora da saúde à educação.

5 MATERIAL E MÉTODOS

O estudo tem como método incentivar palestras educativas durante o ano letivo, cuja a Secretaria Municipal da Educação promoverá eventos de integração dos professores e alunos, mediante a solicitação à Secretaria Municipal da Saúde, através de capacitações que resultaram em esclarecimentos sobre questões de encaminhamentos e problemas de saúde frequentemente encontrados no ambiente escolar.

Segundo Martins que definir:

Os acidentes são passíveis de serem controlados e evitados, por meio de cuidados físicos, materiais, emocionais e sociais colocando em discussão a "acidentalidade" destas ocorrências, destacando a importância e necessidade de prevenção (2008).

Com o objetivo que os professores vejam a importância dos profissionais de saúde que estejam sempre presentes no ambiente escolar surgindo outros encontros para dar continuidade às discussões anteriormente estabelecidas e para tirar as dúvidas em temas relacionados à saúde do escolar.

Educação em Saúde na Escola significa a formação de atitudes e valores que levam o escolar a práticas adequadas à saúde. Deve estar presente em todos os aspectos da vida do discente e docente sendo integrada à educação global.

Preparação adequada do pessoal que participa do programa de educação em saúde na escola é indispensável para assegurar seu êxito. Essa preparação deverá ser delegada a especialistas em educação em saúde na escola.

CONCLUSÃO

Esse projeto de extensão tem como objetivo a observação dos procedimentos de urgência e emergência realizados por professores e funcionários de escolas públicas, mediante os acidentes, avaliando-se assim o conhecimento dos profissionais de escolas de ensino fundamental, antes e após a palestra, sugerindo orientações corretivas e funcionais.

Portanto, conclui-se que o projeto com o tema Educação infantil: infância e segurança nas escolas públicas, sugerindo a implantação da política nacional de promoção da saúde na escola, e ressaltando ainda a importância em se continuar realizando treinamento/palestras sobre princípios básicos de primeiros socorros nas escolas, promovendo assim a educação em saúde. Será de fundamental importância para criar uma nova consciência prevencionista no ambiente escolar.

Sugere-se, ainda, a implantação de um programa de treinamento de urgências e emergências com professores e funcionários do sistema de ensino fundamental, visando desenvolver ações de prevenção e promoção da saúde do escolar, a fim de minimizar danos advindos da incorreta manipulação com a vítima e/ou a falta de socorro imediato, visto que estes fatores citados, não só contribuem com o agravamento do estado da vítima, como resultam em maior tempo de permanência hospitalar devido a complicações.

Além disso, evidencia-se a importância de realização de outros estudos na área para identificação dos acidentes mais frequentes bem como a adoção de medidas preventivas e de condutas de emergência no âmbito escolar.

REFERÊNCIAS

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Política nacional de promoção da saúde / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde. – Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

LOURENÇÃO, LG, Soler ZASG. Implantação do Programa Saúde da Família no Brasil. Arq Ciênc Saúde.

LIBERAL, E.F. et al. Acidentes e danos com escolares:incidência, causas e consequências Jornal de Pediatria .v. 81, n.5(supl), p.155 – 163, 2005;

MARTINS, Christine Baccarat de Godoy. Acidentes na infância e adolescência: uma revisão bibliográfica. Rev. Brás Enferm. periódico online] 2006 mai/jun [acesso em 08 mai 2008] 59(3) 344-348. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci-arttextepid=50037-71672006 >.

OLIVEIRA, Décio Gomes. O professor alfabetizador como multiplicador de saúde. [periódico on-line]. 2001. [acesso em 28 abr. 2007]. Disponível em: http://www.unoesc.br/site/comunidade/comprojetos2.asp