A polêmica dos desentendidos

“Você pode estar se perguntando: "Mas eu posso falar ‘os livro?’." Claro que pode. Mas fique atento porque, dependendo da situação, você corre o risco de ser vítima de preconceito linguístico. Muita gente diz o que se deve e o que não se deve falar e escrever, tomando as regras estabelecidas para a norma culta como padrão de correção de todas as formas linguísticas.”

Foi um extremo erro tentar agregar uma polêmica diante de um fato do qual nem eles mesmos foram capazes de entender o real sentido da aula em questão. Pois para qualquer bom entendedor é notável o verdadeiro sentido que o livro tenta ensinar. O livro apenas usa de comparações da língua falada com a língua escrita, sendo assim, ele ressalta a importância de dominar a norma culta da língua para podermos transcrever nossa fala informal para uma linguagem formal e culta conforme nossas necessidades cotidianas.

Podemos utilizar-nos desse fato para refletirmos sobre nossos julgamentos equivocados, pois o importante é que tenhamos no mínimo o conhecimento básico do assunto que pretendemos abordar para uma discussão. Então deixamos a dica para os jornalistas que vivem à busca de reportagens “bombásticas” para que antes de mandarem à “bomba” à população certifiquem-se de que ela não corre o risco de retornar e explodir em seus próprios pés.

Desse modo, o aluno deve compreender a relação existente entre sua fala e sua escrita para poder empregá-la adequadamente conforme a ocasião. E, é inaceitável que os meios de comunicações tenham se envolvido em suposta polêmica tão mesquinha. Pois sequer deram-se ao trabalho de investigar adequadamente o trecho do livro e passaram a condena-lo sem na verdade compreende-lo. 

A questão é que a mídia preocupou-se em focalizar suas reportagens em, um suposto erro gramatical e não se deu conta de que o maior prejudicado com essa história foi ela mesma, pois desse modo revelou o quão ignorante pode apresentar-se sua equipe de trabalho, que além de trazer à tona uma matéria que não lhes diz respeito de julgamento, pois essa é tarefa do Ministério da Educação (MEC); ainda apresentou uma informação falsa à população, comprovando seu desleixo perante a veridicidade das matérias publicadas.