A INSERÇÃO DO INDIVÍDUO NO UNIVERSO LETRADO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL

 

RESUMO

A finalidade do presente trabalho é fazer um estudo mais aprofundado acerca das práticas de  letramento na e ducação infantil,  focado numa metodologia bibliográfica com base em alguns  autores  como
:
CARVALHO  (1936),  MAGDA  SOARES  (2010  e  2004) ,  RUSSO  (2012),  TFOUNI,  (1995), ABRAMOVAY;  KRAMER (1987), SILVA;  RODRIGUÊS (2011) , ent re  outros  de  extrema  relevância.
O  Artigo  faz  referência  a  práticas  construtivistas  sob  a  luz  de  reflexão,  questiona  elementos  como:  Alfabetização  e  Letramento:  conceitos  em  diferentes  olhares;
A  importância de um ambiente favorável para a aprendizagem
; A Educação Infantil e  seus  objetivos:  a  importância  das  práticas  e  o Processo  de  Letramento  na  Educação  Infantil

Conclui se  ainda  que  tem muitos pontos a serem desenvolvidos e discutidos, por esse motivo  pesquisar  sobre  a  inserção  do  indivíduo  no  univer so  letrado,  exige  um estudo sobre  as  metod ologias  usadas  em  sala  de  aula, que  aborde  o  processo  de  ensino  e  aprendizagem  na  perspectiva de letramento.

INTRODUÇÃO

O interesse por esta  pesquisa propôs como objetivo de estudo apontar de que maneira  acontece  a  inserção  do  indivíduo  no  universo  letrado,  das  práticas  relevantes  no  processo  de  letramento  na  educação  infantil,  articulados  as  experiências  vividas  em  sala  de  aula  como  alfabetiza dora. A escolha do tema, deu
 se pela necessidade de compreender de forma clara as  diferenças  entre  Alfabetização  e  Letramento  e  de  que  forma  as  práticas  de  Letramento  acontece no processo da educação infantil.

Graduada  em  Licenciatura  Plena  em  Pedagogia
- UESPI,  especialista  em  Libras
- FLATED, Prof.ª
.  da  prefeitura municipal de Luzilândia
- PI, e da pre feitura de   Santa Quitéria
 MA,[email protected].
2.Graduada  em  Licenciatura  Plena  em Pedagogia
 FAIBRA, graduada  em licenciatura  em Matemática
 UFPI,  especialista no ensino da Matemática no ensino médio
 UESPI.
Prof.ª substituta na rede estadual de ensino e na  pre feitura municipal de Madeiro
 PI,dianasenap [email protected].
Enfatiza
 se que este trabalho se desenvolveu a partir de fontes bibliográficas, visando  a compreensão dos diferentes conceitos atribuídos a Alfabetização e Letramento, bem como a  inserção da criança no universo letrado, através do processo e nsino aprendizagem vivenciado  no contexto sala de aula.
Com  base  nos  diferentes  autores  consultados  e  vivencias  em  salas  de  aula,  pôde
 se  definir como ocorre o processo de inserção do indivíduo ao Letramento na educação infantil e  discutir as difer entes pr
áticas  de Letramento neste universo

Alfabetização e Letramento:  c onceitos em diferentes olhares Historicamente, o conceito de Alfabetização tem se modificado ao longo dos anos e se  identificado com o sistema alfabético da escrita. Segundo Brasil  (2007 , p.10 ), " Alfabetização  significa,  na  leitura,  a  capacidade  de  decodificar  os  sinais  gráficos,  transformando
 os  em
"sons", e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando
 os  em  sinais  gráficos". Porém, foi a partir   dos anos 1 980, que o conceito da Alfabetização começou a ser  expandido e relacionado com as contribuições dos estudos sobre  a psicogênese da leitura e da  escrita  desenvolvida  por  Emília  Ferreiro  e  Ana  Teberosky  sobre  a  origem  e  a  evolução  das  funções psíquicas da cr iança em relação à alfabetização.
Conforme  esses  estudos,  o  aprendizado  do  sistema  de  escrita  não  se  restringiria  ao  domínio  de  equivalência  entre  grafemas  e  fonemas,  ou  seja,  a  decodificação  e  a  codificação  respectivamente, mas se caracterizaria como um  processo dinâmico e ativo por meio do qual a  criança,  construiria  suas  próprias  hipóteses  sobres  o  sistema  da  representação  da  língua  escrita. Já o conceito de Letramento sobre a perspectiva de Brasil (200 7, p. 11), enfatiza que  resulta,
[...]  da  ação  de ensinar  ou  de  aprender  a  ler  e  escrever,  bem  como  o  resultado  da  ação  de  usar  essas  habilidades  em  práticas  sociais,  é  o  estado  ou  condição  que  adquire  um  grupo  social  ou  um  indivíduo  como  consequência  de  ter
 se  apropriado  da  língua  escrita  e  de  ter
 se  in serido  num  mundo  organizado  diferentemente:  a  cultura   escrita.   Como   são   muito   variados   os   usos   sociais   da   escrita   e   as  competências a eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é  frequente  levar  em  consideração  níveis  de  letramento  (dos  mais  elementares  aos  mais  complexos).  Tendo  em  vista  as  diferentes  funções  (para  se  distrair,  para  se  informar  e  se  posicionar,  por  exemplo)  e  as  formas  pelas  quais  as  pessoas  têm  acesso  à  língua escrita
- com  ampla  autonomia,  com  ajuda  do  professor  ou da  professora, ou mesmo por meio de alguém que escreve, por exemplo, ca r tas ditadas  por  analfabetos
- a  literatura  a  respeito  assume  ainda  a  existênc ia  de  tipos  de  letramento ou de letramentos , no plural.
Percebe
 se  nas  palavras  do  autor  a  diferenças  en tre  Alfabetização  e  Letramento,  pois  Letramento  vai  além  da  capacidade  de  decodificar  sinais  gráficos,  o  mesmo  requer  que  o  indivíduo tenha domínio da leitura e escrita, além do conhecimento e habilidades que possa m  levá
 lo  a  compreender  o  meio  que  esteja  inserido,  ao  mesmo  tempo  fazer  uso  desses  conhecimentos, assumindo assim uma postura de cidadão autônomo do seu conhecimento.
Na visão de Cagliari (1998,  apud SOARES , 2010, p.36).
O  processo  de  alfabetização  inclui  muitos  fatores  e,  quanto  mais  ciente  estiver  o  professor  de  como  se  dá  o  processo  de  aquisição  de  conhecimento,  de  como  a  criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo  o seu processo de i nteração social, da natureza da realidade linguística envolvida no  momento  em  que  está  acontecendo  a  alfabetização,  mais  condições  terá  esse  professor   de   encaminhar   de   forma   agradável   e   produtiva   o   processo   de  aprendizagem, sem os sofrimentos habituais.
Para  o  autor,  o  conceito  de  alfabetização  não  é  somente  decodificação  de  códigos,  mais sim um processo ativo, por meio da qual, a criança constrói e reconstrói hipóteses sobre  o sistema da língua escrita.
Na visão de Magda Soares (1998, p.39  apud CARVALHO 2010, p. 15).
O  resultado  da  ação  de  e nsinar  e  aprender  as  práticas  so cia i s  da  leitura  e  escrita;  é  também  o  estado  ou  condição  que  adquire  um  grupo  social  ou  um  indivíduo  com  consequência de ter
 se   apropriado da escrita e de suas práticas sociais.
Evidencia
 se nas palavras da autora que para formar indivíduos letrados e não apenas  alfabetizados  é  preciso ser ampliado à  ação de letra, pois o professor não pode se restringir
à  uma única prática, sendo necessário levar até a criança diversos tipos de textos que circulam  intensamente na vida social dos alunos
.
Sob  a  ótica  de  Soares  (2010,  p.  37
- 38,  grifo  do  autor) Alfabetização  e  Letramento  são:
Processos   diferentes,   cada   um   com   suas   especific idades.   Porém,   ambos   são  indispensáveis  quando  se  leva  em  consideração  a  aprendizagem  da  leitura  e  da  escrita. [...]. Reconhecendo e especificidade de cada um desses processos, é preciso  combinar a alfabetização e o letramento, assegurando aos alunos tanto a apropriação  do sistema escrito, como o domínio das práticas sociais da leitura e de escrita. Como  consequência, o desafio que se coloca é " alfabetizar letrando", ou seja, possibilitar  que  a  alfabetização  se  desenvolva  em  um  ambiente  onde  a  criança  conv iva  ao  mesmo tempo em que constrói   a base alfabética.
Nesse  repensar,  observou
 se  que  o  paradigma  entre  os  conceitos  é  diferente,  porém  imprescindíveis quando se leva em consideração a aprendizagem da leitura e da escrita. Sendo  assim,  a  alfabetização e  letramento  acontecem  simultaneamente  no  processo  continuo  de  construção  e  reconstrução,  com  normas  próprias  da  leitura  e  escrita.

[...]