A INSERÇÃO DO INDIVÍDUO NO UNIVERSO LETRADO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO...
Publicado em 27 de agosto de 2016 por Maria Diana Silva de Sena
A INSERÇÃO DO INDIVÍDUO NO UNIVERSO LETRADO: PRÁTICAS DE LETRAMENTO NA EDUCAÇÃO INFANTIL
RESUMO
A finalidade do presente trabalho é fazer um estudo mais aprofundado acerca das práticas de letramento na e ducação infantil, focado numa metodologia bibliográfica com base em alguns autores como
:
CARVALHO (1936), MAGDA SOARES (2010 e 2004) , RUSSO (2012), TFOUNI, (1995), ABRAMOVAY; KRAMER (1987), SILVA; RODRIGUÊS (2011) , ent re outros de extrema relevância.
O Artigo faz referência a práticas construtivistas sob a luz de reflexão, questiona elementos como: Alfabetização e Letramento: conceitos em diferentes olhares;
A importância de um ambiente favorável para a aprendizagem
; A Educação Infantil e seus objetivos: a importância das práticas e o Processo de Letramento na Educação Infantil
Conclui se ainda que tem muitos pontos a serem desenvolvidos e discutidos, por esse motivo pesquisar sobre a inserção do indivíduo no univer so letrado, exige um estudo sobre as metod ologias usadas em sala de aula, que aborde o processo de ensino e aprendizagem na perspectiva de letramento.
INTRODUÇÃO
O interesse por esta pesquisa propôs como objetivo de estudo apontar de que maneira acontece a inserção do indivíduo no universo letrado, das práticas relevantes no processo de letramento na educação infantil, articulados as experiências vividas em sala de aula como alfabetiza dora. A escolha do tema, deu
se pela necessidade de compreender de forma clara as diferenças entre Alfabetização e Letramento e de que forma as práticas de Letramento acontece no processo da educação infantil.
Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia
- UESPI, especialista em Libras
- FLATED, Prof.ª
. da prefeitura municipal de Luzilândia
- PI, e da pre feitura de Santa Quitéria
MA,[email protected].
2.Graduada em Licenciatura Plena em Pedagogia
FAIBRA, graduada em licenciatura em Matemática
UFPI, especialista no ensino da Matemática no ensino médio
UESPI.
Prof.ª substituta na rede estadual de ensino e na pre feitura municipal de Madeiro
PI,dianasenap [email protected].
Enfatiza
se que este trabalho se desenvolveu a partir de fontes bibliográficas, visando a compreensão dos diferentes conceitos atribuídos a Alfabetização e Letramento, bem como a inserção da criança no universo letrado, através do processo e nsino aprendizagem vivenciado no contexto sala de aula.
Com base nos diferentes autores consultados e vivencias em salas de aula, pôde
se definir como ocorre o processo de inserção do indivíduo ao Letramento na educação infantil e discutir as difer entes pr
áticas de Letramento neste universo
Alfabetização e Letramento: c onceitos em diferentes olhares Historicamente, o conceito de Alfabetização tem se modificado ao longo dos anos e se identificado com o sistema alfabético da escrita. Segundo Brasil (2007 , p.10 ), " Alfabetização significa, na leitura, a capacidade de decodificar os sinais gráficos, transformando
os em
"sons", e, na escrita, a capacidade de codificar os sons da fala, transformando
os em sinais gráficos". Porém, foi a partir dos anos 1 980, que o conceito da Alfabetização começou a ser expandido e relacionado com as contribuições dos estudos sobre a psicogênese da leitura e da escrita desenvolvida por Emília Ferreiro e Ana Teberosky sobre a origem e a evolução das funções psíquicas da cr iança em relação à alfabetização.
Conforme esses estudos, o aprendizado do sistema de escrita não se restringiria ao domínio de equivalência entre grafemas e fonemas, ou seja, a decodificação e a codificação respectivamente, mas se caracterizaria como um processo dinâmico e ativo por meio do qual a criança, construiria suas próprias hipóteses sobres o sistema da representação da língua escrita. Já o conceito de Letramento sobre a perspectiva de Brasil (200 7, p. 11), enfatiza que resulta,
[...] da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como consequência de ter
se apropriado da língua escrita e de ter
se in serido num mundo organizado diferentemente: a cultura escrita. Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competências a eles associadas (de ler um bilhete simples a escrever um romance), é frequente levar em consideração níveis de letramento (dos mais elementares aos mais complexos). Tendo em vista as diferentes funções (para se distrair, para se informar e se posicionar, por exemplo) e as formas pelas quais as pessoas têm acesso à língua escrita
- com ampla autonomia, com ajuda do professor ou da professora, ou mesmo por meio de alguém que escreve, por exemplo, ca r tas ditadas por analfabetos
- a literatura a respeito assume ainda a existênc ia de tipos de letramento ou de letramentos , no plural.
Percebe
se nas palavras do autor a diferenças en tre Alfabetização e Letramento, pois Letramento vai além da capacidade de decodificar sinais gráficos, o mesmo requer que o indivíduo tenha domínio da leitura e escrita, além do conhecimento e habilidades que possa m levá
lo a compreender o meio que esteja inserido, ao mesmo tempo fazer uso desses conhecimentos, assumindo assim uma postura de cidadão autônomo do seu conhecimento.
Na visão de Cagliari (1998, apud SOARES , 2010, p.36).
O processo de alfabetização inclui muitos fatores e, quanto mais ciente estiver o professor de como se dá o processo de aquisição de conhecimento, de como a criança se situa em termos de desenvolvimento emocional, de como vem evoluindo o seu processo de i nteração social, da natureza da realidade linguística envolvida no momento em que está acontecendo a alfabetização, mais condições terá esse professor de encaminhar de forma agradável e produtiva o processo de aprendizagem, sem os sofrimentos habituais.
Para o autor, o conceito de alfabetização não é somente decodificação de códigos, mais sim um processo ativo, por meio da qual, a criança constrói e reconstrói hipóteses sobre o sistema da língua escrita.
Na visão de Magda Soares (1998, p.39 apud CARVALHO 2010, p. 15).
O resultado da ação de e nsinar e aprender as práticas so cia i s da leitura e escrita; é também o estado ou condição que adquire um grupo social ou um indivíduo com consequência de ter
se apropriado da escrita e de suas práticas sociais.
Evidencia
se nas palavras da autora que para formar indivíduos letrados e não apenas alfabetizados é preciso ser ampliado à ação de letra, pois o professor não pode se restringir
à uma única prática, sendo necessário levar até a criança diversos tipos de textos que circulam intensamente na vida social dos alunos
.
Sob a ótica de Soares (2010, p. 37
- 38, grifo do autor) Alfabetização e Letramento são:
Processos diferentes, cada um com suas especific idades. Porém, ambos são indispensáveis quando se leva em consideração a aprendizagem da leitura e da escrita. [...]. Reconhecendo e especificidade de cada um desses processos, é preciso combinar a alfabetização e o letramento, assegurando aos alunos tanto a apropriação do sistema escrito, como o domínio das práticas sociais da leitura e de escrita. Como consequência, o desafio que se coloca é " alfabetizar letrando", ou seja, possibilitar que a alfabetização se desenvolva em um ambiente onde a criança conv iva ao mesmo tempo em que constrói a base alfabética.
Nesse repensar, observou
se que o paradigma entre os conceitos é diferente, porém imprescindíveis quando se leva em consideração a aprendizagem da leitura e da escrita. Sendo assim, a alfabetização e letramento acontecem simultaneamente no processo continuo de construção e reconstrução, com normas próprias da leitura e escrita.
[...]