Expressar sentimentos, partilhar informações, dizer piadas, interagir com os outros, enfim comunicar. Tudo isso faz parte da essência do ser humano. A comunicação é de enorme importância para a vida de uma pessoa, pois contribui para sua autoconfiança e auto-estima, como também para se divertir na vida. A comunicação humana implica interações e envolve ações, palavras sons gestos, posturas, expressões corporais. A comunicação é o modo como o homem se expressa, trabalha, se diverte e ama.
A maior parte dos conhecimentos aprendidos pela criança durante a infância surge das relações com outros (adultos ou crianças), do que lhe contam e explicam, mas também ouvindo e vendo o que outros dizem e fazem. Por estas interações, aprendem a comunicar, conhecem os significados dos objetos, das expressões faciais dos gestos, dos movimentos e da fala. Desta forma a criança adquire conceitos e apropria-se de conhecimentos. ("A comunicação é a chave da aprendizagem"?Downing; 1999).
Desde a infância, o ato de expressar-se está associado as experiências de autonomia, auto-respeito e auto-estima. Por sua vez estes aspectos se encontram relacionados com a possibilidade de expressar interesses, desejos, sentimentos, escolher o que se quer, ou não, e de comentar situações.
A criança com dificuldades no funcionamento comunicativo está limitada em seu acesso a informação, restringindo assim o conhecimento do que se passa a sua volta e limitando sua participação nas atividades familiares, escolares e sociais, tornado-a dependente de outros.
Suas dificuldades lhe dão menos oportunidades de:
 Expressar sentimentos, afeto e desejos;
 Partilhar e trocar experiências;
 Questionar, descrever ou comentar situações de seu dia.

Considerando estes aspectos, desenvolver as capacidades comunicativas destas crianças, significa dar a ela maior compreensão do que acontece a sua volta e possibilidade de expressar suas necessidades e anseios. Devemos ter em mente que quanto maior a dificuldade, mais isolada e frustrada a criança poderá se sentir.
Sendo assim, entendemos que é de suma importância o uso de técnicas e estratégias para melhorar, o máximo que a dificuldade imposta pela deficiência permitir, suas capacidades de comunicação por outros meios que não a fala.

Bibliografia:

BLAHA, Robbie. Calendários para Estudiantes com Múltiples Discapacidades Incluído Sordoceguera. Rotagraf, 2003. Córdoba

NUNES, Clarisse. Aprendizagem Activa na Criança com Multideficiência, guia para educadores. Ministério da Educação, Departamento da educação Básica, 2001. Lisboa

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