A História das ideias pedagógicas no Brasil.

O estudioso da educação brasileira, Dermeval Saviani, escreveu um grande trabalho a respeito da  História das Idéias Pedagógicas no Brasil, desenvolvendo uma crítica fabulosa, louvável do ponto de vista acadêmico.

 A conclusão magnífica que chegou Saviani, os professores e as escolas no Brasil, ainda está no começo desse século sob o foco conservador do instrumento político pedagógico.

   O que se entende epistemologicamente a denominação de concepção neoprodutivista. O que significa a não mudança do modelo político econômico e até mesmo recusa de concepções de reformas.

Os professores incentivados orientados politicamente a uma pedagogia improdutiva, com salários insignificantes, desenvolvendo um processo pedagógico sem significação do ponto de vista político.

 Na prática exercendo demagogicamente   programas de governo atrasados na acepção moderna do desenvolvimento humano e modelos de sociedades produtivas. 

A crítica à teoria da não produtividade quando a escola pública por diversos motivos não atingem os procedimentos pedagógicos das escolas de elite.

 O que é muito natural a não adesão dos procedimentos do Estado a uma educação superior para a elite, do ponto de vista pedagógico da eficiência.

As ideais de busca de rendimento real a promoção do aluno, especificamente do pobre, politicamente foram abafadas, por pedagogias práticas, quando o que desejam é manter a criança na escola aprendendo ou não, a educação cumpre quase sempre um papel de creche.

Na verdade a grande crítica desenvolvida por ele a denominada progressão continuada,  que  na prática  é a aprovação automática dos alunos de uma série para outra com ou sem  aprendizagem, o movimento de um desserviço  pedagógico .

 Não é nada agradável ver realizar-se tal política educacional demagógica com objetivo de favorecer apenas a maquiagem de resultados estáticos, como se povo fosse de fato ignorante e não percebesse tais ações, que são discriminatórias, pois no futuro serão favorecidos academicamente os alunos da elite, que vão fazer as melhores faculdades.

A outra questão colocada, a respeito da alfabetização, não a pedagogia propriamente dita,  se os conteúdos de alfabetização tenham tornados melhores, mas o grande incentivo é de fato deixar  criança ocupar o espaço físico da escola, de qualquer modo.

A progressão continuada não seria um mal em si, não é esse o fundamento em referência diz Saviani, se a pedagogia procedesse ao não atendimento do automatismo na aprovação.  

Outro aspecto que deve ser analisado no livro de Saviani, a questão da pedagogia da produtividade, o que aconteceu como predomínio em anos anteriores, associado modernamente a certas tendências de escolanovista.

  O que é importante seja qual for à tendência pedagógica, o desenvolvimento do saber sustentável, o que não acontece com a pedagogia da progressão continuada, da forma realizada como antipedagogia.

A importância do apreço a epistemologia fundamental da Escola Nova, o seu método de construção, que não nega em nenhum momento os procedimentos dos processos de sínteses ou da construção,  o que significa no mundo praxiológico, aprender a aprender. 

Outra referência que não deve ser desconsiderada a pedagogia piagetiana entendida como construtivismo, seu enquadramento, principalmente no Brasil na vigência do escolanovismo, como prefere Saviani.

 Uma crítica que se podem desenvolver as teorias da construção, são mais de fundamentos da Psicologia que da Filosofia, como entender essa questão fundamental.

No velho debate pedagógico entre Piaget e Vygotsky, em todos os lugares encontramos os elementos da Psicologia envolvidos por procedimentos psicogenéticos,  o que significa as ideias evolucionistas da Biologia, a respeito aos aspectos da ideologização da pedagogia, isso em Piaget.

Exatamente por esse debate que o construtivismo cresceu no Brasil e não tanto a referência da literatura pedagógica, de certo modo esteve distante do ideário da escolanovista,  sem contar associação com o pensamento conservador da política  brasileira.

 O educar para  transformar, o que evidentemente foi negado, porque na verdade ninguém se educa sem a  mudança dos modelos políticos, a verdadeira educação é econômica. Edjar Dias de Vasconcelos.

 Quanto o ideário da Escola Nova é um modelo também conservador desenvolvido pelos trabalhos do grande filosofo americano pragmático  John Dewey.

  No Brasil, essa herança se deve ao trabalho  de Anísio Teixeira. O grande fundamento  a democracia fora e dentro da escola, mas não a superação do modelo de produção, mas a defesa do capitalismo modernizado.

Na pedagogia do construtivismo no Brasil o grande debate entre Piaget e Vygotsky, nunca foi tema de suma importância pedagógica, apenas do modelo de aplicação a construção pedagógica, embora saibam não em Piaget, mas em Vygotsky, sua verdadeira intenção era a política de transformação do seu país.  

Entretanto, sabemos que Piaget também enfatizou de certo modo o ideário escolanovista como uma proposta política pedagógica da democrática, mas ligado ao liberalismo, quer dizer evolução do capitalismo.

 Diferenças básicas no construtivismo de ambos, mas algo especificamente igual,  um conjunto de práticas pedagógicas para ensinar.

Essas referências apontadas que destaca o grande mérito de Saviani, em primeiro lugar a sua crítica as pedagogias alienadoras, reprodutoras de modelos políticos existentes.

 A maquiagem da pedagogia da progressão continuada, com objetivo camuflado de discriminação social, e, sobretudo, uma educação não  politizadora.

Edjar Dias de Vasconcelos.