A EVOLUÇÃO DA LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL
Publicado em 09 de abril de 2014 por Ana Carolina de Souza Beraldo
Autores: Ana Carolina de Souza Beraldo
Maria Tereza Retondo
Curso: Licenciatura em Letras Português e Espanhol
Polo: Ourinhos
Orientadora: Profª Ms. Edna Maria Monhaler
RESUMO
Este artigo tem o objetivo de demonstrar como a Língua Espanhola - segunda língua nativa mais falada no mundo e a primeira mais falada nas Américas - cresceu significativamente no Brasil. Com base nestes dados, apresentaremos a trajetória do idioma espanhol, incluindo-se, nesse percurso, seu surgimento no reino de Castela, gerando a nação espanhola, um breve comentário sobre o espanhol no mundo, seu reconhecimento na atualidade, a criação do MERCOSUL, que influenciou fortemente este crescimento no Brasil e sua implantação nas escolas brasileiras com a Lei nº 11.161/05. Nesse contexto, falaremos sobre as suas variantes linguísticas entre o português e o espanhol (tendo como foco os falsos cognatos). Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizadas pesquisas via Internet, através de sites especializados no assunto, com teses, artigos e dissertações. Os resultados demonstraram que o ensino dessa língua tende a crescer cada vez mais e sua importância acabará sendo não somente nacional, mas mundial.
Palavras-chave: Língua Espanhola, Evolução do Espanhol, Ensino do Espanhol, Mercosul.
INTRODUÇÃO
Todos os seres têm uma forma distinta de se comunicar, mas somente o homem utiliza a linguagem, ou seja, um sistema complexo de “símbolos” sonoros utilizados por um mesmo grupo de um país ou região, conhecido por língua ou idioma.
Dentre as inúmeras línguas faladas no mundo, a língua espanhola se destaca, atualmente, por ser a mais falada nas Américas.
Antigamente não havia tanta necessidade de se falar mais de um idioma, mas com o crescimento de trocas de mercadorias no ramo comercial, entre países de idiomas distintos, falar outra língua, além da língua materna, tornou-se de extrema importância.
O presente trabalho tem por objetivo apresentar a evolução da língua espanhola, que se encontra em plena ascensão no Brasil, analisando a importância deste fato para os estudantes e os docentes deste idioma, que é o segundo mais estudado, depois do inglês.
Inicialmente, abordaremos seu desenvolvimento histórico e social. Na história, com o surgimento no reino de Castela, no final do século XV, resultado da união do rei de Aragão com a rainha de Castela, formando, então, a nação espanhola. Na sociedade, com seu reconhecimento mundial, devido à importância, na atualidade, nos ramos profissional, acadêmico e cultural.
Num segundo momento, falaremos da criação do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), fusão fundamental entre os países do sul, tornando imprescindível a aprendizagem da língua espanhola no Brasil, enfatizando a lei que impõe o oferecimento do ensino do espanhol em nossas escolas.
Ao final, veremos como o idioma espanhol apresenta uma grande semelhança com o nosso português em seus aspectos linguísticos, nos proporcionando palavras parecidas, mas com significados totalmente distintos.
- 1. O SURGIMENTO DA LÍNGUA ESPANHOLA
O espanhol é um idioma falado por mais de 420 milhões de pessoas no mundo, sendo que muitas delas usam-no como a segunda língua oficial ou como língua estrangeira. A língua espanhola é falada na Espanha e em mais de 43 países, incluindo Guiné Equatorial, México, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina.
A língua espanhola, também conhecida como castelhana, é o resultado de mais de 1000 anos de evolução e tem origem no final do século XV, no reino medieval de Castela. Depois de tantas lutas e conquistas por terras, economias e povoamento, o reinado se formou com a união de Isabel (rainha de Castela) e Fernando (rei de Aragão).
O castelhano, que se mostra especialmente popular no Cone Sul (região que corresponde às zonas sul da América do Sul até o sul do Trópico de Capricórnio) e entre os demais falantes das línguas oficiais da Espanha, como o catalão, galego e valenciano, nas respectivas regiões da Catalunha, Galícia e Valência, se impulsionou sobre os demais idiomas e dialetos presentes naquela época e, pouco a pouco, foi se tornando a língua padrão pelo domínio político de Castela no século XIII.
A maioria de suas palavras é derivada do latim, mas algumas se originam de outras línguas, tais como: pré-latinas, como o grego, o euskera ou o celta; a língua árabe, com a conquista dos árabes; a língua francesa, com a influência dos eclesiásticos franceses do século XI, e a língua italiana, durante os séculos XV e XVI, devido à dominação da Itália por parte dos aragoneses.
Na América, os descendentes dos espanhóis, os espanhóis criolos e os mestiços, seguiam utilizando a língua nativa até a colonização espanhola no século XVI. Mas depois que as guerras de independência liberaram estas colônias no século XIX, as elites existentes propagaram o espanhol a toda a população para reforçar a unidade nacional.
1.1 A LÍNGUA ESPANHOLA NO MUNDO
Durante a sua evolução, a língua espanhola se tornou a segunda mais utilizada no ramo comercial e a terceira na Internet. Segundo SILVA (2009):
Esse crescimento constante (e mundial) do interesse pelo idioma é motivado pelo fato de essa língua ter se tornado, sobretudo a partir da última década do século XX, em uma das línguas mais importantes da atualidade. A razão da rápida e bem fundamentada difusão do idioma se dá por sua potente demografia bem como pelos investimentos direcionados à sua divulgação como, por exemplo, a criação do Instituto Cervantes com sede em mais de 70 países.
A criação do Instituto Cervantes foi e é fundamental para a difusão da língua espanhola no mundo. Por ter sede em vários países e em todos os continentes, é essencial para a disseminação da cultura espanhola, com trabalhos voltados especialmente para a aprendizagem desse idioma.
A língua espanhola se transformou em um instrumento de comunicação internacional e conquistou seu espaço em uma posição de grande relevância, abrindo portas para um mundo profissional, acadêmico e cultural.
Neste mundo de globalização, falar uma segunda língua é essencial, devido às transações comerciais. As empresas cada vez mais estão solicitando profissionais que tenham um segundo idioma, e o espanhol é muito requisitado. O domínio de uma língua estrangeira, que antes era “desejável”, hoje passou a se tornar um “pré-requisito” para profissionais de nível superior, médio e técnico, em todas as áreas.
Além disso, do ponto de vista cultural, as artes espanholas estão entre as mais importantes. Na literatura, no cinema e na pintura, a língua espanhola está presente, com nomes de artistas renomados, como Gabriel García Márquez, Pablo Neruda, Camilo José Cela, Luis Buñuel, Carlos Saura, Pedro Almodóvar, Diego de Velázquez e Pablo Picasso. Através do conhecimento da língua, a cultura espanhola foi descoberta pelo resto do mundo.
- 2. A LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL
O grande responsável pela introdução da língua espanhola nas escolas públicas brasileiras foi a Reforma Capanema, de 1942. Conforme a lei, todos os alunos, desde o ginásio até científico ou clássico, deveriam estudar latim, inglês ou espanhol.
Com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de 1961, houve uma diminuição das ofertas de espanhol e latim, compensada pelo surgimento de outras línguas, como o italiano, o alemão e até o japonês, de grande importância cultural.
Em 1996, a nova LDB apenas menciona que seria incluída uma língua moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda em caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição e, sendo o inglês uma língua de grande prestígio internacional, manteve garantida sua ocupação em primeiro lugar. Em segundo lugar ficaria o espanhol, em função de sua importância para o país, uma vez que se encontrava em plena atividade através da criação do MERCOSUL.
O MERCOSUL teve início no dia 26 de março de 1991, com o Tratado de Assunção, constituindo um mercado comum entre a República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai, a República Oriental do Uruguai e, mais tarde, a República Bolivariana da Venezuela, conhecidos também como “Estados Partes”, com os quais compartilham, em comum acordo, os valores democratas e pluralistas, defensores das liberdades fundamentais, dos direitos humanos, da proteção do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, da segurança jurídica, do combate à pobreza, do desenvolvimento econômico e da igualdade social.
Além desses princípios fundamentais para o tratado, a educação tem um forte peso para manter as relações entre os países envolvidos, de acordo com os PRINCÍPIOS DO MERCOSUL (1991):
Que o setor educacional buscará desenvolver nos cidadãos uma consciência favorável ao processo de integração dos quatro países; Que a educação tem um papel fundamental para que esta integração se consolide; Que a educação depende, em grande parte, da capacidade dos povos latino-americanos de reencontrar seus valores comuns e de afirmar sua identidade ante os desafios do mundo contemporâneo; O interesse de difundir o aprendizado dos idiomas oficiais do Mercosul, espanhol e português, através dos sistemas educacionais formais e informais; A necessidade de garantir um nível adequado de escolarização, assegurando uma educação básica para todos, respeitadas as características culturais e linguísticas dos Estados Membros; A necessidade de estimular maior integração entre educação-trabalho-emprego; Tornar os sistemas escolares compatíveis e harmônicos, para que o ensino seja equivalente nos quatro países.
Podemos notar a importância não só da comunicação e das igualdades sociais entre os países associados, mas também a inclusão das pessoas neste mercado emergente, pois a preocupação para que a integração se consolide entre os Estados Partes é, sem dúvida, um fator importantíssimo para o governo dos membros envolvidos.
Essa integração vem ocorrendo graças ao ensino da língua espanhola no Brasil, aprimorado após o acordo entre os países do sul, proporcionando novas janelas de oportunidades no mundo profissional.
- 3. O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA EM NOSSAS ESCOLAS – LEI Nº 11.161/05
Quanto ao ensino da Língua Espanhola nas escolas, a lei que rege todo o sistema educacional de nosso país, a LDB, relata que o aprendizado da língua, não somente a materna, mas também a língua estrangeira, é direito de todo cidadão.
A proximidade com as fronteiras de países hispanofalantes e o aumento das relações comerciais impulsionadas pelo MERCOSUL, fizeram com que o espanhol passasse a ter um lugar de destaque na educação brasileira, levando o então ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 05 de agosto de 2005, tornar obrigatória a presença da língua espanhola no currículo secundário das escolas públicas brasileiras, sendo facultado aos alunos fazer ou não a matrícula, através da Lei nº 11.161/2005. Secundo ANA L. L. R. M. SOUZA (2010):
Explicando melhor, a Língua Espanhola deverá integrar o currículo do Ensino Médio, seja esse componente curricular de matrícula facultativa para o aluno, ou de matrícula obrigatória, caso a comunidade escolar opte pela Língua Espanhola como disciplina obrigatória para o aluno. Ressaltamos que a escolha deverá ser feita pela comunidade escolar “dentro das disponibilidades da instituição.” Resta claro, portanto, que o aluno não poderá escolher cursar uma Língua Estrangeira Moderna em detrimento de outra. Ele deverá cursar obrigatoriamente a Língua estrangeira escolhida pela comunidade escolar, e caso tenha interesse, poderá cursar também a segunda Língua Estrangeira, ou outras, ofertadas pela instituição de ensino. Uma dessas deverá ser a Língua Espanhola. A Lei nº 11.161/2005 em seu artigo 5º reitera a competência dos Conselhos Estaduais de Educação e a do Distrito Federal para emissão das normas necessárias à sua execução.
Nota-se que, apesar da lei, o ensino do espanhol ainda não é satisfatório na rede pública (a menos favorecida), devido à falta de materiais didáticos apropriados, à má interpretação da lei e, o mais importante, à dificuldade para a contratação de professores qualificados, por se tratar de uma novidade curricular. Conforme a autora cita acima, a execução cabe estritamente aos Conselhos Estaduais e ao Distrito Federal.
A formação continuada, bem como os cursos de formação a distância, é uma saída para tal qualificação e deve ser aplicada somente aos professores com formação inicial na área de língua espanhola. Uma vez que os programas de formação continuada e ensino a distancia possam parecer “uma alavanca de transformação mais fácil de acionar em curto prazo”, somente eles têm a capacidade de “desenvolver competências mais que transmitir conhecimentos”, diferente do que pensam os dirigentes que se alimentam de estatísticas (REVISTA MAGNA, 2007, pág 9).
- 4. VARIEDADES LINGUÍSTICAS NA LÍNGUA ESPANHOLA
A língua espanhola é muito parecida com a língua portuguesa e, ao mesmo tempo, é muito distinta. Muitas pessoas pensam que, por elas serem parecidas, a compreensão da língua espanhola é fácil, pois se o indivíduo sabe falar português, consequentemente sabe traduzir a língua espanhola.
Essa familiaridade entre as línguas normalmente gera a maioria dos erros de tradução, pois há palavras em Espanhol que são escritas exatamente iguais a algumas palavras em português, mas apresentam significados totalmente distintos, como é caso dos falsos cognatos, conhecidos também como falsos amigos.
Abaixo seguem algumas palavras retiradas da lista de falsos amigos português-espanhol/espanhol-português, de Mario Morales Castro.
PORTUGUÊS |
ESPANHOL |
ESPAÑOL |
PORTUGUÉS |
aborrecer |
aburrir/molestar |
aborrecer |
detestar |
aceitar |
aceptar |
aceitar |
lubrificar com óleo |
aceite (p.p.) |
aceptado |
aceite |
óleo |
acordar |
= / despertar |
acordarse |
lembrar-se |
balcão |
mostrador |
balcón |
varanda |
barata (sust.) |
cucaracha |
barata |
promoção |
barriga |
= / tripa |
barriga |
ventre |
bicha (Bras.)(m) |
homosexual |
bicha |
serpente |
bicha (Port.) |
cola (de gente) |
bicha |
serpente |
cadeira |
silla |
cadera |
anca |
calças |
pantalones |
calzas |
(tu) calças (vb.) / (ant.) meias, calções |
cambiar |
cambiar (divisas) |
cambiar |
trocar / mudar |
coelho |
conejo |
cuello |
pescoço |
desenvolver |
desarrollar |
desenvolver |
desembrulhar |
doce |
dulce/mermelada |
doce |
doze |
embutido |
taraceado |
embutido |
enchido |
empeçar |
enredar, dificultar |
empezar |
começar |
encerrar |
cerrar |
encerrar |
prender / fechar à chave |
engraçado |
gracioso / mono |
engrasado |
lubrificado |
envolver |
involucrar |
envolver |
enrolar / embrulhar / = (envolver) |
fechar |
cerrar |
fechar |
datar |
férias |
vacaciones |
feria |
feira |
funcionário |
= (funcionario) / empleado |
funcionario |
funcionário público |
gabinete |
despacho / = (gabinete) |
gabinete |
antessala, antecâmara |
galheta |
vinagrera / bofetada |
galleta |
bolacha |
galo |
gallo / chichón (fam.) |
galo |
francês (sinónimo) |
graça |
gracia |
grasa |
graxa / gordura |
informe (adj.) |
deforme / irregular |
informe (subst.) |
relatório / (adj.) = (informe) |
isenção |
neutralidad / = (exención) |
exención |
isenção |
lã |
lana |
la (art.) |
a (art.) |
largo |
ancho / plaza |
largo |
comprido / longo |
ligar |
encender (un aparato) / unir / llamar por teléfono / dar importancia |
ligar |
unir, atar / (fam.) engatar |
logo |
de inmediato |
luego |
depois |
maestro |
director (orquesta) |
maestro |
professor / mestre |
manteiga |
mantequilla |
manteca |
banha |
mas |
pero, mas |
más |
mais |
mercearia |
tienda de comestibles |
mercería |
retrosaria |
namorado |
novio |
enamorado |
apaixonado |
neto |
nieto |
neto |
líquido (peso etc.) |
ninho |
nido |
niño |
criança / rapaz |
nota |
nota |
nota |
= (nota, qualificação) / factura / talão |
oficina |
taller |
oficina |
escritório / gabinete |
osso |
hueso |
oso |
urso |
paço |
palacio |
pazo |
casa solarenga (Galicia) |
palco |
Escenario/tablado |
palco |
camarote (teatro) |
pegada |
pisada |
pegada |
encolada |
pila |
pene |
pila |
pilha / pia |
presunto |
jamón serrano |
presunto |
suposto |
quinta |
finca rústica / granja |
quinta |
casa luxuosa fora cidade / camada de idade |
rato |
ratón |
rato |
momento |
ronha |
maña / pereza |
roña |
sarna |
roxo |
morado / violeta |
rojo |
vermelho / encarnado |
ruivo |
pelirrojo |
rubio |
loiro |
salada |
ensalada |
salada |
salgada |
salsa |
perejil |
salsa |
molho |
seta |
flecha |
seta |
cogumelo |
silha |
muro divisorio / base de colmena |
silla |
cadeira |
taça |
copa |
taza |
chávena / xícara |
taça |
copa |
tasa |
taxa |
talher |
cubierto (cuchara, tenedor, cuchillo) |
taller |
oficina |
tinto |
tinto / teñido |
tinto |
vinho tinto |
vaga |
ola grande / plaza libre |
vaga |
preguiçosa |
vago (adj.) |
vacío / desocupado |
vago |
vadio |
vaso |
maceta / jarrón |
vaso |
copo |
vassoura |
escoba |
basura |
lixo |
venda |
venta/venda (sólo para tapar los ojos)
|
venda |
ligadura |
Outros fatores que geram muita interferência na aprendizagem do espanhol como segunda língua para um falante português é a confusão entre as letras, que segundo Durão (2004, p.109) são: V/B (Tabela 1), N/M (Tabela 2), o uso do SS do português e do S do espanhol (Tabela 3) e a disparidade dos gêneros dos substantivos (Tabela 4).
Tabela 1. Letras V/B
Produção dos alunos |
Formas Corretas |
“ella es governadora” |
gobernadora |
“...entre ellos estava su mujer.” |
estaba |
“...no deve superar...” |
debe |
Tabela 2. Letras N/M
Produção dos alunos |
Formas Corretas |
“...de los titulados madrileños que trabajam actualmente...”
|
trabajan
|
“...las cadenas de televisión se comprometem...”
|
comprometen |
“... em vários âmbitos...” |
en |
Tabela 3. Letras SS/S
Produção dos alunos |
Formas Corretas |
“La possibilidad de volver...” |
posibilidad
|
“...en el dessarrollo social...” |
desarrollo
|
“...es necessaria la reforma...” |
necesaria.
|
Tabela 4. Gênero dos substantivos
Produção dos alunos |
Formas Corretas |
“...declara una mensaje...” |
un mensaje |
“...el leche...” |
la leche |
“...la hora de repartir los labores del hogar...”
|
las labores
|
Fonte: Durão (2004, p.113/114/117)
Apesar da heterogeneidade da língua, ela apresenta algo em comum, homogêneo, que permite a comunicação entre todos os hispânicos, pois a estrutura da língua é a mesma.
CONCLUSÃO
A língua espanhola não para de evoluir. Desde seu surgimento até hoje, ela é conhecida por quase todo o mundo, através de centros de idiomas, como o Instituto Cervantes, obras de artistas renomados, como o de Pablo Picasso, e no cinema, demonstrando sua cultura com Pedro Almodóvar.
No Brasil ela teve uma repercussão maior, pois com o MERCOSUL a difusão da língua se tornou até obrigatória em nossas escolas com a Lei nº 11.161/2005, assinada pelo ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, pois, através da aproximação com o mundo hispano, a necessidade de aprender a língua espanhola se tornou fundamental para o desenvolvimento social do indivíduo.
Apesar do ensino deste idioma ter-se tornado obrigatório em nossas escolas, ele ainda é insuficiente, pois a falta de qualificação de docentes nesta área é escassa, e só pode ser melhorada com a ajuda dos Conselhos Estaduais e do Distrito Federal através de formações continuadas para os professores com iniciação em língua espanhola, pois o alavancamento é mais rápido e eficaz.
Saber os reais significados das palavras em espanhol é, sem dúvida, fundamental para que haja uma compreensão favorável entre os indivíduos. Conhecer alguns falsos cognatos é imprescindível aos alunos de espanhol e cabe ao professor mostrá-los.
A língua espanhola é magnífica, conhecê-la é deslumbrante, falá-la é maravilhoso e ouvi-la é fascinante.
REFERÊNCIAS
ABREU, Zilpa H. L. A língua espanhola, o Mercosul e o Brasil, pag. 3, jun, 2006. Disponível em: <http://www.ecsbdefesa.com.br>. Acesso em: 05/09/2012.
BERGSTEN, Patrícia S. F. A ascensão da língua espanhola no Brasil, em 21/04/2009. Disponível em: <http://www.infoeducativa.com.br/index.asp?page=artigo&id=36>. Acesso em: 19/08/2012.
CASTRO, Mario M. Listas de falsos amigos português-espanhol/espanhol-português. Disponível em: <http://ec.europa.eu/translation/bulletins/puntoycoma/47/pyc476.htm>. Acesso em: 25/10/2012.
DURÃO, Adja B. de A. B. Análisis de errores en la interlengua de brasileños aprendices de español y de españoles aprendices de portugués. Londrina: EDUEL, 2. ed., 2004. Disponível em: < www.calem.ct.utfpr.edu.br/monografias/FabioCastanheira.pdf>. Acesso em: 17/10/2010.
Espanhol - a história da língua espanhola. Países que falam espanhol, alfabeto, pronúncia, o castelhano. Disponível em: <http://tradutoronline.ws/espanhol> . Acesso em: 30/08/2012.
MONTAÑEZ, Amanda P. A implantação do ensino da língua espanhola nas escolas da cidade de Londrina e região: políticas públicas e educação bilíngue, pag. 110. Disponível em:
<http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/a_implantacao_do_ensino_da_lingua_ espanhola_nas_escolas_da_cidade_de_londrina_e_regiao_politicas_publicas_e_educacao_bilingue.pdf>. Acesso em: 21/05/2012.
Oficialização do ensino de língua espanhola nas escolas públicas brasileiras. Revista HELB 2006/2010 - Linha do tempo sobre a história do ensino de línguas no Brasil, PGLA - Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade de Brasília – UnB, Disponível em: http://www.helb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=73:oficializa-do-ensino-de-lua-espanhola-nas-escolas-pcas-brasileiras&catid=1044:2005&Itemid=2> . Acesso em: 03/10/2012.
O MERCOSUL e o Tratado de Assunção. Disponível em: <http://www.mercosul.gov.br>, administrada pelo Departamento do Mercosul (DMSUL) do Ministério das Relações Exteriores. Acesso em: 20/07/2012.
REATTO, Diogo; BICASSO, Cristiane M. O ensino do espanhol como língua estrangeira: uma discussão sócio-política e educacional. REVISTA LETRA MAGNA - Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura - Ano 04 n.07 - 2º Semestre de 2007, pag. 9. Disponível em: <http://www.letramagna.com/espanholensinolei.pdf >. Acesso em: 03/10/2012.
SILVA, Odair L. Espanhol: língua do presente, língua do futuro. Jornal 81- Abril 2009. Disponível em <http://www.jornal.uem.br>. Acesso em: 04/09/2012.
SOUZA, Ana L. L. R. M. A inclusão da língua espanhola no currículo do ensino médio. Disponível: <http://espanholdobrasil.wordpress.com/2010/02/05/a-inclusao-da-lingua-espanhola-no-curriculo-do-ensino-medio>.Acesso em: 10/10/2012.