Autores: Ana Carolina de Souza Beraldo

Maria Tereza Retondo

Curso: Licenciatura em Letras Português e Espanhol

Polo: Ourinhos

Orientadora: Profª Ms. Edna Maria Monhaler

RESUMO

Este artigo tem o objetivo de demonstrar como a Língua Espanhola - segunda língua nativa mais falada no mundo e a primeira mais falada nas Américas - cresceu significativamente no Brasil. Com base nestes dados, apresentaremos a trajetória do idioma espanhol, incluindo-se, nesse percurso, seu surgimento no reino de Castela, gerando a nação espanhola, um breve comentário sobre o espanhol no mundo, seu reconhecimento na atualidade, a criação do MERCOSUL, que influenciou fortemente este crescimento no Brasil e sua implantação nas escolas brasileiras com a Lei nº 11.161/05. Nesse contexto, falaremos sobre as suas variantes linguísticas entre o português e o espanhol (tendo como foco os falsos cognatos). Para o desenvolvimento deste trabalho, foram utilizadas pesquisas via Internet, através de sites especializados no assunto, com teses, artigos e dissertações. Os resultados demonstraram que o ensino dessa língua tende a crescer cada vez mais e sua importância acabará sendo não somente nacional, mas mundial.

Palavras-chave: Língua Espanhola, Evolução do Espanhol, Ensino do Espanhol, Mercosul.

INTRODUÇÃO

 

Todos os seres têm uma forma distinta de se comunicar, mas somente o homem utiliza a linguagem, ou seja, um sistema complexo de “símbolos” sonoros utilizados por um mesmo grupo de um país ou região, conhecido por língua ou idioma.

Dentre as inúmeras línguas faladas no mundo, a língua espanhola se destaca, atualmente, por ser a mais falada nas Américas.

Antigamente não havia tanta necessidade de se falar mais de um idioma, mas com o crescimento de trocas de mercadorias no ramo comercial, entre países de idiomas distintos, falar outra língua, além da língua materna, tornou-se de extrema importância.

O presente trabalho tem por objetivo apresentar a evolução da língua espanhola, que se encontra em plena ascensão no Brasil, analisando a importância deste fato para os estudantes e os docentes deste idioma, que é o segundo mais estudado, depois do inglês.

Inicialmente, abordaremos seu desenvolvimento histórico e social. Na história, com o surgimento no reino de Castela, no final do século XV, resultado da união do rei de Aragão com a rainha de Castela, formando, então, a nação espanhola. Na sociedade, com seu reconhecimento mundial, devido à importância, na atualidade, nos ramos profissional, acadêmico e cultural.

Num segundo momento, falaremos da criação do MERCOSUL (Mercado Comum do Sul), fusão fundamental entre os países do sul, tornando imprescindível a aprendizagem da língua espanhola no Brasil, enfatizando a lei que impõe o oferecimento do ensino do espanhol em nossas escolas.   

Ao final, veremos como o idioma espanhol apresenta uma grande semelhança com o nosso português em seus aspectos linguísticos, nos proporcionando palavras parecidas, mas com significados totalmente distintos.

  1. 1.                O SURGIMENTO DA LÍNGUA ESPANHOLA


O espanhol é um idioma falado por mais de 420 milhões de pessoas no mundo, sendo que muitas delas usam-no como a segunda língua oficial ou como língua estrangeira. A língua espanhola é falada na Espanha e em mais de 43 países, incluindo Guiné Equatorial, México, Cuba, República Dominicana, Porto Rico, Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicaragua, Costa Rica, Panamá, Venezuela, Colômbia, Equador, Peru, Bolívia, Chile, Paraguai, Uruguai e Argentina.

A língua espanhola, também conhecida como castelhana, é o resultado de mais de 1000 anos de evolução e tem origem no final do século XV, no reino medieval de Castela. Depois de tantas lutas e conquistas por terras, economias e povoamento, o reinado se formou com a união de Isabel (rainha de Castela) e Fernando (rei de Aragão).

O castelhano, que se mostra especialmente popular no Cone Sul (região que corresponde às zonas sul da América do Sul até o sul do Trópico de Capricórnio) e entre os demais falantes das línguas oficiais da Espanha, como o catalão, galego e valenciano, nas respectivas regiões da Catalunha, Galícia e Valência, se impulsionou sobre os demais idiomas e dialetos presentes naquela época e, pouco a pouco, foi se tornando a língua padrão pelo domínio político de Castela no século XIII.

A maioria de suas palavras é derivada do latim, mas algumas se originam de outras línguas, tais como: pré-latinas, como o grego, o euskera ou o celta; a língua árabe, com a conquista dos árabes; a língua francesa, com a influência dos eclesiásticos franceses do século XI, e a língua italiana, durante os séculos XV e XVI, devido à dominação da Itália por parte dos aragoneses.

Na América, os descendentes dos espanhóis, os espanhóis criolos e os mestiços, seguiam utilizando a língua nativa até a colonização espanhola no século XVI. Mas depois que as guerras de independência liberaram estas colônias no século XIX, as elites existentes propagaram o espanhol a toda a população para reforçar a unidade nacional.

1.1           A LÍNGUA ESPANHOLA NO MUNDO

 

Durante a sua evolução, a língua espanhola se tornou a segunda mais utilizada no ramo comercial e a terceira na Internet. Segundo SILVA (2009):

Esse crescimento constante (e mundial) do interesse pelo idioma é motivado pelo fato de essa língua ter se tornado, sobretudo a partir da última década do século XX, em uma das línguas mais importantes da atualidade. A razão da rápida e bem fundamentada difusão do idioma se dá por sua potente demografia bem como pelos investimentos direcionados à sua divulgação como, por exemplo, a criação do Instituto Cervantes com sede em mais de 70 países.

A criação do Instituto Cervantes foi e é fundamental para a difusão da língua espanhola no mundo. Por ter sede em vários países e em todos os continentes, é essencial para a disseminação da cultura espanhola, com trabalhos voltados especialmente para a aprendizagem desse idioma.

A língua espanhola se transformou em um instrumento de comunicação internacional e conquistou seu espaço em uma posição de grande relevância, abrindo portas para um mundo profissional, acadêmico e cultural.

Neste mundo de globalização, falar uma segunda língua é essencial, devido às transações comerciais. As empresas cada vez mais estão solicitando profissionais que tenham um segundo idioma, e o espanhol é muito requisitado. O domínio de uma língua estrangeira, que antes era “desejável”, hoje passou a se tornar um “pré-requisito” para profissionais de nível superior, médio e técnico, em todas as áreas.

Além disso, do ponto de vista cultural, as artes espanholas estão entre as mais importantes. Na literatura, no cinema e na pintura, a língua espanhola está presente, com nomes de artistas renomados, como Gabriel García Márquez, Pablo Neruda, Camilo José Cela, Luis Buñuel, Carlos Saura, Pedro Almodóvar, Diego de Velázquez e Pablo Picasso. Através do conhecimento da língua, a cultura espanhola foi descoberta pelo resto do mundo.

  1. 2.                A LÍNGUA ESPANHOLA NO BRASIL

 O grande responsável pela introdução da língua espanhola nas escolas públicas brasileiras foi a Reforma Capanema, de 1942. Conforme a lei, todos os alunos, desde o ginásio até científico ou clássico, deveriam estudar latim, inglês ou espanhol.

Com a LDB (Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional) de 1961, houve uma diminuição das ofertas de espanhol e latim, compensada pelo surgimento de outras línguas, como o italiano, o alemão e até o japonês, de grande importância cultural.

Em 1996, a nova LDB apenas menciona que seria incluída uma língua moderna como disciplina obrigatória, escolhida pela comunidade escolar, e uma segunda em caráter optativo, dentro das possibilidades da instituição e, sendo o inglês uma língua de grande prestígio internacional, manteve garantida sua ocupação em primeiro lugar. Em segundo lugar ficaria o espanhol, em função de sua importância para o país, uma vez que se encontrava em plena atividade através da criação do MERCOSUL.

O MERCOSUL  teve início no dia 26 de março de 1991, com o Tratado de Assunção, constituindo um mercado comum entre a República da Argentina, a República Federativa do Brasil, a República do Paraguai, a República Oriental do Uruguai e, mais tarde, a República Bolivariana da Venezuela, conhecidos também como “Estados Partes”, com os quais compartilham, em comum acordo, os valores democratas e pluralistas, defensores das liberdades fundamentais, dos direitos humanos, da proteção do meio ambiente, do desenvolvimento sustentável, da segurança jurídica, do combate à pobreza, do desenvolvimento econômico e da igualdade social.

Além desses princípios fundamentais para o tratado, a educação tem um forte peso para manter as relações entre os países envolvidos, de acordo com os PRINCÍPIOS DO MERCOSUL (1991):

Que o setor educacional buscará desenvolver nos cidadãos uma consciência favorável ao processo de integração dos quatro países; Que a educação tem um papel fundamental para que esta integração se consolide; Que a educação depende, em grande parte, da capacidade dos povos latino-americanos de reencontrar seus valores comuns e de afirmar sua identidade ante os desafios do mundo contemporâneo; O interesse de difundir o aprendizado dos idiomas oficiais do Mercosul, espanhol e português, através dos sistemas educacionais formais e informais; A necessidade de garantir um nível adequado de escolarização, assegurando uma educação básica para todos, respeitadas as características culturais e linguísticas dos Estados Membros; A necessidade de estimular maior integração entre educação-trabalho-emprego; Tornar os sistemas escolares compatíveis e harmônicos, para que o ensino seja equivalente nos quatro países.

Podemos notar a importância não só da comunicação e das igualdades sociais entre os países associados, mas também a inclusão das pessoas neste mercado emergente, pois a preocupação para que a integração se consolide entre os Estados Partes é, sem dúvida, um fator importantíssimo para o governo dos membros envolvidos.

Essa integração vem ocorrendo graças ao ensino da língua espanhola no Brasil, aprimorado após o acordo entre os países do sul, proporcionando novas janelas de oportunidades no mundo profissional.

  1. 3.                O ENSINO DA LÍNGUA ESPANHOLA EM NOSSAS ESCOLAS – LEI Nº 11.161/05

Quanto ao ensino da Língua Espanhola nas escolas, a lei que rege todo o sistema educacional de nosso país, a LDB, relata que o aprendizado da língua, não somente a materna, mas também a língua estrangeira, é direito de todo cidadão.

A proximidade com as fronteiras de países hispanofalantes e o aumento das relações comerciais impulsionadas pelo MERCOSUL, fizeram com que o espanhol passasse a ter um lugar de destaque na educação brasileira, levando o então ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva, em 05 de agosto de 2005, tornar obrigatória a presença da língua espanhola no currículo secundário das escolas públicas brasileiras, sendo facultado aos alunos fazer ou não a matrícula, através da Lei nº 11.161/2005. Secundo ANA L. L. R. M. SOUZA (2010):

Explicando melhor, a Língua Espanhola deverá integrar o currículo do Ensino Médio, seja esse componente curricular de matrícula facultativa para o aluno, ou de matrícula obrigatória, caso a comunidade escolar opte pela Língua Espanhola como disciplina obrigatória para o aluno. Ressaltamos que a escolha deverá ser feita pela comunidade escolar “dentro das disponibilidades da instituição.” Resta claro, portanto, que o aluno não poderá escolher cursar uma Língua Estrangeira Moderna em detrimento de outra. Ele deverá cursar obrigatoriamente a Língua estrangeira escolhida pela comunidade escolar, e caso tenha interesse, poderá cursar também a segunda Língua Estrangeira, ou outras, ofertadas pela instituição de ensino. Uma dessas deverá ser a Língua Espanhola. A Lei nº 11.161/2005 em seu artigo 5º reitera a competência dos Conselhos Estaduais de Educação e a do Distrito Federal para emissão das normas necessárias à sua execução.

Nota-se que, apesar da lei, o ensino do espanhol ainda não é satisfatório na rede pública (a menos favorecida), devido à falta de materiais didáticos apropriados, à má interpretação da lei e, o mais importante, à dificuldade para a contratação de professores qualificados, por se tratar de uma novidade curricular. Conforme a autora cita acima, a execução cabe estritamente aos Conselhos Estaduais e ao Distrito Federal.

A formação continuada, bem como os cursos de formação a distância, é uma saída para tal qualificação e deve ser aplicada somente aos professores com formação inicial na área de língua espanhola. Uma vez que os programas de formação continuada e ensino a distancia possam parecer “uma alavanca de transformação mais fácil de acionar em curto prazo”, somente eles têm a capacidade de “desenvolver competências mais que transmitir conhecimentos”, diferente do que pensam os dirigentes que se alimentam de estatísticas (REVISTA MAGNA, 2007, pág 9).

  1. 4.                VARIEDADES LINGUÍSTICAS NA LÍNGUA ESPANHOLA

A língua espanhola é muito parecida com a língua portuguesa e, ao mesmo tempo, é muito distinta. Muitas pessoas pensam que, por elas serem parecidas, a compreensão da língua espanhola é fácil, pois se o indivíduo sabe falar português, consequentemente sabe traduzir a língua espanhola.

Essa familiaridade entre as línguas normalmente gera a maioria dos erros de tradução, pois há palavras em Espanhol que são escritas exatamente iguais a algumas palavras em português, mas apresentam significados totalmente distintos, como é caso dos falsos cognatos, conhecidos também como falsos amigos.

Abaixo seguem algumas palavras retiradas da lista de falsos amigos português-espanhol/espanhol-português, de Mario Morales Castro.

PORTUGUÊS

ESPANHOL

ESPAÑOL

PORTUGUÉS

aborrecer

aburrir/molestar

aborrecer

detestar

aceitar

aceptar

aceitar

lubrificar com óleo

aceite (p.p.)

aceptado

aceite

óleo

acordar

= / despertar

acordarse

lembrar-se

balcão

mostrador

balcón

varanda

barata (sust.)

cucaracha

barata
(sust.)(Mex.)

promoção

barriga

= / tripa

barriga

ventre

bicha (Bras.)(m)

homosexual

bicha

serpente

bicha (Port.)

cola (de gente)

bicha

serpente

cadeira

silla

cadera

anca

calças

pantalones

calzas

(tu) calças (vb.) / (ant.) meias, calções

cambiar

cambiar (divisas)

cambiar

trocar / mudar

coelho

conejo

cuello

pescoço

desenvolver

desarrollar

desenvolver

desembrulhar

doce

dulce/mermelada

doce

doze

embutido

taraceado

embutido

enchido

empeçar

enredar, dificultar

empezar

começar

encerrar

cerrar

encerrar

prender / fechar à chave

engraçado

gracioso / mono

engrasado

lubrificado

envolver

involucrar

envolver

enrolar / embrulhar / = (envolver)

fechar

cerrar

fechar

datar

férias

vacaciones

feria

feira

funcionário

= (funcionario) / empleado

funcionario

funcionário público

gabinete

despacho / = (gabinete)

gabinete

antessala, antecâmara

galheta

vinagrera / bofetada

galleta

bolacha

galo

gallo / chichón (fam.)

galo

francês (sinónimo)

graça

gracia

grasa

graxa / gordura

informe (adj.)

deforme / irregular

informe (subst.)

relatório / (adj.) = (informe)

isenção

neutralidad / = (exención)

exención

isenção

lana

la (art.)

a (art.)

largo

ancho / plaza

largo

comprido / longo

ligar

encender (un aparato) / unir / llamar por teléfono / dar importancia

ligar

unir, atar / (fam.) engatar

logo

de inmediato

luego

depois

maestro

director (orquesta)

maestro

professor / mestre

manteiga

mantequilla

manteca

banha

mas

pero, mas

más

mais

mercearia

tienda de comestibles

mercería

retrosaria

namorado

novio

enamorado

apaixonado

neto

nieto

neto

líquido (peso etc.)

ninho

nido

niño

criança / rapaz

nota

nota

nota

= (nota, qualificação) / factura / talão

oficina

taller

oficina

escritório / gabinete

osso

hueso

oso

urso

paço

palacio

pazo

casa solarenga (Galicia)

palco

Escenario/tablado

palco

camarote (teatro)

pegada

pisada

pegada

encolada

pila

pene

pila

pilha / pia

presunto

jamón serrano

presunto

suposto

quinta

finca rústica / granja

quinta

casa luxuosa fora cidade / camada de idade

rato

ratón

rato

momento

ronha

maña / pereza

roña

sarna

roxo

morado / violeta

rojo

vermelho / encarnado

ruivo

pelirrojo

rubio

loiro

salada

ensalada

salada

salgada

salsa

perejil

salsa

molho

seta

flecha

seta

cogumelo

silha

muro divisorio / base de colmena

silla

cadeira

taça

copa

taza

chávena / xícara

taça

copa

tasa

taxa

talher

cubierto (cuchara, tenedor, cuchillo)

taller

oficina

tinto

tinto / teñido

tinto

vinho tinto

vaga

ola grande / plaza libre

vaga

preguiçosa

vago (adj.)

vacío / desocupado

vago

vadio

vaso

maceta / jarrón

vaso

copo

vassoura

escoba

basura

lixo

venda

venta/venda (sólo para tapar los ojos)

 

venda

ligadura

Outros fatores que geram muita interferência na aprendizagem do espanhol como segunda língua para um falante português é a confusão entre as letras, que segundo Durão (2004, p.109) são: V/B (Tabela 1), N/M (Tabela 2), o uso do SS do português e do S do espanhol (Tabela 3) e a disparidade dos gêneros dos substantivos (Tabela 4).

Tabela 1. Letras V/B

Produção dos alunos

Formas Corretas

“ella es governadora”

gobernadora

“...entre ellos estava su mujer.”

estaba

“...no deve superar...”

debe

 

Tabela 2. Letras N/M

Produção dos alunos

Formas Corretas

“...de los titulados madrileños que

trabajam actualmente...”

 

trabajan

 

“...las cadenas de televisión se

comprometem...”

 

comprometen

“... em vários âmbitos...”

en

 

Tabela 3. Letras SS/S

Produção dos alunos

Formas Corretas

“La possibilidad de volver...”

posibilidad

 

“...en el dessarrollo social...”

desarrollo

 

“...es necessaria la reforma...”

necesaria.

 

Tabela 4. Gênero dos substantivos

Produção dos alunos

Formas Corretas

“...declara una mensaje...”

un mensaje

“...el leche...”

la leche

“...la hora de repartir los labores del

hogar...”

 

las labores

 

Fonte: Durão (2004, p.113/114/117)

Apesar da heterogeneidade da língua, ela apresenta algo em comum, homogêneo, que permite a comunicação entre todos os hispânicos, pois a estrutura da língua é a mesma.

CONCLUSÃO

 

A língua espanhola não para de evoluir. Desde seu surgimento até hoje, ela é conhecida por quase todo o mundo, através de centros de idiomas, como o Instituto Cervantes, obras de artistas renomados, como o de Pablo Picasso, e no cinema, demonstrando sua cultura com Pedro Almodóvar.

No Brasil ela teve uma repercussão maior, pois com o MERCOSUL a difusão da língua se tornou até obrigatória em nossas escolas com a Lei nº 11.161/2005, assinada pelo ex-presidente da república Luiz Inácio Lula da Silva, pois, através da aproximação com o mundo hispano, a necessidade de aprender a língua espanhola se tornou fundamental para o desenvolvimento social do indivíduo.

Apesar do ensino deste idioma ter-se tornado obrigatório em nossas escolas, ele ainda é insuficiente, pois a falta de qualificação de docentes nesta área é escassa, e só pode ser melhorada com a ajuda dos Conselhos Estaduais e do Distrito Federal através de formações continuadas para os professores com iniciação em língua espanhola, pois o alavancamento é mais rápido e eficaz.

Saber os reais significados das palavras em espanhol é, sem dúvida, fundamental para que haja uma compreensão favorável entre os indivíduos. Conhecer alguns falsos cognatos é imprescindível aos alunos de espanhol e cabe ao professor mostrá-los.

A língua espanhola é magnífica, conhecê-la é deslumbrante, falá-la é maravilhoso e ouvi-la é fascinante.

 

REFERÊNCIAS

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CASTRO, Mario M. Listas de falsos amigos português-espanhol/espanhol-português. Disponível em: <http://ec.europa.eu/translation/bulletins/puntoycoma/47/pyc476.htm>.  Acesso em:  25/10/2012.

 

DURÃO, Adja B. de A. B. Análisis de errores en la interlengua de brasileños aprendices de español y de españoles aprendices de portugués. Londrina: EDUEL, 2. ed., 2004. Disponível em: < www.calem.ct.utfpr.edu.br/monografias/FabioCastanheira.pdf>. Acesso em: 17/10/2010.

 

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<http://www.uel.br/eventos/sepech/sumarios/temas/a_implantacao_do_ensino_da_lingua_ espanhola_nas_escolas_da_cidade_de_londrina_e_regiao_politicas_publicas_e_educacao_bilingue.pdf>. Acesso em: 21/05/2012.

 

Oficialização do ensino de língua espanhola nas escolas públicas brasileiras. Revista HELB 2006/2010 - Linha do tempo sobre a história do ensino de línguas no Brasil, PGLA - Programa de Pós-Graduação em Linguística Aplicada da Universidade de Brasília – UnB, Disponível em: http://www.helb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=73:oficializa-do-ensino-de-lua-espanhola-nas-escolas-pcas-brasileiras&catid=1044:2005&Itemid=2> . Acesso em: 03/10/2012.

 

O MERCOSUL e o Tratado de Assunção. Disponível em: <http://www.mercosul.gov.br>, administrada pelo Departamento do Mercosul (DMSUL) do Ministério das Relações Exteriores. Acesso em: 20/07/2012.

 

REATTO, Diogo; BICASSO, Cristiane M. O ensino do espanhol como língua estrangeira: uma discussão sócio-política e educacional. REVISTA LETRA MAGNA - Revista Eletrônica de Divulgação Científica em Língua Portuguesa, Linguística e Literatura - Ano 04 n.07 - 2º Semestre de 2007, pag. 9. Disponível em: <http://www.letramagna.com/espanholensinolei.pdf >. Acesso em: 03/10/2012.

 

SILVA, Odair L. Espanhol: língua do presente, língua do futuro. Jornal 81- Abril 2009. Disponível em <http://www.jornal.uem.br>. Acesso em: 04/09/2012.

 

SOUZA, Ana L. L. R. M. A inclusão da língua espanhola no currículo do ensino médio. Disponível: <http://espanholdobrasil.wordpress.com/2010/02/05/a-inclusao-da-lingua-espanhola-no-curriculo-do-ensino-medio>.Acesso em: 10/10/2012.