A DIVISÃO DA FIGURA DO DOCENTE DE ACORDO COM A OBJETIVIDADE DA FUNÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD.

 

 

                    FERNANDA CARVALHO B. HERNANDEZ[1]

ANGELA SAMPAIO DE DEUS LIMA[2]

 

 

RESUMO:

 

 

O presente trabalho tem como finalidade realizar uma breve reflexão sobre a história do Ensino a Distância, bem como as particularidades da docência nesse modelo de ensino, por meio de uma pesquisa bibliográfica visa abordar as diferenças do ensino dado como tradicional, o ensino presencial. Essa pesquisa tem por objetivo descrever as características referentes às responsabilidades e atividades desenvolvidas de cada figura que integra o corpo docente da modalidade de ensino a distância, descrevendo brevemente a história do surgimento da mesma no Brasil, sua concepção didática, sua metodologia, até chegarmos na divisão da figura do professor ofertado por uma instituição de ensino superior privada do Norte do Paraná.

 

Palavras-chave: Ensino a Distância. Aprendizagem. Docência. Divisão de                                                                                 Funções.

 

 

ABSTRACT:

 

This paper aims to conduct a brief reflection on the history of Distance Education, as well as the particularities of teaching in this teaching model, through a literature review aims to address the differences of education given as traditional classroom learning. This research aims to describe the characteristics concerning the responsibilities of each figure and developed that integrates the faculty of the mode of distance learning activities, briefly describing the history of the emergence of the same in Brazil, its didactic design, methodology, until we reach the division of the teacher figure offered by a private institution of higher education in northern Paraná.

 

 

Key Words: Distance Education. Learning. Teaching. Function Division.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

            A pesquisa tem por objetivo abordar a evolução do processo de ensino aprendizagem passando pelas diversas mudanças das metodologias empregadas para tal fim, visando ressaltar as particularidades do ensino a distância ofertado por uma instituição de ensino superior privada do Norte do Paraná.

            Por meio de pesquisa bibliográfica abordarei o tema a fim de contribuir para novas discussões acerca do tema proposto, apresentará a trajetória do Ensino a Distância, passando pelo seu surgimento no Brasil, as necessidades da época, as mudanças da metodologia empregada, bem como as três gerações por qual passou, desde a educação por meio de correspondências via correio e telegrafo o popular ensino por rádio e televisão, chegando à era da tecnologia, com acesso à internet.

Tendo por objetivo ressaltar as diferenças e particularidades da metodologia do ensino a distância, ressaltando a divisão da figura do professor, apresentando suas atribuições e responsabilidades quanto ao processo de ensino aprendizagem, detalhando de acordo com a função exercida.

Pode-se mencionar que de forma simplificada, a educação a distância significa educação livre de distâncias, considerando que o que difere o ensino presencial do a distância é que nesta o aluno desenvolve seu conhecimento, aprendendo e construindo saberes, atitudes e rotinas referentes ao estudo, à profissão a ser exercida e a própria vida, quando e como lhe for mais conveniente.

 

 

2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

 

 

A Educação a Distância vem ganhando espaço e adeptos de maneira acelerada nos últimos tempos, devido à praticidade, pelo fato de oferecer ensino à qualquer pessoa em qualquer lugar, desde que se tenha acesso à internet, e também devido à comodidade da flexibilidade de horário, onde o aluno não necessita estar presente em hora e local pré estabelecidos, podendo assistir às aulas e realizar suas atividades no momento que for mais oportuno para ele.

Essa modalidade de ensino passa por um momento de consolidação e desenvolvimento amplo, mesmo sendo um assunto atual, no Brasil este modelo educacional já é utilizado desde o início do século XX, sendo a primeira experiência com ensino a distância, segundo Zuin (2002) datada de 1904, onde os cursos eram pagos e oferecidos por instituições internacionais e privadas. Ainda segundo o autor em 1934 é instalada, no Rio de Janeiro, por Edgard Roquette-Pinto, a Rádio Escola Municipal que juntamente com a Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal, dirigida por Anísio Teixeira, fundaram a primeira proposta de educação a distância, utilizando-se de rádio e o cinema educativo, a biblioteca e o museu escolar.

A comunicação com os estudantes era feita por meio de correspondência e os estudantes tinham acesso prévio aos folhetos de aulas. Em 1.939, a experiência surgiu em São Paulo com o Instituto Monitor, na época, ainda com o nome Instituto Rádio­ Técnico Monitor. Dois anos mais tarde, surge a primeira Universidade do Ar, que durou até 1.944. Zuin (2002) cita que a instituição que perdurou e obteve sucesso foi o Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1.940, e parece ser a instituição mais antiga a manter cursos por correspondência.

 

No Brasil, o Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1940, parece ser a instituição mais antiga a manter cursos por correspondência. Desde então, outras instituições deste gênero foram criadas no Brasil, como o Centro de Estudos Regulares (C.E.R.), fundado em 1981. O objetivo do C.E.R. era permitir que crianças, cujas famílias se mudavam temporariamente para o exterior, continuassem a estudar pelo sistema educacional brasileiro (FREITAS, 2014, p. 65)

 

A Educação a Distância tem por característica estabelecer a comunicação em múltiplas vias, ampliando as possibilidades de estudo, sendo uma opção para superar obstáculos como espaço e tempo. Na modalidade EaD, aluno e professor não precisam estar presentes em uma sala de aula ou um lugar específico durante o processo de ensino aprendizagem.

Desde seu início utilizou-se cartas, correspondências para envio de materiais e correção de atividades, na forma escrita, posteriormente em disquetes e cd room, vídeos e arquivos de áudio. Com o surgimento da Internet e das plataformas virtuais ampliou-se vastamente a abrangência do Ensino a Distância. Três gerações formam a evolução do Ensino a Distancia, que são eles:

 

  • Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso, iniciada no século XIX.
  • Segunda geração: Tele-educação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período.
  • Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazenadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web (www) possibilitaram avanços na educação à distância nesta geração do século XXI. (ZUIN, 2002, p.26)

 

Nos dias atuais, podemos citar como ferramentas que auxiliam neste processo de ensino aprendizagem a teleconferência, os fóruns de discussão, blogs, plataformas moodles, ambiente virtuais para aprendizagem, aulas que são transmitidas ao vivo, com a participação do aluno, garantindo assim a interação entre alunos e professores, fazendo com que a educação a distância deixe de ser concebida como mero repasse de informações e passe a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno, promovendo assim um maior interesse na pesquisa, para compreender o conteúdo.

A EaD deve ser vista como uma modalidade de ensino e não como um método ou metodologia de ensino, podendo sim ser aplicada em várias concepções e metodologias de educação; classifica-la como método é limitá-la, pois ela vai além de ensinar, tendo como compromisso desenvolver uma concepção humanizadora, formando cidadãos racionais e profissionais comprometidos e éticos.

 

1       

2       

2.1      NOVO MODELO EDUCACIONAL

 

 

Com a inclusão da tecnologia na educação o ato de ensinar e aprender passou a ter uma nova visão, essa nova forma de ensino é recente no país, porém, advém de tentativas e experiências antigas.

 

 A primeira tentativa de Ensino Superior a Distância ocorreu em 1.960 por intermédio do Movimento de Educação de Base (MEB), onde o Governo, juntamente com a Igreja Católica, utilizava um sistema radio-educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista.

Em 1.974, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e a Distância no Brasil.

Durante a década de 80, aconteceram, no Brasil, várias iniciativas, também frustradas, para a criação de uma Universidade Aberta a Distância. Segundo Freitas (2005), em 1.990, a Universidade Federal da Bahia iniciou a experiência de ensino superior a distância em várias de suas unidades de ensino, porém, poucas resistiram até os dias atuais, embora algumas tenham sido consideradas bem sucedidas, como a criação de uma disciplina optativa sobre educação à distância na Faculdade de Educação[3] e a oferta de cursos de especialização em alfabetização para professores do interior do estado da Bahia. (FREITAS, 2005, p. 78).

 

Ainda em Freitas (2005), a Universidade Aberta de Brasília foi criada em 1.992 por intermédio da Lei 403/92, a mesma instaurou um centro para desenvolver cursos de extensão sob a modalidade à distância, o que representou um grande avanço, pois a universidade tinha autorização para aplicar cursos tanto de graduação como de pós-graduação, motivados pela ampla propagação da experiência de sucesso da Universidade Aberta da Inglaterra, Universidade Aberta da Venezuela e da Universidade Aberta de Costa Rica.

Após alguns anos, precisamente em 1.996, surgiu a primeira legislação específica que regulamentava a educação a distância em ensino superior. Segundo Freitas (2005, p.64), essa legislação[4] decreta que:

 

Ficam obrigatórios os momentos presenciais para avaliação, estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso. Classifica os níveis de modalidades educacionais em educação básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior; Os cursos deverão ter a mesma duração definida para os cursos na modalidade presencial; Os cursos poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma forma que cursos presenciais poderão aproveitar estudos realizados em cursos à distância. Regulariza o credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas na modalidade à distância (básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior).

 

A mesma foi indeferida por intermédio da regulamentação do artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases - LDB que conta no Decreto nº 2.494 de 10 de fevereiro de 1.998 (BRASIL, 1998, art.80)

 

No qual a ênfase da educação a distância é a auto-aprendizagem mediada por recursos didáticos, ignorando o papel do aluno e do professor, bem como a intencionalidade implícita em todo ato pedagógico voltada ao desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes.

 

            Com a implantação dessa Lei, corrige-se a lacuna existente nas leis dobre a Educação a Distância que vigorava até então e que colocava o Brasil muito atrás de outros países. Ao analisarmos a atual Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL,1996) sobre a EaD podemos reconhecer a relevância da mesma, bem como do ensino presencial, resolvendo também interpretações errôneas sobre a obrigatoriedade da presença do aluno e docentes mesmo no curso a distancia.

Lima (2004) afirma que o projeto político regido por esses acordos internacionais é caracterizado pelo aprofundamento do processo de privatização de setores estratégicos dos países periféricos, por meio da desnacionalização da educação, da ciência e da tecnologia.

O surgimento dessa nova diretriz de ensino foi influenciado por dois fatores, segundo Zuin (2002), o primeiro é o atual sistema capitalista, que é flexível e transnacional e exige novos processos educativos/formativos, de tal modo que capacitem o trabalhador a adquirir habilidades necessárias para acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas, pois com o desenvolvimento do capitalismo, a universalização da cidadania se entrelaça com o processo educacional formativo. E, posteriormente, pela preocupação do governo, pois o Brasil é um país com um baixo índice de estudantes universitários formados, isso fez com que o governo criasse o programa Universidade Aberta do Brasil e os cursos de formação universitária a distância.

Segundo Lima (2004), esses interesses políticos são reforçados através da lógica que atravessa a proposta de ampliação de acesso à educação pela via da educação a distância, isso nada mais é do que uma estratégia de aprimoramento e aprofundamento da privatização da educação pública brasileira, porém essa lógica encontra-se oculta em um discurso de democratização do acesso à educação, principalmente, a de nível superior, em um cenário de “sociedade do conhecimento”.

Assim, a atual Educação Superior a Distância foi criada e implantada em 2.005 pelo Ministério da Educação.

 

[...] sobre a base de um sistema nacional de educação superior à distância, em caráter experimental, visando sistematizar ações, programas, projetos, atividades pertencentes às políticas públicas voltadas para a ampliação e interiorização da oferta do ensino superior gratuito e de qualidade, no Brasil. (ZUIN, 2005, p.94)

 

Segundo Lima (2004), essa diretriz de ensino se insere através da Lei de Inovação Tecnológica apresentada por Fernando Henrique Cardoso e retomada por Lula e o Projeto de Lei aprovado em março de 2.004, na Câmara, que trata das Parcerias Público-Privadas que em seu artigo 2o assim define:

 

Art.2 ° Para os fins desta Lei, o contrato de Parceria Público-Privada é instrumento firmado entre o Poder Público e entes Privados, destinado a estabelecer vínculo obrigacional entre as partes para implantação ou gestão de serviços e atividades de interesse público, em que o financiamento e a responsabilidade pelo investimento e pela exploração incumbem, no todo ou em parte, ao ente privado (BRASIL, 2004, art.02).

 

Desta forma, o objetivo é formar profissionais como nas Faculdades Presenciais, mas segundo Forigo (2008), o ensino recebido é elusivo, gerando disputas flexibilizadas entre profissionais pelas poucas vagas existentes no mercado de trabalho, possibilitando assim a falta de legitimidade nas profissões e aumentando a demanda de desempregados, fatores estes que acabam por beneficiar o sistema capitalista.

No entanto, não é esse fato que o governo evidencia para os cidadãos e traz a Universidade Nova como uma forma de enfrentamento ao baixo número de estudantes formados em nível superior no Brasil. Esta Universidade também é tida como uma maneira de aplicação dos recursos para a difusão do ensino de qualidade no país, o programa baseado nessa nova diretriz de ensino surge, de acordo com a Secretaria de Educação a Distância do MEC, como uma alternativa primordial para viabilizar a formação universitária dos estudantes brasileiros até 2011.

 

Como se pode observar, trata-se de um projeto de grande envergadura e que se torna, de acordo com as pretensões governamentais, decisivo para que seja a atingida a meta de que 30% dos estudantes brasileiros tenham acesso à formação superior até o ano de 2011. É notória a importância do aumento do índice de estudantes universitários em um país, sobretudo quando se considera o real significado do processo educacional/formativo universitário e seus desdobramentos na produção do conhecimento tecnológico (ZUIN, 2002, p.78).

 

A distinção entre o EaD no Brasil e dos demais países, está nos consórcios oferecidos pelos três níveis educacionais, pois os governos Federal, Estadual e Municipal podem ajudar no financiamento da EaD, visto que é um programa descentralizado e por se caracterizar como programa de formação universitária na modalidade de educação à distância, enquanto nos outros países trata-se somente de cursos profissionalizantes e não de extensão e formação acadêmica.

 

 

2.2 A CONCEPÇÃO DIDÁTICA DO ENSINO A DISTÂNCIA

               

 

A concepção didática do ensino a distância baseia-se no desenvolvimento da relação aluno e conhecimento por meio das práticas pedagógicas conectivas, a mudança da visão conceptiva se deu de forma acentuada no desenvolvimento e consolidação das tecnologias.

A primeira fase da concepção didática se estendeu entre o período de 1939 ao final da década de 50, e tinha como foco maior desenvolver o conhecimento por meio da repetição por parte do aluno, segundo Pimenta e Lima (2004) a educação se baseava na observação do aluno ao professor e o entendimento sobre aquilo que estava sendo observado, sem tem com analise a situação de realidade social que o conteúdo poderia ser empregado. Dessa forma o desenvolvimento da formação dos professores se baseava em desenvolver esta prática sem ter uma análise crítica da relação professor aluno, no momento do desenvolvimento do conhecimento.

A segunda fase compreendeu o intervalo entre 1962 e o final da década de 70, a grande evolução ocorrido neste momento, foi a inclusão da disciplina de Didática e Prática de Ensino na forma de estágio supervisionado, para que o professor pudesse colocar em prática a teoria aprendida antes de efetivamente exercê-la de maneira soberana. Para Caime (2004), a partir de então, passa a ser analisa de forma mais didática a relação entre aluno professor, tendo como foco trabalhar o canal de comunicação entre ambos.  Desta forma a evolução deste pensamento chegou fez com que houvesse a inclusão de técnicas especificas visando melhorar esta relação.

Na educação a distância a concepção didática enfatiza de forma acentuada a importância do canal de comunicação entre aluno e professor, já que por se tratar de uma relação a distância. Segundo Souza (2004) o desafio destes professores é ainda maior comparado ao sistema presencial, já que devem manter uma relação pautada em uma concepção pedagógica interativa, vale ressaltar que a EaD deve ser enxergada como sendo mais que um complemento ou substituição do ensino presencial, mas sim como uma forte aliada do sistema educacional.  

            Pode-se afirmar que o fator determinante da valorização do EaD é a qualidade do projeto pedagógico, a atualidade dos conteúdos, as metodologias didático/pedagógicas, o processo de ensino aprendizagem, a relação da equipe, pois o novo cenário e suas modernidades propõem mudanças na maneira de pensar e agir, gerando assim novos papéis para acadêmicos e docentes, inovando e renovando conceitos, quebrando paradigmas conservadores predominantes e é neste sentido, para que o objetivo da educação fosse alcançado, a figura do professor acabou sendo dividida de forma específica para cada função dentro do processo de ensino. Neste trabalho, tomarei como exemplo o ensino a distância, ofertado por uma instituição de ensino superior privada do Norte do Paraná, onde temos como pertencentes ao processo de docência: Professor Conteudista; Professor Formador e Tutor Mediador.

 

3 A DIVISÃO DA FUNÇÃO DE DOCENTE NA INSTITUIÇÃO PESQUISADA [5]

           

 

Diferentemente do ensino presencial, onde o professor é responsável por todo o processo de ensino aprendizagem, em termos pedagógicos, desde o planejamento de aulas, elaboração de conteúdos e avaliações e outras atividades pertinentes à função, no ensino à distância, essa tarefa é dividida de acordo com a especificidade. Na EaD o professor que escreve o livro, pode não ser o mesmo que ministra as aulas, nem o mesmo que elabora provas e atividades, não sendo o mesmo também que corrigirá tais atividades e estará em contato com o aluno.

            Na Instituição pesquisada a figura do professor, foi dividida em três, sendo o professor conteudista, que é o autor do material didático, o professor formador, que é quem ministra as aulas e formula avaliações e atividades e o tutor mediador, que como o nome já deixa claro, é o mediador entre conteúdo e aluno, conforme descreveremos brevemente, ressaltando a complexidade e responsabilidades atribuídas a cada uma das funções, a seguir.

           

 

 

2.1. 

3.1 O PROFESSOR CONTEUDISTA

 

 

No Ensino a Distância o livro didático é um elemento importante no processo de ensino-aprendizagem na educação a distância, bem como aulas bem preparadas que prendam a atenção do aluno, e estabeleça uma relação de diálogo, sendo assim, o autor, aqui chamado de Professor Conteudista, precisa ter um embasamento teórico suficientemente bom para que também sirva como subsídio para a prática, trazendo um texto com exemplificações de como aplicar a teoria descrita no livro.

Quanto ao material didático cabe mencionar o que consta no texto dos Referenciais de Qualidade para Educação Superior [6] :

 

O Material Didático, tanto do ponto de vista da abordagem do conteúdo, quanto da forma, deve estar concebido de acordo como os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no projeto pedagógico, de modo a facilitar a construção do conhecimento e mediar a interlocução entre estudante e professor, devendo passar por rigoroso processo de avaliação prévia (pré-testagem), com o objetivo de identificar necessidades de ajustes, visando o seu aperfeiçoamento (MEC, 2007, p.13).

 

Além da atribuição de autor, o Professor Conteudista elabora o Plano de Ensino da disciplina com a equipe pedagógica e também a coordenação do curso, participa de reuniões com a equipe, elabora e grava o Estudo de Caso, também é responsável por gravar as cinco aulas conceituais apresentando respectivamente o conteúdo de cada uma das unidades do livro e elaborar os slides que utilizará na gravação das aulas.

Diferentemente do ensino presencial, onde o professor é quem elabora as atividades e provas para os alunos, no Ensino a Distância não será ele quem preparará as provas e atividades para os alunos, e sim o Professor Formador, que é nosso próximo tópico.

 

 

3.2 O PROFESSOR FORMADOR

 

 

            O Professor Formador é mais uma figura importante nesse processo de ensino-aprendizagem, pois é ele quem elabora as atividades de estudo, provas, fóruns de discussão, dos quais ele participa e incentiva o aluno, materiais de apoio para as aulas ao vivo, como slides e vídeos, recomenda materiais extras disponibilizando-os para os Professores Mediadores para que possam recomendar aos alunos, bem como ministra as aulas ao vivo, respondendo aos questionamentos dos alunos ao vivo ou posteriormente.

            Cabe a ele também elaborar a APOI – Atividade Presencial Obrigatória Interdisciplinar, atividade que é realizada após a aula interdisciplinar, com o professor da disciplina vigente e o professor da próxima disciplina a ser trabalhada, onde discutem um assunto em comum, que é o tema da APOI, gravar a prova comentada, orientar os Mediadores sobre os critérios de correção de atividades, fóruns e provas.

 

Precisa disponibilizar materiais que possibilitem a autoaprendizagem e que agucem o desejo do aluno em aprender mais. Aprendendo a atuar em outro lugar que não a sala de aula e se comunicar com alunos que vivem em diferentes contextos, respeitando e enaltecendo as diferenças de cada um. (BARBOSA, 2005, p.102)

 

            Vale mencionar que o Professor Formador é responsável por produzir diversas maneiras para que o aluno aproveite ao máximo o conteúdo oferecido, dando suporte também ao Professor Mediador, que é quem tem contato direto com o aluno. É sobre ele que discorreremos no próximo tópico.

 

 

3.3 O TUTOR MEDIADOR

 

 

            A função de tutor mediador é dividida em duas: Mediador Líder e Mediador, sendo o líder aquele responsável pelos demais mediadores, tendo como superior direto o coordenador do curso. Cabe à ele o bom andamento da parte burocrática do curso, como dividir e liberar turmas para os mediadores, responder SAE de dúvidas e/ou reclamações de alunos, acompanhar protocolos, organizar o esquema de ligações para alunos, acompanhar a distribuição de provas que cada mediador irá corrigir, analisar cartão ponto da equipe de tutores entre outras atividades inerentes à função.

            O Mediador é o elo entre aluno e faculdade, é o professor da turma, o orientador pedagógico que tem a função de acompanhar a aprendizagem dos alunos, garantindo o bom andamento e a qualidade do curso ofertado.

 

O tutor, respeitando a autonomia da aprendizagem de cada cursista, estará constantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem [...]. É por intermédio dele, também, que se garantirá a efetivação do curso em todos os níveis. (PRETTI, 2000, p.27)

 

            É o mediador quem esclarece as dúvidas dos alunos, prestando atendimento utilizando o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que será devidamente apresentado ao aluno por ele, telefone ou e-mail, corrige provas regulares e substitutivas com base na resposta elaborada pelo Professor Formador, disponibiliza informações no Mural de Avisos, Sala do Café, Material Extra, bem como posta e corrige  o Fórum semanal, lança as notas no sistema, auxiliando também em outras atividades pertinentes à função, como por exemplo, a correção das atividades e provas formuladas pelo Professor Formador, visando uma linguagem própria do ensino a distância. 

           

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

            O presente trabalho teve como intuito descrever as particularidades do ensino à distância e do presencial sendo que ambos têm o mesmo objetivo – o aprendizado do aluno, mesmo com suas diferenças a fonte de estímulo é o professor, que na modalidade à distância se faz presente por meio de ferramentas tecnológicas e ambientes virtuais, fazendo com que o contato com o aluno, ao invés de imediato como no presencial, seja mediado pelo, como o nome já deixa claro, mediador.

            Pode ser observado que com a divisão da função de docente, o processo de planejamento se torna mais complexo e completo, uma vez que é necessário o envolvimento de vários membros da equipe para elaborar um conteúdo de qualidade, onde todos contribuem com sua experiência e opiniões para um resultado satisfatório, onde não somente o desempenho e esforço do aluno devem ser avaliados, como também a atuação dos membros da equipe, como mediadores que são o contato direto com os alunos.

Outro fator que deve ser levado em consideração é a conformidade das estratégias e ferramentas utilizadas, pois assim como no ensino presencial o professor é o mediador do conhecimento, quem estabelece a comunicação e favorece a aprendizagem, através dos inúmeros recursos que a tecnologia nos traz sem se desprender do sistema educacional, cumprindo os requisitos pedagógicos que se reportam à construção do aprendizado.

Essa mediação do saber tem por ofício adicional vencer distâncias físicas, fazendo com que o aluno seja autodisciplinado e auto motivado superando assim as adversidades e obstáculos que possam surgir ao longo de sua jornada acadêmica.

Portanto não se pode falar em educação atualmente sem falar da educação à distancia que com toda a evolução tecnológica vem favorecer maior interatividade entre as pessoas, desfazendo preconceitos e resistências, começando assim um novo tempo no âmbito educacional, tornando esse tipo de ensino uma modalidade de qualidade, possibilitando a aprendizagem de um imenso numero de pessoas, tornando a aprendizagem hoje um sinônimo de esforço, comprometimento e dedicação de cada um.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARBOSA, I.B, Metodologia para produção de material impresso para EaD. Curso Formação de Professores para Educação à Distância. Disponível em www.ead.ufsc.br/ambiente/mod/resource/view.php?id=132. Acesso em 22 jul.2014

 

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasilia, DF: MEC, 1996.

 

CAIMI, F. E. Os percursos da prática de ensino na formação de professores. In: BENINCÁ, E.; CAIMI, F. Formação de professores: um diálogo entre a teoria e a prática. 2. ed. Passo Fundo: UPF Editora, 2004.

 

FORIGO, Denis. Reforma Universitária: desmonte da Educação Pública. Disponível em www.scielo.org. Acesso em 15 jul. 2014

 

FREITAS, Katia Siqueira de. Um panorama geral sobre a história do ensino a distância - Disponível em http://www.proged.ufba.br/ead/EAD%2057-68.pdf Acesso 16 de out. 2014.

 

LIMA, Katia Regina Souza. A Reforma na Educação Superior do governo Lula e Educação a Distancia: Democratização ou subordinação das instituições de Ensino Superior a ordem capitalista. Disponível          www.anped11.uerj.br/27/Katia%20Souza%20Lima.rtf. Acesso em 15 de set. 2014.

NEAD/IE, UFMT, 2000.

 

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004.

 

PRETTI, Orestes. Educação a distância: construindo significados. Cuiabá:

Referenciais de Qualidade para Ensino Superior à Distância. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Acesso em: 26 set. 2014.

 

SOUZA, Alba Regina Batisti. Saberes docentes na educação a distância – análises e prospecções. 11º Congresso de Educação a Distância – ABED – 2004, Salvador – Bahia.

 

ZUIN, Antonio A. S. Educação a distância ou educação distante? O Programa Universidade Aberta do Brasil, o tutor e o professor virtual. Disponível em www.scielo.org. Acesso em 09 de Setembro de 2014.

 



[1] Graduada em  Serviço Social (FECEA – Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana).

[2] Mestre em História (Universidade Estadual de Maringá), Especialista em Educação Especial (Instituto Paranaense de Ensino), em EAD e as Novas Tecnologias Educacionais (UNICESUMAR), Pedagoga (Universidade Estadual de Maringá) e, Tutora Mediadora EAD Unicesumar.

[3] Uma iniciativa de Fernando Floriano e Katia Siqueira de Freitas

[4] As bases legais para essa modalidade foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, regulamentada pelo decreto n°5.622 de 20 de dezembro de 2005, que revogou os decretos n°2.494 de 10/02/98, e n°2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria Ministerial n°4.361 de 2004, no decreto n°5.622.

[5] Informações retiradas do Guia do Autor, Manual do Professor Formador e Descritivo de Cargos Mediador e Tutor elaborados pelo NEAD CESUMAR.

[6] Embora seja um documento que não tem força de lei, ele será um referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se referem aos processos específicos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada. Por outro lado, as orientações contidas neste documento devem ter função indutora, não só em termos da própria concepção teórico-metodológica da educação a distância, mas também da organização de sistemas de EaD. 

A DIVISÃO DA FIGURA DO DOCENTE DE ACORDO COM A OBJETIVIDADE DA FUNÇÃO NA EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA - EAD.

 

 

FERNANDA CARVALHO B. HERNANDEZ[1]

ANGELA SAMPAIO DE DEUS LIMA[2]

 

 

RESUMO:

 

 

O presente trabalho tem como finalidade realizar uma breve reflexão sobre a história do Ensino a Distância, bem como as particularidades da docência nesse modelo de ensino, por meio de uma pesquisa bibliográfica visa abordar as diferenças do ensino dado como tradicional, o ensino presencial. Essa pesquisa tem por objetivo descrever as características referentes às responsabilidades e atividades desenvolvidas de cada figura que integra o corpo docente da modalidade de ensino a distância, descrevendo brevemente a história do surgimento da mesma no Brasil, sua concepção didática, sua metodologia, até chegarmos na divisão da figura do professor ofertado por uma instituição de ensino superior privada do Norte do Paraná.

 

Palavras-chave: Ensino a Distância. Aprendizagem. Docência. Divisão de                                                                                 Funções.

 

 

ABSTRACT:

 

This paper aims to conduct a brief reflection on the history of Distance Education, as well as the particularities of teaching in this teaching model, through a literature review aims to address the differences of education given as traditional classroom learning. This research aims to describe the characteristics concerning the responsibilities of each figure and developed that integrates the faculty of the mode of distance learning activities, briefly describing the history of the emergence of the same in Brazil, its didactic design, methodology, until we reach the division of the teacher figure offered by a private institution of higher education in northern Paraná.

 

 

Key Words: Distance Education. Learning. Teaching. FunctionDivision.

 

 

1 INTRODUÇÃO

 

 

            A pesquisa tem por objetivo abordar a evolução do processo de ensino aprendizagem passando pelas diversas mudanças das metodologias empregadas para tal fim, visando ressaltar as particularidades do ensino a distância ofertado por uma instituição de ensino superior privada do Norte do Paraná.

            Por meio de pesquisa bibliográfica abordarei o tema a fim de contribuir para novas discussões acerca do tema proposto, apresentará a trajetória do Ensino a Distância, passando pelo seu surgimento no Brasil, as necessidades da época, as mudanças da metodologia empregada, bem como as três gerações por qual passou, desde a educação por meio de correspondências via correio e telegrafo o popular ensino por rádio e televisão, chegando à era da tecnologia, com acesso à internet.

Tendo por objetivo ressaltar as diferenças e particularidades da metodologia do ensino a distância, ressaltando a divisão da figura do professor, apresentando suas atribuições e responsabilidades quanto ao processo de ensino aprendizagem, detalhando de acordo com a função exercida.

Pode-se mencionar que de forma simplificada, a educação a distância significa educação livre de distâncias, considerando que o que difere o ensino presencial do a distância é que nesta o aluno desenvolve seu conhecimento, aprendendo e construindo saberes, atitudes e rotinas referentes ao estudo, à profissão a ser exercida e a própria vida, quando e como lhe for mais conveniente.

 

 

2 EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA NO BRASIL

 

 

A Educação a Distância vem ganhando espaço e adeptos de maneira acelerada nos últimos tempos, devido à praticidade, pelo fato de oferecer ensino à qualquer pessoa em qualquer lugar, desde que se tenha acesso à internet, e também devido à comodidade da flexibilidade de horário, onde o aluno não necessita estar presente em hora e local pré estabelecidos, podendo assistir às aulas e realizar suas atividades no momento que for mais oportuno para ele.

Essa modalidade de ensino passa por um momento de consolidação e desenvolvimento amplo, mesmo sendo um assunto atual, no Brasil este modelo educacional já é utilizado desde o início do século XX, sendo a primeira experiência com ensino a distância, segundo Zuin (2002) datada de 1904, onde os cursos eram pagos e oferecidos por instituições internacionais e privadas. Ainda segundo o autor em 1934 é instalada, no Rio de Janeiro, por Edgard Roquette-Pinto, a Rádio Escola Municipal que juntamente com a Secretaria Municipal de Educação do Distrito Federal, dirigida por Anísio Teixeira, fundaram a primeira proposta de educação a distância, utilizando-se de rádio e o cinema educativo, a biblioteca e o museu escolar.

A comunicação com os estudantes era feita por meio de correspondência e os estudantes tinham acesso prévio aos folhetos de aulas. Em 1.939, a experiência surgiu em São Paulo com o Instituto Monitor, na época, ainda com o nome Instituto Rádio­ Técnico Monitor. Dois anos mais tarde, surge a primeira Universidade do Ar, que durou até 1.944. Zuin (2002) cita que a instituição que perdurou e obteve sucesso foi o Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1.940, e parece ser a instituição mais antiga a manter cursos por correspondência.

 

No Brasil, o Instituto Universal Brasileiro, iniciado em 1940, parece ser a instituição mais antiga a manter cursos por correspondência. Desde então, outras instituições deste gênero foram criadas no Brasil, como o Centro de Estudos Regulares (C.E.R.), fundado em 1981. O objetivo do C.E.R. era permitir que crianças, cujas famílias se mudavam temporariamente para o exterior, continuassem a estudar pelo sistema educacional brasileiro (FREITAS, 2014, p. 65)

 

A Educação a Distância tem por característica estabelecer a comunicação em múltiplas vias, ampliando as possibilidades de estudo, sendo uma opção para superar obstáculos como espaço e tempo. Na modalidade EaD, aluno e professor não precisam estar presentes em uma sala de aula ou um lugar específico durante o processo de ensino aprendizagem.

Desde seu início utilizou-se cartas, correspondências para envio de materiais e correção de atividades, na forma escrita, posteriormente em disquetes e cd room, vídeos e arquivos de áudio. Com o surgimento da Internet e das plataformas virtuais ampliou-se vastamente a abrangência do Ensino a Distância. Três gerações formam a evolução do Ensino a Distancia, que são eles:

 

·                Primeira geração: Ensino por correspondência, caracterizada pelo material impresso, iniciada no século XIX.

·                Segunda geração: Tele-educação/Telecursos, com o recurso aos programas radiofônicos e televisivos, aulas expositivas, fitas de vídeo e material impresso. A comunicação síncrona predominou neste período.

·                Terceira geração: Ambientes interativos, com a eliminação do tempo fixo para o acesso à educação, a comunicação é assíncrona em tempos diferentes e as informações são armazenadas e acessadas em tempos diferentes sem perder a interatividade. As inovações da World Wide Web (www) possibilitaram avanços na educação à distância nesta geração do século XXI. (ZUIN, 2002, p.26)

 

Nos dias atuais, podemos citar como ferramentas que auxiliam neste processo de ensino aprendizagem a teleconferência, os fóruns de discussão, blogs, plataformas moodles, ambiente virtuais para aprendizagem, aulas que são transmitidas ao vivo, com a participação do aluno, garantindo assim a interação entre alunos e professores, fazendo com que a educação a distância deixe de ser concebida como mero repasse de informações e passe a ser norteada pela contextualização de conhecimentos úteis ao aluno, promovendo assim um maior interesse na pesquisa, para compreender o conteúdo.

A EaD deve ser vista como uma modalidade de ensino e não como um método ou metodologia de ensino, podendo sim ser aplicada em várias concepções e metodologias de educação; classifica-la como método é limitá-la, pois ela vai além de ensinar, tendo como compromisso desenvolver uma concepção humanizadora, formando cidadãos racionais e profissionais comprometidos e éticos.

 

2.1      NOVO MODELO EDUCACIONAL

 

 

Com a inclusão da tecnologia na educação o ato de ensinar e aprender passou a ter uma nova visão, essa nova forma de ensino é recente no país, porém, advém de tentativas e experiências antigas.

 

 A primeira tentativa de Ensino Superior a Distância ocorreu em 1.960 por intermédio do Movimento de Educação de Base (MEB), onde o Governo, juntamente com a Igreja Católica, utilizava um sistema radio-educativo: educação, conscientização, politização, educação sindicalista.

Em 1.974, o Governo Federal enviou à Inglaterra um grupo de educadores, tendo à frente o conselheiro Newton Sucupira: o relatório final marcou uma posição reacionária às mudanças no sistema educacional brasileiro, colocando um grande obstáculo à implantação da Universidade Aberta e a Distância no Brasil.

Durante a década de 80, aconteceram, no Brasil, várias iniciativas, também frustradas, para a criação de uma Universidade Aberta a Distância. Segundo Freitas (2005), em 1.990, a Universidade Federal da Bahia iniciou a experiência de ensino superior a distância em várias de suas unidades de ensino, porém, poucas resistiram até os dias atuais, embora algumas tenham sido consideradas bem sucedidas, como a criação de uma disciplina optativa sobre educação à distância na Faculdade de Educação[3] e a oferta de cursos de especialização em alfabetização para professores do interior do estado da Bahia. (FREITAS, 2005, p. 78).

 

Ainda em Freitas (2005), a Universidade Aberta de Brasília foi criada em 1.992 por intermédio da Lei 403/92, a mesma instaurou um centro para desenvolver cursos de extensão sob a modalidade à distância, o que representou um grande avanço, pois a universidade tinha autorização para aplicar cursos tanto de graduação como de pós-graduação, motivados pela ampla propagação da experiência de sucesso da Universidade Aberta da Inglaterra, Universidade Aberta da Venezuela e da Universidade Aberta de Costa Rica.

Após alguns anos, precisamente em 1.996, surgiu a primeira legislação específica que regulamentava a educação a distância em ensino superior. Segundo Freitas (2005, p.64), essa legislação[4] decreta que:

 

Ficam obrigatórios os momentos presenciais para avaliação, estágios, defesas de trabalhos e conclusão de curso. Classifica os níveis de modalidades educacionais em educação básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior; Os cursos deverão ter a mesma duração definida para os cursos na modalidade presencial; Os cursos poderão aceitar transferência e aproveitar estudos realizados em cursos presenciais, da mesma forma que cursos presenciais poderão aproveitar estudos realizados em cursos à distância. Regulariza o credenciamento de instituições para oferta de cursos e programas na modalidade à distância (básica, de jovens e adultos, especial, profissional e superior).

 

A mesma foi indeferida por intermédio da regulamentação do artigo 80 da Lei de Diretrizes e Bases - LDB que conta no Decreto nº 2.494 de 10 de fevereiro de 1.998 (BRASIL, 1998, art.80)

 

No qual a ênfase da educação a distância é a auto-aprendizagem mediada por recursos didáticos, ignorando o papel do aluno e do professor, bem como a intencionalidade implícita em todo ato pedagógico voltada ao desenvolvimento de competências, habilidades e atitudes.

 

            Com a implantação dessa Lei, corrige-se a lacuna existente nas leis dobre a Educação a Distância que vigorava até então e que colocava o Brasil muito atrás de outros países. Ao analisarmos a atual Lei de Diretrizes e Bases (BRASIL,1996) sobre a EaD podemos reconhecer a relevância da mesma, bem como do ensino presencial, resolvendo também interpretações errôneas sobre a obrigatoriedade da presença do aluno e docentes mesmo no curso a distancia.

Lima (2004) afirma que o projeto político regido por esses acordos internacionais é caracterizado pelo aprofundamento do processo de privatização de setores estratégicos dos países periféricos, por meio da desnacionalização da educação, da ciência e da tecnologia.

O surgimento dessa nova diretriz de ensino foi influenciado por dois fatores, segundo Zuin (2002), o primeiro é o atual sistema capitalista, que é flexível e transnacional e exige novos processos educativos/formativos, de tal modo que capacitem o trabalhador a adquirir habilidades necessárias para acompanhar a velocidade das inovações tecnológicas, pois com o desenvolvimento do capitalismo, a universalização da cidadania se entrelaça com o processo educacional formativo. E, posteriormente, pela preocupação do governo, pois o Brasil é um país com um baixo índice de estudantes universitários formados, isso fez com que o governo criasse o programa Universidade Aberta do Brasil e os cursos de formação universitária a distância.

Segundo Lima (2004), esses interesses políticos são reforçados através da lógica que atravessa a proposta de ampliação de acesso à educação pela via da educação a distância, isso nada mais é do que uma estratégia de aprimoramento e aprofundamento da privatização da educação pública brasileira, porém essa lógica encontra-se oculta em um discurso de democratização do acesso à educação, principalmente, a de nível superior, em um cenário de “sociedade do conhecimento”.

Assim, a atual Educação Superior a Distância foi criada e implantada em 2.005 pelo Ministério da Educação.

 

[...] sobre a base de um sistema nacional de educação superior à distância, em caráter experimental, visando sistematizar ações, programas, projetos, atividades pertencentes às políticas públicas voltadas para a ampliação e interiorização da oferta do ensino superior gratuito e de qualidade, no Brasil. (ZUIN, 2005, p.94)

 

Segundo Lima (2004), essa diretriz de ensino se insere através da Lei de Inovação Tecnológica apresentada por Fernando Henrique Cardoso e retomada por Lula e o Projeto de Lei aprovado em março de 2.004, na Câmara, que trata das Parcerias Público-Privadas que em seu artigo 2o assim define:

 

Art.2 ° Para os fins desta Lei, o contrato de Parceria Público-Privada é instrumento firmado entre o Poder Público e entes Privados, destinado a estabelecer vínculo obrigacional entre as partes para implantação ou gestão de serviços e atividades de interesse público, em que o financiamento e a responsabilidade pelo investimento e pela exploração incumbem, no todo ou em parte, ao ente privado (BRASIL, 2004, art.02).

 

Desta forma, o objetivo é formar profissionais como nas Faculdades Presenciais, mas segundo Forigo (2008), o ensino recebido é elusivo, gerando disputas flexibilizadas entre profissionais pelas poucas vagas existentes no mercado de trabalho, possibilitando assim a falta de legitimidade nas profissões e aumentando a demanda de desempregados, fatores estes que acabam por beneficiar o sistema capitalista.

No entanto, não é esse fato que o governo evidencia para os cidadãos e traz a Universidade Nova como uma forma de enfrentamento ao baixo número de estudantes formados em nível superior no Brasil. Esta Universidade também é tida como uma maneira de aplicação dos recursos para a difusão do ensino de qualidade no país, o programa baseado nessa nova diretriz de ensino surge, de acordo com a Secretaria de Educação a Distância do MEC, como uma alternativa primordial para viabilizar a formação universitária dos estudantes brasileiros até 2011.

 

Como se pode observar, trata-se de um projeto de grande envergadura e que se torna, de acordo com as pretensões governamentais, decisivo para que seja a atingida a meta de que 30% dos estudantes brasileiros tenham acesso à formação superior até o ano de 2011. É notória a importância do aumento do índice de estudantes universitários em um país, sobretudo quando se considera o real significado do processo educacional/formativo universitário e seus desdobramentos na produção do conhecimento tecnológico (ZUIN, 2002, p.78).

 

A distinção entre o EaD no Brasil e dos demais países, está nos consórcios oferecidos pelos três níveis educacionais, pois os governos Federal, Estadual e Municipal podem ajudar no financiamento da EaD, visto que é um programa descentralizado e por se caracterizar como programa de formação universitária na modalidade de educação à distância, enquanto nos outros países trata-se somente de cursos profissionalizantes e não de extensão e formação acadêmica.

 

 

2.2 A CONCEPÇÃO DIDÁTICA DO ENSINO A DISTÂNCIA

               

 

A concepção didática do ensino a distância baseia-se no desenvolvimento da relação aluno e conhecimento por meio das práticas pedagógicas conectivas, a mudança da visão conceptiva se deu de forma acentuada no desenvolvimento e consolidação das tecnologias.

A primeira fase da concepção didática se estendeu entre o período de 1939 ao final da década de 50, e tinha como foco maior desenvolver o conhecimento por meio da repetição por parte do aluno, segundo Pimenta e Lima (2004) a educação se baseava na observação do aluno ao professor e o entendimento sobre aquilo que estava sendo observado, sem tem com analise a situação de realidade social que o conteúdo poderia ser empregado. Dessa forma o desenvolvimento da formação dos professores se baseava em desenvolver esta prática sem ter uma análise crítica da relação professor aluno, no momento do desenvolvimento do conhecimento.

A segunda fase compreendeu o intervalo entre 1962 e o final da década de 70, a grande evolução ocorrido neste momento, foi a inclusão da disciplina de Didática e Prática de Ensino na forma de estágio supervisionado, para que o professor pudesse colocar em prática a teoria aprendida antes de efetivamente exercê-la de maneira soberana. Para Caime (2004), a partir de então, passa a ser analisa de forma mais didática a relação entre aluno professor, tendo como foco trabalhar o canal de comunicação entre ambos.  Desta forma a evolução deste pensamento chegou fez com que houvesse a inclusão de técnicas especificas visando melhorar esta relação.

Na educação a distância a concepção didática enfatiza de forma acentuada a importância do canal de comunicação entre aluno e professor, já que por se tratar de uma relação a distância. Segundo Souza (2004) o desafio destes professores é ainda maior comparado ao sistema presencial, já que devem manter uma relação pautada em uma concepção pedagógica interativa, vale ressaltar que a EaD deve ser enxergada como sendo mais que um complemento ou substituição do ensino presencial, mas sim como uma forte aliada do sistema educacional.  

            Pode-se afirmar que o fator determinante da valorização do EaD é a qualidade do projeto pedagógico, a atualidade dos conteúdos, as metodologias didático/pedagógicas, o processo de ensino aprendizagem, a relação da equipe, pois o novo cenário e suas modernidades propõem mudanças na maneira de pensar e agir, gerando assim novos papéis para acadêmicos e docentes, inovando e renovando conceitos, quebrando paradigmas conservadores predominantes e é neste sentido, para que o objetivo da educação fosse alcançado, a figura do professor acabou sendo dividida de forma específica para cada função dentro do processo de ensino. Neste trabalho, tomarei como exemplo o ensino a distância, ofertado por uma instituição de ensino superior privada do Norte do Paraná, onde temos como pertencentes ao processo de docência: Professor Conteudista; Professor Formador e Tutor Mediador.

 

3 A DIVISÃO DA FUNÇÃO DE DOCENTE NA INSTITUIÇÃO PESQUISADA [5]

           

 

Diferentemente do ensino presencial, onde o professor é responsável por todo o processo de ensino aprendizagem, em termos pedagógicos, desde o planejamento de aulas, elaboração de conteúdos e avaliações e outras atividades pertinentes à função, no ensino à distância, essa tarefa é dividida de acordo com a especificidade. Na EaD o professor que escreve o livro, pode não ser o mesmo que ministra as aulas, nem o mesmo que elabora provas e atividades, não sendo o mesmo também que corrigirá tais atividades e estará em contato com o aluno.

            Na Instituição pesquisada a figura do professor, foi dividida em três, sendo o professor conteudista, que é o autor do material didático, o professor formador, que é quem ministra as aulas e formula avaliações e atividades e o tutor mediador, que como o nome já deixa claro, é o mediador entre conteúdo e aluno, conforme descreveremos brevemente, ressaltando a complexidade e responsabilidades atribuídas a cada uma das funções, a seguir.

           

 

 

3.1 O PROFESSOR CONTEUDISTA

 

 

No Ensino a Distância o livro didático é um elemento importante no processo de ensino-aprendizagem na educação a distância, bem como aulas bem preparadas que prendam a atenção do aluno, e estabeleça uma relação de diálogo, sendo assim, o autor, aqui chamado de Professor Conteudista, precisa ter um embasamento teórico suficientemente bom para que também sirva como subsídio para a prática, trazendo um texto com exemplificações de como aplicar a teoria descrita no livro.

Quanto ao material didático cabe mencionar o que consta no texto dos Referenciais de Qualidade para Educação Superior [6] :

 

O Material Didático, tanto do ponto de vista da abordagem do conteúdo, quanto da forma, deve estar concebido de acordo como os princípios epistemológicos, metodológicos e políticos explicitados no projeto pedagógico, de modo a facilitar a construção do conhecimento e mediar a interlocução entre estudante e professor, devendo passar por rigoroso processo de avaliação prévia (pré-testagem), com o objetivo de identificar necessidades de ajustes, visando o seu aperfeiçoamento (MEC, 2007, p.13).

 

Além da atribuição de autor, o Professor Conteudista elabora o Plano de Ensino da disciplina com a equipe pedagógica e também a coordenação do curso, participa de reuniões com a equipe, elabora e grava o Estudo de Caso, também é responsável por gravar as cinco aulas conceituais apresentando respectivamente o conteúdo de cada uma das unidades do livro e elaborar os slides que utilizará na gravação das aulas.

Diferentemente do ensino presencial, onde o professor é quem elabora as atividades e provas para os alunos, no Ensino a Distância não será ele quem preparará as provas e atividades para os alunos, e sim o Professor Formador, que é nosso próximo tópico.

 

 

3.2 O PROFESSOR FORMADOR

 

 

            O Professor Formador é mais uma figura importante nesse processo de ensino-aprendizagem, pois é ele quem elabora as atividades de estudo, provas, fóruns de discussão, dos quais ele participa e incentiva o aluno, materiais de apoio para as aulas ao vivo, como slides e vídeos, recomenda materiais extras disponibilizando-os para os Professores Mediadores para que possam recomendar aos alunos, bem como ministra as aulas ao vivo, respondendo aos questionamentos dos alunos ao vivo ou posteriormente.

            Cabe a ele também elaborar a APOI – Atividade Presencial Obrigatória Interdisciplinar, atividade que é realizada após a aula interdisciplinar, com o professor da disciplina vigente e o professor da próxima disciplina a ser trabalhada, onde discutem um assunto em comum, que é o tema da APOI, gravar a prova comentada, orientar os Mediadores sobre os critérios de correção de atividades, fóruns e provas.

 

Precisa disponibilizar materiais que possibilitem a autoaprendizagem e que agucem o desejo do aluno em aprender mais. Aprendendo a atuar em outro lugar que não a sala de aula e se comunicar com alunos que vivem em diferentes contextos, respeitando e enaltecendo as diferenças de cada um. (BARBOSA, 2005, p.102)

 

            Vale mencionar que o Professor Formador é responsável por produzir diversas maneiras para que o aluno aproveite ao máximo o conteúdo oferecido, dando suporte também ao Professor Mediador, que é quem tem contato direto com o aluno. É sobre ele que discorreremos no próximo tópico.

 

 

3.3 O TUTOR MEDIADOR

 

 

            A função de tutor mediador é dividida em duas: Mediador Líder e Mediador, sendo o líder aquele responsável pelos demais mediadores, tendo como superior direto o coordenador do curso. Cabe à ele o bom andamento da parte burocrática do curso, como dividir e liberar turmas para os mediadores, responder SAE de dúvidas e/ou reclamações de alunos, acompanhar protocolos, organizar o esquema de ligações para alunos, acompanhar a distribuição de provas que cada mediador irá corrigir, analisar cartão ponto da equipe de tutores entre outras atividades inerentes à função.

            O Mediador é o elo entre aluno e faculdade, é o professor da turma, o orientador pedagógico que tem a função de acompanhar a aprendizagem dos alunos, garantindo o bom andamento e a qualidade do curso ofertado.

 

O tutor, respeitando a autonomia da aprendizagem de cada cursista, estará constantemente orientando, dirigindo e supervisionando o processo de ensino-aprendizagem [...]. É por intermédio dele, também, que se garantirá a efetivação do curso em todos os níveis. (PRETTI, 2000, p.27)

 

            É o mediador quem esclarece as dúvidas dos alunos, prestando atendimento utilizando o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), que será devidamente apresentado ao aluno por ele, telefone ou e-mail, corrige provas regulares e substitutivas com base na resposta elaborada pelo Professor Formador, disponibiliza informações no Mural de Avisos, Sala do Café, Material Extra, bem como posta e corrige  o Fórum semanal, lança as notas no sistema, auxiliando também em outras atividades pertinentes à função, como por exemplo, a correção das atividades e provas formuladas pelo Professor Formador, visando uma linguagem própria do ensino a distância. 

           

 

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

 

            O presente trabalho teve como intuito descrever as particularidades do ensino à distância e do presencial sendo que ambos têm o mesmo objetivo – o aprendizado do aluno, mesmo com suas diferenças a fonte de estímulo é o professor, que na modalidade à distância se faz presente por meio de ferramentas tecnológicas e ambientes virtuais, fazendo com que o contato com o aluno, ao invés de imediato como no presencial, seja mediado pelo, como o nome já deixa claro, mediador.

            Pode ser observado que com a divisão da função de docente, o processo de planejamento se torna mais complexo e completo, uma vez que é necessário o envolvimento de vários membros da equipe para elaborar um conteúdo de qualidade, onde todos contribuem com sua experiência e opiniões para um resultado satisfatório, onde não somente o desempenho e esforço do aluno devem ser avaliados, como também a atuação dos membros da equipe, como mediadores que são o contato direto com os alunos.

Outro fator que deve ser levado em consideração é a conformidade das estratégias e ferramentas utilizadas, pois assim como no ensino presencial o professor é o mediador do conhecimento, quem estabelece a comunicação e favorece a aprendizagem, através dos inúmeros recursos que a tecnologia nos traz sem se desprender do sistema educacional, cumprindo os requisitos pedagógicos que se reportam à construção do aprendizado.

Essa mediação do saber tem por ofício adicional vencer distâncias físicas, fazendo com que o aluno seja autodisciplinado e auto motivado superando assim as adversidades e obstáculos que possam surgir ao longo de sua jornada acadêmica.

Portanto não se pode falar em educação atualmente sem falar da educação à distancia que com toda a evolução tecnológica vem favorecer maior interatividade entre as pessoas, desfazendo preconceitos e resistências, começando assim um novo tempo no âmbito educacional, tornando esse tipo de ensino uma modalidade de qualidade, possibilitando a aprendizagem de um imenso numero de pessoas, tornando a aprendizagem hoje um sinônimo de esforço, comprometimento e dedicação de cada um.

 

 

REFERÊNCIAS

 

BARBOSA, I.B, Metodologia para produção de material impresso para EaD. Curso Formação de Professores para Educação à Distância. Disponível em www.ead.ufsc.br/ambiente/mod/resource/view.php?id=132. Acesso em 22 jul.2014

 

BRASIL. Ministério da Educação e Cultura. Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasilia, DF: MEC, 1996.

 

CAIMI, F. E. Os percursos da prática de ensino na formação de professores. In: BENINCÁ, E.; CAIMI, F. Formação de professores: um diálogo entre a teoria e a prática. 2. ed. Passo Fundo: UPF Editora, 2004.

 

FORIGO, Denis. Reforma Universitária: desmonte da Educação Pública. Disponível em www.scielo.org. Acesso em 15 jul. 2014

 

FREITAS, Katia Siqueira de. Um panorama geral sobre a história do ensino a distância - Disponível em http://www.proged.ufba.br/ead/EAD%2057-68.pdf Acesso 16 de out. 2014.

 

LIMA, Katia Regina Souza. A Reforma na Educação Superior do governo Lula e Educação a Distancia: Democratização ou subordinação das instituições de Ensino Superior a ordem capitalista. Disponível          www.anped11.uerj.br/27/Katia%20Souza%20Lima.rtf. Acesso em 15 de set. 2014.

NEAD/IE, UFMT, 2000.

 

PIMENTA, Selma Garrido; LIMA, Maria Socorro Lucena. Estágio e docência. São Paulo: Cortez, 2004.

 

PRETTI, Orestes. Educação a distância: construindo significados. Cuiabá:

Referenciais de Qualidade para Ensino Superior à Distância. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf. Acesso em: 26 set. 2014.

 

SOUZA, Alba Regina Batisti. Saberes docentes na educação a distância – análises e prospecções. 11º Congresso de Educação a Distância – ABED – 2004, Salvador – Bahia.

 

ZUIN, Antonio A. S. Educação a distância ou educação distante? O Programa Universidade Aberta do Brasil, o tutor e o professor virtual. Disponível em www.scielo.org. Acesso em 09 de Setembro de 2014.

 



[1] Graduada em  Serviço Social (FECEA – Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana).

[2] Mestre em História (Universidade Estadual de Maringá), Especialista em Educação Especial (Instituto Paranaense de Ensino), em EAD e as Novas Tecnologias Educacionais (UNICESUMAR), Pedagoga (Universidade Estadual de Maringá) e, Tutora Mediadora EAD Unicesumar.

[3] Uma iniciativa de Fernando Floriano e Katia Siqueira de Freitas

[4] As bases legais para essa modalidade foram estabelecidas pela Lei de Diretrizes e Bases na Educação Nacional n°9.394, de 20 de dezembro de 1996, regulamentada pelo decreto n°5.622 de 20 de dezembro de 2005, que revogou os decretos n°2.494 de 10/02/98, e n°2.561 de 27/04/98, com normatização definida na Portaria Ministerial n°4.361 de 2004, no decreto n°5.622.

[5] Informações retiradas do Guia do Autor, Manual do Professor Formador e Descritivo de Cargos Mediador e Tutor elaborados pelo NEAD CESUMAR.

[6] Embora seja um documento que não tem força de lei, ele será um referencial norteador para subsidiar atos legais do poder público no que se referem aos processos específicos de regulação, supervisão e avaliação da modalidade citada. Por outro lado, as orientações contidas neste documento devem ter função indutora, não só em termos da própria concepção teórico-metodológica da educação a distância, mas também da organização de sistemas de EaD.