A DIVINDADE DE JESUS

UMA ABORDAGEM DISCURSIVA E HIPOTÉTICA ENTRE O PENSAMENTO FILOSÓFICO ESPÍRITA E A ACREDITAÇÃO CANÔNICA E SINÓPTICA DOS EVANGELHOS QUANTO A EVOLUÇÃO ESPIRITUAL DE JESUS.

HELDER ROCHA LEITE[1]

 

RESUMO

Estamos cercados de incógnitas para compreensão da Divindade de Jesus e de nossa existência orgânica e espiritual. Distanciado dos processos éticos, filosóficos, morais, científicos e evolutivos que envolvem a mística da acreditação religiosa, apoiamo-nos nos ensinamentos Bíblicos como Livro Sagrado para resposta de todos os nossos conflitos em níveis de verdades. Este artigo não traz recomendações nem tão poucas conclusões, mas obviamente se sustenta na confiabilidade do discernimento trazendo ao leitor, oportunamente, um estudo em que se apoia em evidencias de comprovações Bíblicas – evangelhos sinópticos, e escritos da Doutrina Espírita para possivelmente nos situarmos e tirarmos nossas conclusões.

Palavras-Chaves: Bíblia Sagrada, Dogmas, Cristianismo, Espiritismo.

ABSTRACT

We are surrounded by unknowns to understanding the Divinity of Jesus and our organic and spiritual existence. Distanced the ethical, philosophical, moral, scientific and evolutionary processes that involve the mystical religious accreditation, we rely on the Bible as a holy book teachings to answer all our conflicts in levels of truths. This article brings no recommendations or conclusions, but obviously maintains the reliability of bringing insight to the reader, in due course, a study that relies on evidence of Biblical evidence - synoptic gospels and writings of Spiritism to possibly situate us and we remove our conclusions.

Key Words: Holy Bible, Dogmas, Christianity, Spiritualism

INTRODUÇÃO

A busca pelo conhecimento e discernimento é de grande apreciação e proveito. Para indagarmos e certificarmos se algo velado em nossas acreditações elementares não passa de insignificantes divagações do nosso cérebro acomodado em se adequar aos procedimentos sem questionamentos, somos impulsionados à acreditações fáceis e confortáveis sem nos darmos conta da inconsistência científica e religiosa, conferindo aí um estado de embriagues, por assim dizer da nossa inércia de investigações.

Todas as religiões são importantes para o nosso crescimento e o que importa no homem, são os valores que o mesmo adquiriu, e não, se pertence a uma religião A ou B.

Tratar de questões ligadas à fé, deveremos acima de tudo distanciarmos o mais possível das prisões em que nos foram colocadas durante toda a nossa existência, abstrairmos das armadilhas que favoreceram o princípio do cristianismo e acima de tudo lembrar que o Livro Sagrado não é somente um livro, mas, vários livros, precisamente.

Vale lembra que há diferentes Bíblias Cristãs:

A Bíblia Católica composta de 73 livros sendo 46 do Antigo Testamento e 27 do Novo Testamento e a Bíblia Protestante com 66 livros sendo 39 do antigo Testamento e 27 do Novo testamento. Do Novo Testamento não foram retirados nenhuma citação permanecendo originalmente.

Os livros deutorocanônicos foram denominados “apócrifos” pelos protestantes e são eles:

Tobias,

Judite,

Sabedoria,

Eclesiástico (ou Sirácides),

Baruque, I Macabeus e II Macabeus, e alguns trechos nos livros de Ester e de Daniel.

Também deveremos estar atentos de que Mateus, Marcos e Lucas são frequentemente chamados de “Evangelhos sinópticos” por causa de seus estilos e conteúdos similares, e porque eles dão uma sinopse da vida de Cristo.

ENTRE O TEMOR DAS PENAS FUTURAS E A CONSCIENCIA DA MORAL CRISTICA

PERDÃO E CASTIGO

Céu, Inferno e Pecado começam dentro de nós! (Reflexão do Espiritismo)

Este é um assunto muito controverso dado à compreensão natural da bondade de Deus e de como fomos conduzidos através dos tempos criando suposições descabidas acerca do Criador.

O maior temor no nosso pensamento é o Castigo Divino.

Sem a compreensão de um Deus soberanamente justo e bom, apoiamos no Deus do Antigo Testamento e nos Dogmas contraditórios eternizados pela Igreja Católica.

O homem acredita e fora condicionado a conviver com a possibilidade de que Deus castigará ou possa se ofender por nossas faltas restando-nos o temor entre o amor de Deus.

Estamos constantemente vigiados por um Deus que procura os nossos defeitos para impor a sua vingança fazendo-nos sofrer. Ora, esta não é a lógica para compreender um Ser que é destino de tudo, que tudo se contém nele e que tudo fora criado por Ele. Pois bem, nem castigo, nem perdão.

Deus não castiga porque suas leis são de amor, e não perdoa porque jamais se ofende.

O espiritismo é uma ciência filosófica de consequências morais. Como ciência investiga, como filosofia explica e como ética aponta-nos um roteiro seguro na nossa caminhada moral: os princípios cristãos.

Para o Espiritismo, a definição que mais se aproxima de Divindade:

Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas o que não difere do conceito teológico da Doutrina Católica.

Vejamos no Livro de A Gênese de Kardec esclarecimentos que não poderíamos opor diante de tamanha clareza quanto aos atributos de Deus.

A GÊNESE - (pág. 56 e segs.):

DEUS É A SUPREMA E SOBERANA INTELIGÊNCIA.

 

É limitada a inteligência do homem, pois que não pode fazer, nem compreender tudo o que existe.

A de Deus abrangendo o infinito tem que ser infinita. Se a supuséssemos limitada num ponto qualquer, poderíamos conceber outro ser mais inteligente, capaz de compreender e fazer o que o primeiro não faria e assim por diante , até o infinito.

DEUS É ETERNO, ISTO É, NÃO TEVE COMEÇO E NÃO TERÁ FIM

 

Se tivesse tido princípio, houvera saído do nada.

Ora, não sendo o nada coisa alguma, coisa nenhuma pode produzir.

Ou, então, teria sido criado por outro ser anterior e, nesse caso, este ser é que seria Deus. Se lhe supuséssemos um começo ou fim, poderíamos conceber uma entidade existente antes dele e capaz de lhe sobreviver, e assim por diante, ao infinito.


• DEUS É IMUTÁVEL

 

Se estivesse sujeito a mudanças, nenhuma estabilidade teriam as leis que regem o Universo.

DEUS É IMATERIAL

 

Isto é, a sua natureza difere de tudo o que chamamos matéria. De outro modo, não seria imutável, pois estaria sujeito ás transformações da matéria. Deus carece de forma apreciável pelos nossos sentidos, sem o que seria matéria. Dizemos: a mão de Deus, o olho de Deus, a boca de Deus, porque o homem, nada mais conhecendo além de si mesmo, toma a si próprio por termo de comparação para tudo o que não compreende. São ridículas essas imagens em que Deus é representado pela figura de um ancião de longas barbas e envolto num manto. Têm o inconveniente de rebaixar o Ente supremo até às mesquinhas proporções da Humanidade. Daí a lhe emprestarem as paixões humanas e a fazerem-no um Deus colérico e ocioso não vai mais que um passo.

DEUS É ONIPOTENTE

 

Se não possuísse o poder supremo, sempre se poderia conceber uma entidade mais poderosa e assim por diante, até chegar-se ao ser cuja potencialidade nenhum outro ultrapassasse. Esse então é que seria Deus.

DEUS É SOBERANAMENTE JUSTO E BOM

 

A providencial sabedoria das leis divinas se revela nas mais pequeninas coisas, como nas maiores, não permitindo essa sabedoria que se duvide da sua justiça, nem da sua bondade. O fato do ser, infinita uma qualidade, exclui a possibilidade de uma qualidade contrária, porque esta a apoucaria ou anularia. Um ser infinitamente bom não poderia conter a mais insignificante parcela de malignidade, nem o ser infinitamente mau conter a mais insignificante parcela de bondade, do mesmo modo que um objeto não pode ser de um negro absoluto, com a mais ligeira nuança de branco, nem de um branco absoluto com a mais pequenina mancha preta. Deus, pois, não poderia ser simultaneamente bom e mau, porque então, não possuindo qualquer dessas duas qualidades no grau supremo, não seria Deus; todas as coisas estariam sujeitas ao seu capricho e para nenhuma haveria estabilidade. Não poderia ele, por conseguinte, deixar de ser ou infinitamente bom ou infinitamente mau. Ora, como suas obras dão testemunho da sua sabedoria, da sua bondade e da sua solicitude, concluir-se-á que, não podendo ser ao mesmo tempo bom e mau sem deixar de ser Deus, ele necessariamente tem de ser INFINITAMENTE BOM. A soberana bondade implica a soberana justiça, porquanto, se ele procedesse injustamente ou com parcialidade numa só circunstância que fosse, ou com relação a uma só de suas criaturas, já não seria soberanamente justo e, em consequência, já não seria soberanamente bom.

• DEUS É INFINITAMENTE PERFEITO

 

É impossível conceber-se Deus sem o infinito das perfeições, sem o que não seria Deus, pois sempre se poderia conceber um ser que possuísse o que lhe faltasse. Para que nenhum ser possa ultrapassá-lo, faz-se mister que ele seja infinito em tudo. Sendo infinitos, os atributos de Deus não são suscetíveis nem de aumento, nem de diminuição, visto que do contrário não seriam infinitos e Deus não seria perfeito. Se lhe tirassem a qualquer dos atributos a mais mínima parcela, já não haveria Deus, pois que poderia existir um ser mais perfeito.

DEUS É ÚNICO

 

A unicidade de Deus é consequência do fato de serem infinitas as suas perfeições. Não poderia existir outro Deus, salvo sob a condição de ser igualmente infinito em todas as coisas, visto que, se houvesse entre eles a mais ligeira diferença, um seria inferior ao outro, subordinado ao poder desse outro e, então, não seria Deus. Se houvesse entre ambos igualdade absoluta, isso equivaleria a existir, de toda eternidade, um mesmo pensamento, uma mesma vontade, um mesmo poder. Confundidos assim, quanto à identidade, não haveria, em realidade, mais que um único Deus. Se cada um tivesse atribuições especiais, um não faria o que o outro fizesse; mas, então, não existiria igualdade perfeita entre eles, pois que nenhum possuiria a autoridade soberana. Com todos estes esclarecimentos que não nos conflita diante da clareza e facilidade de compreensão, procuraremos fazer uma investigação sinóptica para evidenciar os achados em que Jesus se diz DEUS.

Agora, abordaremos aspectos da ideologia dogmática e questionamentos da Trindade para que o leitor no uso de seu discernimento possa não posicionar contra uma ou outra ideologia, mas, tornar o caráter da investigação mais sustentável na fé e/ou esclarecimentos sem conflitos.

DOGMAS

Na sua acepção original grega e latina significava uma convicção, um pensamento firme e decidido. Posteriormente a palavra passou a significar verdades indiscutíveis de uma doutrina religiosa. O Dicionário Aurélio o define como “ponto fundamental e indiscutível duma doutrina religiosa e, por extensão, de qualquer sistema ou doutrina”.[2]

O termo DOGMA está ligado à ideologia, ou conjunto de princípios que servem de base à um sistema religioso, político, filosófico, científico, entre outros.

A Igreja Católica prevaleceu e convencionou indubitavelmente de fazer os fiéis a acreditarem em verdades sem discursão derivando daí possibilidades ideológicas contraditórias, pois o argumento seria tão somente a fé indiscriminada sem nenhuma evidência e/ou comprovação científica.

Os Dogmas proclamados pela Igreja católica foram em número de 43

1- A Existência de Deus

 "A idéia de Deus não é inata em nós, mas temos a capacidade para conhecê-Lo com facilidade, e de certo modo espontaneamente por meio de Sua obra”.

 2- A Existência de Deus como Objeto de Fé

 "A existência de Deus não é apenas objeto do conhecimento da razão natural, mas também é objeto da fé sobrenatural "

 3- A Unidade de Deus

 "Não existe mais que um único Deus "

 4- Deus é Eterno

 "Deus não tem princípio nem fim"

 5- Santíssima Trindade

 "Em Deus há três pessoas: Pai, Filho e Espírito Santo; e cada uma delas possui a essência divina que é numericamente a mesma "

 6- Jesus Cristo é verdadeiro Deus e filho de Deus por essência

 "O dogma diz que Jesus Cristo possui a infinita natureza divina com todas suas infinitas perfeições, por haver sido engendrado eternamente por Deus."

 7- Jesus possui duas naturezas que não se transformam nem se misturam

 "Cristo é possuidor de uma íntegra natureza divina e de uma íntegra natureza humana: a prova está nos milagres e no padecimento"

 8- Cada uma das naturezas em Cristo possui uma própria vontade física e uma própria operação física.

 "Existem também duas vontades físicas e duas operações físicas de modo indivisível, de modo que não seja conversível, de modo inseparável e de modo não confuso"

 9- Jesus Cristo, ainda que homem é Filho natural de Deus

 "O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo"

10- Cristo imolou-se a si mesmo na cruz como verdadeiro e próprio sacrifício

 "Cristo, por sua natureza humana, era ao mesmo tempo sacerdote e oferenda, mas por sua natureza Divina, juntamente com o Pai e o Espírito Santo, era o que recebia o sacrifício."

 11- Cristo nos resgatou e reconciliou com Deus por meio do sacrifício de sua morte na cruz

 "Jesus Cristo quis oferecer-se a si mesmo a Deus Pai, como sacrifício apresentado sobre a ara da cruz em sua morte, para conseguir para eles o eterno perdão"

 12- Ao terceiro dia depois de sua morte, Cristo ressuscitou glorioso dentre os mortos

 "ao terceiro dia, ressuscitado por sua própria virtude, se levantou do sepulcro"

 13- Cristo subiu em corpo e alma aos céus e está sentado à direta de Deus Pai

 "ressuscitou dentre os mortos e subiu ao céu em Corpo e Alma"

 14- Tudo o que existe foi criado por Deus a partir do Nada

 "A criação do mundo do nada, não apenas é uma verdade fundamental da revelação cristã, mas também que ao mesmo tempo chega a alcançá-la a razão com apenas suas forças naturais, baseando-se nos argumentos cosmológicos e, sobretudo no argumento da contingência."

 15- Caráter temporal do mundo

 "O mundo teve princípio no tempo "

 16- Conservação do mundo

 "Deus conserva na existência a todas as coisas criadas "

 17- O homem é formado por corpo material e alma espiritual

 "a humana como comum constituída de corpo e alma"

 18- O pecado de Adão se propaga a todos seus descendentes por geração, não por imitação

 "Pecado, que é morte da alma, se propaga de Adão a todos seus descendentes por geração e não por imitação, e que é inerente a cada indivíduo"

19- O homem caído não pode redimir-se a si próprio

 "Somente um ato livre por parte do amor divino poderia restaurar a ordem sobrenatural, destruída pelo pecado"

 20- A Imaculada Conceição de Maria

 "A Santíssima Virgem Maria, no primeiro instante de sua concepção, foi por singular graça e privilégio de Deus omnipotente em previsão dos méritos de Cristo Jesus, Salvador do gênero humano, preservada imune de toda mancha de culpa original"

 21- Maria, Mãe de Deus

 "Maria gerara a Cristo segundo a natureza humana, mas quem dela nasce, ou seja, o sujeito nascido não tem uma natureza humana, mas sim o suposto divino que a sustenta, ou seja, o Verbo. Daí que o Filho de Maria é propriamente o Verbo que subsiste na natureza humana; então Maria é verdadeira Mãe de Deus, posto que o Verbo é Deus. Cristo: Verdadeiro Deus e Verdadeiro Homem"

 22- A Assunção de Maria

 "A Virgem Maria foi assumpta ao céu imediatamente depois que acabou sua vida terrena; seu Corpo não sofreu nenhuma corrupção como sucederá com todos os homens que ressuscitarão até o final dos tempos, passando pela decomposição."

 23-A Igreja foi fundada pelo Deus e Homem, Jesus Cristo

 "Cristo fundou a Igreja, que Ele estabeleceu os fundamentos substanciais da mesma, no tocante a doutrina, culto e constituição"

 24- Cristo constituiu o Apóstolo São Pedro como primeiro entre os Apóstolos e como cabeça visível de toda Igreja, conferindo-lhe imediata e pessoalmente o primado da jurisdição

 "O Romano Pontífice é o sucessor do bem-aventurado Pedro e tem o primado sobre todo rebanho"

 25- O Papa possui o pleno e supremo poder de jurisdição sobre toda Igreja, não somente em coisas de fé e costumes, mas também na disciplina e governo da Igreja

 "Conforme esta declaração, o poder do Papa é: de jurisdição, universal, supremo, pleno, ordinário, episcopal, imediato".

 26- O Papa é infalível sempre que se pronuncia ex-cátedra.

 "Para compreender este dogma, convém ter na lembrança:

Sujeito da infalibilidade papal é todo o Papa legítimo, em sua qualidade de sucessor de Pedro e não outras pessoas ou organismos (ex.: congregações pontificais) a quem o Papa confere parte de sua autoridade magistral.

 O objeto da infalibilidade são as verdades de fé e costumes, reveladas ou em íntima conexão com a revelação divina.

 A condição da infalibilidade é que o Papa fale ex-cátedra:

- Que fale como pastor e mestre de todos os fiéis fazendo uso de sua suprema autoridade.

- Que tenha a intenção de definir alguma doutrina de fé ou costume para que seja acreditada por todos os fiéis. As encíclicas pontificais não são definições ex-cátedra.

 A razão da infalibilidade é a assistência sobrenatural do Espírito Santo, que preserva o supremo mestre da Igreja de todo erro.

 A conseqüência da infalibilidade é que a definição ex catedra dos Papas sejam por si mesmas irreformáveis, sem a intervenção ulterior de qualquer autoridade."

 27- A Igreja é infalível quando faz definição em matéria de fé e costumes

 "Estão sujeitos à infalibilidade: - O Papa, quando fala ex cátedra - O episcopado pleno, com o Papa cabeça do episcopado, é infalível quando reunido em concílio universal ou disperso pelo rebanho da terra, ensina e promove uma verdade de fé ou de costumes para que todos os fiéis a sustentem"

 28- O Baptismo é verdadeiro Sacramento instituído por Jesus Cristo

 "Foi dado todo poder no céu e na terra; ide então e ensinai todas as pessoas, batizando-as em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo"

 29- A Confirmação é verdadeiro e próprio Sacramento

 "Este Sacramento concede aos batizados a fortaleza do Espírito Santo para que se consolidem interiormente em sua vida sobrenatural e confessem exteriormente com valentia sua fé em Jesus Cristo."

 30- A Igreja recebeu de Cristo o poder de perdoar os pecados cometidos após o Batismo

 "Foi comunicada aos Apóstolos e a seus legítimos sucessores o poder de perdoar e de reter os pecados para reconciliar aos fiéis caídos depois do Batismo"

 31- A Confissão Sacramental dos pecados está prescrita por Direito Divino e é necessária para a salvação

 "Basta indicar a culpa da consciência apenas aos sacerdotes mediante confissão secreta"

 32- A Eucaristia é verdadeiro Sacramento instituído por Cristo

 "Aquele que come Minha Carne e bebe Meu Sangue tem a vida eterna"

 33- Cristo está presente no sacramento do altar pela Transubstanciação de toda a substância do pão em seu corpo e toda substância do vinho em seu sangue

 "Transubstanciação é uma conversão no sentido passivo; é o trânsito de uma coisa a outra. Cessam as substâncias de Pão e Vinho, pois sucedem em seus lugares o Corpo e o Sangue de Cristo. A Transubstanciação é uma conversão milagrosa e singular diferente das conversões naturais, porque não apenas a matéria como também a forma do pão e do vinho são convertidas; apenas os acidentes permanecem sem mudar: continuamos vendo o pão e o vinho, mas substancialmente já não o são, porque neles está realmente o Corpo, o Sangue, Alma e Divindade de Cristo."

 34- A Unção dos enfermos é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

 "Existe algum enfermo entre nós? Façamos a unção do mesmo em nome do Senhor"

 35- A Ordem é verdadeiro e próprio Sacramento instituído por Cristo

 "Existe uma hierarquia instituída por ordenação Divina, que consta de Bispos, Presbíteros e Diáconos"

 36- O matrimónio é verdadeiro e próprio Sacramento

 "Cristo restaurou o matrimónio instituído e bendito por Deus, fazendo que recobrasse seu primitivo ideal da unidade e indissolubilidade e elevando-o a dignidade de Sacramento."

 37-A Morte e sua origem

 "A morte, na atual ordem de salvação, é consequência primitiva do pecado"

 38- O Céu (Paraíso)

 "As almas dos justos que no instante da morte se acham livres de toda culpa e pena de pecado entram no céu"

 39- O Inferno

 "As almas dos que morrem em estado de pecado mortal vão ao inferno"

 40- O Purgatório

 "As almas dos justos que no instante da morte estão agravadas por pecados veniais ou por penas temporais devidas pelo pecado vão ao purgatório. O purgatório é estado de purificação"

 41- O Fim do mundo e a Segunda Vinda de Cristo

 "No fim do mundo, Cristo, rodeado de majestade, virá de novo para julgar os homens"

 42- A Ressurreição dos Mortos no Último Dia

 "Aos que creem em Jesus e comem de Seu corpo e bebem de Seu sangue, Ele lhes promete a ressurreição"

 43- O Juízo Universal

 "Cristo, depois de seu retorno, julgará a todos os homens."

Como vemos, a Igreja Católica se eternizou em dogmas que no âmbito de sustentação científica não nos traz conforto para acreditação na crença mítica do cristianismo primitivo.

Fomos formados com atividades sensitivas da percepção, inteligência, intuição para discernirmos os conflitos da lógica que poderá apoiar ou não em pilares de possíveis verdades o que nos faz acreditar que os milagres e a ressureição são improváveis de comprovação como também podermos verificar se é sustentável a afirmação de que:

JESUS É DEUS

Desde que Immanuel Kant escreveu sua “Crítica da Razão Pura”, tem sido comum para as pessoas pensantes insistir que é impossível provar a existência de Deus.

Nesta afirmativa de que Jesus é Deus encontraremos argumentos e citações que possivelmente se não estudarmos o texto dentro de um contexto com bastante atenção desprovida, logicamente de tendências, poderemos cair em contradições e armadilhas a todo instante que poderá nos levar á compreensões que nem sempre são favoráveis à afirmativa em voga.

A Cristologia de Jesus torna-se para os pesquisadores e investigadores que diferentemente de apaixonados pela fé cega, buscam a resolução de prováveis verdades dado que as afirmativas e contradições são levadas a um grau de perfeita sintonia discursivo para este entendimento e/ou discernimento.

Se atentarmos para os escritos Bíblicos, vamos encontrar muitas passagens em que Jesus afirma ser Deus.

Lembrar que O Evangelho do João, escrito pelo Apóstolo João, é diferente dos outros três evangelhos e contém muito conteúdo teológico/gnóstico em relação à pessoa de Cristo e o significado de fé.

Exemplos:

Mas o que Jesus disse sobre si mesmo? Alguma vez ele se apresentou como Deus? De acordo com a Bíblia, com certeza! Abaixo estão algumas de suas declarações feitas no tempo que estava na terra, e seus contextos.

JESUS É DEUS?

COMO ELE DISSE QUE ERA DEUS:

Disseram-lhe os judeus:

“Você ainda não tem cinquenta anos e viu Abraão?” Respondeu Jesus: “Eu lhes afirmo que antes de Abraão nascer, Eu Sou!” Então eles apanharam pedras para apedrejá-lo, mas Jesus escondeu-se e saiu do templo. (João 8:57-59)

“Eu e o Pai somos um”.

Novamente os judeus pegaram pedras para apedrejá-lo, mas Jesus lhes disse: “Eu lhes mostrei muitas boas obras da parte do Pai. Por qual delas vocês querem me apedrejar?” Responderam os judeus: “Não vamos apedrejá-lo por nenhuma boa obra, mas pela blasfêmia, porque você é um simples homem e se apresenta como Deus”. (João 10:30-33)

Então Jesus disse em alta voz: “Quem crê em mim, não crê apenas em mim, mas naquele que me enviou. Quem me vê, vê aquele que me enviou. Eu vim ao mundo como luz, para que todo aquele que crê em mim não permaneça nas trevas”. (João 12:44-46)

Quando terminou de lavar-lhes os pés, Jesus tornou a vestir sua capa e voltou ao seu lugar. Então lhes perguntou: “Vocês entendem o que lhes fiz? Vocês me chamam Mestre e Senhor, e com razão, pois eu o sou. Pois bem, se eu, sendo Senhor e Mestre de vocês, lavei-lhes os pés, vocês também devem lavar os pés uns dos outros”. (João 13:12-14)

Respondeu Jesus:

“Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim. Se vocês realmente me conhecessem, conheceriam também o meu Pai. Já agora vocês o conhecem e o têm visto”. Disse Filipe: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta”. Jesus respondeu: “Você não me conhece, Filipe, mesmo depois de eu ter estado com vocês durante tanto tempo? Quem me vê, vê o Pai. Como você pode dizer: ‘Mostra-nos o Pai’?”. (João 14:6-9).

JESUS É DEUS?

COMO ELE SE DESCREVE?

Jesus lhes disse:

“Digo-lhes a verdade: Não foi Moisés quem lhes deu pão do céu, mas é meu Pai quem lhes dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desceu do céu e dá vida ao mundo”. Disseram eles: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”. Então Jesus declarou: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede”. (João 6:32-35)

Falando novamente ao povo, Jesus disse: “Eu sou a luz do mundo. Quem me segue, nunca andará em trevas, mas terá a luz da vida”. Os fariseus lhe disseram: “Você está testemunhando a respeito de si próprio. O seu testemunho não é válido!”. Respondeu Jesus: “Ainda que eu mesmo testemunhe em meu favor, o meu testemunho é válido, pois sei de onde vim e para onde vou. Mas vocês não sabem de onde vim nem para onde vou”. (João 8:12-14)

Então Jesus afirmou de novo: “Digo-lhes a verdade: Eu sou a porta das ovelhas. Todos os que vieram antes de mim eram ladrões e assaltantes, mas as ovelhas não os ouviram. Eu sou a porta; quem entra por mim será salvo. Entrará e sairá, e encontrará pastagem. O ladrão vem apenas para roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham plenamente. Eu sou o bom pastor. O bom pastor dá a sua vida pelas ovelhas”. (João 10:7-11)

Disse Marta a Jesus: “Senhor, se estivesses aqui meu irmão não teria morrido. Mas sei que, mesmo agora, Deus te dará tudo o que pedires”. Disse-lhe Jesus: “O seu irmão vai ressuscitar”. Marta respondeu: “Eu sei que ele vai ressuscitar na ressurreição, no último dia”. Disse-lhe Jesus: “Eu sou a ressurreição e a vida. Aquele que crê em mim, ainda que morra, viverá; e quem vive e crê em mim, não morrerá eternamente. Você crê nisso?” Ela lhe respondeu: “Sim, Senhor, eu tenho crido que tu és o Cristo, o Filho de Deus que devia vir ao mundo”. (João 11:21-27).

CITAÇÕES DAS ESCRITURAS QUE CONTRADIZEM A DIVINDADE DE JESUS:

"Ouvistes que eu vos disse: Vou, e voltarei a vós. Se me amásseis, alegrar-vos-íeis de que eu vá para o Pai; porque o Pai é maior do que eu." (João 14:28).

•Filipenses 2:5-8, "Tende em vós aquele sentimento que houve também em Cristo Jesus, o qual, subsistindo em forma de Deus, não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar, mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens; e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz."

•Colossenses 2:9, "Porque nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade,"

•Gálatas 4:4-5, "Mas, vindo a plenitude dos tempos, Deus enviou seu Filho, nascido de mulher, nascido debaixo de lei, para resgatar os que estavam debaixo de lei, a fim de recebermos a adoção de filhos."

•Hebreus 2:9, “Vemos, porém, aquele que foi feito um pouco menor que os anjos, Jesus, coroado de glória e honra, por causa da paixão da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todos”.

Outras passagens que Jesus mostra que não é Deus:

Mateus 19:17

João 14:28

Mateus 26:39

Mateus 14:28

Colossenses 1:15

Apocalipse 3:14

Ainda no campo da compreensão humana e limitada atrevo-me a alguns questionamentos:

Os anjos são filhos de Deus? Se sim, como explicar: Jesus, seu único filho!

Quanto a morte de Jesus, sendo ele Deus absoluto, imensurável, onipresente, onisciente, como ELE morreria e depois ressuscitaria? Ou seja, quem iria ressuscitar o próprio Deus absoluto?

Como que o morto ressuscita a si próprio mesmo estando morto ao mesmo tempo?

Se Jesus fosse Deus acredito que jamais diria:

- Meu Deus, meu Deus, porque me abandonaste? (S. Mat. 27, 46; S. Mar

- Por que me chamas bom?

- Ninguém há bom senão um, que é Deus. Mc 10:18?

“Então, soltando grande brado, Jesus disse:

MEU PAI, ÀS TUAS MÃOS ENTREGO O MEU ESPÍRITO”. (João, 22: 46) .

Estes como outros questionamentos estão largamente escritos nas escrituras sagradas. Não saberia qualificar ou adivinhar a intenção dos tradutores e/ou escritores para tantas impenetráveis afirmações e contradições acerca da Divindade de Jesus, mas este artigo é tão somente para trazer mais esclarecimentos destes mistérios e segredos que envolvem a Cristologia de Jesus deixando o leitor livre nas suas reflexões. Ainda assim, deixo mais uma dificuldade de análise, cabendo, obviamente ao leitor atento, cercar-se de mais estudos para a compreensão sem temor.

O CONFLITO DA TRINDADE

A Trindade e a razão humana — A acusação de que a doutrina da Trindade não se conforma com a lógica ou a razão também é descabida, pois a mente humana não pode apreender tudo sobre Deus. É impossível que o relativo entenda com precisão o Ser Absoluto, que o finito atinja o Infinito, que a criatura desvende todos os mistérios e segredos do Criador. Isso é pedir demais. (Leia Romanos 11:33; 1ª Coríntios 2:11; Jó 11:7; Isaías 40:28). No livro Raciocínios à base das Escrituras (publicado pelas TJ), página 123, há a seguinte pergunta: "Será que Deus teve começo?" Daí, citam o Salmo 90:2, que diz que Deus é Deus de "eternidade a eternidade", ou seja, ele é incriado, sempre foi, é e será eternamente. Diante desse mistério, o livro lança o desafio: "Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é uma razão sólida para rejeitá-lo". Aplicando o mesmo princípio à doutrina da Trindade, podemos perguntar: "Será que Deus é uma Trindade? Há lógica nisso? Nossa mente não pode compreender isso plenamente. Mas não é razão sólida para rejeitá-lo".[3]

Antes de citarmos os argumentos contidos na Bíblia Sagrada, analisemos os escritos abaixo:

“Eu e o Pai somos um”. – Nesta citação, Hermínio C. Miranda em O Evangelho Gnóstico de Tomé escreve:

Definitivamente, Jesus não se põe como Deus, como lamentavelmente desejam fazer crer os redatores finais dos textos canônicos. Estar unido ao Pai, ser um com ele, tendo condições de auscultar-lhe o pensamento e a vontade, está longe de significar também que ele é igual a Deus ou o próprio Deus. Estaríamos assim recaindo na funesta doutrina da coeternidade, criada para justificar a divindade de Jesus e sua participação na Trindade. Erigida à condição de dogma e, mais do que isto, de mistério impenetrável à análise crítica, a Trindade é um dos vários problemas que se tornaram incômodos para a Igreja, porque só admitem o recuo.

Se Jesus disse que é o caminho, a verdade e a vida... não implica que ele seria a salvação porquanto o discurso seria:

SOU A SALVAÇÃO, A VERDADE E A VIDA.

Jesus não é o próprio Deus, mas um Espírito que já tendo alcançado a perfeição antes que a Terra se formasse, recebeu a missão incomparável de presidir à formação desse planeta.[4]


“Meu Pai, desejo que, lá onde eu estou os que tu me deste também estejam comigo, a fim de que contemplem a minha glória, glória que me deste, por que me amaste antes da criação do mundo”. (João, 17: 24).

Deus é aquilo que aprendemos a conhecer eternamente, e, por conseguinte, o que nunca saberemos.

Jesus, com relação aos homens que trabalham na obra do progresso do planeta e da Humanidade terrena é verdadeiramente, Filho Único do Pai, pela pureza e pelo seu poder.

Desse modo é que Deus é seu Pai e Jesus seu Filho. Foi a concepção da “Santíssima Trindade” pela Igreja de Roma que deturpou tudo. Será?

No Evangelho Gnóstico de Tomé, o Logion 77 – Jesus disse: Sou a Luz que está sobre todos. Eu sou o Todo: O Todo saiu de mim e o Todo retornou a mim. Rachem um pedaço de madeira: lá estou Eu; levantem a pedra e Me encontrarão ali.

Redação e argumento de Hermínio C. Miranda:

Ele diz: Integrado em Deus, Jesus fala por ele ou Deus fala em Jesus.

Belíssima síntese para expressar a onipresença de Deus, fora do qual ninguém vive e nada existe, uma divindade imanente e transcendente, tão difícil de conceber e ao mesmo tempo tão fácil de encontrar, pois está em toda parte.

Redação Pessoal - Grifo Nosso de acordo com o pensamento Espírita:

Todos os Espíritos são criados iguais, simples e ignorantes, sem conhecimentos e sem virtudes, os Espíritos evoluem pelo seu próprio esforço pessoal e sua luta, buscando seu aprimoramento Moral e Intelectual. Deus O Criador incriado não concede favores e nem privilégios para nenhum Espirito, cada Espirito evolui por si mesmo.

Ainda de acordo com a citação Dogmática da própria Igreja Católica:

Dogma nº 9:

Jesus Cristo, ainda que homem é Filho natural de Deus.

 "O Pai celestial quando chegou a plenitude, enviou aos homens seu Filho, Jesus Cristo".

Em João 17:5 e, agora, glorifica-me, ó Pai, contigo mesmo, com a glória que eu tive junto de ti, antes que houvesse mundo.

Deixo uma pergunta:

Onde ocorrera a evolução Espiritual de Jesus?

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

A BÍBLIA SAGRADA

A GENESE

HERMÍNIO C. MIRANDA em O Evangelho Gnóstico de Tomé.

KARDEC, A. O Livro dos Espíritos.

KARDEC, A. A Gênese - Os Milagres e as Predições Segundo o Espiritismo. 17. Ed., Rio de Janeiro, FEB, 1976.

KARDEC, A. O Evangelho Segundo o Espiritismo. 39. Ed., São Paulo, IDE, 1984.

(KELLER, 2009. p. 157).

LEITE, HELDER ROCHA – ESPÍRITO: UMA LUZ QUE NUNCA SE APAGA – 1ª Edição Salvador, 2012.

(LÉON DENIS, FEB, 1919, 7a edição).

(WILHELM DILTHEY, pg.44, cap.2) A EPISTEMOLOGIA DAS CIÊNCIAS DO ESPÍRITO.

XAVIER, F. C. O Consolador, pelo Espírito Emmanuel. 7. Ed. Rio de Janeiro: FEB, 1977.




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HELDER ROCHA LEITE

Helder Rocha Leite é Pesquisador Espírita, Professor, Compositor, Maestro, Mestre e Doutor em Ciências da Educação, Doutorando em Psicologia Social e Pós Doutor em Direito.

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[1] Helder Rocha Leite é Espírita, Professor, Compositor, Maestro, Mestre e Doutor em Ciências da Educação, Doutorando em Psicologia Social e Pós Doutor em Direito.

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[2] Antonio Paiva Rodrigues

[3] Pr. Luis Antônio Ferraz
 

[4] Fórum Espírita