UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ – UVA

CENTRO DE FILOSOFIA, LETRAS E EDUCAÇÃO – CENFLE

CURSO DE PEDAGOGIA

A DISLEXIA E AS DIFICULDADES NA APRENDIZAGEM

FRANCISCO DE ASSIS LOPES JUVÊNCIO

SOBRAL – CEARÁ

                                                                       2012 

Resumo

 


Na literatura são inúmeros os conceitos incorporados pelos educadores à dislexia. Os autores como: Condemarim (1989), Assunção (1991), Nunes (1997) Sally (2005), Ângela (2001) entre outros, são unânimes em afirmar que muitas crianças que não conseguem aprender a leitura e a escrita de modo satisfatório, não são obrigatoriamente portadoras de nenhum distúrbio. No entanto, é necessário delimitar o conceito de dislexia, realizando um estudo mais aprofundado sobre seus aspectos mais relevantes, como causas, conseqüências, diagnóstico, bem como a postura e atitudes do professor diante dessas crianças que visem a educação como um todo e compreensão de suas dificuldades. O objeto primordial deste estudo é apontar e refletir sobre as várias dificuldades encontradas pela criança disléxica, para que estas se apropriem da leitura e da escrita. Percebi que a dislexia para muitas pessoas é sinônimo de desinteresse, preguiça, desleixo, etc., porém, dislexia em seu estado mais amplo, vai muito além de dificuldades de leitura e escrita, ela se agravam, caso não sejam diagnosticadas. Necessita-se instaurar dentro das escolas, medidas preventivas essenciais para a restauração do aluno em sua forma mais abrangente, evitando assim as situações traumatizantes que os problemas da dislexia causam em algumas crianças, que neste atual momento não são, ao menos, respeitadas. Toda e qualquer dificuldade escolar tem uma causa e uma solução. Ninguém nasce com dificuldades escolares, elas aparecem ao longo do caminho e precisam ser observadas, respeitadas e solucionadas. É tarefa de todo e quaisquer educadores, sejam eles os pais ou os professores, ter como base ética o compromisso de ver desenvolver-se digna e efetivamente a aprendizagem de seu(s) educando(s). Buscando novas formas de aprendizagem, novos programas e processos de ensino que possam colaborar para a inclusão destas crianças no mundo das letras, ajudando-as a sobreviver dentro deste único modelo de escola que nos apresenta. Precisamos urgentemente lutar para que as informações e as novas formas de aprender cheguem dentro das escolas, aos educadores e aos pais, mas só faremos quando pudermos compreender as graves conseqüências que o insucesso escolar provoca, gerando uma relação inadequada entre esta criança e o mundo.

 

Palavras-chave: criança, escola, dislexia, professor, aprendizagem, psicopedagogia.


 Alguns dizem ser a dislexia uma disfunção, um problema, um transtorno, uma deficiência um distúrbio, para outros trata-se de uma dificuldade de aprendizagem relacionada à linguagem. Atualmente os investigadores: Condemarim & Bomquist, 1989, Assunção & Coelho, 1991; Cuba dos Santos, 1986, entre outros, usam vários termos para conceituar a dislexia. Do mesmo modo também pode ser conceituada da seguinte forma:

 

A dislexia (do grego dus = difícil, dificuldade; lexis = palavra) é um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é o distúrbio de maior incidência nas salas de aula. Pesquisas realizadas em vários países mostram que cerca de10 a 15% da população mundial é disléxica.

(SHAYWTZ, 2005, p. 8)

 

Esse tipo de distúrbios vem sendo apontado como causa de evasão escolar, reprovação e falta de estímulo no que diz respeito à aprendizagem, esses problemas podem acentuar-se ainda por causa dos rótulos colocados pelos pais, professores, amigos e irmãos, conseqüência da falta de informação.

 

A dislexia persiste apesar da boa escolaridade. É necessário que pais, professores e educadores estejam cientes de que um alto número de crianças sofre de dislexia. Caso contrário, eles confundirão dislexia com preguiça ou má disciplina. É normal que crianças disléxicas expressem sua frustração por meio de mau-comportamento dentro e fora da sala de aula.

(ANGELA, 2001, p. 15)

 

Isso pode explicar a dificuldade de certos alunos na aprendizagem da leitura e da escrita ao mesmo tempo em que desfaz o mito de que esses alunos são burros, incapazes ou sofrem alguma deficiência visual, auditiva ou intelectual e que por qualquer desses motivos não conseguem aprender nada. Pensamos que a dislexia só é definida ou diagnosticada com a entrada da criança na escola, mas isso não é verdade, os sintomas desse distúrbio manifestam-se a partir do momento que a criança tem a necessidade de lidar com a simbolização da realidade ou com a nomeação do mundo. O fato desses distúrbios serem descritos somente em crianças em idade escolar, ou seja, entre 06 e 17 anos, deve-se ao fato da preocupação dos pais se dá somente a partir das dificuldades de leitura e escrita, apesar de alguns sinais estarem presentes nas crianças bem antes de sua entrada na escola.

Para Condemarim a dislexia específica ou dislexia de evolução é o conjunto de sintomas reveladores de uma disfunção parietal, ou parietal occipital, geralmente hereditária, ou às vezes adquirida, que afeta a aprendizagem da leitura num contínuo que se estende do sintoma leve ao severo. (CONDEMARIM, 1989, p. 21)

Quem primeiro descreveu sobre os distúrbios da dislexia foi James Kevi em 1896, mas não deu um nome específico, ainda em 1896, Pringle Morgan a chamou de cegueira verbal congênita. Em 1920, Orton utilizou o termo strephosymbolia (símbolos invertidos) para identificar crianças que inverteram letras ou números durante a leitura. Hollagreem em 1950, após realizar uma pesquisa com 276 (duzentos e setenta e seis) crianças, supostamente disléxicas, concluiu que era um fator hereditário e a denominou dislexia genética. Johnson e Myklebbust em 1953 acreditavam que as dificuldades de aprendizagem eram uma disfunção cerebral a nível do sistema nervoso central e a chamou distúrbios de psiconeurológicos. Quirós em 1975, determinou que as dificuldades estariam situadas no campo de percepção simbólica, tanto a nível de palavras visualizadas como ouvidas, portanto denominou de perturbações perceptocognitivas, que dificultam a aquisição da leitura e da escrita.

Analisando os vários conceitos de dislexia, precisamos lembrar que esses conceitos são apenas parcialmente verdadeiros, pois é necessário considerar as várias dimensões, diante das características e dificuldades encontradas pelas crianças disléxicas, é preciso que essas crianças compreendam o porquê de suas dificuldades e reconheçam suas potencialidades, pois está comprovado que os disléxicos são criativos e podem sair-se bem em outras atividades que não sejam relacionadas a leitura e a escrita, assim sendo, orientadas, superarão mais rapidamente suas dificuldades.

As opiniões acerca das causas da dislexia são divergentes e ao mesmo tempo se completam, isso acontece mesmo depois de mais de um século de estudos, sendo assim, não podemos informar com segurança sua etiologia. Pesquisadores da área elaboraram hipóteses e teorias, mas não há nada comprovado cientificamente.

 

O termo dislexia é aplicável a uma situação na qual a criança é incapaz de ler com a mesma facilidade com a qual lêem seus iguais, apesar de possuir uma inteligência normal, saúde e órgãos sensoriais intactos, liberdade emocional, motivação e incentivos normais, bem como instrução adequada.

(CONDEMARIM e BLOMQUIST, 1989, p. 2)

 

Em hipótese alguma fala-se em comprometimento intelectual para o disléxico, nem tampouco prejuízos neurológicos nas áreas responsáveis pela aquisição da leitura, também descartamos a possibilidade de suas causas serem de ordem emocional. Aponta-se o emocional nunca como causa, mas como conseqüências dos rótulos (burro, desleixado, desinteressado, preguiçoso, etc) que acabam levando a criança disléxica a um certo temor de relacionar-se com seus colegas assumindo algumas vezes uma postura agressiva e/ou deprimida.

Existem algumas e possíveis causas da dislexia como: hereditariedade, prematuridades, complicações na gravidez e no parto, acidentes no período neonatal e doenças infectocontagiosas. Para melhor entender a causa da dislexia, é necessário conhecer, de forma geral, como funciona o cérebro. Diferentes partes do cérebro exercem funções específicas. A área esquerda do cérebro, por exemplo, está mais diretamente relacionada À Linguagem; nela foram identificadas três sub-áreas distintas: uma delas processa fonemas, outra analisa palavras e a última reconhece palavras. Essas três subdivisões trabalham em conjunto permitindo que o ser humano aprenda a ler e escrever. Uma criança aprende a ler ao reconhecer e processar fonemas e relacionando as letras a seus respectivos sons. À medida que a criança adquire a habilidade de ler com mais facilidade, outra parte de seu cérebro passa a se desenvolver; sua função é a de construir uma memória permanente que imediatamente reconheça palavras que lhe são familiares. Com o tempo em que a criança progride no aprendizado da leitura, esta parte do cérebro passa a dominar o processo e, conseqüentemente, a leitura passa a exigir menos esforço.

O cérebro de disléxicos, devido às falhas nas conexões cerebrais, não funciona desta forma. No processo de leitura, os disléxicos recorrem somente à área cerebral que processa fonemas. A conseqüência disso é que disléxicos têm dificuldade em diferenciar fonemas de sílabas, pois sua região cerebral responsável pela análise de palavras permanece inativa. Suas ligações cerebrais são incluem a área responsável pela identificação de palavras e, portanto, a criança disléxica não consegue reconhecer palavras que já tenha lido ou estudado. A leitura se torna um grande esforço para ela, PIS toda palavra que ela lê aparenta ser nova e desconhecida.

Apesar dos estudos não terem chegado a um ponto comum a respeito das causas da dislexia, a informação de que a dislexia não compromete o intelecto é um ponto de concordância que envolve todos os estudos desenvolvidos até hoje sobre dislexia. Acredita-se que pessoas disléxicas têm até uma maior probabilidade de serem bem sucedidas; a batalha inicial de disléxicos para aprender de maneira convencional estimula sua criatividade e desenvolve uma habilidade para lidar melhor com problemas e com stress.

A criança disléxica enfrentará uma série de dificuldades que poderão aumentar com a demora do diagnóstico, essas dificuldades podem ser no campo emocional, motor, de orientação e aprendizagem. O diagnóstico precoce amenizará bastante o sofrimento da criança disléxica, mas isso é raro, devido a falta de informações. Podemos afirmar que dificilmente uma criança seja diagnosticada disléxica antes do segundo ano do ensino fundamental, portanto, desde o momento em que a criança chega na fase de receber e expressar informações até o momento do diagnóstico muitos anos se passam e marcas foram deixadas na vida dessa criança, o que poderá dificultar o seu tratamento.

 

A dificuldade na leitura significa apenas o resultado de uma série de desorganizações que a criança já vinha apresentando no seu comportamento pré-verbal, não-verbal e em todas aquelas funções básicas necessárias para o desenvolvimento da recepção, expressão e integração, condicionados à função simbólica.

(ASSUNÇÃO e COELHO, 1991, p. 89)

 

Muitos leigos acham que a dislexia é uma dificuldade tão somente da leitura e da escrita, isto é verdade apenas superficialmente, porque se formos analisar o que é leitura e escrita veremos que este é um processo longo e depende de várias circunstâncias ocorridas no decorrer da vida, e que também não se lê somente livros, revistas, jornais, etc., mas tudo que está em nossa volta.

Na área escolar a criança disléxica tem dificuldade em leitura, escrita e soletração, inverte as palavras total ou parcialmente, na leitura trocam fonemas semelhantes, b por p, f ou v ou letras visualmente parecidas como q por p; d por b; m por n. Além de todas de todas essas dificuldades podem desenvolver-se nos disléxicos outros distúrbios não obrigatórios como: distúrbios de fala e linguagem, na noção de espaço e no sentido de direção; distúrbios de esquema corporal, distúrbio na orientação tempo-espacial e distúrbio de memória. Pode acontecer da dislexia se manifestar acompanhada de outros problemas de aprendizagem tais como a disortografia (incapacidade de transcrever corretamente a linguagem oral), disgrafia (dificuldade de passar para a escrita o estímulo visual da palavra impressa) e/ou discalculia (dificuldade de aprender aritmética). Isso ocorre com menos freqüência e observam-se esses aspectos nos disléxicos que tem seu diagnóstico errôneo ou demasiado demorado, ou mesmo nunca chegam a ser diagnosticados, ao invés de ajuda esses indivíduos recebem discriminação e maus tratos por parte de pais e professores.

Acreditamos que de todas as dificuldades a mais dolorosa seja a falta de compreensão por parte daqueles que cercam a criança disléxica e esse comportamento dos adultos geram na criança problemas de ordem emocional que poderão levar a criança a atitudes depressivas, ter sua auto-estima diminuída, tornarem-se agressivas, desestimuladas e apresentarem transtornos de conduta.

Existe um movimento muito grande, na sociedade e na escola, de transformar crianças “normais” em crianças “doentes” somente porque não aprendem os conteúdos escolares. (ARAÚJO e ARANHA, 2000, p. 90)

Muitas vezes isso deve-se ao fato do professor voltar-se demais para encontrar problema e a solução no aluno, enquanto muitas vezes o que está errado é o método de ensino e a maneira como ele é utilizado. Então se o professor não está preparado para ajudar seus alunos que não apresentam verdadeiramente dificuldades de aprendizagem o que dizer em relação àqueles alunos que necessitam de um acompanhamento especial. Por isso dizemos que os disléxicos não sentem dificuldades só na párea escolar, mas em todos os aspectos que envolvem habilidades de leitura e escrita.

O professor desempenha uma função relevante, tanto no processo de diagnóstico quanto no reeducativo. O diagnóstico precoce é fundamental para a superação das dificuldades escolares e cotidianas e nesse processo o professor possui papel de destaque no reconhecimento das crianças com dislexia, já que ele é o primeiro elo no processo ensino-aprendizagem. Porém, devemos dizer que o professor não fará o diagnóstico e tampouco deve dizer para a família que seu filho é disléxico, muito menos em sala de aula, para evitar rótulos, gozações e constrangimento na criança considerada disléxica. Seu papel será de orientação no que diz respeito aos pais e de encaminhamento da criança para uma equipe multidisciplinar, onde será feito o diagnóstico preciso. A partir daí o professor deverá mudar consideravelmente suas expectativas, cobranças para com esse aluno, assumindo um comportamento compreensivo e estimulador, respeitando seu ritmo, não o envolvendo em situações de competição ou geradores de ansiedade (ler em voz alta, escrever no quadro, etc) evitando comparações, conversando sobre suas dificuldades, progressos, procurando desenvolver sua auto-estima.

Os disléxicos precisam de tratamento especializado quanto os outros deficientes na área da linguagem, mas precisam, e muito, do auxílio do professor. (ASSUNÇÃO e COELHO, 1991, p.91)

Como a criança disléxica tem várias dificuldades de aprendizagem, podem surgir como conseqüência problemas emocionais, então o aspecto psicológico pode ser afetado, como nem sempre os pais tem um entendimento lógico do que seu filho tem dificuldade para aprender, mas não é um deficiente mental, de que seu filho não aprende como o filho da vizinha, mas deve continuar na escola, de que seu filho tem a necessidade de um tratamento, cabe ao professor que com muita diplomacia fará o papel de mediador, por isso a importância dos professores serem conhecedores dos distúrbios de aprendizagem para que não ocorra com os professores o que ocorre com os pais, a não aceitação de ter um filho disléxico, pois para os não esclarecidos dislexia é sinônimo de preguiça, desleixo, acomodação e o professor não está em sala para rotular alunos, sua função entre outras é diagnosticar e ajudar, para isso é que existe avaliação.

Tranqüilidade e compreensão tornam a criança menos ansiosa diante de seu insucesso escolar, preparando-a para a atitude mais confiante e segura na aprendizagem da leitura e da escrita (SÁ DE SOUSA, 1970, p.23)

Crianças com dificuldade para ler e escrever, geralmente tem habilidades para pintura, música, matemática, ciências, cabe ao professor estimular, reforçar estas áreas como meio de compensar suas limitações e aumentar sua auto-estima, desse modo a criança sentir-se-á mais segura sabendo que apesar de suas dificuldades em ler e escrever pode sair-se bem em outras atividades.

A relação professor-aluno entendida enquanto núcleo do processo de ensino e aprendizagem, deve assumir uma característica dinâmica, única e transformadora, justamente a partir da diversidade na qual é constituída. (ARAÚJO e ARANHA, 2000, p.103)

O professor deve está preparado emocional e profissionalmente para trabalhar com diferenças, não se admite hoje salas de aula homogêneas propositalmente.

A Lei de Diretrizes e Bases (LDB), com lei nº 9.349/96, parágrafo único diz que o estado adotará, como alternativa preferencial, a ampliação do atendimento aos educando com necessidades especiais, na própria rede pública regular de ensino, independente do apoio das instituições previstas neste artigo.

Como podemos observar a LDB orienta que crianças com necessidades especiais sejam incluídas na rede regular de ensino, nesse desafio entrará a criatividade, o compromisso e a competência do professor bem como do núcleo gestor. Analisando por outro lado, a criança disléxica orientada a respeito dos motivos das suas dificuldades e convivendo, partilhando com crianças da sua idade, será mais bem sucedida na sua vivência escolar e nos desafios do dia a dia.

O professor que deseja ajudar seus alunos com dificuldade de leitura e escrita deve ser consciente que nem sempre será possível encaminhá-los a um atendimento adequado, feito por uma equipe multidisciplinar, por questões financeiras. Então esse profissional através de um trabalho paciente e constante poderá e deverá prestar para a criança a ajuda que ela necessita.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

 

ANGELA, Maria. Nem sempre é o que parece: Como enfrentar a Dislexia e os fracassos escolares. Saraiva, 2001.

 

ASSUNÇÃO, José da Elisabete; COELHO, Maria Tereza. Problemas de Aprendizagem. 3. ed. São Paulo. Ática, 1991.

 

BAVER, James. Ultrapassando as barreiras. Ed. Casa do Psicólogo, 1997.

 

CONDEMARIM, Mabel; BLOMQUIST, Marlys. Dislexia: Manual da leitura corretiva. Trad. Ana Maria Netto Machado. Porto Alegre – RS. Artemed, 1989.

 

CUBA DOS SANTOS, Cacilda. Dislexia específica de evolução. 2. ed. São Paulo; Sarvier, 1986.

 

NUNES, Terezinha; BUARQUE, Lair; BRYANT, Peter. Dificuldades na aprendizagem da leitura: Teoria e Prática. 2. ed. São Paulo. Cortez, 1997.

 

SHAYWITZ, Sally. Entendendo a Dislexia. Artmed. 2005.