1. Introdução

 

O mercado atual provoca uma valorização de profissionais diferenciados, a aplicação de certas técnicas de gestão moderna exige competências específicas, e estas devem ser estimuladas no ambiente formal de aprendizagem (sala de aula). A capacidade de aprender a aprender para estar em permanente sintonia com a velocidade das constantes transformações tecnológicas tornou-se um bem maior.

Essas transformações fazem da educação um fator estratégico para o pleno exercício da cidadania e para a preparação de recursos humanos capazes de responder às demandas sociais e econômicas de um mundo globalizado. Para enfrentar esse desafio, quase todos os profissionais da educação estão revendo suas estratégia de ensino a fim de assegurar que estes possam satisfazer as expectativas e demandas educacionais da sociedade do conhecimento, tanto aquelas relativas às práticas cidadãs como as que decorrem das formas de organização do trabalho e das  relações sociais.

As estratégias de ensino vem sendo discutida fervorosamente nos últimos anos como forma de manifestação explícita dos equívocos cometidos no passado, as estratégias são uma  preocupação constante do docente,  em função das mudanças nos métodos de aprendizagem nas diversas áreas de ensino.

A estratégia de ensino, onde professores e alunos lidam com situações adversas e juntos contribuam para a construção do conhecimento. Onde as relações interpessoais são destacadas como processo que contribui para o resgate do aluno, ou seja, que minimiza o impacto do fracasso escolar traduzido em reprovações e dependências freqüentes nas instituições de ensino superior.

 

O conteúdo deste material visa investigar a relação entre a transmissão do conhecimento através da dinâmica de grupo utilizada como estratégia de ensino em cursos da área da saúde.    Este trabalho justifica-se pelas necessidades atuais do mercado, trazendo consigo as mudanças necessárias para atender os padrões de exigência, auferindo a qualidade aos processos educacionais.

 

2. Estratégia de ensino

O ensino superior tem características muito próprias porque objetiva a formação do cidadão, do profissional, do sujeito enquanto pessoa, enfim de uma formação que o habilite ao trabalho e à vida. É neste contexto o que vem se desenvolvendo no Brasil em nível de formação de profissionais no nível superior.

O processo de planejamento educacional está inserido em vários setores da vida social:  urbano,  econômico, familiar, entre outros. O planejamento é um ato político-pedagógico porque revela intenções e a intencionalidade, expõe o que se deseja realizar e o que se pretende atingir.

 No Brasil, nos últimos anos, existe uma grande expansão de cursos superiores, sem que haja um aprofundamento no estudo das demandas do mercado para que ocorram essas implantações de novos cursos sem prejuízo da qualidade do ensino.

O professor, em geral um profissional bem sucedido em sua profissão, dispõe de informações diversificadas sobre as práticas pedagógicas no processo de ensino aprendizagem. Estes profissionais tiveram a oportunidade de se prepararem adequadamente, muitos investem no aprimoramento. Para ensinar, é fundamental que se aplique uma metodologia e para que isto seja possível, temos que planejar, pensar e desenvolver uma estratégia em que seja possível repassar conhecimentos com a convicção de que os objetivos específicos contidos no seu planejamento de ensino sejam atingidos.

O professor precisa da  capacidade de aprender a aprender para estar em permanente sintonia com a velocidade das constantes transformações tecnológicas.

O professor deve possuir requisitos de equilíbrio e de penetração psicológica para estimular o desenvolvimento das possibilidades de todos os membros e fazer com que eles mesmos conduzam o grupo.

 

Para enfrentar esse desafio, o professor usa métodos e estratégias de ensino a fim de assegurar que estas possam satisfazer as expectativas e demandas educacionais da sociedade do conhecimento, tanto aquelas relativas às práticas cidadãs como as que decorrem das formas de organização do trabalho e das  relações sociais.

Trata-se de um grande desafio utilizar recursos visuais, comunicativos e interacionais, como de forma a conduzir alunos, na tarefa de iniciar, manter e finalizar o curso.

A estratégia de ensino é a disciplina que permite a compreensão e a análise das características dos métodos, estando ligada à Epistemologia, o estudo do conhecimento. Trata-se do modo como se deve sistematizar a pesquisa através da operacionalização de métodos, técnicas, instrumentos etc.

As estratégias de ensino fornecem embasamento metodológico e técnico para elaboração do planejamento e instrumentos aplicados aos processos de ensino e aprendizagem no ensino superior. Contribuindo com a formação de uma competência didática para práticas de ensino.

O processo de ensino refere-se ao ensino e a aprendizagem, e o espaço tempo em que se dá esse processo é a sala de aula, o laboratório, o campo de estágio entre outros. Para Masetto (2003, p. 88), tradicionalmente a sala de aula tem se constituído como um espaço físico e um tempo determinado durante o qual o professor transmite seus conhecimentos e experiências aos alunos.

Em contraposição o professor sugere que a sala de aula precisa ser compreendida como espaço tempo de aprendizagem por parte do aluno. Com essa compreensão ela passa a ser um espaço e tempo durante o qual os sujeitos de um processo de aprendizagem (professor e alunos) encontram-se para, juntos, realizarem uma série de ações como estudar, ler discutir e debater, ouvir o professor, consultar e trabalhar na biblioteca, redigir trabalho entre outras (MASETTO, Idem, 89).

 

Partindo do princípio de que a estratégia é a maneira como se desenvolve, na teoria e na prática, uma investigação científica, devemos considerar que consiste, ainda, no modo de se fazer ciência com os instrumentos adequados à realidade.

 

3. MÉTODOS E TÉCNICAS

O ensino tem como objetivo a aprendizagem demonstrando que o homem só passou a ensinar quando descobriu que era capaz de aprender. Foi desenvolvendo a capacidade de aprender que ele se descobriu capaz de ensinar.

Esse processo que se pode denominá-lo de ensinagem (ANASTASIOU, 2003) envolve sujeitos em constante construção, seres potencialmente em mudanças, relacionando-se uns com os outros em contextos históricos específicos, no caso em análise, o espaço tempo da sala de aula, a prática pedagógica. Nessa perspectiva o processo ensino-aprendizagem vai ocorrer através da inter-relação - relação entre sujeitos, mediados por um objeto de conhecimento - significativo - e por sistemas de comunicação. Esses sujeitos histórico-culturais estão em permanente situação de trocas intelectivas e afetivas, em permanente socialização de experiências e saberes.

O professor deve construir a sua estratégia de ensino  visando o alcance dos objetivos básicos que oportunizem ao aluno assimilar, exercitar, aplicar e recriar os conhecimentos e informações que melhorem sua visão de mundo, das coisas e do próprio individuo, num processo interativo.

A estratégia de ensino busca a redefinição dos objetivos da aula e de seus espaços, o uso de técnicas participativas e variadas e a implementação de um processo de avaliação como feedback motivador da aprendizagem. Entende-se, assim, que o processo de ensinagem universitária a aquisição e domínio de um conjunto de conhecimento, métodos e técnicas científicas de forma crítica. Que procura incentivar a buscar informações, a pesquisa e o conhecimento de várias teorias e autores sobre determinado assunto e compará-las, discutir sua aplicação em situações reais com as possíveis conseqüências para a população, do ponto de vista ambiental, ecológico, social político e econômico; um processo ensino-aprendizagem onde se exerça, de fato, a interdisciplinaridade.

 

A estratégia do ensino consta de métodos e técnicas de ensino. A diferenciação entre métodos de ensino não é muito clara, porque circunstâncias há que ambos se confundem.

O método é o caminho ordenado e sistemático para se chegar a um fim, podendo ser estudado como processo intelectual e como processo operacional. Como processo intelectual é a abordagem de qualquer problema mediante análise prévia e sistemática de todas as vias possíveis de acesso à solução. Como processo operacional é a maneira de estabelecer as diversas atividades para chegar ao fim almejado, ou seja, é a própria ordenação da ação da pesquisa.

A metodologia do ensino, de modo geral, deve conduzir o educando à auto - educação, à autonomia, à emancipação do professor, isto é, deve levá-lo a andar por conta própria. Deve conduzir o estudo dirigido, passando pelo estudo supervisionado, até alcançar o estudo livre.

O método, portanto, é o conjunto das atividades sistemáticas e racionais que, com maior segurança e economia, permite alcançar o objetivo, isto é, os conhecimentos válidos e verdadeiros, traçando o caminho a ser seguido, detectando erros e auxiliando as decisões do pesquisador.

Técnicas de Ensino é o procedimento também lógica e psicologicamente estruturado, destinado a dirigir a aprendizagem do educando, porém, num setor limitado, particular, no estudo de um assunto, ou num setor particular de um método de ensino.

A técnica de ensino é o recurso didático de que se lança mão para efetivar momento ou parte de método de ensino, na direção da aprendizagem. A técnica de ensino representa a maneira de efetivar um propósito bem definido e particular do ensino.

Assim, pode-se observar que  método de ensino é mais amplo que técnica de ensino. A técnica de ensino é mais adstrita à orientação da aprendizagem em seus aspectos particulares e específicos, ao passo que método de ensino indica aspectos mais gerais de ação didática.

Todo método deve ter uma estruturação lógica, para que seus passos tenham seqüência, e deve ter uma estruturação psicológica, para que se adapte às formas de estrutura mental do educando, em função da sua idade e maturidade, isto é, para melhor se adaptar às peculiaridades evolutivas e às possibilidades do educando.

Poder-se-ia dizer, também, que método de ensino é o planejamento geral das ações didáticas, segundo determinado critério, tendo em vista determinadas metas.

É importante salientar que, nas atividades diárias o método tem sido utilizado com o propósito de organizar as diversas atividades cotidianas, tais como: definir o melhor caminho a seguir, planejar o aprendizado de determinadas tarefas etc. Quando se realiza um estudo científico o método ajuda a definir racionalmente o caminho adequado para a obtenção dos resultados de uma pesquisa através de um projeto previamente elaborado.

Assim, existe uma grande variedade de metodologias a serem empregadas, que podem ser utilizadas para transmitir conhecimento e experiência.

Nesta pesquisa focamos as dinâmicas de grupo utilizadas como transmissoras de conhecimento, fator de integração  do grupo e incentivo a motivação de aprendizagem nos cursos da área da saúde.

 

4. DINÂMICA DE GRUPO

Tudo começou no período paleolítico, com as ingênuas brincadeiras das crianças. Conta-se que nesta fase já existem registros de desenhos nas cavernas, provavelmente retratando as guerras entre as tribos ou lutas com os animais (para subsistência). As crianças, posteriormente, imitavam os pais utilizando as armas na simulação de brincadeiras de guerra. Neste período já há impressões arqueológicas de que eles tinham consciência do jogo, usando uma bexiga de animal como bola, por exemplo. Na Idade Média, surge a idéia da simulação de situações. Os pagens simulavam uma "guerra" com as crianças, fazendo uso de arco-e-flexa e de jogos como "cabo de guerra". Nesta época já há inclusive a idéia de ganho e perda que um jogo pode causar.

Mais tarde, já na época industrial, em 1933, foi realizada uma pesquisa para verificar se o estresse e as condições estruturais das fábricas influíam no trabalho dos operários. A investigação provou que as condições de trabalho, extremamente precárias, prejudicavam e causavam fadiga nos funcionários. Com algumas melhorias, como uma iluminação adequada, os trabalhadores tiveram uma significativa melhora na performance.Desde então foi provado que os fatores externos prejudicam na dinâmica dos grupos.

As dinâmicas de grupo costumam fazer parte dos processos de seleção de candidatos e observações das Instituições ou terapeutas. As dinâmicas servem para que se conheçam características do individuo e o seu comportamento em equipe.

Funcionamento e desenvolvimento de grupo. A utilização dos Jogos e Dinâmicas. O processo de aprendizagem. Trabalhando o grupo e o processo vivenciar. Diversas dinâmicas com diferentes objetivos: Integração, tomada de decisão, comunicação, planejamento, elaboração de metas, aprendizagem, etc...
- A Dinâmica de Grupo enquanto processo e conjunto metodológico de técnicas.

Fases do desenvolvimento do grupo

-      Fenômenos de grupos e sua influência na dinâmica das relações;

-      Funcionamento e desenvolvimento do grupo;

-      Limites de confluência da Dinâmica de Grupo;

-      O papel do facilitador;

-      Dinâmica de Grupo – Sensibilização e produção do grupo;

-      A influência do grupo na percepção, atitudes e valores dos indivíduos.

 

Há diversas concepções para a dinâmica grupal,  cada uma delas reflete uma posição particular do que seja, e para que serve essa especialidade do conhecimento que trata das relações humanas quando em grupos sociais.

O interesse científico pela Dinâmica Grupal é recente — trata-se de uma ciência do século XX.

No entanto, já no século XVIII que, por ter sido caracterizado por enormes avanços no conhecimento humano e pelas grandes revoluções políticas da Inglaterra, da França e da Independência Americana, foi chamado de Século das Luzes, viveu Giambattista Vico (1688-1744), um pensador italiano que hoje é reconhecido por sua aura de precursor das ciências humanas. Estabeleceu a diferença entre Ciências Naturais e Ciências Humanas, e propôs como base de estudo dessa última, um princípio epistemológico considerado fundamental para o desenvolvimento dos diversos campos do conhecimento humanista — quais sejam Antropologia, Sociologia, Psicologia e a Dinâmica Grupal, um ramo da psicologia social.

Quando um conjunto de pessoas movidas por necessidades semelhantes se reúne em torno de uma tarefa especifica, ou seja, um grupo com um objetivo mútuo, porem cada participante é diferente, tem sua identidade.

Segundo Zimmerman(1997), o individuo desde o nascimento participa de diferentes grupos numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social. Todo individuo passa a maior parte do tempo de sua vida em grupos – convivendo e interagindo.Todo educador ensina à seu grupo, mas só sabe o que vai ensinar quando conhece o seu grupo.

Dinâmica  de grupo expressão foi criada por Kurt Lewin identifica boa parte de seus estudos realizados nos EUA  com vista á realização de pesquisas em psicologia social, com destaque para o estudo de grupos.

Basicamente, são as seguintes as características da dinâmica de grupo:

ênfase em pesquisa empírica com significado teórico;

interesse na dinâmica e independência dos fenômenos ligados ao grupo de indivíduos;

relevância interdisciplinar, envolvendo psicólogos, sociólogos, antropólogos sociais e economistas;

aplicabilidade potencial de tais conhecimentos á pratica social.

 

As experiências em dinâmica de grupo inauguradas por Lewin e colaboradores tiveram enormes repercussões em várias áreas de atividades, tais como trabalhos de socialização grupal, educação e administração.

A dinâmica de grupo se ocupa do estudo da conduta dos grupos com um todo, e das variações da conduta individual de seus membros, das relações entre grupos, de formular leis e princípios que regem essas variações, bem como se preocupa em elaborar técnicas que aumentem a eficiência dos grupos.

São grupos primários os em que os membros realizam um processo de interação direta, sob efeitos de liames afetivos, íntimos e pessoais, como é o caso das relações entre membros de uma família, um grupo de amigos, os alunos de uma sala etc.

São grupos secundários os que, pelo contrário, mantêm relações impessoais, formais, não afetivas. A comunicação entre os membros, de modo geral, é indireta.

Pode-se dizer que um grupo de estudo é, na sua essência, um grupo primário, uma vez que seus membros se encontram em uma situação de interação direta.

A dinâmica é a atividade que leva o grupo a uma movimentação, a um trabalho em que se perceba como cada pessoa se comporta em grupo, como é a comunicação, o nível de iniciativa, a liderança, o processo de pensamento, o nível de frustração, se aceita bem o fato de não ter sua idéia levada em conta.

As dinâmicas de grupo costumam fazer parte dos processos de seleção de candidatos e observações das Instituições ou terapeutas. As dinâmicas servem para que se conheçam características do individuo e o seu comportamento em equipe.

A Dinâmica de grupo estuda as interações (influências mútuas) entre as pessoas que estão juntas para divertir- se ou para trabalhar. Pode ser chamada Também que estão de MICROSSOCIOLOGIA. Descobriu-se, em psicologia, que é muito mais profunda do que se pensava a influência que as pessoas exercem sobre as outras quando estão juntas (face a face). Daí o interesse dos responsáveis por repartições, empresas, igrejas, escolas, grupos de trabalho etc. por “dinâmica” (interação) de grupo, com o objetivo de:

 a) aumentar a produtividade(sem incentivos materiais);

 b) aumentar o bom relacionamento entre os membros da equipe.

 

A Sociedade está cada vez mais exigindo a qualidade dos serviços a ela prestados, esta exigência torna fundamental a busca constante de normas e mecanismos de avaliação e controle da qualidade.

5. FUNDAMENTOS PARA UTILIZAÇÃO DA DINÂMICA DE GRUPO

Para compreender um pouco esta metodologia construtivista é necessário saber que a palavra. Construtivismo é uma metáfora utilizada em psicologia e pedagogia, que nos remete a uma teoria psicológica. Segundo essa teoria, o verdadeiro conhecimento é fruto de uma elaboração (construção) pessoal, resultado de um processo interno de pensamento durante o qual o sujeito coordena diferentes noções entre si, atribuindo-lhes um significado, organizando-as e relacionando-as com outras anteriores. Uma característica desse processo é o fato de ninguém pode realizá-lo por outra pessoa, tornando-o inalienável e intransferível.

Além de proporcionar novos conhecimentos, uma aprendizagem desse tipo mobiliza o funcionamento intelectual do indivíduo, facilitando-lhe o acesso a novas aprendizagens, pois, além do conhecimento em si, ele aprendeu determinadas estratégias intelectuais para ter acesso a ele, que lhe serão muito úteis não só em aprendizagens futuras, mas também na compreensão de situações novas e na proposta e invenção de soluções para problemas que possa ter na vida, graças à sua capacidade de generalização.

Nesta teoria piagetiana, a autonomia do indivíduo é fundamental. Para Piaget, a autonomia está relacionada à participação do indivíduo na elaboração de novas formas de pensar e na criação de novos conhecimentos, auxiliando na reflexão crítica da realidade, para questioná-la e se possível, transformá-la. Os conflitos e as contradições devem atuar como elementos motivadores favorecendo uma nova reestruturação - processos de assimilação e acomodação. Desta forma o aluno ao construir conhecimentos, aprende os seus mecanismos de produção tornando-se mais independente. Faz parte do processo de aprendizagem a exploração da atividade, o incentivo à criatividade e à observação. Piaget apresenta, portanto, uma visão interacionista partindo do indivíduo para o contexto. 

A educação e a formação técnica com suporte do professor, proposta pela metodologia de trabalho do ensino superior é uma estratégia baseada na aplicação de novas tecnologias e métodos auxiliando à aprendizagem, sem limitação de tempo. Esta ação sistemática e conjunta entre as novas tecnologias e estratégias utilizadas no processo de construção do conhecimento  que incluem a comunicação, integração e a motivação e incentivo como partes da estratégias de ensino-aprendizagem que propiciam uma aprendizagem autônoma. Um aspecto fundamental está relacionado à importância que o meio tem em ambientes para o suporte e ensino. O meio freqüentemente impõe a metodologia, criando por isso restrições para a instrução. A incorporação de metodologias e estratégias pedagógicas no ambiente de ensino on-line, permite reduzir tais restrições.

 

6. Objetivo

O principal objetivo deste estudo é demonstrar a dinâmica de grupo como estratégia de ensino para propiciar a aquisição de conhecimento, bem como o desenvolvimento de habilidades correlatas, capacitando o individuo a atuar em grupo.

Além disso, pretende-se destacar a importância da utilização da dinâmica de grupo orientada para área da saúde, ou seja, como técnica para motivação, desenvolvimento e integração.

 

7. Metodologia

 

Para esta pesquisa definiu-se como estratégia de trabalho, um estudo  descritivo e avaliativo. Num primeiro momento são descritas as variáveis, bem como a maneira pela qual serão avaliada no estudo. O acompanhamento das aulas ministradas, a fim de fundamentar as principais práticas e elementos que auxiliam o desenvolvimento do trabalho.

O material coletado através de pesquisa e visitas técnicas foi usados como base de informação, correspondendo ao universo de pesquisa foram avaliados e investigados durante o período proporcionando as informações necessárias. Os dados levantados evidenciaram como resultado as variáveis quantitativas que foram adaptadas para o registro e pesquisa em ficha modelo, feita pelo autor deste trabalho como instrumento de pesquisa, tendo como base de dados e coleta de informação na planilha.

 

7. Conclusão

 

Esse estudo procurou analisar a relação entre a dinâmica de grupo e sua utilização como estratégia de ensino nos cursos da área da saúde.  Os dados levantados apontaram  que as atividades  que envolvem a dinâmica de grupo apresentam um aumento no conhecimento subjetivo e também no conhecimento cognitivo tanto individual como social.

   Considero a dinâmica de grupo muito importante, se bem escolhida e, se possível, nada impostos.

Saber conduzir um grupo é, antes do mais, saber evidenciar ao aluno a sua real importância; sem malabarismos e recursos às vezes cômicos, mas com a luz da própria convicção.

 

 É um tema de constante estudo o delicado problema da motivação; e não há por que se  desdenhar de tais estudos. É nítida impressão de que o ato de motivar não é algo que se faça de fora do aluno, com acenos exteriores que fiquem na superfície, mas sim algo que tem que passar por dentro da vida daquele que vai estudar. E uma coisa é certa: uma vez motivados, os alunos não haverão de encontrar dificuldades em ouvir o conteúdo ou em discuti-lo. A maneira de trabalhar a informação é, sem dúvida, um aspecto importante na aprendizagem.

 

Mas a dinâmica de grupo exige serenidade no tratamento: a questão da autodisciplina. A autodisciplina imposta, pois está visto que, neste caso, não se conduz à convicção de um valor, mas tão-somente a comportamentos de ocasião, com suas características individuais. O professor pode dar aos seus alunos o caminho no sentido de que eles próprios descubram o precioso valor da autodisciplina. Não uma espécie de contenção de eunuco, mas a sabedoria que equilibra uma vida sadia e divertida com a capacidade de se disciplinar nas horas necessárias. A não ser nas “explosões” de alguns gênios da humanidade, jamais vi alguma bela e significativa conquista de vida sem autodisciplina.

 

Os argumentos utilizados me levam à conclusão de que o ensinar é mesmo uma tarefa de totalidade, no sentido de que cabe aos discentes algo diferente de mostrarem só o lado duro do autocrescimento ou só o lado lúdico do chamado ensino-aprendizagem; cabe ao professor querer tentar, sinceramente, contribuir para que os seus alunos divisem, no horizonte amplo do viver, as tensões e as distensões necessárias; que haja a “hora de rir e a hora de chorar, a hora de lavrar, a hora de colher e festejar”. Para que os deveres do professor, em termos de ensino, sejam cumpridos, este não pode colocar-se numa posição de timidez quase como quem pede desculpas por estar na sala de aula.

   Saber apresentar e discutir conteúdos é preciso; é igualmente necessário que se tenha a habilidade de suscitar no aluno a valorização do que temos chamado de autodisciplina; mas, indo além se espera que tudo isto seja feito com o professor provocando, por uma postura simples mais marcante, a iluminação do viver e do conviver. Não existe segredo na postura do professor que vive de sua profissão; tem paixão pelo que ensina, fé no homem (individual e coletivo) e nutri respeito por aquelas que lhe foram confiadas.

 

  

 

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