A CRIAÇÃO DO HOMEM E DA MULHER

 A história da criação do mundo, do homem e dos seres vivos poderia ser  mais bem aceita  se a mesma não tivesse sido escrita exclusivamente por homens. A história da criação do homem, transcrita na bíblia transpira tanto machismo que a torna indigesta para uma mente  lúcida, não dominada pelo fanatismo e que pensa por si  mesma. É verdade que a mulher ao longo da história da humanidade nunca teve projeção para fazer parte da história; tendo em vista que os valores principais, os mais importantes, dignos de fazer  parte da história, era os resultantes da força aplicada para dominar os animais e o controle das forças imponderáveis da natureza. A mulher sempre foi relegada a um plano secundário e, em muitos casos, até inferior aos animais, como em relação ao valor do camelo nos países áridos. Somente recentemente o valor da mulher teve reconhecimento, pois a força deixou de ser o bem mais importante, sendo superada pela inteligência. E a inteligência da mulher não é inferior a do homem. O único problema da mulher, no momento, são os resquícios de medo incrustados em sua mente e a baixa auto-estima que muitas atribuem a si mesmas. Pesquisando a história verificamos que não tem nada que tenha diminuído mais o valor da mulher nos últimos dois mil anos do que a bíblia. E, no entanto, a mulher por medo do castigo do Deus Cristão abarrota os “curais das igrejas” e se submetem ao comando de padres e pastores que entendem de bíblia, mas nada de vida. É chegada a hora de abrir as porteiras desses “curais” e libertá-las  desde medo imaginário que as dominam e oprimem.

Vejamos agora a história da criação do homem, conforme nos informa a “santa bíblia”: - 27 Criou, pois, Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou. Está é uma historia machista, dura de engolir. Por que motivo Deus criou o homem e não a mulher, em primeiro lugar, para dar origem à humanidade?  Sabemos pelos estudos e pesquisas que a origem de todos os seres vivos é a fêmea e não o macho. O útero é o incubador da vida. Então por que o homem em primeiro lugar? – Simplesmente porque a história foi escrita pelos homens e no passado histórico todas as mulheres eram analfabetas e nem saber ler elas sabiam. Elas só ouviam o que o homem desejava que ela ouvisse.

A história do mundo e da humanidade poderia ser assim: - “no princípio só existia uma Deusa e ela criou o mundo e pensou como habitar este mundo com seres idênticos a ela e com a possibilidade de atingir seu grau de inteligência ao longo de sua evolução. Assim a Deusa gerou em seu útero um casal de seres idênticos a ela, com todas as suas características e potencial de inteligência. Quando esse casal  gêmeo atingiu a puberdade nasceu entre eles uma forte atração que era a origem da atração sexual que conhecemos hoje. O resultado é o que conhecemos hoje: a humanidade se multiplicou de 1 por 70 e hoje há seres humanos em todos os recantos e partes do mundo. Essa seria uma história que reconheceria o valor da mulher e faria jus ao seu sofrimento ao longo da história. Mas como a história foi escrita por homens não podia haver lugar para uma Deusa”.

O processo da criação do homem seria muito mais natural e evitaria este malabarismo de ter que fazer um ser humano a partir de um osso, conforme nos relata a santa bíblia: 2.22 e da costela que o senhor Deus lhe tomara, formou a mulher e a trouxe ao homem . 2.23 Então disse o homem: Esta é agora osso dos meus ossos, e carne da minha carne; ela será chamada varoa, porquanto do varão foi tomada. E o mais constrangedor é Deus fazer a afirmação de que o material da fabricação do homem havia acabado. E ficamos em duvida: - os poderes de Deus não são infinitos? Como pode ter acabado a matéria prima para fabricar a mulher? Se o homem fosse gerado por uma Deusa este problema não existiria, pois todo ser vivo é gerado a partir de uma única célula, que é o mais fascinante processo de multiplicação das espécies.

A mulher só será verdadeiramente livre quando não passar nem perto de uma igreja, não ler a bíblia e não ouvir uma única pregação dos sacerdotes