A COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO SUPERIOR

Andresa de Sena Silva

Glauber Vinicius Santos de Oliveira

Pós-Graduação em Docência no Ensino Superior

- Faculdade Fase -

RESUMO

Esse texto perpassa pela comunicação, formação, docência, tendências tecnológicas, instituições de ensino superior e seu próprio contexto tecnológico que tem vivem um momento em que a disseminação da comunicação no processo educativo atingiu larga escala, mas o impacto das mudanças que ele pode provocar ainda não ocorreu, embora existam modalidades de uso cujos ambientes de aprendizagem informatizados podem contribuir para transformações.Uma das formas é o emprego das novas tecnologias de informação e comunicação como ferramentas educacionais, com a qual o professor resolve problemas significativos. Isso pode ocorrer, por exemplo, através do uso de aplicativos como editores de textos, planilhas eletrônicas, editores de apresentações, jogos interativos e outros aplicativos correlatos que favoreçam a aprendizagem ativa, isto é, que propicie o desenvolvimento do aluno a partir de suas próprias ações. Nessa abordagem o docente que apresenta esse tipo de tecnologia comunicacional não é o detentor do conhecimento, mas sim um facilitador de sua construção, sendo utilizado como ferramenta que permite ao aluno o desenvolvimento cognitivo.

Palavras chaves: Tecnologia, Metodologia, Formação, Pesquisa.

1-INTRODUÇÃO

Este texto corresponde a um estudo limitado da comunicação e formação de professores universitários, pois para objeto dessa discussão, dois aspectos parecem necessários à compreensão do presente artigo.

Em primeiro plano está relacionada à própria configuração do estudo, numa esfera a comunicação como meio de informação construtora da docência. De outro, a área especifica (educação e formação) esses dois aspectos tornam-se complexos, por serem processos multáveis, com territórios difíceis de serem delimitados. Nessas vertentes registram-se múltiplas visões paradigmáticas, a própria noção de mapeamento pode ser objeto de contestação. Neste plano, a alternativa foi traçar um panorama, apontando tendências que possam favorecer a consolidação deste recorte que engloba as Novas tecnologias de informação e comunicações (NTIC's) na formação de professores nas instituições de ensino superior (IES).

2-DESENVOLVIMENTO

COMUNICAÇÃO NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES NO ENSINO SUPERIOR

Nossas pesquisas demonstraram a presença de pontos indissociáveis no ambiente da comunicação docente universitária. Em outras palavras, os aspectos quantitativos sustentam os movimentos analíticos que materializam a abordagem da dimensão qualitativa do estudo.

O modo de construção do texto aqui recortado é oportuno registro dos seus vários movimentos: levantamento no portal de coordenação de aperfeiçoamento de pessoal de nível superior (CAPES) as referencias mais presentes e estudadas foram: Lévy (1991), Chaves, (1999), Pretto (2002), Dewey (1979), Freire (1970), Valente (2003), Nóvoa (1992), Fiorentini (1996) e Jonassen (1997) como é possível afirmar alguns autores caracterizam-se não só por abordagem das NTIC's dentro e fora dos contextos educacionais. A partir da leitura dos textos; discussão dos pontos de entradas no conjunto da produção; identificação de elementos e de relações definidoras das tendências almejadas.

A construção do texto não segue uma sequência linear, marcada por idas e vindas, retificações e ratificações. Apenas estão assim sistematizadas neste artigo visando favorecer sua leitura. Com o mesmo objetivo, é importante antecipar que foram buscados os seguintes elementos: tipos de formação docente, tecnologias privilegiadas, contexto de aplicação, abordagens de referencias bibliográficas.

Na tentativa de encontrar relação entre os temas foram analisados os seguintes focos: referencias teórica – metodológicas especificas; as palavras chaves como pontos de entrada no conjunto da produção.

É necessário explicitar que os focos foram estabelecidos pela aplicação de critérios sucessivos, exemplificados por suas amplitudes.

O desenvolvimento de projetos educacionais como estratégia pedagógica tem sido uma tentativa de tornar a aprendizagem contextualizada no interesse do aluno e relacionada com as situa coes familiares ao aprendiz (FREIRE, 1996).

Dewey salienta por sua vez, que a educação por projetos é uma tentativa de unir dois mundos que coexistem separadamente: a vida e a escola (DEWEY, 1979).

A proposta de inserção das NTIC's, divididas em uma concepção de sociedade paradigma educacional; as muitas tentativas de inserções das NTIC's no processo de ensino – aprendizagem como um todo conhecido como NTIC's distribuídas pelas modalidades de formação presencial e a distância (EAD) na medida em que os suportes se adéquam as necessidades e conteúdos.

A Formação de Professores, nas suas mais variadas configurações: inicial e continuada, presencial e a distância, assim como capacitação e formação; práticas diferenciadas em espaços pedagógicos, ferramentas, instrumentos, perspectiva do redimensionamento, privilegiando a aprendizagem por meio da comunicação sugerem duas questões relacionadas: os modos pelos quais as referidas práticas são objetivadas; e as relações entre formação docente superior, comunicação e NTIC's que lhe dão sustentação.

O contexto da escola e a prática do professor são aspectos constituintes das atividades de formação. Sem essa contextualização, ele não tem condições de superar barreiras de ordem administrativa e pedagógica e, portanto, de reconstruir a sua prática. Além disso, ele necessita desenvolver autonomia para relativizar, preservar, redimensionar e transformar os aspectos constituintes da prática pedagógica. Para isso, é fundamental que o professor em formação vivencie também o momento da descontextualização (VALENTE, 2003).

O TEXTO

O conjunto de recortes verificou acerca da Formação de Professores, a tentativa de incorporação das NTIC's as práticas pedagógicas podem atestar assim a relevância da temática privilegiada a verificação bibliográfica, é importante, pois explicita que as buscas assinaladas ao termino da seção anterior remetem a uma dimensão discursiva.

O movimento de configuração dos estudos nesta vertente tende a identificar o esforço da união entre a comunicação e a educação na Formação de Professores. Do ponto de vista deste artigo, a escolha esta marcada no título: na formação docente.

O QUE FOI IDENTIFICADO EM NOSSA PESQUISA ACERCA DA COMUNICAÇÃO NA FP NO ENSINO SUPERIOR.

Em destaque é digno de nota o aumento expressivo da aproximação das NTIC's e o corpo docente em formação continuada nas ultimas décadas assim como o conjunto das práticas sociais entram em mutação na presença dos novos meios de comunicação e de informação pela implementação de políticas visando à sua incorporação educacional.

"Temporal é comum serem observados relacionamentos impessoais e dificuldades como as de saber o nome dos estudantes e/ou conhecer suas características individuais". (Chaves, 1999).

Um marco inicial nesta vertente da comunicação e da educação foi a criação da Secretaria De Educação A Distância No Ministério Da Educação (SEED/MEC), desde então a NTIC's é colocada na condição de estratégia de Formação de Professores pela via da Educação A Distância (EAD), prevendo programas específicos para esse fim. Em 1996 é lançado a TV Escola, a criação do Programa Nacional De Informática Na Educação (PROINFO), neste mesmo ano foi instituído o Programa De Apoio À Pesquisa Em Educação A Distância (PAPED). Essas instituições (TV ESCOLA, PROINFO, PAPED) provocaram um levante na sociedade do conhecimento do nosso país aproximando os docentes universitários das NTIC's.

"A distinção entre ensino 'presencial' e ensino a ''distância' será cada vez menos pertinente, já que o uso das redes de telecomunicações e dos suportes multimídia interativos vem sendo progressivamente integrado às formas mais clássicas de ensino. A aprendizagem a distancia foi durante muito tempo o 'estepe' do ensino; em breve irá tornar-se senão a norma, ao menos a ponta da lança." (LÉVY, 1991:170).

AS COMUNICAÇÕES PRIVILEGIADAS CONTEXTUALIZADAS NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES

É possível confirmar em nossas referencias bibliográficas a hipótese de que a NTIC's estão mais presentes na Formação de Professores devido à capacitação continuada em novas tecnologias implantadas em algumas instituições de ensino superior (IES). A FP à distância tende a representar uma oportunidade de abertura do conhecimento além paredes seculares.

A esfera do conhecimento é fechada a partir do momento em que o próprio docente não se prende as NTIC's e sim aos aspectos intrínsecos do movimento de recontextualização da Formação de Professores. O ponto de vista leva em consideração a aplicação de um critério de abrangência que fora produzido nos desdobramentos que por sua vez resultaram em novas formas concernentes de modalidades de ensino, contexto de aplicação da EAD e a inovação das aplicações das NTIC's ao ensino presencial.

Numa rede de informação que se dá por intermédio de um processo interativo e dinâmico (NÓVOA, 1992).

É evidente uma tendência incorporada ao que diz respeito ao ensino e aprendizagem sugerindo, mais que uma simples presença favorecedora das NTIC's na recontextualização da Formação de Professores universitário em contrapartida a dificuldade encontrada é a união entre a Formação de Professores e a sociedade mal informada a partir da falta de socialização das informações privilegiadas. Nesta mesma vertente a uma constante falta de estruturas estruturantes para a construção do conhecimento com o auxilio das NTIC's.

AS PALAVRAS-CHAVES NO CONTEXTO DA NOSSA PESQUISA

É preciso esclarecer que do nosso prisma, não se restringem às definições exposta pelos autores, mas incluem expressões que tendem a esclarecer as tendências a serem analisadas, com o plano estabelecido nas leituras que sustentaram a produção dos textos analíticos.

As palavras-chave e expressões aqui abordadas seguem uma curva ascendente tendo como ponto de partida a comunicação e novas tecnologias de informação no ensino, mais especificamente, com ênfase na formação de professores.

As Palavras recorrentes são treinamento, capacitação, atualização, qualificação, cursos de formação continuada, presenciais ou à distância o que remetem a discussões sobre pressupostos localizados no plano da semântica da incapacidade, restringindo do que seria a Formação de Professores no Ensino Superior.

Ele o faz mediante os processos de interação que estabelece com a organização educacional nas instâncias de administração e gestão, apoio, tutoria e acompanhamento acadêmico, bem como com os materiais de ensino-aprendizagem (Fiorentini, 1996).

No que se refere aos termos: facilitador, animador, multiplicador e tutor tentam substituir professor, redefinindo suas perspectivas e funções, nesse plano em que a expressão trabalho docente cede espaço a fazeres e atividades docentes. Nesse pressuposto acerca das NTIC's deparasse com a tendência a uma espécie de facilitação dos processos "formativos".

Sabemos que o uso de múltiplos esquemas, conceitos e perspectivas temáticas na abordagem dos conteúdos educativos favorece a representação e a apreciação de experiências e a construção de conhecimentos, de sorte que maior variedade de casos melhora a base conceitual sobre a qual se apóiam, como contextos de vida real (Jonassen ET al., 1997, p. 122).

Os meios e os recursos, as tecnologias comunicacionais são apontadas como responsáveis por mudanças estruturais na Formação de Professores, assim como: noções, conceitos, princípios de organização curricular; e mecanismos para a certificação. O computador, televisão, rádio, hipermídia, internet, correio eletrônico, lista de discussão, vídeo conferencias, métodos de instrução, apoio e suporte tornam-se indispensáveis para que se estabeleça um elo entre comunicação e Formação de Professores no ensino superior.

As redes são uma metáfora-chave, especialmente na abordagem das produções relacionadas à virtualização do ensino, na medida em que sustentam as concepções de colaboração e cooperação, ultrapassando projetos elaborados por especialistas e distribuídos em broadcasting (PRETTO, 2002).

A acessibilidade, a implantação, a inserção, a apropriação das NTIC's estão postos no sentido de modernização e inovação dos processos educacionais e da formação de professores, em destaque, então a imposição das NTIC's sem questionamentos dos modos e dos sentidos do acesso.

3-CONCLUSÃO

É razoável afirmar que a formação de professores para o ensino superior percorre o plano da formação continuada, em competências princípios organizacionais e critérios de avaliação, que tendem a vertente da NTIC's com base nas competências e habilidades que somadas apontam para o desempenho docente projetado. Deve-se então focalizar a formação de professores no ensino superior propriamente dita, não reduzida a um treinamento, capacitação que por sua vez, signifique apenas uma certificação, titulação, celulose, papéis. A formação de professores inicial u continuada sugerem maior investimento, qualidade implicada no sentido da superação da razão instrumental, tecnicista no trabalho com as NTIC's.

BIBLIOGRAFIA

CHAVES, E. Tecnologia na educação, ensino a distância e aprendizagem mediada pela tecnologia: conceituação básica. Revista Educação da Faculdade de Educação da Pontifícia Universidade Católica de Campinas, v. 3, n.7, nov, 1999.

DEWEY, John. How we think. Chicago: Henry Regnery, 1979.

FIORENTINI, L. M. R. Educação à distância e comunicação educativa: questões conceituais e curriculares. Anais do Congresso de Formação do Educador – Dever do Estado, Tarefa da Universidade. Águas de São Pedro-SP: Unesp, 1996.

FREIRE, P. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e Terra, 1996.

JONASSEN, D. A. et al. Cognitive Flexibility Hypertexts on the Web: Engaging Learners in Meaning Making. In KHAN, B. (Edit.) Web-Based Instruction. New Jersey: Englewood Cliffs, 1997, p. 119-133.

LÉVY, Pierre. Cibercultura. São Paulo: Editora 34, 1991.

NÓVOA, Antonio (1992) site HTTP://www.tvebrasil.com.br/SALTO/

PRETTO, Nelson. Formação de Professores exibe rede. Revista Brasileira de Educação, n.20, p.121-131, maio/ago.2002.

VALENTE, José Armando. Educação a distância via internet. São Paulo, Ed. Avercamp, 2003.