A auto estima durante o processo ensino aprendizagem

Ilza Aparecida dos Santos Maciel

A auto estima em seu significado propriamente dito quer dizer estima por si mesmo ou seja sentimento da importância de alguém ou de algo; respeito consideração e afeto.

A auto-estima do aluno só pode emergir se for trabalhada na sala de aula, a contextualização dos saberes cotidianos do aluno com os conteúdos didáticos. No entanto, é importante que o professor busque os conhecimentos necessários sobre como renovar sua prática pedagógica, tendo acesso ao conhecimento da concepção de educar. Conhecer os problemas extra-escolares dos alunos contribui de forma significativa para compreendê-lo em suas atitudes em sala de aula. A partir do momento em que o aluno se sente parte do processo de ensino-aprendizagem, quando ele percebe que sua vida familiar assume importância no trabalho do professor, é natural que sua resposta enquanto aprendiz seja positiva. É nesse processo pedagógico que o professor consegue criar situações de aprendizagem. A interação entre as dúvidas e curiosidades dos alunos com os conteúdos didáticos resultam em novas perspectivas quanto à construção do conhecimento, uma vez que a escola é mediadora entre o indivíduo e sua inclusão social.

...A escola tem, pois, o compromisso de reduzir a distância entre a ciência cada vez mais complexa e a cultura de base produzida no cotidiano, e a promovida pela escolarização. Junto a isso tem também, o compromisso de ajudar os alunos a tornarem-se sujeitos pensantes, capazes de construir elementos categorias de compreensão e apropriação critica da realidade.

Libâneo (pag.10,11).

 

A auto-estima que a criança desenvolve é, em grande parte, interiorizada da estima que se tem por ela e da confiança da qual é alvo. Disso resulta a necessidade do adulto confiar e acreditar na capacidade de todas as crianças com as quais trabalha. Lembrando que, a auto-estima da criança para ser desenvolvida vai depender da forma em que o professor se comporta em sala de aula. No ensino da leitura, por exemplo, o aluno tem grande possibilidade de gostar de ler se perceber que seu professor gosta de ler. E isso deve ser sempre realizado na sala de aula.

Portanto, para que o professor desenvolva junto ao aluno sua auto-estima, sem hesitar, precisa trabalhar com planejamento, porque este o induz a estudar como realizar as ações em sala de aula, fator que promove ao professor, sua competência didática, bem como o conhecimento aguçado sobre como agir nas diversas situações de ensino-aprendizagem. Para isso, várias atividades podem ser planejadas, com destaque para as variedades de brincadeiras em que se podem inserir os elementos do grupo, propiciando que sejam trabalhados durante a brincadeira. É uma oportunidade de trabalhar de forma espontânea a interação, um dos pressupostos básicos do desenvolvimento da auto-estima.

O processo de construção da autoconfiança envolve avanços e retrocessos. As crianças podem fazer birras diante das frustrações, demonstrarem sentimentos de vergonha e medo, necessitando de apoio e compreensão dos pais e professores. O adulto deve ter em relação a elas uma atitude moderada, apoiando-as e controlando-as de forma flexível, sobretudo segura.

É importante ressaltar que, a auto-estima para ser um fator que estimule o aluno a ler e escrever, o professor precisa compreender como trabalhar com os conteúdos e relacioná-los com a realidade da turma. Esta é uma aprendizagem significativa. Os textos, por exemplo, precisam ser sobre o universo das crianças na mesma proporção a produção da escrita;

O que se percebe de um modo geral na escola é que a competência do professor torna-se fator de grandes discussões entre os profissionais em educação e da sociedade de modo geral. As reformas educacionais descritas na Nova LDB – 9.394/96 preestabelece as mudanças em relação a pratica pedagógica, as quais são imprescindíveis para que a educação brasileira apresente resultados concretos em se tratando de aprendizagem.

As reformas em educação solicitam professores que pesquisem sobre o real sentido da educação para que, de posse desses conhecimentos possa proporcionar ao aluno condições de desenvolver suas competências e construir seu conhecimento escolar.

O olhar do professor com essas perspectivas é que vai criar situações de aprendizagens onde a criança desenvolve espontaneamente sua auto-estima, a partir de uma aprendizagem, significativa dos fatos, de conceitos, procedimentos e atitudes.

...”O grande trabalho educativo deve voltar às mãos do professor. Ele precisa ter liberdade de ação para que se possa exigir dele competência e desempenho profissional à altura dos ideais da verdadeira educação. Sem o professor, não há escola nem tão pouco a educação para todos”.

Referências:

 

ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. História da educação. 2 ed. – São Paulo: Moderna, 1996.

LIBÂNEO, José Carlos. Adeus professor, adeus professora? Novas exigências educacionais e profissão docente. – São Paulo: Cortez, 1998.

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. PCN – Parâmetros Curriculares Nacionais. – Brasília: MEC/SEF, 1997.