A ATUAÇÃO DO PEDAGOGO COM ALUNOS COM DISTURBIOS DE APRENDIZAGEM RELACIONADOS À LEITURA E À ESCRITA

Sandra Maria de Freitas Ferreira
Licenciada em Pedagogia pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Itararé-SP.
Cursando pós-graduação lato sensu em Psicopedagogia pela Universidade Adventista de São Paulo ? campus Engenheiro Coelho. (UNASP)
Atuando na área de Ensino fundamental em escola da rede pública de ensino da cidade de Engenheiro Coelho no estado de SãoPaulo.
Email: [email protected]


Resumo: O presente trabalho abordou os distúrbios de aprendizagem ? especificamente a dislexia ? e suas implicações na aprendizagem da leitura e da escrita. Pretendeu revisar os principais conceitos sobre os distúrbios de aprendizagem e dislexia e a atuação do professor no processo de aquisição da aprendizagem do aluno disléxico. A metodologia utilizada foi a pesquisa bibliográfica, que proporciona uma nova leitura do material já produzido sobre a temática. Como resultado, encontrou-se que cabe ao professor atualizar-se constantemente, proporcionando benefícios ao aluno no sentido de despertar o interesse pelo saber e construir sua própria história escolar. O trabalho foi dividido em três partes: a primeira fala sobre os distúrbios de aprendizagem, posteriormente sobre os conceitos de dislexia e depois sobre a atuação do pedagogo no processo de aprendizagem. Em seguida foi apresentado as considerações finais da autora, proporcionando reflexões sobre a temática envolvida.
Palavras Chave: distúrbios de aprendizagem, dislexia, pedagogo.

Abstract: This study addressed the learning disorders - specifically dyslexia - and its implications in reading and writing. Intended to review the main concepts of the learning disorders and dyslexia and teacher performance in the acquisition process of student learning dyslexic. The methodology used was literature, which provides a new reading of the material already produced on the subject. As a result, it was found that the teacher is constantly updating, providing benefits to the student in order to spark interest in learning and build their own school history. The work was divided into three parts: the first discusses learning disabilities later on the concepts of dyslexia and then on the work of teachers in the learning process. Then was presented the closing remarks of the author, providing reflections on the issue involved.

Keywords: learning disorders, dyslexia, pedagogue.

Introdução

A aprendizagem da leitura e escrita se desenvolve de forma natural com algumas crianças sem apresentar dificuldades; entretanto, outras necessitam de ajuda especial para conseguir sucesso na mesma atividade. Pensando-se nisso, estudos nessa área estão sendo realizados para explicar o fracasso escolar, bem como expor os fatores que interferem no sucesso escolar, buscando melhorias no ensino público (ZUCOLOTO e SISTO, 2002).
Ainda não se tem uma definição comum sobre a dificuldade de aprendizagem e sua manifestação, porém, uma das manifestações mais presentes, refere-se ao baixo rendimento escolar (BERMEJO e LLERA, 1997; DOCKRELL e MCSHANE, 1997; GARCIA, 1998).


Uma das hipóteses sobre as dificuldades de leitura sugere uma falha no reconhecimento ou na compreensão do material escrito. Em relação à dificuldade na escrita, esta se manifesta por confusão, inversão, substituição de palavras, erros na conversão símbolo-som, ordem de sílabas alteradas, lentidão na percepção visual, entre outros; podendo se manifestar ao soletrar ou escrever uma palavra ditada (DOCKRELL e MCSHANE, 1997).
A escrita e a leitura consistem em um conjunto de habilidades complexas. Portanto, para ler e escrever, é necessário que o indivíduo possua a aptidão de conseguir correlacionar fonemas e grafemas (ZUCOLOTO e SISTO, 2002). Ler e escrever relacionam duas significações interdependentes, a primeira levaria a segunda e vice-versa, indicando uma conexão entre leitura e escrita (WHYTE, 1985).
A identificação de dificuldades de aprendizagem em escolares vem crescendo nos últimos anos. Novas concepções sobre os métodos de ensino e aprendizagem surgem para reforçar e alterar os métodos tanto dos que ensinam como dos que aprendem (BORUCHOVITCH, 1994). Dados da UNESCO , apontam que a retenção escolar no Brasil está entre os maiores da América Latina: cerca de 54% de repetência na primeira séria do 1° grau, contribuindo assim para o atraso e evasão escolar (OKANO e cols., 2004). As conseqüências do fracasso escolar apontam para a relação entre as dificuldades de aprendizagem com a baixa auto-estima e aceitação diante dos colegas de sala (LINHARES e cols.,1993). Os sentimentos positivos em relação a si próprio refletem na motivação e respondem as demandas de aprendizagem (OKANO e cols., 2004).
Não é uma tarefa fácil o manejo das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar. Inclui a colocação da criança em programas especiais de ensino, como salas de reforço ou recuperação, proporcionando ao aluno superar as dificuldades encontradas no cotidiano escolar (OKANO e cols., 2004).


Esse artigo tem como objetivo revisar os principais conceitos sobre os distúrbios de aprendizagem e dislexia e a atuação do pedagogo na aquisição da aprendizagem do aluno disléxico.
Para isso, o trabalho fora dividido em três partes: inicialmente fala-se sobre os distúrbios de aprendizagem; posteriormente sobre os conceitos de dislexia e, para finalizar, sobre a atuação do pedagogo no processo de aprendizagem. Em seguida, apresentam-se as considerações finais da autora, proporcionando reflexões sobre a temática envolvida.
Assim, passar-se-á a expor o material estudado, buscando-se parâmetros para reflexões mais profundas e pautadas na literatura já produzida.

1. Distúrbios de Aprendizagem

A aprendizagem é a aquisição de condutas do desenvolvimento ? evolução, maturação - que dependem de influências ambientais. É um método que provoca uma nova modalidade funcional do organismo, resultando na organização da conduta (LUZ, 2010).
Os processos de aprendizagem se dividem em primários (permitem a adaptação e sobrevivência da espécie); secundários (permitem a utilização de conhecimentos gerais); terciários (permite, através de símbolos, a transmissão e a recepção dos conhecimentos - a língua); quartenários (envolve a comunicação simbólica e a capacidade de pensar - a linguagem). Desta forma, os problemas de aprendizagem indicam dificuldades nos processos terciários e quartenários, ou seja, língua e linguagem constituem facetas da aprendizagem humana (LUZ, 2010).
Os conceitos sobre as dificuldades de aprendizagem surgiram da necessidade de compreender o insucesso escolar de alunos, aparentemente normais, nas áreas de leitura e escrita (CORREIA, 1991).

Para Fonseca (1995) o distúrbio de aprendizagem é definido como uma desordem do próprio indivíduo, seja ela na linguagem falada ou na escrita, causada por disfunção do sistema nervoso central (SNC), podendo se manifestar ao longo da vida. Outros autores expõem que o distúrbio de aprendizagem se caracteriza por déficits na percepção, conceituação, memória, atenção e função motora, sendo uma desordem no desenvolvimento normal (LUCCA e cols., 2008).
As crianças com distúrbio de aprendizagem apresentam como características aversão ao próprio potencial intelectual, desordens básicas nos processos de aprendizagem, podem apresentar ou não disfunção no SNC e sinais de deficiência mental, perturbações emocionais e comportamentais, dificuldades perceptivas, problemas no processamento de informações seja no nível receptivo, integrativo ou expressivo. Também apresentam dificuldade em selecionar estímulos e focar a atenção, são dispersas, não mantém as funções de alerta e vigilância, todos estes indispensáveis à aprendizagem (FONSECA, 1995).
Exposto isso e pensando-se no foco dessa pesquisa que é a dislexia, passar-se-á a explanar sobre os conceitos desse distúrbio, bem como as principais características e possíveis tratamentos.

2. Os conceitos sobre Dislexia

A dislexia é definida como sendo uma dificuldade do aprendizado que inclui a leitura, soletração e escrita (IANHES e NICO, 2002) - um dos sinais mais evidentes - ou a combinação destes. É considerada como um distúrbio ou transtorno mais freqüente em sala de aula, estando relacionado diretamente com a reprovação escolar ? cerca de 15%. Estima-se que cerca de 10 a 15% da população mundial seja atingida por esse distúrbio, sendo que este pode afetar igualmente a pessoas de qualquer raça (OLIVEIRA, 2007).


Segundo Rotta e Pedroso (2006), pode-se citar como características principais desse distúrbio a dislexia disfonética (apresenta dificuldades para ler palavras desconhecidas, porém há aptidão para reconhecer as palavras como um todo, mas não conseguem dividi-las em sons); a dislexia diseidética (a leitura é muito lenta, silabada com presença de aglutinação/fragmentação, decompõe as palavras em suas partes por apresentar dificuldades de leitura global, a escrita é pobre); a dislexia mista ou alexia (ocorrem alterações associadas às duas formas anteriores, em diferentes intensidades e combinações). Também a dislexia congênita ou inata (a criança nasce com o transtorno sendo sua origem devida a múltiplos fatores pré-natais, constituem os casos mais graves, com acentuada dificuldade para a aquisição de leitura e escrita, raramente conseguem se alfabetizar; essas dificuldades são incuráveis, pois mesmo que adquira alguma capacitação escolar, não conseguem ler/escrever por muito tempo e, após a atividade, não se recorda do conteúdo) (ASSENCIO-FERREIRA, 2005).
Em relação à etiologia, devem ser considerados duas as causas, genética ou adquirida, podendo ser classificada também em multifatorial ou mista (MICHEL, 2009).
A dislexia, ao contrário do que pensavam, não é resultado de má alfabetização, desatenção, desmotivação, condição sócio-econômica ou baixa inteligência. É uma condição hereditária com alterações neurológicas e genéticas. Por isso, deve ser diagnosticada por uma equipe multidisciplinar, oferecendo condições para um acompanhamento mais efetivo das dificuldades levando a resultados concretos (LUZ, 2010).
Os sintomas apresentam-se diferentes para cada faixa etária. Na pré-escola e/ou pré-alfabetização apresentam dificuldades na leitura, escrita, soletração, na aprendizagem das cores, dos números, em copiar o próprio nome. A aquisição da fala é tardia, pronuncia errada a sílaba, lento crescimento do vocabulário, não conseguem seguir rotinas, falta de habilidades motoras finas e não memorizam nomes ou símbolos (OLIVEIRA, 2007).
Já no início do ensino fundamental e/ou alfabetização há dificuldade na fala, de aprender o alfabeto, na orientação temporal e espacial, no planejamento e execução

motora das letras e números, na motricidade fina, na separação e seqüenciamento dos sons, nas habilidades auditivas, na discriminação dos fonemas semelhantes e diferenciação de letras (OLIVEIRA, 2007).
Também no ensino fundamental ocorre atraso na aquisição da leitura, na escrita e soletração de palavras, há supressão de letras, repetição de sílabas, inversões parciais ou totais das sílabas, fragmentação incorreta das frases, há dificuldade na elaboração de textos escritos ou expressão através da escrita, na compreensão de piadas, provérbios ou gírias, em copiar o quadro, em planejar, organizar e terminar as tarefas dentro do tempo (OLIVEIRA, 2007).
Segundo o mesmo autor, no ensino médio há dificuldade em aprender outro idioma, nas habilidades de memória, apresenta leitura vagarosa e com muitos erros, permanência da dificuldade em soletrar palavras complexas, em planejar e fazer redações e histórias, não entende conceitos abstratos, dificuldade de prestar atenção ou atenção demasiada a pequenos detalhes, vocabulário pobre, subterfúgios para esconder suas dificuldades; no ensino superior/universitário apresenta dificuldade na letra cursiva, no planejamento e organização, falta de hábito de leitura, apresenta talentos especiais.
Estes sintomas podem apresentar-se de forma isolada ou combinada, manifestando-se de formas diferentes, variando de indivíduo para indivíduo. A apresentação de alguns sintomas não significa que a pessoa seja dislexa, mas que apresenta um quadro de risco para o distúrbio (RICHART e BOZZO, 2009).
Quanto mais cedo for detectada a dislexia, melhor. Intervenções terapêuticas ajudarão a criança a se desenvolver, driblar as dificuldades e ampliar novas habilidades. Como é um distúrbio detectado na infância, o papel do professor é fundamental na fase de alfabetização, porém, este precisa ter conhecimento sobre o assunto, para determinar que algo esteja errado com determinado aluno e não fazer avaliações distorcidas (LUZ, 2010).
O diagnóstico da dislexia deve ser feito por uma equipe multidisciplinar ? psicólogo, fonoaudiólogo, pedagogo ? através de uma investigação minuciosa,

garantindo uma compreensão do processo de avaliação, verificando se há necessidade de outros profissionais ? neurologista, oftalmologista, otorrinolaringologista, geneticista, pediatra ? conforme o caso. Essa equipe constatará todas as possibilidades antes de confirmar ou descartar o diagnóstico, sendo uma avaliação de exclusão. É Realizado um levantamento na escola, histórico familiar e evolução do paciente (ZONTA, 2008).
Os enfoques terapêuticos devem ser baseados nos princípios de aprendizagem da leitura, no processo de transformação grafema-fonema e no reconhecimento da palavra de forma global. Primeiramente, deve-se ensinar a criança a organizar verbalmente os estímulos visuais e auditivos, facilitando posteriormente a associação com o significado. Também necessita integrar o reconhecimento dos sons e símbolos ortográficos, na busca de significados verbais para a compreensão do texto (DEUSCHLE e CECHELLA, 2008).
O tratamento da dislexia inclui a reeducação da linguagem escrita, com fonoaudiólogo e psicopedagogo, os quais devem ser treinados para trabalhar com transtornos específicos da linguagem escrita. Tanto o diagnóstico como o tratamento, possui características multi e interdisciplinares. Segundo a International Dyslexia Society, deve-se observar que as diferenças são pessoais, o diagnóstico é clínico, o entendimento é científico e o tratamento é educacional (MICHEL, 2009).
Nesse sentido, o próximo tópico tratará da atuação do pedagogo na aprendizagem do aluno com dislexia, visto que é de extrema importância para o desenvolvimento e adaptação deste.

3. A atuação do pedagogo na aprendizagem




O pedagogo tem função fundamental na educação. Tem como papel despertar o interesse pelo saber, proporcionando o desenvolvimento da criatividade e capacidade de construir sua própria historia de vida do aluno (RODRIGUES e SILVEIRA, 2008).
Ensinar não é uma tarefa rotineira e estática, nem uma tarefa fácil. Faz-se necessário que o pedagogo detenha teorias capazes de analisar e refletir sobre sua prática, bem como compreender como o aluno aprende. Alguns pedagogos, ainda não têm consciência de suas incapacidades e acreditam que o importante é conhecer somente o assunto a ser ensinado. Porém, saber o conteúdo a ser ensinado é muito mais do que se aprende na universidade, é preciso saber o surgimento dos acontecimentos, as dificuldades encontradas, quais os benefícios que isso traz a sociedade. Precisam atualizar-se, ter clareza sobre os problemas de ensino-aprendizagem (GIL-PEREZ e CARVALHO, 1998). Uma interferência pedagógica deve ser considerada na metodologia, para que haja uma aprendizagem significativa e sem prejuízos para os alunos (ROGADO, 2004).
O princípio fundamental do trabalho do pedagogo é estimular a descoberta e utilização da lógica do pensamento na construção de textos e palavras; proporcionar a leitura e a escrita espontânea; explorar as funções da escrita; apontar as diferenças entre a língua falada e a língua escrita como formas de expressão de linguagem (SCHIMER e cols., 2004).
Há algumas ações importantes que os educadores devem colocar em prática para que o aluno disléxico se desenvolva e acompanhe os demais colegas de sala de aula. Antes de titularem que o aluno é "indisciplinado, não aprende, não se interessa", este deve observá-lo, investigá-lo, fazer anotações para concluir e poder agir diante da dificuldade desse aluno. Isso o diferenciará diante dos educandos. Porém um dos maiores problemas encontrados, é que os professores do ensino fundamental não têm a formação precisa na graduação para realizar o diagnóstico desse distúrbio de aprendizagem. Por isso, devem especializar-se para evitar que o aluno sofra discriminação na vida escolar e receba um acompanhamento adequado (RICHART e BOZZO, 2009).

O professor deve trabalhar, em sala de aula, com os alunos disléxicos, com atividades multisensoriais, onde se explora e estimulam os sentidos da visão, audição, tato, paladar, olfato (RICHART e BOZZO, 2009) e promove o desenvolvimento da consciência fonológica (DEUSCHLE e CECHELLA, 2008).
Dessa forma, faz-se de extrema importância reflexões sobre a temática, proporcionado aos interessados compreensões e ações mais direcionadas. Foi exatamente esse o foco dessa pesquisa.

Metodologia

O presente estudo foi desenvolvido através da pesquisa bibliográfica, fundamentando-se no material já produzido sobre o assunto e pautado em reflexões que possibilitassem repensar as práticas do professor com os alunos disléxicos. Teve por finalidade proporcionar elementos que contribuíssem com discussões posteriores e permeassem novas ações.
Gil (1999) explica que a pesquisa bibliográfica se desenvolve através de material de livros e artigos científicos, revistas, jornais, monografias e dissertações. Por meio dessas reúnem-se conhecimentos sobre a temática pesquisada, atribuindo a ela uma nova leitura.
Segundo Cervo e Bervian (1983) a pesquisa bibliográfica corresponde à explicação de um problema a partir de referenciais teóricos publicado em documentos, buscando conhecer e analisar contribuições culturais e científicas existentes sobre determinado assunto. Dessa forma, foi realizada a pesquisa bibliográfica, análise e leituras orientadas pelo assunto e objetivos expostos, propondo-se a repensar a atuação do professor na aquisição da aprendizagem do aluno disléxico.


Considerações Finais

Muito se tem pensado sobre a aprendizagem e a atuação do professor nesse contexto importantíssimo. A aprendizagem da leitura e da escrita se desenvolve de forma natural na maioria dos alunos, porém, existem alunos que apresentam dificuldades de leitura e compreensão do material escrito, traduzindo-se em baixa auto-estima e fracasso escolar.
Não é tarefa fácil o manejo das dificuldades de aprendizagem no ambiente escolar, visto que esse processo inclui programas especiais de ensino, como salas de reforço e recuperação. Este estudo pretendeu refletir sobre uma dificuldade de aprendizagem muito discutida na atualidade: a dislexia. Importante salientar que quanto mais cedo for detectada a dislexia, melhor será o processo e intervenções terapêuticas que ajudarão a criança a driblar as dificuldades e desenvolver novas habilidades.
Nesse sentido, por ser um distúrbio detectado na infância, o professor é fundamental na fase da alfabetização; o diagnóstico deve ser feito por uma equipe multidisciplinar, investigando-se minuciosamente e compreendendo as perspectivas que poderão ser trabalhadas no futuro.
Cabe lembrar que o pedagogo tem papel fundamental de despertar o interesse pelo saber, proporcionando ao aluno o acolhimento necessário e possibilitando a criatividade e capacidade do aluno em construir sua própria história. Nesse sentido, é de extrema importância que o professor atualize-se constantemente, proporcionando benefícios tanto para o aluno com dislexia, quanto para a sociedade como um todo.
Espera-se, portanto, que esse conhecimento produzido não se esgote aqui, mas que possa ser base para que novas pesquisas se desenvolvam e produzam saberes mais ampliados, no intuito de orientar a prática não só do educador e dos pais, mas de uma gama de profissionais que participam do desenvolvimento educacional da criança.


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