Me atento a uma fala de um brasileiro de grande valor, Paulo Freire e minhas inúmeras reflexões viram um verdadeiro rebuliço na alma, onde em algumas linhas deixo para reflexão individual.

Dados comprovam altíssimos índices de analfabetismo no nosso país, sabemos como fazer, mas na realidade será que não estamos usando somente paliativos há muitos anos.

Questiono, será que realmente temos um real interesse em diminuir a exclusão social, até quanto isso auxiliará a classe dominante?

Falamos em erradicar o analfabetismo, palavra forte quando vemos que as escolas excluem pessoas todos os dias, quando não recebem o educando com amor, amor que nos motiva em princípio a sermos realmente humanos....

Educadores capazes, habilitados e será que motivados para vencer o tamanho desafio, pois não é somente o conhecimento que deve ser trabalhado, mas a esperança, a motivação. Como trabalhar num adulto a solidariedade , num planeta que demonstra tamanhos atos de falta da mesma, desde com o meio ambiente como ao próximo.

Como fazer uma escola atrativa , para um jovem / adulto se não sabemos na realidade o que ele anseia, será que são os nossos anseios que mais uma vez devem prevalecer?

 

Ao pensar a educação como meio de cultura, acesso este permitido somente a uma minoria, a qual normalmente já é conhecedora do código linguístico, mas às vezes esquecida do valor do ser, mas muito  próximo ao ter.

A educação de jovens e adultos, um desafio, se é o maior desafio que temos, porque, e esta pergunta não me sai da cabeça, a qual deveria ser levada como problema número um a ser resolvido, não tem sido prioridade na prática.

Será porque os sorrisos já não tem a formosura da infância, a inocência não está mais contida no olhar, a pele já não tem o resplendor e a vivacidade da juventude.

Ou seria porque ao invés de doces, os educandos cobram atitudes, não acreditam mais em historias infantis, que o Papai Noel não trará o seu arroz com feijão, que a nossa bela Constituição Federal no que cabe nos direitos do cidadão como a moradia, alimentação, saúde, lazer e educação, infelizmente parece uma carta ao Papai Noel, a qual os adultos seguem sem  acreditar   na possibilidade de sua real existência, na prática.

A educação de jovens e adultos, onde a alfabetização esta incluída necessita de uma escola que realmente atenda as necessidades do hoje, de sua inclusão na sociedade, que caminhe na tecnologia e a escola ainda se encontra com seus resíduos medievais.

 

 

 

 

 

Que a inclusão no mundo informatizado seja realmente para todos, não espaços fechados, abertos somente para os turnos diurnos, que as bibliotecas sejam abertas com leituras atuais, não desfazendo em hipótese alguma Machado de Assis, mas levando inúmeras possibilidades de acesso a atualidade, os bens culturais são do povo e para eles devem existir.

A arte em toda sua plenitude, as praças são espaços de convívio cultural, os ateliers a céu aberto , deixando lindas pinturas do mais belo por do sol do Brasil, o do nosso Tocantins.

Nas minhas divagações, vejo praças vivas, rodas de leitura, danças, onde as Universidades contribuam no resgate e convívio cultural, onde o chimarrão do sulista conviva com o chambari e as rodas de prosa façam de nossa cidade, realmente o coração do Brasil, onde o educar , sai de ambientes fechados e se perpetua nas rodas solidarias de aprendizagem.

Fica aqui um clamor, de uma educadora, que deseja sim uma educação de jovens e adultos brasileira com qualidade, onde cada um de nós assuma a sua parcela desta dívida social e faça algo em prol realmente de uma sociedade justa  e menos cruel com os seres humanos que são seres humanos e valem pelo que são, não somente pelo que possuem.

Que deixemos nossos muros internos e façamos uma educação de fato, do rock ao lírico, do jabá ao boi no rolete