RESUMO


Este artigo apresenta como objetivo discutir as ocorrências e possíveis transtornos psiquiátricos em paciente renal crônicos. Trata de pesquisa de revisão bibliográfica com base em fontes relacionadas a transtorno psiquiátrico, sintomatologia depressiva decorrente de causas possíveis da doença renal crônica. Fica claro a importância da equipe de saúde com esses pacientes, para uma prevenção da progressão da doença. A importância do acompanhamento e tratamento psiquiátrico para a evolução da melhora do quadro depressivo e amenização dos transtornos mentais e de personalidades são relevantes para o tratamento. A prevalência de depressão nessa população é bastante variável, sendo prioritário rever e aprofundar estudos sobre o tema. Palavras-chave: Insuficiência Renal Crônica. Pacientes. Sintomatologia depressiva.


1. INTRODUÇÃO 

Em consequência a insuficiência renal crônica, pacientes submetidos a tratamento e a hemodiálise são em geral, vulneráveis a desenvolverem transtornos psiquiátricos e de personalidades e entre esses males se evidencia a depressão. Deve ser dada exclusiva atenção a paciente DRC com depressão, precisamente em caso de impacto negativo sobre a qualidade de vida. Segundo Bauer (2014) do ponto de vista vivencial, a depressão no adulto está numa situação de perdas continuadas; a diminuição do suporte sócio familiar, a perda do status ocupacional e econômico, o declínio físico continuado, perca de saúde e a maior frequência de doenças físicas, uma doença crônica e a incapacidade pragmática crescente compõem o elenco de perdas suficientes para um expressivo rebaixamento do humor. Também do ponto de vista biológico, na idade avançada é mais frequente o aparecimento de fenômenos degenerativos ou doenças físicas capazes de produzir sintomatologia depressiva. Entre os aspectos, sobressai que os avanços da tecnologia médica face aos cuidados dos pacientes renais precisam se afeiçoar-se às mudanças decorrentes da doença renal crônica. As literaturas tem relatado que o paciente renal sofre com as alterações física e emocional e, consequentes limitações a pessoa. (SMELTZER, et al, 2009). A insuficiência renal crônica (IRC) é a etapa mais avançada da doença renal, caracterizada pela perda progressiva e irreversível das múltiplas funções do rim, que gera alterações nos diversos sistemas do organismo (SMELTZER, et al, 2009). Visa este artigo discutir as ocorrências e possíveis transtornos psiquiátricos em paciente renal crônicos. 

2 INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA E SUAS IMPLICAÇÕES 

A Insuficiência Renal Crônica (IRC) refere-se “[...] à perda progressiva e irreversível da função renal [...]” (NASCIMENTO; MARQUES, p. 719, 2015). Smeltzer e outros (2009) afirmam que os rins falham na tentativa de manter a homeostase metabólica e hidroeletrolitica, resultando em uremia ou azotemia. Bezerra e Santos (2008) descreveram que os principais sinais de falência renal são a hipertensão arterial, e anemia, e também sinais neurológicos, cardiovasculares, endócrinos e metabólicos como indícios de falência renal. Ribeiro e outros (2008) definem insuficiência renal sendo o estágio em que os rins não conseguem remover os produtos de degradação metabólica do corpo ou de realizar as funções reguladoras, tal como as substâncias que normalmente deveriam ser eliminadas na urina, acumulam-se nos líquidos corporais, levando a uma quebra das funções endócrinas e metabólicas, e ácidos-básicos. [...]