CORONAVÍRUS: OS PROFISSIONAIS DA SAÚDE NA FRENTE DESTA GUERRA DE INIMIGO INVISÍVEL

Produzido em: 04 de abril de 2020 / Publicado em 04 de abril de 2020

Por: Elizete da Silva Brito[1]

Como sabemos os profissionais de saúde, como médicos, paramédicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, farmacêuticos, motoristas do sistema e outros profissionais, são os primeiros a terem contato com os infectados por este novo corona vírus, o COVID – 19, ou seja, a capacidade de carga viral a qual estes profissionais estão submetidos é muito grande, o que representa uma probabilidade enorme destes agentes da saúde de contraírem o vírus.

Logo, tendo eles famílias, amigos, parentes, e todo tipo de ente querido, são profissionais que estão sacrificando sua própria vida e seus caprichos em função de muitos outros. Em outras palavras, são os verdadeiros soldados na frente de batalha, onde nesta guerra não convencional, estão tratando contra um inimigo forte, invisível, letal e que se desloca em tempo inigualavelmente calculado em todos os cantos do mundo, apenas com algumas restrições de alguns poucos espaços dentro do ambiente terrestre.

Assim, sair de casa, na incerteza de que pode ou não ser contaminado, causaria medo em qualquer soldado altamente preparado para o combate em conflitos convencionais. Logo, a vida destes profissionais tornou-se uma incerteza após voltar para casa. Sabendo que primeiro terão que fazer todo um procedimento necessário para poder adentrar a seu espaço de convivência e possível harmonia. Para que assim possa pelo menos estar no aconchego de seus parentes e familiares.

No meu entendimento, e pela pressão sofrida no dia a dia, os profissionais da saúde não estão apenas propensos a desenvolverem ou de serem infectados pelo vírus (C-19), mas também a desenvolverem outras doenças relacionadas ao seu lado emotivo e/ou psicológico, como depressão, síndrome do pânico ou ansiedade, pois a própria carga de trabalho somada com a pressão diária do próprio trabalho na área da saúde, passando pela discriminação sofrida pelos vizinhos e pela comunidade no retorno de seus ambientes de trabalho, podem possibilitar o desenvolvimento destas patologias que estão apenas precisando de um gatilho para serem disparadas no organismo. O que pode trazer consequências gravíssimas, não só ao indivíduo, mas a sua família, e a próprio sistema de saúde, já que a saída de um membro poderia trazer uma sobrecarga aos companheiros ou à atividade propriamente dita.

O que fazer? Na maioria dos casos seguir as orientações dos protocolos estabelecidos pelos órgãos de controle vigilância e orientações da saúde, assim como fortalecer o organismo, tornando-o resistente ou fortalecer o sistema imunológico, construindo assim defesas necessárias, com procedimentos que vão desde ter hábitos saudáveis como alimentação balanceado e uma dieta equilibrada (tornando assim o corpo menos ácido), se hidratar bastante com água e sucos naturais a base de frutas que tornam o organismo equilibrado, isto é, mais alcalino; como também manter um fortalecimento do corpo através de atividades físicas.

Como se sabe, o COVID – 19, não tem vacina, nem quaisquer medicações que venham combater os sintomas desenvolvidos, e que possui um potencial muito grande de atingir as vias aéreas-pulmonares, comprometendo as suas funções vitais, podendo levar a falência destes e consequentemente ao óbito.

Assim, além das medidas estabelecidas para a população geral que se trata da quarentena ou do isolamento social, o que acaba não servindo para os profissionais da saúde, o que se precisa é afastar-se de aglomerações, mantendo distância permissível entre 1 metro e meio a dois metros, como também, evitar se aproximar dos ditos grupos de riscos, como: idosos e pessoas portadoras de doenças crônicas: insuficiência renal aguda, doenças respiratórias, diabéticas, doenças cardiovasculares, fumantes e crianças.

[1] Profissional da Saúde Pública – HMS. Bacharelando em Enfermagem (UNAMA – Campus Santarém Pará).