Para consolidar a paz, a estabilidade na região do Saara Ocidental e as perspectivas de integração e do desenvolvimento económico no Magrebe, o reino de Marrocos deu um passo decisivo no no plano da implentação do plano da reginalização avançada.  

Trata-se de  projectos do saneamento e do abastecimento de água para as principais cidades do saara ocidental como Dakhla e Laayoune, visando a melhoria das condições de vida da população e a proteção do ecossistema local. Alem da maior usina termosolar no mundo com uma potência inicial de 160 megawatts, inaugurada em Ouarzazate no sul do Marrocos, pais que abriga em novembro próximo a cúpula climática.



Marrocos investe maciçamente na primeira fase do projeto Noor 1, ele contará com 500 mil espelhos curvados e alinhados em 800 fileiras sobre uma superfície de 450 hectares, programado também para produzir energia suficiente para alimentar 700 mil lares marroquinos do saara ocidental.



Marrocos demonstra uma forte influência norte-africana no domínio energético, uma capacidade adicional entre 2016 e 2030 pretende atingir 10.100 megawatts gerados a partir de energias renováveis e distribuídos em 4.560 megawatts de energia solar, 4.200 megawatts de energia eólica e 1.330 megawatts hidrelétricos.



Tais planos visam reduzir a extrema dependência energética do país que importa mais de 94% dos produtos petroleiros.

O rei Mohammed VI fez uma visita histórica ao Saara ocidental para promover os grandes projetos  estruturais no âmbito da regionalização avançada.

 A imprensa nacional e internacional evocou  nos últimos dias os principais projetos como (Mega parque eólico, usinas de gás, porto de águas profundas, estrada, etc.), como planos emergentes e da integração no processo do "Plano Marshall" para uma região estratégica e rica em fosfato, cerca do metade do tamanho da França, integrada face ao desgosto da Argélia e da Frente do Polisário.

 A disputa provocou reações execráveis entre os dois irmãos inimigos do Magrebe, cuja fronteira comum foi fechada por mais de vinte anos.

Depois de quarenta anos de conflitos e fracassos diplomáticos entre as partes, Marrocos implantou estrategias e as ações, baseadas no plano de autonomia para as províncias do sul no âmbito do plano de autonomia para o saara ocidental sob soberania do reino de Marrocos.

 O plano da autonomia e da integração do rei, sem dúvida, constitui uma oportunidade histórica diante das manobras dos adversários da integridade territorial e das diferentes lideranças sarauís preocupadas com a Primavera Árabe, ação dos grupos extremistas e radicais aliados á frente Polisário e Argélia.

 Em Nova Iorque na sede das Nações Unidas, o rei mandou uma mensagem, criticando qualquer aventura irresponsável sobre o Saara marroquino, referindo a algumas situações intratáveis, ameaças dos patidos políticos de extrema direita, aliados ao separatismo da Frente Polisário e Argélia. Tal política afecta algumas empresas Multinacionais como Ikea que representa os interesses da Suécia no Marrocos.

 Polisário, um factor de desestabilização na região, utiliza as mais diversas formas suspeitas dos direitos humanos aliados aos dirigentes políticos e Argéla risca de  prejudicar os interesses do Marrocos nos programas  internacionais e da união europeia.

 Marrocos, preocupado com a política de alguns países escandinavos junto á missão da ONU no Sara Ocidental (MINURSO) e que apoiam a missão para supervisionar o respeito dos direitos humanos.

 Marrocos considera que os organismos internacionais não devem ser um grupo de resistência e de luta contra as violações dos direitos humanos no saara ocidental, uma vez que o destino terrível no qual vivem os presos políticos nos campos durante  anos e nas prisões camufladas e ignoradas por muitos instâncias internacionais e Partido Operário Social-Democrata da Suécia aliado à Frente do Polisario e Arglélia.

 O enviado da ONU, diplomata norte-americano Christopher Ross, encarregado por seis anos para encontrar uma saída ao diferendo, sem sucesso, devido a uma série de problemas como o desvio da ajuda alimentar e a dificuldade de estabelecer um recenseamento do povo sequestrado em Tindouf, sudeste da Argélia.

 A MINURSO, teoricamente a missão implantada para organizar um referendo, não possui a vitalidade política necessária para uma solução negociada, o último relatório da ONU sancionado  falhou na missão de aproximar os pontos de vista e intensificar as negociações com vista uma saída ao diferendo de mais de quarenta anos.

 Ban Ki-Moon,
secretário da ONU, vai visitar o saara ocidental no próximos mês, para encontrar uma saída ao impasse entre Marrocos de um lado, Argélia e Polisario de outro. Uma visita esperada para atenuar a situação degradante das populações sarauís em Tindouf, sudeste da Argélia.

Christopher Ross apponta erros em críticas aos sarauís sequestrados, muitas vezes deixados do lado sem uma política económica e de segurança, capaz de ameliorar o nível de vida dos jovens desesperados e sem horizontes, vivendo em um ambiente marcado pela proximidade das rotas de contrabando e dos grupos de atividades extremistas do Sahel e Saara.

 Lahcen EL MOUTAQI

Pesquisador universitário