Acerca do corpo ou ainda que por uma possibilidade não apenas extra-corpo, porém, intra-corpo pensando-o e refletindo-o como uma proximidade tal queuma própria distância ou aquilo que temos por assim conhecido, ou seja, uma experiência de beirade fronteira a algo que nos escapa ou permanece ligado por um espaço em que nos desconhecemos nele, torna-se esporádico e escasso, há que se descobrir tal elemento de coesão que a principio talvez, possamos expressar a partir de duas possibilidades, a saber:como me descubro em um corpo e a partir de, como o percebo como limite entre uma concretude e uma abstração;seria tal elemento uma vocação ou um chamado de uma circunstância que se extrapola por si mesma em sua condição não elementar de observação, ou seja, uma atração tal que dentro/fora rompe-se em sua característica distintiva de oposição que norteia-se por esporádicas sínteses que não permanecem e portanto não estabilizam-se.

Quanto a primeira poderíamos iniciar pelo ato de se descobrir e investigá-lo a partir de um pressuposto que o verbo parece indicar, ou seja, como surge o sujeito de tal verbo ou como aparece ou ainda o que o faz presente e em que condições isto acontece? Um verbo indica uma ação a qual, um movimento e a partir disto poderíamos inferir que para que tal aconteça, ou seja, possível há que necessitar de três condições, ou seja, um ponto, um espaço e um tempo e o que propomos seria este ponto transpassado pelo tempo e pelo espaço e nesta convergência poderíamos apontar a convergência ou ainda o instante do movimento que por sua vez possibilita a pulsação que poderia se caracterizar como este ser ou sujeito que é impelido ao seu primeiro ir e vir, desta convergência é puxado ora pelo espaço e ora pelo tempo que o promove e o incita a sua condição de ser ou ainda um sujeito que se descobre. Ora e quanto à concretude a abstração, como isto se conjugaria com o que temos até aqui? Poderíamos sugerir que no ato de se descobrir estariam implícitas as duas possibilidades, pois, a concretude seria o espaço como a possibilidade da convergência enquanto que fator posicional de referência e quanto à abstração seria aquilo que temos como o tempo ou em termos poéticos poderíamos designá-lo como um rastro de uma possibilidade de um espaço que enquanto tal diversifica-se em sua disposição.

A segunda, ou um elemento ou vocação, chamado de uma circunstância que extrapola a si mesma sugere um aprofundamento que poderíamos iniciar sugerindo que não chegamos ou ninguém chega a uma condição de não relação ou ainda que ser ou estar é submeter-se a uma circunscrição ou estar circunscrito por coisas e outros que estão antes deste e assim sendo qual seria a relação desta circunstância com isto ou este que surge senão de um convite ou uma sugestão contínua caracterizado por aquilo que distinguimos como movimento e este por sua vez, como diversificação? Ora se temos uma diversificação temos também um aspecto daquilo que apontamos por extrapolação que poderia ser observada ou percebida em sua necessária condição de relação onde prevalecem fatores considerados como aqueles propícios as origens daquilo que temos por complementos sociais, ou ainda grupos em detretimento de outros grupos e assim temos os modismos e os costumes que se instalam. Poderíamos ainda apontar este chamado ou vocação a construções de sínteses apressadas como convites tais que possibilitem umrompimento, mesmo que esporádico, com origens ou noções destas como referências situacionais onde a instabilidade prevalece.

Portanto, isto que nos faz corpo ora aquém de seus contornos e ora além deles seria uma própria capacidade de um desenvolver-se que por sua vez seria como um refletir-se que o alonga além de seus contornos projetando-o em pontos relacionais de sua circunscrição, misturando-se para além de seus contornos, ora negando-se, ora aceitando-se e por outras vezes indiferenciado de si amalgamado por entre o que se mistura deste dentro e fora que aprendeu a distinguir. Eis aqui o corpo e seu morador que ora não sendo este necessariamente confunde-se em um além este diversificado por entre variados estes.

Enfim talvez estejamos prontos para salientar modestamente um aspecto disto, o corpo, este recorte que recorta sua volta e se instala na ambivalência figura-fundo, saltando-se de si e para si em seu movimento que sugere uma dança onde o rastro de seus contornos esbarra por entre outros contornos produzindo ritmo e singularidade de seu espaço. Ainda em tempo poderíamos perguntar: Há um corpo ou se è um corpo? E há corpos ou somos corpos? Talvezcom um sim resolvêssemos estas questões que por si apontam para dilemas e como tais, bifurcações que nos permite o projetar-se e assim sendo a própria condição da reflexão que nos possibilita o ato do recortar ou ainda o movimento que nos permite a circunstância.

E assim temos uma possibilidade de uma menor distância com isto, o corpo.