PLASTICIDADE VIVENCIAL E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

Plasticidade vivencial é a denominação dada pelo autogerenciamento vivencial à capacidade do ser humano de se adaptar as suas vivências. Além de ser própria de cada um, permite estruturar novas respostas a cada experiência, contribuindo também para a reorganização vivencial. Dessa forma, as pessoas podem viver suas vidas de maneira espontânea e harmoniosa.

Junto com a autoconsciência e a autorreflexão, a plasticidade vivencial constitui um dos mecanismos mais importantes da dinâmica vivencial, em virtude  da sua importância no aprendizado. Ela nos possibilita encontrar maneiras diferentes de reagir a determinadas situações e, nos liberta das atitudes e comportamentos repetitivos que nos impedem de ir além. É um processo que nos ajuda a compreender melhor as nossas condições, oferecendo-nos novos olhares sobre as questões e, a partir daí, permite, então, que vivenciemos alternativas em nossa maneira de viver. Em síntese, nos estimula a interagir com o novo.

Portanto, a plasticidade vivencial torna o ser humano mais eficaz em suas relações com o mundo e com ele mesmo, por oferecer as condições necessárias para que cada pessoa realize as escolhas vivenciais de maneira sempre inovadora.

Cabe ressaltar que a flexibilidade vivencial é fundamental nesse processo interativo, sendo o autoconhecimento o caminho que nos torna flexíveis, contribuindo assim, para que haja um processo de aprendizado vivencial constante.  Por outro lado, a inflexibilidade vivencial impede o percebimento de outros aspectos de uma questão e produz inevitavelmente uma alienação vivencial. 

A plasticidade vivencial põe em questionamento essa forma inflexível de viver, ressaltando que cada pessoa deve, na verdade, estar em constante processo de autotransformação vivencial. É preciso questionar as verdades que nos conduzem, sem isso é impossível se desenvolver como ser humano.  

A plasticidade vivencial reafirma a todo tempo que as escolhas vivenciais podem ser mudadas, basta querer, acreditar e agir. Assim, em termos de resposta vivencial, nada é definitivo, tudo é relativo. Por isso, podemos imprimir novos arranjos ao nosso modo antigo de viver.

Preste atenção!!! A vida vivencial quando autorreflexiva desempenha papel importante na saúde mental. Para o autogerenciamento vivencial, não é o exercício cognitivo que protege a nossa saúde mental e, sim, a dinâmica vivencial de cada pessoa. É o mundo vivencial que requer de cada pessoa constante autotransformação vivencial.

Uma pessoa constituída só sobre a constelação de informações seja cognitivas ou vivenciais passadas, torna novas escolhas vivenciais inexecutável, já que tece a sua ação baseado nelas, tirando de si a possibilidade de escolher outra maneira de viver o que está acontecendo, bloqueiam a sua plasticidade vivencial.

Olha que interessante!!!! Apesar de as pessoas demonstrarem consciência de si, porém, quando em conflito vivencial, em regra, inibem a sua capacidade de reaprender outras formas de interagir com a vida. Sabem que precisam fazer diferente, mas não o fazem.

Ainda bem, que o aprendizado vivencial não está preso só ao mundo das informações e vivencias passadas, mas também das escolhas e ações vivenciais presentes. Cho, Cho, Cho, traumas e conflitos vivenciais.

Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

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