A RESOLUÇÃO DE CONFLITOS ATRAVÉS DA DINÂMICA DE CONTOS

 

Autores: Cibelly Pereira Pires1; Beltrano Luz; Thais Martins Alves Pastori.

 

1. INTRODUÇÃO

 

Segundo Hofling (2001), o Estado não pode ser reduzido à burocracia pública e aos organismos estatais que conceberiam e implementariam as políticas públicas. As políticas públicas são aqui compreendidas como as de responsabilidade do Estado.

Na produção do capitalismo, existe um desequilíbrio na distribuição de renda, demonstrando a contradição entre os interesses dos setores do poder por acumulação e as necessidades da população, o estado age como mediador entre qualificar a mão de obra para o mercado e controlar a população que não se encaixa no processo produtivo, denominado grupos vulneráveis pela falta de poder aquisitivo tão valorizado nesse regime.

Ainda de acordo com Hofling (2001), a educação é como uma política pública de corte social, de responsabilidade do Estado, mas não pensada somente por seus organismos. Dentro da educação não é diferente, existindo uma ineficácia dos recursos repassados a este setor, fomentando essa desigualdade que gera dificuldades de aprendizado, formando cidadãos despreparados para produzir ações de mudanças dentro do Estado e consequentemente nas políticas públicas.

Desse modo, o presente trabalho advém da experiência de um Projeto Integrador que objetivou trabalhar a resolução de conflitos na infância por meio de contos infantis.

 

2. METODOLOGIA

 

Por meio do curso Psicologia da Instituição de Ensino UNIVAG, foi realizado o “Projeto Integrador II”, na Escola Municipal “Aristides Pompeo de Campos”, que através do método de observações, em crianças entre 07 a 12 anos, foi estabelecida uma demanda para desenvolver o projeto, que consistiu na elaboração de uma “cartilha”, o qual teve como objetivo auxiliar o educador  a trabalhar alguns pontos conflitantes do comportamento do aluno, sendo este mesmo, inserido nos grupos minoritários, expostos a vulnerabilidades, sem acompanhamento de um psicólogo dentro e fora da escola, para melhorar o seu convívio social dentro e fora da instituição.

A cartilha não possuiu função terapêutica e sim de métodos lúdicos, que foi embasada por meio das referências bibliográficas, com o objetivo de estabelecer na criança um reconhecimento de suas atitudes e contribuir mediante a realidade de muitas crianças.

 

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

 

O projeto resultou na elaboração de uma cartilha como produto do Projeto Integrador II, que conteve instruções de uma narrativa dinâmica em grupo com embasamento teórico, tendo como gênero literário os contos infantis, que abordaram valores sociais como ética e moral.

A cartilha teve como objetivo proporcionar ao educador, ferramentas de forma lúdica e descontraída para se desenvolver as dificuldades comportamentais apresentadas por crianças de sete a doze anos de idade, e estruturar as informações registradas durante as observações realizadas na Escola Municipal de Educação Básica “Aristides Pompeo de Campos”, atentando para a transmissão das informações relevantes.

 A vivência da identificação com os personagens da história permite que sejam interiorizados os fatos narrados, provocando uma mudança nas atitudes praticadas pelo aluno dentro do ambiente escolar, social e familiar.

De acordo Morgan et al (2014), existe uma forte influência legislativa amparada por um conjunto de leis articuladas entre si que regulamentam a assistência às crianças e adolescentes, visando a qualidade nos serviços prestados na educação, garantindo seus direitos fundamentais como alimentação, dignidade, liberdade, convívio familiar e social.

A criança ganhou seu lugar como cidadã na sociedade e passou a ter seus direitos como tal. Se antes elas eram meros indivíduos que precisavam de um espaço, enquanto seus pais trabalhavam, atualmente, elas começaram a ter sua especificidade respeitada. A assistência à educação passou a ser compreendidas como direito social de todas as crianças.

A Educação Infantil no Brasil foi marcada pela falta de compromisso do poder político na fase inicial escolar, não tendo preocupação efetiva com o desenvolvimento integral das crianças e quase sempre a assistência era realizada por instituições sem vínculos educacionais. (MORGAN ET AL, 2014).

 

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

 

Todos os objetivos propostos foram cumpridos com a colaboração e cooperação de toda equipe da escola Aristides Pompeu de Campos’, e também com as consultas com a orientadora do Projeto, a qual me auxiliou desde o início, avaliando o andamento, o desenvolvimento e a abordagem que propus trabalhar.

No decorrer do desenvolvimento do projeto, houve a supressão referente à testagem dos contos com as crianças, que seria um meio para observar a maneira como estas responderiam aos contos, para assim, haver uma melhor seleção dos contos, assim como, uma melhor desenvoltura na aplicação da dinâmica pelos educadores.

Este trabalho foi de suma importância para o meu conhecimento enquanto discente, o aprofundamento do tema abordado, amplificou meu conhecimento acerca das maneiras e métodos de dinâmicas, nos aperfeiçoando em competências de investigação, organização e comunicação da informação para minha formação acadêmica.