A ressonância magnética é um exame de imagem que não emite radiação ionizante, mas requer alguns cuidados. Pacientes claustrofóbicos, por exemplo, têm dificuldades e relutam na hora de se submeter ao procedimento devido à sensação de aprisionamento e falta de ar. “Nesses casos, conversamos cuidadosamente com o paciente e explicamos como funciona o exame para poder acalmá-lo. Ao mesmo tempo, pedimos que o acompanhante permaneça na sala de exame. Na grande maioria dos casos, o paciente consegue ficar na máquina e realizar o teste, mas em situações extremas, partimos para sedação ou anestesia”, explica o radiologista da Alliar, Dr. Vitor Romera.

Outra questão delicada é em relação às gestantes. Elas podem se submeter ao exame de ressonância magnética, mas com certa restrição, como explica o especialista: “Normalmente não realizamos os exames de ressonância no primeiro trimestre da gestação, que é a fase da embriogênese, onde os tecidos estão sendo formados, pois não sabemos ainda se o método pode ou não contribuir para a má-formação fetal ou abortos”. A partir do terceiro mês, não há contraindicação, inclusive um dos exames é a ressonância magnética fetal, que auxilia a diagnosticar patologias fetais.

A ressonância magnética (RM) dura em média 20 minutos, no máximo 40 minutos, dependendo da região que será estudada. “Os exames do crânio, das extremidades como ombros, joelhos, tornozelos e coluna são mais rápidos, porém aqueles para analisar tórax e abdômen tendem a ser mais demorados em função das diversas sequências, inclusive dinâmicas com utilização do meio de contraste, para realizar um exame de boa qualidade”, explica Dr. Vitor.

Como já foi mencionado, a RM não utiliza radiação ionizante, consequentemente não promove riscos à saúde. De qualquer forma, é fundamental que o paciente fique atento às contraindicações, que podem ser absolutas ou relativas, como ressalta o especialista. “Para pessoas com marca-passos que não podem entrar no campo magnético, implantes cocleares (cirurgia prévia de surdez), e clips metálicos cerebrais, por exemplo, o exame é contraindicado. Já nas próteses ortopédicas, podemos realizar o procedimento desde que avaliado e autorizado pela equipe médica responsável.”