Assim como um tripé, a saúde coletiva precisa que seus três pilares - ciências sociais e humanas, epidemiologia e planejamento em saúde - esteja em equilíbrio para a efetividade da mesma, para isso utiliza técnicas e conhecimentos que colabora com melhorias no contexto comunitário da saúde, visando aprimorar a qualidade de vida da população.
As ciências sociais e humanas é uma disciplina muito importante para a saúde coletiva, através dela é enfatizada a associação da doença como algo além da configuração biológica, levando em consideração o social, cultural e especificidades do ser humano. Estabelecendo a consciência de que o meio reflete não somente na concepção de verdade, mas também, na maioria das vezes, o pensar, agir e sentir do individuo.
O estudo da gênese das doenças na saúde coletiva está associado à epidemiologia, que possui um papel formidável para avaliar, a partir de análises situacionais, os fatores ambientais, sociais e demográficos que interferem na saúde do individuo. Através desse estudo é possível orientar o planejamento em saúde a propor medidas de prevenção, controle e eliminação de doenças para uma efetiva intervenção.
A partir da análise situacional de determinada comunidade, a contribuição da epidemiologia e das ciências sociais e humanas são fundamentais para o planejamento em saúde. Por meio das informações de tais disciplinas é utilizado um método que estuda o social e tem como finalidade a realização de uma prática social através de planos, projetos e programas que alcance objetivos traçados anteriormente e beneficie a comunidade. Efetivando, assim, os direitos da população garantidos pelo estado a partir de ações e medidas efetivas na saúde pública.
O equilíbrio entre os três pilares da saúde coletiva é essencial, pois por meio do estudo das ciências sociais, da epidemiologia e do planejamento em saúde, que a saúde coletiva consegue desconstruir o modelo biomédico centrado somente na doença, já que particulares dos indivíduos são levadas em consideração para o planejamento de uma intervenção efetiva e preventiva, ampliando e entendendo a saúde de toda a população brasileira. Sendo assim, cabe ao profissional de saúde estabelecer um diálogo com o paciente, considerando valores, atitudes e crenças, para que a saúde coletiva alcance seu objetivo de promover melhoria na qualidade de vida.