O Papel da Enfermagem no Câncer de Mama

The role of nursing in breast cancer

O Papel da Enfermagem no Câncer de Mama

Marcella Pereira Avelar, Leonardo Martins da Silva, Xisto Sena Passos 4

1 Aluna do curso de Graduação em Enfermagem da Universidade Paulista – UNIP .2Especialista pela Universidade Católica de Goiás. Coordenador de estagio no curso de Enfermagem da Universidade Paulista – UNIP. 3Doutor em Medicina Tropical pela Universidade Federal de Goiás. Professor Titular do Curso de Enfermagem da Universidade Paulista - UNIP.

Endereço do autor para correspondência: Xisto Sena Passos. Rua T-37 N°3.486, Apt°101 Edifício Caymam, Setor Bueno. Goiânia-GO. CEP:74.230-022. Telefone para contato: (062)8100 5606. E-mail: [email protected]

Área temática: Saúde da Mulher

Declaração de conflitos de interesse: Declaramos que não existem conflitos de interesse entre os autores, quanto à publicação do artigo.

Resumo

O câncer de mama constitui um grave problema de saúde pública, sendo o principal responsável do número de óbitos na população feminina, a nível mundial. Esta neoplasia não tem como ser evitada, devida a inexistência de uma causa específica, porém, a partir de um diagnóstico precoce, podemos prevenir uma série de transtornos e sequelas que a doença traz consigo, evitando assim, que a paciente sofra danos maiores. Este estudo teve como objetivo evidenciar a problemática do câncer de mama na população feminina, destacando o papel da enfermagem, na promoção, prevenção e tratamento do câncer de mama. Trata-se de uma revisão bibliográfica de caráter descritivo, realizada na base de dados da Biblioteca Virtual de Saúde (BVS). Foram analisados artigos publicados entre 2000 e 2014, dentre eles foram selecionados 17, os quais abordavam melhor o tema. O estudo desenvolvido permitiu identificar que grande parte da população feminina desconhece sobre o tema do câncer mamário, e que uma porcentagem considerável de profissionais enfermeiros, não estão colocando em prática as ações educativas que lhes são propostas pela lei, no que se refere à saúde da mulher, (orientações sobre o autoexame, realização do exame clínico das mamas, solicitação de exames complementares..).

Descritores: Câncer de Mama, Diagnóstico Precoce, Papel do Enfermeiro.

Abstract

Breast cancer is a serious public health problem, being the main responsible of the number of deaths in the female population in the world. This neoplasm has no way be avoided, due to lack of a specific cause, however, from an early diagnosis can prevent a number of disorders and sequelae that illness brings, thus avoiding that the patient suffers further damage. This study aimed to highlight the issue of breast cancer in the female population, highlighting the role of nursing in the promotion, prevention and treatment of (Breast Cancer). This is a literature review of descriptive character, held in the database of (Virtual Health Library), published between 2000 and 2014, among which 17 articles were selected, wich best address the topic were analyzed. The study identified that developed most of the female population is unaware on the subject of breast cancer, and that a considerable percentage of nurses are not putting into practice the educational activities proposed to them by the law, in regard to the female health (guidance on self-examination, conducting a clinical breast examination, complementary tests etc ).

Descriptors: Breast  Cancer, Early Diagnosis, Role of the Nurse.

Introdução

O câncer de mama constitui um enorme problema na saúde pública, sendo considerado o principal fator responsável pelo n° de óbitos na população feminina, ocupando o primeiro lugar nas estimativas. Ele ocorre, devido a uma mutação sofrida pelas células de nosso organismo, causada por um conjunto de fatores, (genéticos, ambientais, comportamentais, nutricionais...).(1)

É um mal que não tem como ser evitado, devido à inexistência de uma causa específica, porém pode ser detectado precocemente, o que possibilita frear sua evolução, evitando desta forma, danos maiores a paciente. Seu tratamento vai desde a prevenção primária até as cirurgias específicas. E tratando-se de prevenção, o enfermeiro como educador em saúde, tem um papel fundamental na orientação da população feminina, relacionada diretamente com a prevenção de doenças e detecção precoce. Incumbência esta, dada geralmente em unidades de saúde pública.(2).

Considerando o contexto apresentado, esta pesquisa teve como objetivo evidenciar a problemática do câncer de mama (CM), na população feminina e destacar o papel da enfermagem na promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento do mesmo.

Revisão da Literatura

Trata-se de um estudo de revisão de literatura, com análise descritiva dos últimos 13 anos de artigos científicos, pesquisados na Biblioteca Virtual de Saúde. Como fonte de dados bibliográficos foram consideradas: SciELO, Lilacs, Dedalus e Medline, utilizando-se os seguintes unitermos: “ câncer de mama”, “diagnóstico precoce”, “papel do enfermeiro”.

A problemática do câncer de mama na população feminina

Segundo o Ministério da Saúde ,(3)o câncer de mama é o tipo de câncer que mais acomete mulheres em todo o mundo, e que para o Brasil, em 2014, são esperados 57.120 casos novos, com um risco estimado de 56.09 casos a cada 100 mil mulheres. Como fatores de risco destacam: o envelhecimento, fatores relacionados à vida reprodutiva da mulher, alta densidade do tecido mamário, a idade, o uso de hormônios, hábitos comportamentais e alimentares, entre outros. Para que haja a detecção precoce, no Brasil, recomenda-se a mamografia bienal para mulheres entre 50 a 69 anos, o exame clínico das mamas anualmente, a partir dos 40 anos, e a mamografia anual a partir dos 35. Mauad(4)relata que anualmente ocorrem mais de 1milhão de casos novos de câncer de mama em todo o mundo e que no Brasil, o aumento do número de incidências tem se associado à elevação na mortalidade. A sobrevida é de 67,8% aos 5anos, decorrente do limitado número de mulheres diagnosticadas precocemente. Fátima et al.,(5) relatam que o câncer de mama é a neoplasia maligna responsável pelo maior número de óbitos em mulheres no mundo, inclusive no Brasil, e que a mulher com câncer é atingida tanto física e psicológica, como socialmente. Não só pelo fato da doença, mas também devido ao tratamento.

Trabalho realizado por Mauad,(4)mostra as barreiras que segundo os profissionais, impedem que as mulheres realizem a mamografia. Dentre elas destacaram: a escassez de equipamentos (75,3%), o custo do exame (65,7%), planos de saúde (42,0%), resistência da mulher a realização do exame (39,0%). Enfatiza também, que para a população os fatores a não adesão dos exames de mamografia para pacientes com convênio são a ausência de solicitação do exame pelo médico (93,3%), e por parte do sistema público, a ausência de solicitação por parte do médico (46%), ausência de motivação da mulher por considerar o exame desnecessário (29,9%), e ausência de recurso financeiro (9,0%). E avaliando os estudos feitos com enfermeiros, referente ao desenvolvimento de seu papel, mostra que são de fato importantes nesse combate, mas que as metodologias utilizadas não têm alcançado o objetivo desejado.Pesquisa realizada por Gomes et al.,(6) relata que, mesmo o câncer de mama representando um grave problema de saúde pública, e apesar dos vários programas criados de atenção à saúde da mulher, ainda são várias as barreiras que impedem que os profissionais de saúde eduquem adequadamente a população alvo. Para que isso ocorra, é necessário, por exemplo, que o conhecimento sobre a neoplasia alcance o público feminino, de tal forma que haja uma prevenção e/ou detecção precoce adequada e melhora na qualidade de vida. Como principais barreiras foram citadas: a falta de recursos financeiros e espaços físicos, o despreparo das equipes de saúde e a falta da realização dos procedimentos adequados, por parte dos mesmos, entre outras.

De acordo com Oliveira et al.,(7) no Brasil tem se dado uma atenção especial ao câncer de mama, principalmente pelo número de óbitos e incidências em mulheres com menos de 50 anos de idade. Porém o que observaram foi que as mulheres estão diagnosticando a neoplasia somente quando o caso já está avançado.

Gomes et al.,(6)constataram a falta de conhecimento das mulheres em relação ao autoexame das mamas, ao ponto de não saberem nem o que de fato estão procurando em suas mamas. Comprovando assim a falta de informação sobre o tema. Maria et al.,(2)afirmam que a falta de conhecimento do autoexame e a prática incorreta do mesmo, não permitem a detecção precoce, impedindo dessa forma, intervenções com melhores chances de cura. E que, o tratamento é bastante eficaz quando diagnosticado precocemente, evitando, por exemplo, a retirada total da mama.

Segundo Costa & Solla,(8) a OMS estima que por ano, ocorram mais de 1.000.000 de casos novos de câncer de mama em todo o mundo. E que comparando o Brasil com os demais países, observou-se a necessidade de definir estratégias para o seu controle, pois em países desenvolvidos, apesar do grande número de incidências de casos, têm-se reduzido as taxas de mortalidade, devido à detecção precoce do CM.

O papel da enfermagem na promoção, prevenção, diagnóstico e tratamento do CM

Em seu trabalho, Ewald & Danielski(9)identificou que as principais ações atribuídas ao enfermeiro no câncer de mama, são as atividades educativas realizadas na consulta de enfermagem, incluindo: o autoexame da mama, o exame clínico e também a visita domiciliar. Mauad(4) afirma que a enfermagem deve atuar no rastreamento, planejamento, divulgação, execução, adequação, manutenção e aprimoramento de processo, como gestora ou como educadora, informando sobre a importância de adesão a recomendações de sociedades médicas ou órgãos de saúde, tanto na realização do auto-exame da mama como da mamografia ou no conceito de saúde mamária. Para Camillo,(10) o papel do enfermeiro no câncer de mama está totalmente voltado a ações preventivas. Sendo a equipe da atenção básica, a principal responsável por orientar os pacientes quanto às formas de prevenção e detecção precoce da doença. Magalhães et al.,(11) afirma que dentre as ações de promoção e prevenção do câncer de mama, desempenhadas pelo enfermeiro, destacam-se: o exame clínico, orientações relacionadas à solicitação de exames necessários e autoexame da mama, e o desenvolvimento de ações educativas. Estudo de revisão realizado por Carvalho et al.,(12) relata que as ações de enfermagem relacionadas ao câncer de mama, estão associadas diretamente com programas e campanhas, para prevenção e controle, incluindo aquelas por iniciativa própria do enfermeiro. Segundo Gotay,(13) cabe ao enfermeiro como profissional da saúde, atuar em todos os níveis de atenção, sejam primários, secundários ou terciários, envolvidos no processo de saúde-doença do CM, interferindo, desta forma, diretamente na mudança de comportamento da população visada, em relação às principais medidas empregadas contra ele.Charanek & Tocci,(14) afirmam que a equipe de enfermagem tem a participação fundamental no processo educativo para a saúde, o desconhecimento, por parte das mulheres, favorece a prática inadequada da técnica de prevenção disponível.

Para Maria et al.,(2) o enfermeiro como um profissional educador em saúde, deve por obrigação desde a graduação, estar apto tanto de conhecimentos teóricos quanto de habilidades práticas necessárias a sua formação.

Discussão

Segundo o Instituto Nacional do Câncer,(1)dentre as neoplasias existentes, o câncer de mama é o que mais acomete mulheres a nível mundial, o que tem gerado uma grande preocupação, pois seu elevado número de óbitos representa um grave problema de saúde pública. Relatam também os fatores genéticos, comportamentais e nutritivos, como fatores de risco.

Estudo exploratório realizado por Gomes et al.,(6)com 16 equipes de profissionais enfermeiros, atuantes no PSF do município de Crato-CE revelaram que das 16 equipes, apenas 4 orientavam as mulheres quanto ao autoexame nas consultas de prevenção, o que corresponde a apenas 25%. Concluindo, portanto, a existência da falta de cobertura da população feminina, referente à detecção precoce do câncer de mama neste município. Oliveira et al.,(7) concordam com estes autores, pois no período de julho a dezembro de 2008, colheram uma amostra de 58 mulheres com diagnóstico de câncer de mama. Tal estudo de caráter quantitativo e exploratório foi realizado na Clínica OncoHematos/Cirurgia, localizada em Aracaju/SE. Nele os autores constataram a falta de orientação e conhecimento da população feminina referente ao autoexame, sendo que 42% das entrevistadas referiam não possuir conhecimento algum sobre a doença. Constataram também que em unidades básicas de saúde da 8° Região Sanitária de Aracaju, dos enfermeiros pesquisados, apenas seis realizavam o exame clínico das mamas nas mulheres atendidas e o exame clínico da mama ocorreu em apenas 40% das consultas observadas, achados insatisfatórios. Com estes dados, chegaram a conclusão de que no Brasil houve um aumento significativo nas taxas de mortalidade por CM, e que tal fato, se deve ao atraso no diagnóstico, devido à inexistência de um método adequado de prevenção primária e às dificuldades da prevenção secundária.

Maria & Zago,(15) por sua vez, não concordam com os autores citados acima, pois em seu trabalho, foi realizada uma pesquisa com nove mulheres, que haviam realizado o exame de prevenção na UBS de um município de 100mil habitantes, no Norte do Paraná. Nela, constataram que a equipe de enfermagem tem assumido devidamente seu papel de realização dos exames de detecção, guiados pelo ministério da saúde ou do próprio serviço. Além do mais,concluíram que esta atuação tem promovido maior cobertura da população.

Sobre o papel do enfermeiro na promoção e prevenção do câncer de mama, Talhada.,(16) realizaram no período de abril a maio de 2012 uma pesquisa exploratória com as enfermeiras das USF que compõem a cidade de Serra Talhada-PE. Nela chegaram à conclusão de que o papel essencial do enfermeiro na prevenção e controle desta enfermidade vai desde a realização da consulta de enfermagem até a orientação de seus pacientes, solicitação de exames necessários e participação em ações educativas, exercendo além do papel preventivo, um diagnóstico precoce da patologia. Observaram também que diante dos resultados da pesquisa, os enfermeiros do USF de Serra Talhada, exercem perfeitamente seu papel preventivo em relação ao CM, o que afirma o dito por Maria & Zago(15). Já Zapponi et al.,(17) em seu estudo de análise bibliográfica, no período de 2002 a 2011, realizado nas bases de dados da Medical Literaturture e na Literatura Latino-Americana em Ciências da Saúde, afirmam que o autoexame deve ser ensinado pelo profissional médico ou enfermeiro e que o enfermeiro pode desempenhar um papel fundamental na educação em saúde dos pacientes sobre os métodos de rastreio do câncer de mama, tendo, além disso, o dever de detectar as anormalidades através do colhimento, durante as consultas na Atenção a Saúde da Mulher, a realização do exame clínico das mamas, a educação em saúde e a solicitação dos exames mais complexos quando necessário.

Conclusão

De acordo com as literaturas revisadas, o câncer de mama tornou-se de fato, um grave problema de saúde pública, já seja pelo número incidente de morbimortalidades, ou pela falta de recursos necessários e profissionais habilitados para a realização da educação da população frente à doença. O que conseqüentemente possibilitaria uma detecção precoce do câncer de mama. Referente ao papel da enfermagem se estende desde as ações educativas (campanhas, palestras sobre como proceder ao auto-exame das mamas, entre outras.), até a realização do exame clínico e a solicitação de exames complementares quando necessário. Desde que o enfermeiro tenha autonomia e respaldo para tal e que o hospital esteja inserido no programa do ministério da saúde.

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