1 INTRODUÇÃO

A existência das transações econômicas internacionais possibilita que um país estabeleça uma série de relações econômicas com outros países, tais relações proporcionam trocas neste comércio, como por exemplo, de mercadorias, fatores de produção e ativos financeiros.

Um dos motivos para que haja este tipo de comércio é que os países não são considerados autossuficientes, por não conseguirem produzir tudo aquilo que necessitam, por isto buscam todo tipo de produto necessário para proporcionar um bem-estar a população e assim obter um maior desenvolvimento econômico. (SETOR..., 2014).

O Princípio das Vantagens Comparativas sugere que cada país deve especializar-se na produção daquela mercadoria em que é relativamente mais eficiente, ou que tenha custo relativamente menor, que será, portanto, a mercadoria a ser exportada; por outro lado, este mesmo país deverá importar aqueles bens cuja produção interna implicar custo relativamente maior, porque a produção interna é relativamente menos eficiente. Deste modo explica-se a especialização dos países na produção de bens diferentes, a partir da qual se concretiza o processo de troca entre países. (SETOR..., 2014, p.110).

Em 1968, com o objetivo de buscar novas alternativas para o crescimento econômico, o Brasil iniciou o processo de uma maior abertura com o comércio internacional. Por isso, o país mudou a política cambial naquele ano, com a implantação do sistema de minidesvalorizações, e criou um sistema para incentivar as exportações. (SETOR..., 2014).  Segundo Aquino e Colombi (2012), nos anos 80 a economia brasileira enfrentou grandes problemas por causa da crise da divida, e por isto só seria possível adotar políticas de crescimento de curto prazo.

Segundo Lara (2012), depois de anos com os preços em alta e sem conseguir controlar a inflação, foi na década de 90 que a economia brasileira começou a estabilizar os preços, isto por causa do aumento de fluxos de capital externo para o país, que proporcionaram o controle da taxa nominal de câmbio e a manutenção do câmbio real a nível apreciado. A inflação foi controlada, mas não houve crescimento econômico, já que a balança comercial e as transações correstes tiveram sucessivos déficits.

Em 1999, os países desenvolvidos estavam passando por varias crises de liquidez, com isto a situação externa do Brasil estava insustentável. De acordo com Lara (2012, p. 22), “A crise levou ao abandono da âncora cambial, passando a vigorar um regime de câmbio flutuante e de metas de inflação, ao mesmo tempo em que as autoridades buscavam apoio junto ao FMI para estabilizar a posição de liquidez externa”. 

Conforme apresenta Lara (2012), durante os 1999 a 2002, o acesso a capitais externo ficou mais restrito por causa da desvalorização da taxa de câmbio nominal, e as dificuldades enfrentadas pela economia brasileira fizeram com que a moeda nacional desvaloriza-se, assim gerando uma maior pressão inflacionaria.

No período final da gestão do Fernando Henrique Cardoso e o inicio do governo do Luiz Inácio Lula da Silva, a taxa de câmbio voltou a valorizar e fez com que o país ficasse mais competitivo e assim incentivando, principalmente, as exportações industriais. Foi a partir de 2003, associada a menores taxa de crescimento das importações, que as exportações brasileiras começaram a crescer e, por consequência, resultando superávits comerciais. (LARA, 2012, p. 22).

Após essa breve introdução será apresentado nas próximas seções o desempenho do setor externo brasileiro nos últimos 10 anos, durante os mandatos do presidente Lula e em seguida da Dilma. O primeiro tópico abordado será sobre quais foram as políticas econômicas adotadas pelos dois presidentes para incentivar as exportações brasileiras. Em seguida, mostraremos a inserção da do setor externo na economia brasileira e os seus dois fatores, comercial e financeiro. Na quarta seção, apresentaremos quais são as restrições enfrentadas pelo país para p setor externo. E na ultima seção,  faremos uma análise do desempenho dos principais produtos exportados.