O PAPEL DO ESTADO NA ECONOMIA, UMA VISÃO SOBRE A PRIMEIRA DÉCADA DO SÉCULO XXI 

1. INTRODUÇÃO 

O período da evolução da economia brasileira no período Lula, foi marcado pela retomada do crescimento econômico. Nesse período a taxa média de expansão foi de 4,2% ao ano, o dobro da observada no período anterior. Em 2009, os impactos negativos da crise financeira global, fizeram com que o PIB apresentasse uma variação negativa de 0,6%, evidenciando a magnitude do impacto da crise na economia. A recuperação da economia foi rápida e reconhecida. As expectativas do mercado mostravam um crescimento superior aos 7,0% em 2010. Lembrando que entre 2007 e 2010, tirando o ano de 2009, o crescimento do PIB foi superior a 5% ao ano. O crescimento de longo prazo refere-se ao comportamento dos investimentos nesse período.

No primeiro trimestre de 2003 o Investimento/PIB era de 16,23%. No terceiro trimestre de 2008, antes da crise financeira, a relação atingiu 20,1%. Já no segundo trimestre de 2010 a relação atingiu 17,85%. Comparando, podemos afirmar que a relação Investimento/PIB é baixa, quando olhamos as taxas de investimentos dos emergentes, como o da Ásia. A  tendência de crescimento que foi demonstrado antes da crise financeira e a sua recuperação são elementos positivos desse período.

A retomada do crescimento foi sentida também no mercado de trabalho. No inicio 2003 a taxa de desemprego era de 11,3%. Já em outubro de 2010 a taxa era de 6,1%. A retomada do crescimento provocou impactos positivos sobre o mercado de trabalho, destacando a redução da informalidade e a elevação do rendimento médio real.

O regime de metas para inflação foi capaz de manter a estabilidade de preços em um período de crescimento. A principal crítica refere-se ao comportamento da Selic. A economia brasileira sustenta a mais alta taxa de juros real do mundo. [...]