Resumo 

Realizou-se um estudo de natureza qualitativa que empregou as técnicas de observação, bibliográfica, análise e interpretação de evidências do problema. Todas as técnicas foram utilizadas de forma cuidada, podendo deste modo trazer resultados mais consistentes e sistematicamente sólidos. O norte da pesquisa mostra que o Kuduro é uma arte de cultura económica que não pode ser desperdiçada por conceitos e interpretações de índole pessimistas e de marginalização. Mais que uma arte do génio criativo angolano, Kuduro é actualmente uma música internacional, global e globalizante. Através do Kuduro, consegue-se unir as diversidades e tornar o mundo mais amável. Assim, o estudo sugere que as sociedades possam valorizar, respeitar e apoiar o Kuduro e os artistas fazedores desta arte, na medida em que cantando ou dançando, os artistas contribuem significativamente no desenvolvimento económico das sociedades, trabalham dando empregos há muita agente singular, sustentam as famílias, oferecendo uma educação mais aceitável para as novas gerações. Por meio do Kuduro cultiva-se o amor, solidariedade, justiça social e exorta-se a paz a nível do mundo. Por isso, colocar-se ao serviço do Kuduro, é cultivar um mundo de amor, paz, justiça social, onde as pessoas e as famílias de modo específico sejam cada vez mais felizes.  

Palavras-chave: Kuduro, arte, cultura económica, génio, criativo, Angolano.

 1. Introdução 

O Kuduro surge de Angola para o mundo, indo engrandecendo as culturas e maximizando os rendimentos económicos e financeiro das nações. Fortalece e dá vida a diversidade cultural (Santos & Santo, S/A) É, um estilo de música resultante da inteligência criativa da juventude angolana movida por sentimentos e desejos de desenvolver as culturas e unir as nações. 2 Por meio dos actos da inteligência criativa e inovadora da juventude angolana, criou-se o Kuduro como estilo de música e dança. Assim, através da música e dança, a juventude foi criando um propósito maior para o reencontro entre as gerações. Deste modo, o Kudurro, vulgarizado, passa a ser um factor de unidade na diversidade e de reencontro entre as gerações. “O Kuduro define-se como o estilo de música e dança original de Angola entre os finais da década de 80 e princípios da década de 90, o qual se distingue pelo ritmo marcadamente acelerado na maneira de cantar e dançar; letras com alguma ou muita sintonia na rima e batidas electrónicas que acabam por provocar o endurecimento do quadril (nádegas) e, mais recentemente, de todo o corpo (dependendo da condição física do seu executante” (Santos & Santo, S/A, pp. 1-2) . Assim, pode-se admitir que Kuduro para além de ser um estio de música e dança, é também uma verdadeira terapia que inclui no seu conceito, diversão, desenvolvimento cognitivo e psicomotor. No mesmo sentido, o Kuduro vem combinar a arte, cultura, diversão, incluindo modos de ser, viver e sentir-se melhor na vida, tendo como foco a animação e a realização feliz das pessoas. Pelo seu surgimento histórico, o Kuduro, contribui na mobilidade familiar, no desenvolvimento económico das sociedades e na satisfação das necessidades colectivas das sociedades. É, o Kuduro que actualmente serve de base de sustento e estabilidade social, apaziguando as almas agoniadas e magoadas pelas cicatrizes da guerra e injustiça social. O Kuduro como arte é também um verdadeiro fenómeno sociocultural que surgiu em Angola e que vai expandindo e desenvolvendo na base das diferentes mutações que o mundo globalizado vem sofrendo. Com o maior défice no índice de emprego na função pública a nível do mundo, juntos com dificuldades que muitas famílias têm em sustentar uma determinada formação académica e profissional dos filhos, o Kuduro passou a ser um ofício para a juventude principalmente a aquela juventude marginalizada. Assim, o Kuduro é um factor de socialização, reintegração social, desenvolvimento económico e cognitivo. É, factor inibidor de tendência de revolta social, bloqueio de motivações e reduz significativamente as frustrações não só para a juventude, mas, principalmente no meio ambiente familiar. 3 Há muita família feliz por meio da arte de fazer Kuduro. Pois, permitiu o reencontro entre as famílias, tirou vários jovens da delinquência, ajudando-os a abandonar as práticas de consumo excessivo de álcool e drogas. De facto, hoje, em Angola o desenvolvimento faz com o Kuduro. Não existe festa sem o Kuduro. Por isso, o Kuduro em Angola, é um instrumento de unidade e de reconciliação nacional. Pois, por meio dele, foi possível a juventude contribuir na proclamação da paz. E, convencer as partes desavindas a tomarem a consciência da paz e reconciliação nacional como instrumento útil para a felicidade que todo mundo deseja. [...]