James Cameron é um daqueles brilhantes intelectuais do Cinema fascista que os americanos proclamam como virtuoso e excelência insuperável, talvez por produzirem heróis e mais heróis, ultrapassados por sua própria soberba, na contra mão do tradicionalismo, talvez ou não, inspirado em Brecht, o pai do teatro moderno, faz questão de trabalhar o anti-herói, fazer suspirar nas pessoas a ideia de finito, quando os heróis são de carne e osso, têm sentimento e principalmente morrem ao final. E é assim, que devemos nos lembrar do antídoto com que trata da soberba imperialista e capitalista que os americanos produzem aos montes.

Em Avatar, inspirado ou não em Rousseau e Marx, mas é assim, que podemos assemelhar a idéia central do filme, não pelo pensamento autêntico do autor, mas, pela ideia central que traz, entrelaçando uma forte crítica ao modelo de desenvolvimento do capitalismo. Pela luta acentuada ao patriótico que vai além da inquietação momentânea.

Premeditadamente, ressuscitou o bom selvagem e o manifesto do partido comunista, como cunho ideológico de uma racional esquerda adormecida pelos afagos do capitalismo. Podemos dizer que fez mais que isto, pois, idealizou mundialmente um sentimento de recusa aos afagos do imperialismo americano e europeu, quando denúncia os escusos e reais interesses que estão por traz da pretensa generosidade cristã e democrática, inserida no discurso ideológico de seus lideres.

Nós, senhores da floresta, todos os dias devemos nos lembrar da saga colonizadora do imperialismo diante dos Na’vis, povo pacífico de Pandora. Pois, foi com propósitos capitalistas que os colonizadores invadiram aquele mundo, mataram e destruíram a exuberante e imponente floresta, fonte de vida para o seu povo. Em busca de um metal super valioso, destruíram a fauna e a flora, mas antes, obtiveram conhecimentos científicos sobre as mais elementares formas de vidas daquele lugar, anulando todas as possibilidades de existência naquele novo ambiente. E é assim que devemos enxergar a Amazônia e as suas riquezas submersas, por que, existe muita generosidade por traz da pretensa preocupação estrangeira, e não sabemos verdadeiramente dos reais interesses em cuidar daquilo que não lhe pertence, ainda mais, sendo a Amazônia uma fonte inesgotável de recursos naturais que fortalecem e equilibram a vida. Desconfiança e caldo de galinha não fazem mal a ninguém, diz o dito popular.