Separar o joio do trigo virtual, esse tema nos leva a pensar e reportar sobre as transformações ocorridas na comunicação de massa e como elas mudaram o dia a dia das pessoas. 

Nesses últimos tempos mais e mais pessoas têm tido acesso ao espaço virtual e por conta da revolução da tecnologia, a internet passou a fazer parte do contexto de vida das pessoas.

Basta olharmos para as pessoas que estão ao nosso lado na escola, no metro, nos centros de convenções, na sala de espera do médico, na sala de aula, shoppings, supermercados, parques de diversão, e outros.

Em se tratando de Brasil percebemos o quanto ainda é preciso investir em Educação Global aos nossos jovens, e porque não dizer para a grande maioria dos usuários da net. Acreditamos que as pessoas ainda não internalizaram a rapidez que a informação flui no campo virtual e a conexão é super mega globalizada.

Em tempos de crise por todos os lados percebemos que existe além de todas as crises que conhecemos sobre a história política do Brasil até o presente momento, temos também uma crise de intolerância e desafeto pelo diferente revelado em postagens de grande maioria da população.

Não sabemos ao certo quando e nem como essa crise de intolerância e desafeto as diferenças começou, mas podemos dizer em linhas gerais que muitas pessoas ainda não sabem como se comportar nas redes sociais. 

São palavras escritas a um público talvez específico, mas acabam-se tornando comum a todos os públicos dos quatro cantos do mundo, e nisso não são raras as situações que têm gerado transtornos reais na vida de milhares de pessoas somente com um único click. 

O que é mais preocupante é que embora as informações sobre os conteúdos, as diversas formas de acesso á rede, a responsabilidade do usuário ao entrar em sites de busca, entretenimento, científico, econômico, político, e, os mais variados assuntos existentes no mundo das letras.

No entanto há um grande paradigma entre o real, o virtual, e o habitual, pois percebemos que cada dia que passa mais cedo crianças e adolescentes têm acessado a rede, embora haja a informação sobre esse caso, pais e filhos muitas vezes disputam o mesmo lugar na rede.

Nesse excesso de informações, nem sempre a escolha que nossos jovens e, muitas vezes até nós mesmos somos direcionados a diferentes links e hiperlinks os quais não era bem o que estávamos procurando, mas, como somos de natureza curiosa, acabamos por nos deixar seduzir pela informação daquele conteúdo. 

Acreditamos que ainda carecemos de muitos investimentos em tecnologia educacional e instrucional á população em geral, e não somente aos jovens, a fim de oferecer ás pessoas habilidades e condições de interpretação da imagem para saber separar o joio do trigo virtual, ou seja; distinguir o que nos enriquece culturalmente daquilo que nada nos acrescenta ao currículo de vida. 

Urge, portanto; um olhar diferenciado dos governos, entidades não governamentais, e grandes investidores em EDUCAÇÃO, porque estamos muito distante do conhecimento de vida com relação ao respeito ao outro, não obstante a suas escolhas pessoais, sociais, civis, políticas, religiosas, e afins. Somos seres dotados de inteligência e raciocínio e não podemos entrar em guerra de vocabulários obscenos e chulos que não coadunam com o perfil e a responsabilidade social idealizado por Jobs quando nos deixou esse rico legado.

Por Zilda Guerrero