KELLY JUSTINO ZAGO

INTERPRETAÇÃO DO FILME ‘UM GOLPE DO DESTINO’ DIANTE A PSICOLOGIA HOSPITALAR

                                  Franca

                                  2016

I-INTRODUÇÃO

O trabalho do psicólogo tem adquirido nos últimos anos, segundo Gorayeb & Guerrelas (2003), reconhecida importância na promoção de saúde e melhoria da qualidade de vida das pessoas vinculadas a instituições hospitalares. Envolvendo ações de prevenção, ações educativas e a própria intervenção. Entretanto, esta prática ainda está sendo construída, já que foi a partir da década de 50 que os psicólogos começaram a trabalhar em hospitais.

Ainda, de acordo com Gorayeb & Guerrelas (2003), quando o paciente encontra-se com a saúde ameaçada ou prejudicada ele tem uma fonte de mudanças comportamentais que geram desconforto, configuração ambiental aversiva e conato com sensações desagradáveis como medo, ansiedade e dor.

O objetivo da psicologia hospitalar é promover a humanização, é proporcionar interação e apoio emocional à equipe. O que acontece, é que os médicos muitas vezes não se colocam no lugar do paciente, seu atendimento não é nada humanizado. É por isso que o psicólogo hospitalar precisa saber e conciliar esta situação.

Faremos a análise do filme “Um Golpe do Destino”, o médico, protagonista do filme, passa por experiência hermenêutica, onde ele se torna paciente. A partir disso houve mudanças em relação à sua atuação, veremos isto de forma mais completa ao longo do trabalho.

II- MEU OLHAR DIANTE O FILME

         No início do filme Dr. Jack Mackee está operando e é ele quem dá as coordenadas, tem música, mas quando ele precisa ter mais atenção no que está fazendo, a desliga. Mesmo que o procedimento é sério e arriscado há piadas e risos. Mackee tosse durante a cirurgia. Assim acaba o procedimento com sucessos e ele pede para por a música preferida dele. Nancy é a única que nunca canta a música, mas ele disse que quando ele morrer ela irá cantar para ele.

Bloomfield, outro médico, pede para Mackee ajudá-lo. Ele encontra um paciente cedado, Bloomfield conversa com o paciente e é zombado pelo Mackee.

Como Jack vem tossindo muitos médicos perceberam e então um dos médicos disse para Jack procurar ajuda. Jack vai a um médico, mas não aceita um encaminhamento e não dá importância à garganta. E mais uma vez faz uso de piadas. O médico pergunta da esposa, pois ela está mais sumida após o falecimento do pai de Jack. Então a esposa está sumida, afastada.

Mackee vai para o hospital e atende uma paciente que recentemente fez uma cirurgia e esta está incomodada com as cicatrizes e ele mas uma vez faz piada da situação, não tentando entender o quanto é ruim aquela situação para a paciente.

Sua esposa também age de forma parecida com a dele, ao invés de conversarem algo profundo sempre fazem piadas um com o outro. A esposa de Jack está incomodada com os materiais da reforma da cozinha, pois apenas Jack quer que esta reforma aconteça. Podemos perceber que ele não liga para o que a esposa deseja ou não deseja.

Jack esqueceu a reunião do filho, sua esposa momentaneamente fica brava, mas depois como está acostumada com este tipo de acontecimento ela diz que quer jantar com ele após o evento.

Mackee não é muito de conversar com seu filho, quando o viu andando de bicicleta sem equipamento de proteção pediu para que os colocassem, pois o chão da casa deles não era menos duro. Assim, depois pergunta com a escola, o filho só diz que foi boa e ele se contenta com isso.

Quando Jack vai buscar a esposa para o jantar, ele não se sente bem e resolvem ir para a casa e deixar o jantar para depois. Mas quando ele está dirigindo, ele tosse e sai sangue, ela fica muito preocupada e ele diz que não vai sangrar até a morte. Apesar de preocupada a esposa deixa por isso mesmo.

Jack no hospital fala para seus residentes: “Há um perigo em apegar-se demais pelo paciente. Um perigo de torna-se envolvido demais. Cirurgia é julgamento. Para julgar, você precisa estar desapegado. Não há nada natural na cirurgia. Você está abrindo o corpo de alguém. Isso é natural? Um dia terá suas mãos em volta do coração de alguém. E está batendo. E você vai pensar uh-ho, eu não deveria estar aqui. O paciente se sente doente. O trabalho do cirurgião é cortar. Você tem uma chance. Entra, conserta e sai fora. O importante é o tempo. Quando você tem trinta segundos antes que alguém sangre até o fim eu prefiro que você corte direto e se importe menos”. A fala é técnica e até cruel, é este o ensinamento passado para os residentes do hospital.

Mackee pergunta para Choy, seu amigo médico sobre otorrino. Ele aponta para a Drª Leslie. Então ele vai até ela. Neste momento ele é paciente, mas não sabe o que é isso, mas ele começa a sentir o quão ruim é, a Drª faz os exames, os exames tratam-se de procedimentos invasivos e que causam estranhamento, deixa o paciente assustado e era assim que Jack estava se sentindo. Aquele momento ele precisava de apoio do médico, um atendimento mais humanizado, mas a Drª Leslie tinha muito em comum com ele. A Leslie diz à Jack após olhar a garganta dele que ele tem um nódulo, um tumor laríngeo na corda vocal verdadeira. Jack fica sem reação, diz que sabe o que é laríngeo, ela pede mais exames. Ele só está pensando no que ele tem enquanto a médica continua falando do agendamento. Foi um impacto muito grande. Jack não sabia o que fazia. A médica sem mais explicações o deixa sozinho com todo aquele sentimento de angústia, de desajustamento.

Mackee chega mais cedo em casa e nada conta para a família, a esposa fica feliz que vai jantar com ele aquela noite, chama Nick seu filho para dar oi e Nick de forma tão automática vai até o telefone e liga para o pai é quando o vê literalmente na sala. Jack é um pai e um esposo ausente.

Ao invés de dormir Jack vai jogar e beber algo. Sua esposa aparece nesse momento, ela sentiu que ele deixou de contar algo e que não era habitual Jack ir beber e jogar a noite ao invés de dormir, com muito custo Jack conta a ela o que está acontecendo. Ela diz que eles vão dar conta da doença, mas Jack fica irritado, pois só ele está doente e não ela. Como ela irá dar um jeito? Ela assume o papel da cuidadora. Ela quer o bem dele, ela quer que ele se cure, mas ela não sabe o que fazer, ela não se conecta com que o Jack está sentindo, para saber de algo precisa que Jack a conte, mas é difícil para um paciente que está se sentindo desajustado contar algo, nem ele mesmo sabe o que está acontecendo ou sentindo.

Quando Jack vai para o quarto, Ele fica olhando para a janela, depois se deita e conta que fará uma biópsia no dia posterior. A biópsia causa mais medo em Jack, quando mais se procura mais se acha. Ele está com medo do resultado. Sua esposa o abraça e o beija e logo Jack faz piada a respeito do assunto. Isto dele é um mecanismo de defesa e a todo o momento ele faz isso.

No outro dia a esposa de Jack vai com ele para o hospital. Eles estão esperando no sofá quando Jack começa a se perguntar porque ele está ali como qualquer um se é um médico. E assim, sendo um médico daquele hospital deveria receber atendimento especial e isto não acontece, deixando nervoso. Jack não sabia como funcionava o sistema do hospital, ficou sentando por algum tempo mas não sabia que ao chegar tinha que preencher a ficha, o que demorou ainda mais seu atendimento.

Um funcionário aparece para buscar Jack com uma cadeira de rodas. Jack já tinha se despedido da esposa, mas ela ainda estava lá vendo e achou graça quando Jack se recusou a sentar e foi em pé e a pé para o local do exame.

Jack foi para um leito comum, nada privativo, a Drª estava atrasada e pediram para ele ir se despindo enquanto a Drª não chegava.  Jack acreditou que aquele quarto era um erro, e mais uma vez ele pensa que por ser médico deveria ser privilegiado. Será que isto faria bem para ele? Minha resposta é não. Assim Jack estava vendo como é ser um paciente, aquele que sofre por conta da doença, aquele que não tem controle de nada, aquele que não têm direitos e sentimentos.

Havia um paciente do lado que começou a conversar com Jack. O paciente perguntou se ele estava ali pela primeira vez e completou dizendo para Jack que ele deveria estar se sentindo perdido sem saber o que está acontecendo, mas que não era para ele esquentar porque os médicos também não sabem. Jack fez questão de dizer que era um.

Choy amigo de Jack entra no quarto, fecha a cortina e pergunta se quer que ele vá com ele, Jack diz que quer que ele vá ao lugar dele. Mostra que Jack não está aceitando a doença. Jack pergunta se Nancy cantou na cirurgia e Choy diz que não.

Mackee é carregado na maca para o procedimento, os funcionários conversam como se ele não estivesse ali. Jack questiona se não teria um lençol mais fino. Ninguém o responde. Os médicos estavam falando de sintomas e Jack interrompe e diz algo sobre o possível diagnóstico e em seguida: “Sim, ele fala! Impressionante!”. Mais uma tentativa de se mostrar alguém importante aconteceu. Ficou angustiado e aflito. Depois da biópsia precisou fazer enema (lavagem do intestino), ele tentou resistir mas estava ainda sob efeitos do anestésico.

Sua esposa está ao lado dele, a Drª Leslie aparece, a esposa de Jack o acorda. Leslie pede desculpa para Jack por conta do quarto, mas parece que ele não está muito aí. Ela diz que o tumor é maligno e que recomenda radioterapia. Jack já não quer uma segunda opinião. Ele diz que quer cortar o tumor fora. Vemos aí a necessidade de se colocar no controle novamente, tirando o que o impede fora. Porém, se ele cortar o tumor pode perder a voz, o que faz com ele que aceite o tratamento. A Drª recomenda começar o tratamento no dia posterior, ele diz que tem cirurgia para realizar, ela diz que ele tem câncer e ele aceita fazer no dia posterior. Parece que ele nega o que ele tem.

A esposa quando sai do quarto chora, mas não mostra para Jack, para ele ela é durona, séria e talvez até insensível.

Jack ao sair de cadeiras de rodas após o exame, Blomfield diz que está sabendo e tenta dar apoio, mas Jack recusa. Como Jack é complicado, ao mesmo tempo que ele precisa de alguém para apoiá-lo ele não aceita esse alguém, pois é muito contraditório para ele, médico não deve dar apoio.

A esposa de Jack o leva para casa. Jack fala da sua vontade de fumar um cigarro mesmo com câncer. Ela chora, ele faz piada, e ela ri. Diz que não conseguiria tolerar... e parou a frase no meio dando uma respiração funda.

Jack está na garagem, o pessoal da obra está lá e seu filho também. Jack estava consertando a bicicleta do filho. O filho diz que o coleguinha esta esperando. O pai pergunta se o filho sabe do teste que ele fez, o menino responde que sim. Jack diz: “bem, ele mostrou que eu tenho um nódulo, uma lesão na garganta que... não é muito boa.” O filho olha, o Jack falou isso de Maira tão técnica e mecânica. Continua: “Mas é um tipo de tumor que responde bem a radiação. O que é ótimo”. Jack tenta se auto afirmar. O filho diz que tem que ir e sai com a bicicleta. Nick não entendeu nada do que o pai disse, mas Jack foi importante dizer, não pensando no filho, mas nele.

Mackee entra no elevador do hospital. Em um determinado momento todos saem e ele vai até o centro do elevador e olha seu reflexo. Sai do elevador, e vai fazer ressonância. Ele estaria se perguntando: “quem é este Jack?”

Ele reclama para a atendente de ter sempre que preencher o mesmo formulário. A partir daqui a June entra em cena. Uma paciente que serve de apoio e exemplo para Jack. June ao ver Jack reclamando do preenchimento do formulário, diz: “Espere até ver o formulário de termo de responsabilidade. Eles o entregam em um caminhão”. Jack ficou bravo após June sair. Ele novamente diz que é cirurgião, tentando escapar da condição de paciente e ainda diz que não pode forçar a voz. O médico da radio Charles o vê e o chama para o atendimento. Mostra o exame e fala para Jack sobre o mal comportamento e fala dos próximos exames e horários. O Drº diz que vai conversar com a Drª sobre o tratamento e Jack diz completando: “E eu...”. O Drº Charles olha e diz “Sim, claro”. Jack tenta se encaixar na discussão dos médicos de seu caso.

Mackee faz mais exames, e sempre faz piadas das coisas que ele acha ruim. Se sente invadido, assustado com o exame.

O médico Choy que está com problemas judiciários, pois um paciente está o processando, pergunta se Jack está mal por conta da radiação e Jack responde que ainda se trata da pré-radiação. Jack já apresentava exaustidão antes de começar o tratamento. O médico fala sobre Jack não trabalhar mais. Mas Jack não quer repousar, pois o trabalho ocupa a mente dele, não precisa ficar em casa e ter que se ajustar na nova rotina onde ele é o doente e a esposa a cuidadora.

Jack faz a radio pela primeira vez. Fazem uma marcação no pescoço dele e cobrem sua cabeça. Mais procedimentos invasivos. Quando ele chega em casa, a mulher está cuidando do machucado do filho e ele pergunta se precisam de um médico. Ela pergunta se foi um bom dia e ele responde que sim. Que fez uma tatuagem e mostra para o filho a marcação, a mulher põe a mão e ele diz: “Este é o ponto em que miram o raio x...” Ele repete a fala do funcionário, uma fala técnica.

Ele está no hospital e pergunta se o Drº Reed não está. Ele vê o novelo da paciente caindo, pega e entrega a ela. June o vê, diz oi e sorri, ele se senta e June também, perto um do outro. A funcionária diz que o Reed não pode ir. Ele fica desapontado e repete “Não, não, não, por que não?”. E pergunta quando vai vê-lo. A funcionária responde que só na próxima semana. Jack não gosta nada disso. Quer o tratamento no próximo dia, mas é final de semana e não faz nos finais de semana. A funcionária diz que sente muito e ele fica mais nervoso ainda e diz que deveriam tirar o ‘sinto muito’ das conversas. A funcionária sai sem respondê-lo. Ele apresenta um sinal de desespero. Ele quer se curar logo para se livrar da doença e ser dono dele novamente. Isto se repete sempre.

June fica olhando para Jack. Ela resolve falar: “Não há motivo para gritar com a Laurie. Ela está fazendo seu trabalho, grite com o médico”. Ele diz: “Sou um médico”. Ela: “Não quando está aqui”. June traz a verdade que ele não consegue aceitar. Ele pergunta como ela é tão calma, como aceita tudo tão bem. Ela responde que não aceita tudo tão bem, que ela tem um tumor no cérebro, e que não aceitou isso muito bem. Ela completa: “Na verdade, não o acharam, bati em alguns carros, levei tombos, desmaiei, além do tumor sair saltitando e cantando...não havia nada a fazer para ser diagnosticado. Negligência, certo?”. Jack ficou calado escutando e responde a pergunta dela: “É difícil dar uma opinião”. Ele sabia do que se tratava, mas preferiu fingir que não sabia e ela responde: “è um clube, não? Eu me esqueci”. Ela se levanta e ele pergunta se ela fez exames, ela diz que sim e ele pergunta quais, ela responde que fez tomografia computadorizada e remenda: “duas. E claro, depois que insisti muito... e após me mandarem para casa tomar aspirinas. E então? Fui submetida a tratamento contra estresse. E aí, aulas de trânsito. Foram muito úteis”. Jack diz: “Meu pai teve um paciente com um tumor igual ao seu. Ele agora tem netos”. Ela pergunta se ele fala sério, ele diz que sim. Mas ele sabe a verdade e mente para ela para amenizar a situação dele como médico. Agora ele ainda faz parte do clube, mas passa a não querer fazer mais aos poucos. Quando June entra para atendimento ele se sente aliviado.

Jack após pedir um favor a Choy para conseguir o resultado do exame descobre que os gânglios não foram atingidos e comemoram. Mackee chega animado em casa, decidi comemorar com a família, mas nem a esposa e nem o filho estão lá. Ele faz churrasco afim de que quando chegarem iriam comemorar, mas isso não acontece. A esposa chega tarde, fica feliz pela notícia, mas diz que já comeu. Ele diz que ela esta fria, pois não quis comemorar da forma que ele planejou. Jack, sempre arrogante. Sempre pensando nele em primeiro lugar.

June e Jack estão sentados esperando atendimento e mais uma vez Jack reclama de algo e ela diz: “Diga a ele que é o grande médico, fure a fila”. Ele pergunta se ela está zangada com ele e ela diz que ele mentiu para ela. Ela diz que ele mentiu sobre o tumor dela, que ela tomou liberdades que nunca se permitiu. Ele diz que ela estava sendo hostil e isso era umas das liberdades. Ela diz que estava sendo honesta e que esperava que as pessoas fizessem a mesma coisa. Ele finge que não sabe sobre o que mentiu e ela diz que está morrendo e pediu para ele não desperdiçar o tempo dela. Ele diz: “Deviam tê-lo achado. Tinha razão, alguém cometeu um erro. Devia ter feito uma ressonância. O sistema é uma droga. As segurados dizem quais exames podemos ou não fazer. Uma ressonância, que eu sei que encontraria seu tumor, custa em média de mil dólares”. June não sabe o que responder. Mexe a cabeça. Ela então pergunta: “E o paciente do seu pai?” Ele diz que não resistiu e fica se sentiu culpado e ela pede para ele não mentir mais para ela.

Choy fala para Jack que marcaram a data do processo do paciente contra ele. Jack está com os residentes e entrega o prontuário para um deles. O residente pega o prontuário e diz: “Terminal 1217”. Jack questiona: “Quem é terminal? Você está no ponto de ônibus?”. O residente diz: “O paciente que está morrendo no 1227”. Jack: “Qual o nome?”, O residente ri nervoso e procura no prontuário e outro residente responde: “Sr. Winter”. Jack pergunta aos residentes: “Sr. Winter está vivo ou morto? O Sr. Winter está vivo ou devemos chamar o necrotério? Chame outro paciente de terminal e assim será sua carreira”. Jack muda sua postura e seu jeito de ensinar, não muda muito, mas já percebemos a diferença. Ele aceitou a condição de paciente, passou a distinguir sua profissão de sua situação. Ouviu June e isso mexeu com ele. June de certo modo faz um papel de algo psicoterápico, pois Jack não teve apoio de um psicólogo.

Mackee está dormindo com a esposa, ela acordada faz carinho nele. Mas ele sempre não vê este lado dela, ele acha que ela é uma pessoa distante, mas é o lugar que ele a colocou mesmo que sem querer.

Jack está na sala do hospital esperando ser atendido. June também está lá. È quando dão a notícia de que uma paciente falou. Era a senhora que tricotava, que Jack ajudou. Todos da sala ficam tocados e tristes. June senta no sofá e ele também se senta. Ele pergunta no que ela está pensando e ela responde: “Sei lá! Que Bárbara tricotou aquele xale para sua neta durante meses e ela o terminou, Nunca estive em Londres ou na Itália. Não tive um filho. Não sei comer com pauzinhos. E tinha ingresso para o Balé Indígena Americano quando estiveram aqui. Sempre quis vê-los, têm roupas incríveis. E eu estava aqui. Então é mais uma coisa para colocar na minha lista”. Jack diz que eles voltarão e ela diz que em seis meses.

Jack está atendendo um paciente, o paciente diz que é estranho, que há alguém lá fora, vivo, andando por aí. E daí algo terrível acontece e ele morre. “O coração dele será meu”- diz paciente. Ele completa: “Penso nisso”. Jack diz para esperarem, pois pode demorar até conseguirem um coração. Disse também para o paciente que é uma boa ideia deixar os negócios dele em dia. O paciente diz que já está tudo em dia e Jack diz que assim é ótimo. O paciente diz que confia nele e lhe dá um abraço. Jack deixa ser abraçado. Aquela couraça de antes não é mais a mesma.

Jack agora que estava aceitando a condição de doente, recebe a noticia de que o tratamento não está adiantando e que precisa fazer novos exames. Ele contou isto à June, ela pegou a mão dele e levou até a cobertura do hospital e contou sua experiência. June pensou em se aturar do prédio, pois ela sentia como se tivesse arrancado a pele dela, doía muito a notícia. Ela gritou e gritou, mas ela viu um pássaro, este pássaro olhou de um jeito estranho para ela, como se estivesse perguntando: “Moça, o que há com você?” E ela rui no momento, pois se sentiu muito idiota. Ela acha que o pássaro era um anjo. Ela fala para Jack gritar, ele diz que não quer, ela fala para ele pular e ele diz que não então Eça diz para ele lutar. Ele escolhe isto.

Jack tem uma ideia, de levar June naquele momento para ver a turnê dos dançarinos indígenas. Ele dá seu jeito e partem em viagem. Jack sai dirigindo o carro com pressa e June questiona seu modo de dirigir e ele diz: “Meu tumor me deu liberdades que nunca me permiti”. Jack saiu da rotina, adquiriu uma doença e descobriu que o tratamento não deu certo, ele percebeu que seu jeito como médico estava errado, June teve uma conversa com ele sobre gritar, pular ou lutar, ele escolheu lutar. Mas e se ele não vencer a doença? È por isso que ele faz coisas que não fazia antes, pois nem ele é o mesmo que antes. Assim como June disse anteriormente, que tomou a liberdade de ser honesta. June era uma pessoa incrível para Jack, ele só queria a ver feliz, queria ajudar, mas não significava que era o que June queria. Durante a viagem ela pediu para parar o carro, ela diz que aceitou a viagem, mas não por causa do concerto, mas por causa do tempo, pois o tempo está correndo por ela, e ela não quer mais isso. Jack pede desculpa por ter a levado até lá. Ele diz “Entre, conserte e caia fora. È isso o que eu digo aos meus residentes. Ela perdeu o show, leve-a até o show”. Jack toma consciência dos seus atos. June responde: “Sabe o que é especial para mim, de verdade?”, “Isto”- responde para si mesma. Ela se referia à conversa num lugar bonito. Repte “Isto” e tira o lenço da cabeça ficando com a cabeça sem os cabelos a mostra. E emenda: “Agora”. Jack pergunta se ela reza e se é isso que a segura. Ela diz que reza, medita, come chocolate, dança. Jack se emociona. Os dois então vão dançar e se divertir um pouco com o som do carro, até que escurece.

Mackee vai até uma cabine de telefone pois quer ligar apara Anne, sua esposa. Ela está preocupada, pergunta onde ele está e porque, ele diz que o tratamento não adiantou e que está com uma paciente e que como perdeu o avião irá voltar pela manhã. Ela fica brava e desliga. A esposa ao invés de ser a primeira para quem ele conta as coisas e ela dar apoio ele prefere contar e receber apoio de outra pessoa. Não é fácil está na posição de cuidadora, pois para ela, para entender Jack só se ela estivesse doente como June, por isso June é importante para kack. Ele não precisa explicar como se sente, ele apenas sente.

De manhã ele deixa June na sua casa e vai para a sua casa, encontra com a esposa e ela diz que ele está acabando com ela e não aceita conversar com ele.

Mackee está andando atrás do Choy e de outros médicos no estacionamento do hospital que estão conversando. Jack parece cansado. Choy avista o paciente que está processando ele. O paciente está rodeando seu próprio carro. Choy diz sobre o Richards: “Salvei sua vida e ele quer me arruinar”. Jack vê a situação, se despede de Choy e vai até Richards. Choy grita para Jack: “Ele está nos levando ao tribunal”. Choy se refere a um clube, mas Jack já não faz mais parte dele. Jack continua mesmo Choy dizendo isto. Se fosse antes, Jack nunca teria ido até o paciente, mas Jack foi, pois havia mudado.

Mackee pergunta a Richards se ele precisa de ajuda. Richards com dificuldades para falar fala de uma chave e Jack pergunta se está trancada lá dentro, Jack vai interpretando o que Richards fala, o paciente diz que está atrasado para a terapia vocal. Ele estava com um problema na voz assim como Jack poderia vir a ter. Jack se sentiu tocado e disse que ele daria um jeito, a chave estaria na portaria e que ele poderia ir logo para a terapia vocal.  O paciente disse que estava ficando louco, se referia à doença. Mas Jack conseguiu acalmá-lo.

 Jack está se consultando com Drª Leslie, ela está examinando sua garganta. Ela diz que seu tumor cresceu, e ele fala que isso tudo é uma tortura. A doutora disse que ele teria que operar, agenda para um dia a tarde, Jack ficou preocupado porque nesta cirurgia ele podia perder a voz e ela ainda estria cansada. Ela diz que ele é paciente dela e ela dá o horário que ela tem.

Mackee começa uma operação, mas não consegue terminar, não está apto para isto. È muita responsabilidade. Choy assume a cirurgia.

Ele vai até a casa de June de noite, ela estava dormindo. Ele diz que perdeu a confiança, que não conseguiu operar. June diz que ele tem a Anne, mas ele diz que a colocou numa distância que não dá para alcançar. Ele diz que tem que ser operado, Pede desculpas por acordá-la e vai embora. June escreve uma carta depois da ida de Jack.

Jack chega ao hospital, vai até o consultório de Leslie sem permissão e fala com ela. Ele diz que está fora, que não quer ser operado por ela, diz que ela precisa mudar o seu comportamento, pois daqui 30 anos ela estará ali como paciente, Ela diz que ele está sendo agressivo, ele pede sua ficha e ela dá à ele, jogando.

Mackee vai até Blomfield, diz que precisa operar e pergunta se pode se pode fazer isso, ele aceita e diz que irá operá-lo no dia seguinte pois estará livre nesta dia. Jack diz que ele é o médico em que mais confia. Jaci diz que se sente envergonhado por ter sido grosseiro com ele no passado. O médico brinca com Jack dizendo que sempre quis cortar sua garganta.

Jack pede para falar com Choy, ele conta que vai ser operado e que não vai testemunhar. Que o coitado do paciente tem um histórico de tromboflebite. Choy havia apagado estas informações, mas Jack o investigou e Choy ficou bravo e tentou chantageá-lo, mas Jack disse que ele não faria mais cirurgias.

A esposa de Jack está no sofá de espera. Diz que Carrie avisou que ele iria operar e por isso estava ali. Ela fala sobre nunca saber das coisas por ele, ter que saber pela secretária a incomoda. Ela pergunta se na noite passada ele visitou June e ele diz que sim. Ela diz: “Sabe o que me magoa? Ela não me magoa. É verdade, estou certa de que ela deve ser muito especial. É que tem uma amiga pra ver. Sabe, você sempre foi meu amigo e agora não consigo me aproximar. De qualquer forma, é tudo conversa, preciso ir”. Aqui Anne desabafa sobre o que a incomoda. Jack sabe do distanciamento, mas não sabe como desfazê-lo. Ela diz: “É engraçado. Levanto toda manhã e tenho uma sensação. Não sabia o que era. Aí percebi que eu estou sozinha”. E vai embora.

Ele vai até o quarto onde June está internada. Ela não pode mais ouvir Jack. Ele chora ao vê-la, senta do seu lado, pega sua mãe e diz: “Sou eu. Quando a visitei ontem a cansei tanto. Serei operado amanhã. Como sou um grande egoísta, queria você lá para me apoiar. Oh June, estou mesmo assustado. Está é a verdade que aprendi com você. A verdade. Sabe, não sei nada sobre você. Não de verdade. Sei que ama a vida, que sabe dançar. Espero que sempre voe sobre a minha casa com seus lindos cabelos longos”. Aqui, Jack se abre e se despede de June. Ela foi uma espécie de terapeuta para Jack.

Ele chega em casa, deita. Diz à esposa que sua amiga faleceu. Anne se vira e põe a mão no ombro dele e ele a pega em sua mão.

Blomfield irá operar Jack. Pergunta como Jack está, ele diz que queria estar longe. Nancy dá oi para Jack. Antes de ele adormecer eles colocam a música preferida dele e Nancy canta pela primeira vez. Então ele foi operado. Blomfield diz à Anne que deu tudo certo, que tiraram o tumor e que este não havia se espalhado. Diz que não conseguiu salvar todas as cordas vocais por isso não dava garantia da voz.

Jack não pode falar por um tempo. Chega em casa de mãos dadas com o filho. Houve uma mudança relacionada ao filho. Anne deu um apito para Jack, ele também tem sua prancheta.

O filho está comendo ao ar livre e Jack chega tomando chá e apita. O filho olha e dá um sorriso. Mackee adormece na cadeira após leitura e acorda com Anne gritando com os homens da obra. Jack escreve para ela gritar com ele. E fica apitando até ela perguntar: “O que quer de mim?”. Ele escreve: “Preciso de você”. Ela diz que não e ele insiste apontando para a prancheta. Ela não acredita que ele precisa dela, pois estava o tempo todo lá e ele não precisou. Ele escreve: “Sinto muito”. Ela diz que sente também. Ele apita novamente e ela pede para parar. Ele escreve: “Começar de novo”. Ela se questiona: “Começar de novo?”. Ele fica apitando, ela pede para parar novamente, ela retira o apito dele e ele aponta para a prancheta: “Preciso de você”. Ela chora, ele ri, ela ri. E ele diz: “Eu te amo”. Ela sorri e diz: “Está falando”. Ele comemora em silêncio e ela sorri. Os dois se abraçam e se beijam e ela grita de felicidade. A distância acaba.

Jack volta para o hospital. Encontra o paciente do transplante de coração com sua família. Avisa para o paciente dando-lhe as mãos que um coração logo chega de Nova York. O paciente tira seu lenço, dá para a filha entregar para Jack em agradecimento. Mackee vai operar o paciente, além de colocar a música preferida do paciente ele fala com o paciente mesmo cedado. Faz carinho após tirar sua luva no paciente e diz que sua esposa ficará feliz e que o coração é lindo.

Jack passa na recepção, pega as correspondências e vai até a sala onde estão os residentes. Pedem para que eles se dispam e coloquem os aventais o mais rápido possível. Diz que todos os pacientes têm nome e para cada leito que cada residente irá ficar, Jack põe o nome na porta. Diz que os pacientes se sentem assustados, constrangidos e vulneráveis, sentem-se doentes e querem se curar e por isso põem suas vidas nas mãos dos médicos. Nas próximas 72 horas, cada residente seria alocado para uma doença. Dormiriam em camas de hospital e comeriam comida de hospital. Fariam todos os exames necessários, exames que um dia os residentes pedirão enquanto médicos. Jack deseja boa sorte à eles.

Uma das correspondências que ele pegou na recepção foi a carta de June: “Querido Jack, acabou de sair e eu fiquei preocupada com você. Você falou de Anne... e que não sabe como tê-la mais perto. Ou qualquer outra pessoa. E eu pensei nesta pequena estória. Espero que a leia antes da operação. Havia um fazendeiro que possuía muitas terras. Ele afastava os pássaros e animais das plantações com armadilhas e cercas. Ele obtivera muito sucesso, mas era muito solitário. Assim, um dia, ele ficou no meio das suas terras para dar boas-vindas aos animais. Ficou ali o dia inteiro, com braços esticados, chamando-os. Mas nenhum animal veio. Nem uma única criatura apareceu. Estavam aterrorizados com o novo espantalho do fazendeiro. Querido Jack, abaixe os braços e todos virão até você”.

Antes mesmo de Jack ler sua carta ele abaixou os braços. Ele vê um pássaro e sorri, lembrando de June.

III- ANÁLISE DO FILME

Jack não tinha um bom vínculo com a Instituição e para Bruscato (2010) isto é essencial. O conhecer a história e a ideologia da Instituição, os funcionários e o sistema fazem bem ao funcionário independente de sua posição. Assim, quando somos integrados ao hospital, passamos a agregar uma identidade institucional, fato este que pode representar uma facilidade ou uma dificuldade em nosso cotidiano. Jack passou por uma transição de identidade institucional após adoecer. Os funcionários têm que entender que os exames e todos os procedimentos realizados com os pacientes são algo invasivo e que proporcionam dor, principalmente os médicos. Os funcionários ao preencherem documentos de maneira manual, devem estar atentos à caligrafia. Os médicos como Jack costumam não dar importância a isto. Devemos lembrar que o paciente quando está com dor, esta prevalece sobre tudo. Tanto a dor física quanto a psicológica que não é dada tanta ênfase. Mesmo que alguns pacientes tenham acompanhamento de um psicólogo os outros funcionários devem fazer perguntas abertas aos pacientes para que eles possam expressar o que estão sentindo, expor suas questões sensíveis e até embaraçosas. Jack fez isso quando atendeu o paciente que iria fazer transplante de coração e o paciente Richards que estava processando Choy.

De acordo com Botega (2012), quando nosso corpo está em silêncio, em geral nos esquecemos dele. No íntimo de nossa mente acreditamos que somos imortais. A doença serve para nos lembrar de que temos corpo, que podemos morrer e que este pode nos matar. O sentimento de uma pessoa que se vê gravemente enferma é o de que, a partir do seu próprio corpo, deixou de ser dona de si. Assim, a vivência é de tornar-se escravo do corpo e do tempo. June sentiu isso primeiro que Jack e ajudou Jack a lidar com isso, mesmo ela não sabendo lidar com a própria situação. Como as preocupações mais imediatas passam a girar em torno do estado corporal e da passagem do tempo, Jack se vê mortal e vê que o tempo está passando, ele sente a necessidade de aproveitar todo o momento, querendo se permitir a fazer o que ainda não fez, a possível morte que está para vir impulsiona o ser a fazer de tudo para que não morra sem o fazer.

Botega (2012) continua dizendo que a enfermidade transforma o homem de sujeito de intenções em sujeito de atenção, surge à necessidade de um cuidador, é onde a esposa de Jack assume este lugar, o de cuidar de Jack. Mackee sentiu uma ansiedade de separação, não só em relação às pessoas significativas, mas de objetos, ambiente e estilo de vida. Também sentiu medo de estranhos, pois teve que confiar sua vida em pessoas desconhecidas cuja competência e intenção desconhece. Também teve medo da perda de controle de funções adquiridas o desenvolvimento, como a fala. E o medo de dano a partes do corpo, como a garganta e claro, o medo da dor e da morte.

A internação hospitalar provoca diferentes reações no indivíduo, diz Kernkraut & Silva (2013), trazendo alterações na vida cotidiana e redefinição de papéis. A intensidade do impacto emocional da hospitalização depende, entre outros fatores, da condição psíquica prévia de cada pessoa, do momento de vida em que a internação ocorre, do suporte social existente e da gravidade da condição de saúde. Mesmo que o autor traga sobre a internação podemos pensar no câncer de Mackee e no impacto que a doença, o tratamento e cirurgia trouxeram, sem contar sua relação com June, Nick e Anne.

Quando os pacientes com doenças mais agudas como Mackee não recebem informações adequadas sobre sua condição e não encontram com quem possam expressar sua aflição aumenta muito a ansiedade, a sensação de impotência e o desamparo. Por isso June teve papel importante para Jack (BOTEGA, 2012).

Para Botega (2012), passado o impacto da doença e da hospitalização, espera-se que a pessoa vá retomando a esperança e o comando de sua vida, ainda que isso possa ocorrer apenas na espera mental, controlando o pessimismo e as emoções. Jack demorou a se ajustar, mas aos poucos isto foi acontecendo.

Mackee tinha traços de personalidade obsessiva, a doença era uma ameaça à perda de controle, por isso queria participar das tomadas de decisões (BOTEGA, 2012).

Karam & Alvarenga (2013) vem falar sobre a participação do paciente no planejamento do seu tratamento, é um componente essencial para diminuir os riscos de complicações. Jack a todo o momento estava querendo participar da tomada de decisões, mas era impedido algumas vezes, tanto que ele deixou de operar com a Drª Leslie quando ela disse que ele teria que operar no horário que ele desse.

Lopes & Amorim (2010) diz que a avaliação é importante, pois viabiliza a formulação de um diagnóstico psicológico, não no sentido de estabelecer rótulo, mas no intuito de compreender dinamicamente o significado da doença na vida do paciente. O apoio psicológico faltou para Mackee, mas June teve um papel terapêutico importante, ela que fez com que Mackee aceitasse a posição de paciente, ela que fez ele aprender a ser mais honesto, ela ajudou Jack à diminuir a distância dele com a esposa. A esposa de Jack também precisava de um apoio, mas não teve. Se tivesse um psicólogo para realizar esta intervenção teria sido melhor.

 O que acontecia com Jack na relação com sua esposa segundo Cítero (2013) era uma ambivalência afetiva (coexistência de estados emocionais incompatíveis, de forma cindida, desagregada).

Em suma, sabemos que, diante Mazutti e Kitayama (2008), independente da razão médica pela qual uma pessoa é hospitalizada, esta será para ela uma experiência de incertezas e apreensão, deixando vulneráveis o paciente e sua família. A quebra da rotina, o afastamento das pessoas próximas e queridas, o contato com um ambiente desconhecido e marcado por regras próprias, assim como a dependência de cuidados alheios e a suspensão dos projetos de vida caracteriza a hospitalização como uma situação ameaçadora e geradora de ansiedade. Jack conseguiu passar pelo processo de adoecimento graças à sua esposa, aos médicos e à June.

IV- REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BOTEGA, José Neury (org). Reações à doença e hospitalização. In: A prática psiquiátrica em hospital geral, 2012, p. 46-61. 

BRUSCATO et al. O cotidiano do psicólogo no hospital geral. In: A prática da Psicologia Hospitalar na Santa Casa de São Paulo. 2010, p. 42-51.

 

CÍTERO, V. A. A Psicopatologia na assistência psicológica no hospital- geral. In: Andreoli et al. Manuais de especialização- Psicologia Hospitalar. 2013, p. 81-95.

 

GORAYEB, R.; GUERRELAS F. Sistematização da prática psicológica em ambientes médicos. Rev. bras. ter. comport. cogn. vol.5 no.1, p. 11-19. São Paulo jun. 2003. Disponível em: http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-55452003000100003. Acesso em: 05 abr. 2016.

 

KARAM, C. H.; ALVARENGA, M. S. G. Intervenção em pacientes crônicos. In: manuais de especialização- psicologia Hospitalar. 2013, p. 123-131.

 

KERNKRAUT, A. M.; SILVA, A. L. M. A Clínica psicológica no hospital-geral: como avaliar o paciente adulto internado no hospital geral? In: Andreoli et al. Manuais de especialização- Psicologia Hospitalar. 2013, p. 3-9. 

MAZUTTI, S. R. G.; KITAYAMA, M. M. G. Psicologia hospitalar: um enfoque em terapia cognitiva. Ver. SBPH v. 11 n. 2 Rio de janeiro dez. 2008.