“As formas pelas quais a sociedade seleciona, classifica, distribui,
transmite e avalia o conhecimento educativo, considerado público, refletem a distribuição
do poder e dos princípios de controle social.” (apud Domingos, 1986, p.149)


É fato que incumbe ao Enfermeiro-Docente, estar disposto a construir
permanentemente o conhecimento técnico cientifico, e uma visão global da realidade da
saúde, desenvolvendo no Discente a visão da complexidade do processo do trabalho e da
necessidade de unidade na atividade em saúde, intimamente ligados ao serviço de
Enfermagem, conduzindo o profissional educando a entender o objetivo e necessidade de
sua qualificação para dar atendimento técnico, político-social e ético profissional em prol
da vida humana.
A sociedade capitalista impõe divisão entre social e técnica, até mesmo
limitando a construção do conhecimento como forma de controle e limitação das massas,
não sendo diferente com o profissional de enfermagem, que desde seus primórdios trazia
distinção entre o trabalho manual e o de supervisão, quando encontramos as “ladies
nurses” e as “nurses”, em face da posição social e até mesmo em razão da raça.
Criada a dicotomia entre essa concepção de trabalho e sua execução, cabe
ao Docente-Educador, desmistificar diariamente essa situação.
Ao Educador compete então mostrar ao Educando, a necessidade da
construção e aprimoramento de seus conhecimentos, os quais podem e dever ultrapassar ao
seu grau de competência, ora o profissional deve ter conhecimento amplo; contrariando o
principio de administração de Taylor.
Construir um projeto emancipador em Pedagogia voltado a Enfermagem, é
atividade difícil, considerando-se o público alvo, bem como as condições e situações
apresentadas pela escola e o educando, as quais unidas tornam-se óbices ao Educador na
árdua tarefa de construção do conhecimento.