Joelma Cesar Silva

INTRODUÇÃO

As síndromes hipertensivas gestacionais são muito comuns em nosso país, porém ainda são uma das principais causas de morte materna. Por esta razão o acompanhamento no pré-natal é uma das principais formas de se acompanhar, triar e tratar as síndromes hipertensivas gestacionais, para se evitar danos maiores a saúde materna e fetal. DESENVOLVIMENTO: As síndromes hipertensivas gestacionais (SHG), são caracterizadas por níveis pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica, sendo esta identificada na fase V de Korotkoff. São classificadas como: hipertensão arterial crônica, hipertensão crônica superajuntada à pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. As pacientes acometidas com hipertensão gestacional podem evoluir, em casos mais graves. Apesar da alta cobertura da assistência pré-natal, a mortalidade materna decorrente da hipertensão gestacional continua elevada, podendo se presumir que um dos problemas é a qualidade do atendimento pré-natal. OBJETIVO: Verificar e levantar na literatura dados específicos como: o desenvolvimento da hipertensão gestacional e a aplicação e importância do pré-natal no acompanhamento da mesma. METODOLOGIA: Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica, realizado através de uma revisão sistemática da literatura, descrevendo assim este estudo como uma pesquisa exploratória- descritiva, pois os dados coletados são utilizados na integra. A pesquisa foi realizada nas bases de dados: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), através da busca no Bireme. Sendo utilizados como critérios: artigos científicos originais, publicados em português e Inglês, no período de 2000 a 2015, sendo considerados apenas uma vez os estudos repetidos. CONCLUSÃO: Enfim conhecer, prevenir, e orientar quanto a importância do acompanhamento pré-natal na hipertensão gestacional é de essencial importância quando falamos de e suas complicações 

 As síndromes hipertensivas gestacionais são muito comuns em nosso país, porém ainda são uma das principais causas de morte materna. Por esta razão o acompanhamento no pré-natal é uma das principais formas de se acompanhar, triar e tratar as síndromes hipertensivas gestacionais, para se evitar danos maiores a saúde materna e fetal. (Ministério da Saúde, 2010). Para Vettore et al, (2011), a hipertensão gestacional é uma das complicações mais comuns e de maior morbimortalidade materna e perinatal ocupando o primeiro lugar dentre as afecções próprias do ciclo grávido-puerperal.

As síndromes hipertensivas gestacionais (SHG), são caracterizadas por níveis pressóricos iguais ou acima de 140 mmHg para a pressão sistólica e 90 mmHg para pressão diastólica, sendo esta identificada na fase V de Korotkoff. São classificadas como: hipertensão arterial crônica, hipertensão crônica superajuntada à pré-eclâmpsia, hipertensão gestacional, pré-eclâmpsia e eclâmpsia. (Assis et al, 2008). Existem diversos fatores que aumentam o risco de desenvolver as síndromes hipertensivas gestacional, tais como: diabetes, doença renal, obesidade, gravidez múltipla, primiparidade, idade superior a 30 anos, antecedentes pessoais ou familiares de pré-eclâmpsia e/ou hipertensão arterial crônica e raça negra. (Assis et al, 2008)

A hipertensão gestacional, também pode ser denominada pré-eclâmpsia, é caracterizada pela tríade: edema, proteinúria e hipertensão arterial. É uma síndrome que acontece no final do 2º trimestre da gestação e persiste durante todo o período gestacional, impondo, desta forma, assistência pré-natal de qualidade, já que este quadro clínico apresenta gravidade, de intensidade variável. Exigindo assim um maior acompanhamento desta gestante. (Cunha et al, 2001)

Buchbinder, (2002) salienta que desde a implantação do óvulo, a doença caracteriza-se, clinicamente, por aumento dos níveis da pressão arterial após a 20 semana de gestação, associado (pré-eclâmpsia) ou não (hipertensão gestacional) à proteinúria. Nessa fase a doença é assintomática, dependendo seu diagnóstico unicamente do exame físico e de dados laboratoriais da gestante. A evolução natural da doença, quando não tratada ou não se interrompe a gestação, é o desenvolvimento para as formas graves, entre elas, a eclâmpsia e a síndrome HELLP.

O Ministério da Saúde, (2010), em seu guia de gestação de alto risco afirma: que na gestação, o critério do aumento da pressão arterial é fundamental, pois são frequentes os casos de gestantes cujos níveis tensionais pré-gravídicos são normalmente baixos, (80/50mmHg) e durante a gestação apresentam o aumento dos níveis tensionais para 115/70mmHg, após a 20ª semana, tal incremento deve ser considerado como um sinal da doença. Ou seja, se a partir da 20ª semana a gestante apresentar um acréscimo de 30mmHg na pressão sistólica e/ou 15mmHg na diastólica, considera-se que esta mulher possui hipertensão gestacional. O Grupo Americano de Trabalho sobre Hipertensão na Gestação (NIH) relata que a prevalência da doença hipertensiva na gravidez está em torno de 6 a 8% e que esta patologia representa a segunda causa de mortalidade materna nos EUA. Ainda afirmam que a maioria dos casos de hipertensão gestacional/ pré-eclâmpsia leve se desenvolve próximo ao termo e apresenta taxas de mortalidade e morbidade perinatais similares às de pacientes normotensas. (NIH Publication, 2000)

Os fatores de risco para as gestantes acometidas por hipertensão gestacional: deslocamento prematuro de placenta (DPP), coagulação intravascular disseminada, hemorragia cerebral, falência hepática e renal. Entre as complicações fetais está a redução do suprimento de oxigênio e nutrientes, o baixo peso ao nascer e o maior risco de desenvolver doenças pulmonares agudas e crônicas. Como alterações tardias, crianças pequenas para a idade gestacional, frequentemente associada ao diagnóstico de hipertensão gestacional, podem apresentar maiores níveis de pressão arterial e dislipidemia precocemente na fase adulta. (Peraçoli et al,2005). As pacientes acometidas com hipertensão gestacional podem evoluir, em casos mais graves, para episódios de eclâmpsia, edema agudo de pulmão, síndrome HELLP (Hemolysis, Elevated Liver enzymes e Low Platelet), AVC (acidente vascular cerebral) e oligúria (com possível evolução para insuficiência renal). Por esse motivo, a pré-eclâmpsia é uma das causas mais importantes de internação em unidades de terapia intensiva obstétrica. (Ministério da Saúde, 2010)

Quanto ao tratamento, o Ministério da Saúde (2010), orienta que se deve iniciar de imediato para impedir que a doença evolua para as fases seguintes e mais severas. O princípio do tratamento consiste na redução da pressão sanguínea materna e aumento do fluxo sanguíneo placentário. O repouso em decúbito lateral esquerdo, a hidralazina e a metildopa são as medidas usadas comumente durante a gestação, promovendo o relaxamento do músculo liso das arteríolas periféricas e a redução da resistência vascular. O sulfato de magnésio pode ser utilizado durante o trabalho de parto, parto e puerpério, devendo ser mantido por 24 horas após o parto se iniciado antes do mesmo.

Apesar da alta cobertura da assistência pré-natal, a mortalidade materna decorrente da hipertensão gestacional continua elevada, podendo se presumir que um dos problemas é a qualidade do atendimento pré-natal. Mesmo com os projetos e acompanhamentos tanto do Ministério da Saúde quanto de obstetras particulares ainda se faz necessário uma conscientização da gestante quanto a importância do acompanhamento pré-natal de forma adequada e integral. Dentre todos os dados apresentados, tem se como objetivo levantar a importância do acompanhamento pré-natal nas gestantes, para assim triar, acompanhar e tratar precocemente os quadros de hipertensão gestacional.

2-MÉTODO

Este trabalho consiste em uma pesquisa bibliográfica sobre a Hipertensão Gestacional e sua prevenção e importância do acompanhamento no pré-natal, realizado através de uma revisão sistemática da literatura, descrevendo assim este estudo como uma pesquisa exploratória- descritiva, pois os dados coletados são utilizados na integra. A pesquisa foi realizada nas seguintes bases de dados: Base de Dados de Enfermagem (BDENF), Scientific Electronic Library Online (SCIELO) e Literatura Latino- Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), através da busca no Bireme.

Sendo levantados artigos científicos, nas bases de dados mencionadas acima, através dos seguintes descritores: hipertensão gestacional, gestação alto risco e pré-natal. Os artigos selecionados foram analisados por meio da leitura exaustiva dos títulos que apresentaram a adesão ao tema. Sendo utilizado como critérios: artigos científicos originais, publicados em português e Inglês, no período de 2000 a 2015, sendo considerados apenas uma vez os estudos repetidos.

  • DESENVOLVIMENTO

3.1. Etiologia da Hipertensão Gestacional

A hipertensão é a complicação clínica mais comum da gestação, ocorrendo em 10 a 22% das gestações. (Lang et al, 2003)

Oliveira et al (2006), refere que a hipertensão gestacional está associada a um aumento significativo de complicações perinatais. Entre os tipos de hipertensão presentes na gravidez, merecem destaque a pré-eclâmpsia, que ocorre como forma isolada ou associada à hipertensão arterial crônica, e a hipertensão gestacional.

A hipertensão gestacional está presente desde a implantação do ovo, a doença caracteriza-se, clinicamente, por aumento dos níveis da pressão arterial após a 20a semana de gestação, associado (pré-eclâmpsia) ou não (hipertensão gestacional) à proteinúria. Nessa fase a doença é assintomática, dependendo seu diagnóstico unicamente do exame físico e de dados laboratoriais da gestante. A evolução natural da doença, quando não tratada ou não se interrompe a gestação, é o desenvolvimento para as formas graves, entre elas, a eclâmpsia e a síndrome HELLP. (Macgillivraya et al, 2004). A hipertensão gestacional, também pode ser denominada pré-eclâmpsia, é caracterizada pela tríade: edema, proteinúria e hipertensão arterial. É uma síndrome que acontece no final do 2º trimestre da gestação e persiste durante todo o período gestacional, impondo, desta forma, assistência pré-natal de qualidade, já que este quadro clínico apresenta gravidade de intensidade variáveis. (Silva EF, Cordova FP, Chamovich JLR, Záchia AS, 2011)

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