Toda mulher gosta de dançar – bom, pelo menos é difícil achar uma que não goste! Umas preferem samba, outras funk, outras rock, outras sertanejo, outras tango... A dança é um dos exercícios mais gostosos porque normalmente você dança só as músicas das quais gosta em locais onde se sente à vontade para soltar o corpitcho – ou seja, música, momento, local e companhia agradáveis, tudo ao mesmo tempo. Aquelas que não curtem dançar normalmente têm motivos mais internos: timidez, falta de prática, algum trauma...

GestanteMas a maioria é composta pelas que curtem um bom salão. É aquela história de “esse sábado vou me acabar na pista”, sabe? A dança é praticamente uma terapia anti-stress sagrada para elas! Dançam desde novinhas, ou então, começaram a dançar mais velhas (menos novas?), tomaram gosto pela coisa e foram embora na arte! E quem gosta de dança, sabe que não precisa fazer pirueta de dança de auditório: é só achar uma boa parceria, deixar o gingado solto e mandar ver! Até as grávidas! De vez em quando ela dá uma fugida das preocupações com consultas, moda gestante, quartinhos e enxovais e cai na balada! Mas não é tão rápido. A mulher que gosta de dançar, depois que controla a alegria de descobrir a gestação (se é que tem jeito), logo se preocupa com isso: “vou poder continuar dançando?”.

Opa! Opa! Gestante na pista!

Aquela máxima que diz que “gravidez não é doença” é muito verdadeira, mas isso não libera as novas mamães para todas as estripulias possíveis. Especialmente no primeiro trimestre, quando o útero ainda está se adaptando para sustentar a gestação com tudo o que ela traz, a gravidez é mais frágil. Certos odores mais fortes (vernizes, tintas, produtos químicos, etc.) e movimentos mais bruscos (como pulos altos e torções de quadril) podem trazer alguns problemas e convém evitá-los. Na verdade, e pra variar, tudo começa com a visita ao médico logo que a gestação é descoberta. É a pessoa mais indicada pra dizer se a mulher pode dançar ou não. Mas algumas coisas a gente já pode adiantar aqui.

Gestantes

Por exemplo, mulheres que fazem a dança do ventre (em qualquer modalidade) normalmente são orientadas a evitar os movimentos mais fortes de torção da cintura e de percussão dos quadris (se você já viu a Shakira dançando, deve ter visto esse movimento: é uma sucessão de ondulações do quadril com paradas muito súbitas). Esses realmente podem exigir mais do útero grávido do que ele é capaz de suportar. Durante a gestação, melhor ficar mais nos movimentos ondulatórios suaves e de braços e pernas.

As que gostam de sambar devem começar com o salto alto: torcer o pé e cair sozinha não é tão sério, mas estando grávida é melhor não arriscar. Convém também evitar aquele samba mais rápido, de sambódromo. O sambinha mais light, de salão (o chamado “samba de gafieira”) vai super bem. Mas se der, vá de sapatilha. ;)

As que gostam de funk é que vão ter que fazer um esforço um pouco maior! Afinal é uma dança em que a maioria dos movimentos fica toda ali no quadril e em movimentos fortes. Tente segurar a onda e dançar com menos ímpeto, por precaução. Ah, e atenção ao equilíbrio quando a barriga estiver maior, hein?

BailarinaBailarinas? Sim, quantas bailarinas seguiram dançando até praticamente o dia do nascimento! Como o ritmo de treinamento é muito intenso, a musculatura dessas dançarinas é muito forte e elas rapidamente o encontram o novo eixo de equilíbrio a cada aumento de peso. Também por causa da disciplina dos treinos, elas reaprendem todos os dias a fazer os movimentos de sempre mas levando em conta o barrigão (giros, pontas, aberturas, pliés... tudo muda). Os grandes saltos vão passar a exigir mais dos joelhos e do equilíbrio na ponta da sapatilha, tornando os tombos mais fáceis de acontecer. Convém maneirar, ou mesmo parar.

Danças como tango e flamenco, que exigem movimentos muito fortes das pernas em direção à barriga, podem ficar mais difíceis de executar. Na verdade, esses movimentos vão ficar impossibilitados à medida em que a barriga crescer pois, ora, agora ela vai entrar no meio do caminho, não é? Procure não “forçar a perna pra ver se vai mais um pouquinho” porque vai apertar o coitado do bebê lá dentro! Rsrs Deixe esse passo mais incompleto um pouco; depois da criança já nascida, tudo volta a ser permitido.

Mas e as roupas pra estante dançar? Tem?

Específicas pra isso, não. Por isso você vai ter que acionar sua costureira para ela adaptar as roupas que você já usava – ou então fazer novas. Por exemplo, dança do ventre, flamenco e tango a mulher praticamente se “fantasia”; são vestimentas bem específicas e que não são encontradas nas vitrines de moda gestante – pelo menos não nas comuns que encontramos pelas cidades. E como podem ser facilmente confeccionadas, convém encomendar o modelito especial-gravidinha com a costureira de confiança. É bom que você pode guardá-los para futuras gestações – ou então ajustá-las para usar quando o corpo voltar ao peso normal.

Animou? Tomara que sim porque dançar também faz bem pro bebê, sabia? Quando você curte a dança, ele sente e fica bem também.

Que tal levá-lo para dançar? ;)