FISIOLOGIA DO SISTEMA PULMONAR: RESPIRAÇÃO PULMONAR

                                                                     Elane Nascimento dos Santos¹

Jeane Oliveira da Cruz Santana²

Kacimara Silva de Andrade³

Zilmar Timoteo Soares4

¹Acadêmica do curso de Bacharelado em Nutrição da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão  – UNISULMA ;Email:[email protected]

2Acadêmica do curso de Bacharelado em Nutrição da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão  – UNISULMA ;Email:[email protected]

3Acadêmica do curso de Bacharelado em Nutrição da Unidade de Ensino Superior do Sul do Maranhão  – UNISULMA ;Email:[email protected]

4Professor Doutor do Instituto de Ensino Superior do Sul do Maranhão (IESMA/UNISULMA) e Universidade Estadual do Maranhã; Email:[email protected]

RESUMO

O sistema respiratório é o conjunto de órgãos responsáveis por efetuar as trocas gasosas entre o ar e o sangue de forma adequada. É constituído por dois pulmões mais as vias respiratórias. A respiração é fundamental para manter o bom funcionamento dos pulmões e de todo corpo humano, sendo essencial para a vida. A respiração correta gera uma série de benefícios ao organismo onde produzem pressões no ventre que atuam de forma eficiente e direta melhorando a digestão. Também contribui para eliminar as toxinas que se formam no corpo, modificando os resíduos, equilibrando as funções orgânicas e ajudando no fortalecimento de organismos debilitados. Diante das informações o presente estudo tem por objetivo analisar a fisiologia do sistema pulmonar. É uma pesquisa bibliográfica que analisa as condições fisiológicas deste sistema. De acordo com o artigo analisado o volume de ar inspirado e expirado é de aproximadamente 0,5 L. Por dia, passam 1000 l de ar pelos pulmões, sendo 450-500 L de O2 e 400-450 L de CO2. Assim o estudo relata que a respiração mais lenta e profunda ajuda a acalmar e relaxar o organismo, diminuindo as batidas do coração. Além disso, a respiração correta ajuda melhorar a elasticidade dos pulmões, mantendo um bom equilíbrio entre os gases no corpo. Respiração Pulmonar Compreende uma função única com três etapas distintas, mas intrinsecamente correlacionada, porém reguladas por mecanismos fisiológicos próprios e investigados por métodos adequados a cada etapa, ventilação, difusão e perfusão Ventilação Pulmonar. Diante do tema apresentado, propomos mais atividades físicas para melhorar a fisiologia do sistema pulmonar.

Palavras chave: Fisiologia. Respiração Pulmonar. Batidas do Coração.

  1. INTRODUÇÃO
  2.  

A respiração é fundamental para o bom funcionamento dos pulmões e de todo corpo humano.

Principais Funções do Sistema Respiratório. A função básica do sistema respiratório é suprir o organismo com oxigênio (O2) e dele remover o produto gasoso do metabolismo celular, isto é, o gás carbônico (CO2). Nos seus unicelulares, as trocas gasosas ocorrem diretamente entre a célula e o meu circunjacente por meio da difusão simples. Nos organismos multicelulares , por sua vez, a difusão entre o meio externo e o interior da massa celular faz-se lentamente, em decorrência da distância a ser percorrida pelos gases. Os pulmões, todavia, não são apenas órgãos respiratórios. Participam do equilíbrio térmico, pois com o aumento da ventilação pulmonar, há maior perda de calor e água. Auxiliam também na manutenção do ph plasmático dentro da faixa fisiológica, regulando a eliminação de ácido carbônico. A circulação pulmonar desempenha também o papel importantíssimo de filtrar eventuais êmbolos trazidos pela circulação venosa, evitando assim, que provoquem obstrução da rede vascular arterial de outros órgãos vitais ao organismo. O endotélio da circulação pulmonar contém enzimas que produzem, metabolizam ou modificam substâncias vasoativas. Finalmente o homem também utiliza seu aparelho respiratório para outros fins, tendo fundamental destaque a defesa contra agentes agressores e a fonação.

2. ORGANIZAÇÃO MORFOFUNCIONAL DO SISTEMA RESPIRATÓRIO.

O sistema respiratório dos mamíferos é compreendido pela zona de transporte gasosa formada pelas vias aéreas superiores e árvore traqueobrônquica, encarregadas de acondicionar e conduzir o ar até a intimidade dos pulmões: pela zona respiratória onde efetivamente se realizam as trocas gasosas: e por uma zona de transição, interposta entre as duas primeiras, onde começam a ocorrer trocas gasosas, porém a níveis não significativos.

Fazemos o movimento de inspirar e expirar até 22 mil vezes por dia, mas a maioria de nós passa a vida respirando da maneira errada, o que pode causar malefícios surpreendentes à saúde. Os especialistas são unânimes em afirmar que somente bebês realizam o processo de forma correta. "Ao amadurecermos, percebemos as ameaças do ambiente e adotamos uma respiração defensiva, ou seja, enrijecemos a parede do abdômen e efetuamos uma respiração curta com movimentação predominantemente do tórax", explica José Roberto Leite, chefe do Núcleo de Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo.

 

 

 

3- ZONA DE TRANSPORTE

O ar inspirado, em seu trajeto pelas vias aéreas superiores, é filtrado, umidificado e aquecido até entrar em equilíbrio com a temperatura corporal. Isto decorre de seu contato turbulento com a mucosa úmida que reveste as fossas nasais, faringe e laringe. Além disso, nessa região também são filtradas as partículas de maior tamanho em suspensão no ar. As vias aéreas superiores atuam, por conseguinte acondicionando o ar, protegendo o ressecamento, do desequilíbrio térmico e da agressão por partículas poluentes de grande tamanho as regiões mais internas do sistema. A árvore traqueobrônquica, ou zona de transporte aéreo, estende-se da traqueia até os bronquíolos terminais. A partir da traqueia, a árvore traqueobrônquica se divide progressivamente, em geral por dicotomia. Os brônquios fonte (dir. e esq.) são considerados como a primeira geração, ou subdivisão, da árvore traqueobrônquica. A segunda geração corresponde aos brônquios lombares, e assim sucessivamente até os bronquíolos terminais.

•    ZONAS DE TRANSIÇÃO E RESPIRAÇÃO.

A zona de transição se inicia ao nível do bronquíolo respiratório, caracterizado pelo desaparecimento das células ciliadas do epitélio bronquiolar.

Os bronquíolos respiratórios também se diferenciam por apresentarem, espaçadamente, sacos alveolares e também por se comunicarem diretamente com os alvéolos por meio de pequenos poros em suas paredes, denominados canais de Lambert.O ar que entra pelas narinas na hora da inspiração é aquecido, umedecido e filtrado ao passar pelas fossas nasais, a faringe é uma porção da anatomia nariz, boca, laringe e esôfago, a laringe leva o ar para os pulmões, esôfago leva o alimento para o estômago. O glote é uma estrutura situada na porção final da laringofaringe, sua função é impedir a entrada de alimentos na laringe, facilitar a entrada e a saída de ar dos pulmões, ajudar na função fonatória uma vez que as pregas vocais se localizam na região glótica, laringe é um órgão formado por diversas peças cartilaginosas e elásticas, ligadas por um tecido conjuntivo fibroelástico, ela conecta a faringe com a traqueia. A laringe é o órgão responsável pela fonação, e por essa razão é chamado de caixa de voz, impede a entrada de corpos estranhos nas vias aéreas inferiores, traqueia é um tubo cartilaginoso que liga as vias aéreas superiores com as via aéreas inferiores, ela bifurca-se dando origem aos brônquios, eles se ramificam em tubinhos dando origem aos bronquíolos, os bronquíolos levam o ar até os alvéolos onde é feita a troca de oxigênio pelo gás carbônico.

Inspiração é a entrada de ar nos pulmões, trazendo oxigênio. O diafragma se expande, abaixando-se. Expiração é a saída de ar dos pulmões, expelindo gás carbônico. O diafragma sobe, voltando a sua posição normal. O diafragma é o principal músculo da respiração, ele está situado na base dos pulmões e serve de apoio ou sustentação para os pulmões. O diafragma separa a cavidade torácica da cavidade abdominal.

Quando o diafragma se abaixa suas bordas levantam as costelas causando a expansão da caixa torácica, quando o diafragma se abaixa ele empurra os órgãos do abdome, por isso o aumento da linha abdominal.

4- A FORMAÇÃO DA ÁRVORE BRÔNQUICA.

A árvore brônquica é formada pelos brônquios, bronquíolos, ductos alveolares, sacos alveolares e alvéolos, e é responsável por levar o ar aspirado pelas fossas nasais até o pulmão.

A traquéia, um pouco antes de penetrar no pulmão através do hilo, ramifica-se em duas, dando origem aos brônquios. Esses são denominados de brônquios primários, que dentro do pulmão dirigem-se para baixo e para fora, originando três brônquios no pulmão direito e dois no pulmão esquerdo. Cada brônquio supre um lobo pulmonar. Esses brônquios lobares dividem-se diversas vezes, dando origem a brônquios menores, sendo os últimos ramos recebem o nome de bronquíolo. Cada um desses últimos penetra em um lóbulo pulmonar, onde se ramifica, formando de cinco a sete bronquíolos terminais. Cada um dos bronquíolos terminal dá origem à um ou mais bronquíolos respiratórios, os quais marcam a transição para a porção respiratória. Nesta, estão compreendidos os ductos alveolares, os sacos alveolares e os alvéolos.

Os brônquios primários, na sua porção extrapulmonar, possuem a mesma estrutura observada na traquéia. À medida que vai para a porção respiratória, observa-se uma simplificação na estrutura desse sistema de condutos. Essa simplificação é lenta e gradual, não havendo transição brusca. Sendo assim, pode-se dizer que a divisão da árvore brônquica em distintos segmentos possui valor apenas didático.

5-A RESPIRAÇÃO DURANTE A CORRIDA

Correr requer que o organismo utilize muita energia. Para que possamos fazer uso da energia proveniente dos alimentos, é necessário que se utilize o oxigênio presente no ar que respiramos. Respiração, aliás, é um termo que geralmente é empregado de maneira imprópria. Tecnicamente falando, respiração se refere ao processo de transformação de alimentos em energia e que ocorre no interior das células. O processo que costumamos chamar de respiração, o de trocas gasosas entre o corpo e o meio externo, é corretamente chamado de ventilação. Através da ventilação inspiramos ar rico em oxigênio e expiramos o gás carbônico produzido em nossas células durante o processo de obtenção de energia.Aliás, outro mito é o de que inspiramos oxigênio e expiramos gás carbônico. Falar assim dá a falsa impressão de que inspiramos apenas um e expiramos apenas o outro. O ar inspirado possui cerca de 21% de oxigênio e apenas 0,04% de gás carbônico. O ar expirado, por sua vez, apresenta uma concentração de cerca de 14 a 17% de oxigênio (equivalente a quantidade de oxigênio presente numa altitude de 2.500 metros) e 4 a 6% de gás carbônico.Mahatma Gandhi, o lendário idealizador das revoluções não violentas, reconhecia o ar como um dos elementos farmacológicos naturais mais importantes, mais até que a água e os alimentos. Ele dizia que a necessidade de ar fresco era essencial para a boa formação do caráter, e defendia ardentemente a ideia de que a inspiração deveria ser feita somente pelo nariz, pois isso purificaria e aqueceria o ar antes que ele entrasse em contato com o sangue. Ele acreditava tão firmemente nessa ideia que recomendava exercícios, baseados na técnica de yoga conhecida como pranayama (que significa justamente "respiratório"), para aqueles que não soubessem respirar direito. A devoção de Gandhi por ar fresco era tanta que ele também defendia a idéia de que as pessoas deveriam dormir nuas, tapadas por um lençol ou cobertor, em ambientes abertos, e não em quartos fechados. A história de Gandhi serve para ilustrar uma espécie de dogma que muitas pessoas seguem até hoje: a ideia de que se deve inspirar somente pelo nariz, baseado no fato de que o nariz possui uma estrutura mais própria para tal, e que a passagem pelas narinas melhora os processos de filtragem, umidificação e aquecimento a que o ar é submetido quando entra em nossas via aéreas.

5-SOMENTE PELO NARIZ?

Essa ideia era amplamente difundida pelos professores de educação física de antigamente, e em parte até é verdade, porém durante o exercício a necessidade de trocar grandes quantidades de ar com o ambiente é tal que se torna praticamente impossível obter todo o volume necessário somente através das narinas, que possuem orifícios relativamente pequenos.

Nessa hora, a necessidade de aumentar a ventilação deveria se sobrepor ao resto, e deveríamos fazer a transição de uma ventilação nasal para a oro-nasal. No entanto, alguns corredores simplesmente se recusam a isso, baseados em sua crença de que este procedimento é errado, e limitam sua corrida à máxima ventilação de que são capazes, utilizando apenas as narinas. Respirar durante a corrida deveria ser uma coisa intuitiva, mas muitas vezes não é. A necessidade de encher os pulmões de ar é tão primária, que via de regra acontece de forma inconsciente, ou subconsciente. É impossível, por exemplo, tentar o suicídio trancando a respiração. Por mais que se tente utilizar a porção consciente de controle sobre os músculos respiratórios, chegará um momento em que o corpo falará mais alto, se impondo à nossa vontade. Em situações menos críticas, no entanto, o contrário ocorre. Baseados em "conhecimentos" e "ensinamentos", podemos tentar (e conseguimos) alterar conscientemente o ritmo de nossa respiração natural, o que nem sempre é bom.

6- PELO SANGUE, A TROCA.

Independentemente do caminho de entrada, e salvo alguma pequena diferença no grau de temperatura e umidade, o caminho percorrido pelo oxigênio até as nossas células musculares é o mesmo: o ar rico em oxigênio que entra em nossos pulmões fica muito próximo ao sangue e, facilitado por diferenças de pressão, tem seu oxigênio difundido dos alvéolos pulmonares para o sangue, enquanto o gás carbônico presente em elevadas concentrações no sangue é enviado para o ar dos pulmões, que é então expirado. O oxigênio que entra no sangue é carregado pelas hemácias, as chamadas células vermelhas, para a musculatura. Lá, por um processo semelhante ao que ocorre nos pulmões, guiado mais uma vez por diferenças de pressão, ele acaba se desprendendo das hemácias e entrando nas células musculares. De lá ele é carregado para dentro das mitocôndrias, que são estruturas responsáveis pela produção de energia dentro das nossas células. O resto do processo não é de grande importância agora. O necessário é perceber que, independentemente de entrar pelo nariz ou pela boca, a quantidade de oxigênio presente no ar, e consequentemente chegando nas células para produção de energia, será a mesma. Inspirar o ar pelo nariz pode possuir suas vantagens, porém durante altas taxas de trabalho o corpo necessita de volumes de ar que simplesmente não podem ser supridos pela cavidade nasal. Estudos apontam que respirando somente pelo nariz se chega a cerca de 85% de consumo máximo de oxigênio obtido com a respiração oro-nasal, resultado que se obtém com um volume de ventilação cerca de 30% menor.

7-CONCLUSÃO

A respiração é um processo fisiológico pelo qual os organismos vivos inalam oxigênio do meio circulante e solta dióxido de carbono. A respiração nasal é a única considerada fisiológica para o desenvolvimento da boa postura, respirar adequadamente contribui com o equilíbrio interior e age diretamente nas nossas relações com o mundo exterior. Quando fazemos uma grande inspiração, o ar do ambiente entra pelo nosso nariz ou boca, passa pela faringe, laringe, traqueia, brônquios e bronquíolos, até chegar aos alvéolos pulmonares, enchendo nossos pulmões. A respiração correta favorece as trocas gasosas. Durante a inspiração, o diafragma se contrai e desce, favorecendo a entrada de ar nos pulmões, inspiramos O2.Na expiração, o diafragma relaxa e sobe aumentando a pressão intratorácica conduzindo o ar para fora dos pulmões e expiramos CO2.A respiração é o primeiro ato do ser humano ao nascer, o qual se repete incessantemente e automaticamente até o final da vida.

 

8 - REFERENCIA

PINTO, M.DE CARVALHO,

TRATADO DE FISIOLOGIA,ESTUDO DA FUNÇÃO PULMONAR ,PG 405, 6ª EDIÇÃO,ANO 2006

http://pt.wikipedia.org/wiki/Árvores_brônquicas

http://corditecountryshownotes.wordpress.com/2009/11/23/lungs-smoking-and-cancer/

Histologia Básica – Luiz C. Junqueira e José Carneiro. Editora Guanabara Koogan S.A. (10° Ed), 2004.