FAMÍLIA  E  DEPENDÊNCIA QUÍMICA

INTRODUÇÃO

O presente estudo enfocará o sofrimento das famílias na situação de dependência química. A escolha por esse tema aconteceu diante da grande discussão que assola a sociedade atual em relação à dependência química. É, visto que dependência química tem aumentado consideravelmente nos últimos tempos,  e também é considerada doença que afeta indivíduos e estruturas familiares (HUMENIUK; POZNYAK, 2004, GIL, FERREIRA, 2008; GORGULHO, 2011).           

O uso indevido de drogas tem sido tratado, na atualidade, como questão de ordem internacional, objeto de mobilização organizada das nações em todo mundo. Seus efeitos negativos afetam a estabilidade das estruturas, ameaçam valores políticos, econômicos, humanos e culturais dos Estados e sociedades e infligem considerável prejuízo aos países, contribuindo para o crescimento dos gastos com tratamento médico e internação hospitalar, para o aumento dos índices de acidentes de trabalho, de acidentes de trânsito, de violência urbana e de mortes prematuras e, ainda, para a queda de produtividade dos trabalhadores. Afeta homens e mulheres, de todos os grupos raciais e étnicos, pobres e ricos, jovens, adultos e idosos, pessoas com ou sem instrução, profissional especializados ou sem qualificação. Um fator de grande preocupação é a violência familiar, sendo que esta tem correção em grande parte com o consumo de álcool e outras drogas (FIGLIE, 2004).

Abuso de drogas afeta homens e mulheres de todas as idades, culturas e grupos socioeconômicos. As pessoas têm usado álcool e outras substâncias psicoativas – aquelas que afetam o sistema comportamento. Essas substâncias produzem um estado de consciência que o usuário considera agradável, positivo ou eufórico. O abuso de drogas acarreta comumente dependência física, dependência psicológica ou ambas. Ele também se associa a atividades ilegais e pode causar estilos de vida e comportamentos pouco saudáveis. O abuso crônico de drogas prejudica o funcionamento social e ocupacional, ocasionando problemas pessoais, profissionais e financeiros (WILLIAMS; MUNDIM, 2005).

Reconhece que a solução desse problema exige ação conjunta e compartilhamento de responsabilidades, incluindo estados, municípios, comunidades, famílias, grupos de cidadania, organizações da sociedade (CARLINI, 2002).

Isso porque a dependência química é um fenômeno que afeta não somente o usuário. Tal processo também interfere em âmbito familiar, sendo de total relevância que as famílias também tenham assistência, buscando que de novo se estabeleça o equilíbrio racional, visto que todos são direta ou indiretamente afetados (SEADI; OLIVEIRA, 2009).

O uso de substâncias químicas é uma questão holística, o que requer entendimento da causa e do uso e sua aplicação no atendimento e importância de serviços especializados quanto ao apoio e informações (PILLON; LUIZ, 2004).

A dependência de álcool e outras drogas apresenta em seu contexto uma variedade de problemas podendo citar os aspectos: saúde, social, financeiro, de relacionamento para os indivíduos e, principalmente, na estrutura familiar.

Estudos de Calheiros (2007); Nassi e Hildebrandt (2007); Vieira et al., (2008); Pillon e Luiz (2004); Dantas e Andrade (2008); Costa Rosa (2011) demonstram a importância dos serviços especializados em dependência química e a adoção conjunta de tratamentos de terapia familiar, com abordagem terapêutica e psicológica, tanto dos dependentes, como de seus familiares, para o sucesso da recuperação do individuo.

A abordagem familiar é importante no tratamento de dependentes químicos, sendo assim, a terapia familiar fundamental (SEADI; OLIVEIRA, 2009).

Assim este estudo terá como objetivo geral evidenciar o sofrimento da família na situação de dependência química, e de caráter específico enfatizar a problemática envolta da dependência química de álcool e outras drogas, de que forma esse problemática afeta a estrutura familiar, e por fim a importância de serviços especializados para família, auxiliando essas frente a esse momento de crise.

Esse estudo revela-se de grande relevância, visto que, são poucos estudos que fazem abordagem a família, sendo mais comum a atenção somente ao dependente químico. Porém, é necessário atentar-se que para recuperação do dependente, é fundamental que este tenha e sinta o conforto e apoio familiar, e isso somente será possível através de conscientização e instrução junto às famílias.

De acordo com Seadi e Oliveira (2009) é importante que se aumentem propostas de intervenções junto aos familiares de dependentes químicos. Isso porque, há poucas propostas nesse sentido, mesmo com a preocupação da sociedade referente a dependência de álcool e outras drogas e da quantidade de famílias que sofrem com esse problema. São poucos os serviços especializados em dependência química que buscam integração e estratégias voltadas aos familiares como prática sistemática de tratamento.

Diante do exposto pretende-se realizar uma revisão bibliográfica acerca da dependência química e suas implicações em âmbito familiar. Tendo como objetivo identificar na literatura as diferentes formas de enfrentamento que a família utiliza frente à dependência química. 

REFERENCIAL TEÓRICO

 

 

DEPENDÊNCIA QUÍMICA

                   Segundo a definição da Organização Mundial de Saúde (OMS) elaborada em 1974, “a dependência de drogas é um estado mental e, muitas vezes, físico, que resulta da interação entre um organismo vivo e uma droga”. Caracteriza-se por um comportamento que sempre inclui uma compulsão de tomar a droga para experimentar seu efeito psíquico e, às vezes, evitar o desconforto provocado por sua ausência’’. A OMS subdividiu ainda a dependência em psíquica e física, termos esses que preferimos substituir por psicológica e fisiológica.

Silva (2011) explica que dependência é uma palavra oriunda do termo latim dependere (ligado a algo ou alguém), ou seja, dependência química está ligada a droga, vinculado criado por diferentes substâncias psicoativas, caracterizando dependência. Este é um processo complexo, que requer olhar da pessoa em seu contexto pessoal, social e psicológico da pessoa.

A dependência química constitui hoje problema de saúde presenciado por um contingente significativo da população, e este ocasiona conjuntamente transtornos psiquiátricos graves decorrentes do uso de álcool e outras drogas (NASI; HILDEBRANDT, 2007).

                   A prática de ingerir drogas psicoativas vem de longa data, conforme atesta o humanista britânico Aldous Huxley: ‘’Todos os sedativos, euforizantes, alucinógenos e estimulantes de ocorrência natural foram descobertos há milhares de anos, antes da aurora da civilização. Houve dependentes em drogas muito antes de existirem agricultores’’ (GRAEFF, 2005).

                   A dependência a drogas designa o uso persistente de álcool ou outras drogas apesar dos problemas causados por esse uso. O uso compulsivo e repetido pode ocasionar tolerância aos efeitos da droga e sintomas de abstinência ao ser reduzido ou suspenso o uso da droga. O abuso de drogas é um grande problema de saúde pública. O álcool é a droga em geral mais comumente abusada. Entre as drogas ilícitas, a maconha ocupa o primeiro lugar; ela é usada por aproximadamente 76% dos usuários (WILLIAMS; MUNDIM, 2005).


                   As sensações psicológicas provocadas pelo uso das diversas drogas são muito agradáveis e dão forte sensação de bem-estar a quem as ingeriu, inalou e injetou. Porém, cada droga provoca um tipo de sensação diferente. Além do mais, os efeitos não são idênticos para todos os que usam uma substância, ou seja, existe mais de um tipo de reação à mesma droga. Porém sempre serão sensações agradáveis e, de acordo com o que a pessoa espera naquele momento.  Os efeitos agradáveis provocam um apego cada vez maior à droga e uma vontade de repetir a experiência com ela. A pior coisa que pode acontecer do ponto de vista das drogas é o nosso organismo e o nosso psiquismo se darem muito bem com ela. Os fortes efeitos psíquicos das drogas que mais provocam a passagem do hábito para o vício. E, o efeito psicológico forte e agradável é o fator mais importante (GIKOVATE, 1992).

                   Para que uma determinada droga possa levar à dependência é necessário que cause efeitos centrais da natureza psicológica. Entretanto, nem todas as drogas psicotrópicas geram dependência. Diversas drogas geram dependência do homem, tais como a anfetamina, a cocaína, vários opióides, barbituratos, além do etanol, na nicotina e da cafeína são auto-administradas por animais de laboratório. Verifica-se, pois, que a maioria das drogas abusadas pelo homem podem funcionar como recompensa, reforçando os comportamentos que produzem sua auto-administração. Pode-se compreender que drogas que chegam rapidamente ao cérebro logo após a administração são mais capazes de induzir dependência do que as que demoram mais tempo para produzir efeitos centrais. Esse princípio explica o fato de os usuários continuarem a ingerir drogas, apesar dos graves prejuízos muitas vezes causados por elas. O efeito prazeroso que advém da introdução da droga no organismo ocorre a curto prazo, mantendo o comportamento de auto-administração, enquanto que as consequências danosas ocorrem tarde demais para terem efeito punitivo e,assim,suprimirem o mesmo comportamento. Portanto, não e fácil o indivíduo se livrar da dependência de drogas, mesmo por que nem sempre há desejo de fazê-lo (GRAEFF, 2005).

                   As causas exatas do abuso e adição a drogas não são conhecidas, mas estão sob investigação intensa. As influências prováveis incluem a constituição genética, as propriedades farmacológicas específicas das drogas, pressão dos pares, perturbação e fatores ambientais (WILLIAMS. MUNDIM, 2005).

SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS

As substâncias psicoativas atuam diretamente no sistema nervoso central (SNC), podendo causar alterações comportamentais, de humor, de cognição e de percepção, podendo ser de uso lícito ou ilícito. Segundo seu mecanismo de atuação no SNC, podem ser classificadas em três categorias: (a) depressoras - provocam redução da atividade cerebral, levando ao relaxamento, como, por exemplo, álcool e sedativos; (b) estimulantes - provocam aumento da atividade cerebral, fazendo com que o estado de vigília se prolongue, por exemplo, nicotina, cocaína, anfetaminas entre outras  e (c) perturbadoras (PRATTA; SANTOS, 2007).

As drogas podem ser caracterizadas como depressivas, estimulantes, perturbadoras. Nas depressivas destaca-se: O álcool, Tabaco, Opiáceos, Barbitúricos e Solventes. As estimulantes são caracterizadas: As anfetaminas, Cocaína e  Crack. As perturbadoras que estão: Maconha,LSD-25 e Ecstasy (BIRNER, UZUNIAN, 2000),.

Para melhor caracterização desses efeitos convém explicar que as drogas depressivas: Diminuem a velocidade do funcionamento do cérebro. São os tranquilizantes pode-se citar o álcool. As drogas estimulantes: aceleram o funcionamento do cérebro. Podendo citar a cocaína, o crack e a cafeína. E as drogas perturbadoras: que nem aceleram, nem diminuem a atividade do cérebro, mas apenas “perturbam” o funcionamento do Sistema Nervoso Central. Entre elas estão a maconha, o LSD-25 e o ecstasy.

Álcool

O álcool é uma droga energética rapidamente absorvida pelo estômago e pelo intestino. Uma vez no sangue, distribui-se por diferentes órgãos. A maior parte é metabolizada pelo fígado, uma pequena parte os rins eliminam, e uma parte ainda menor sai na saliva e até mesmo nas lágrimas (BIRNER, UZUNIAN, 2000).

Apresenta efeitos farmacológicos e tóxico que atuam sobre a mente e também outros órgãos e sistema do corpo humano. Dentre os possíveis fatores determinantes de dependência de álcool pode ser colocar seu efeito estimulante / euforizante, redução da ansiedade e Amnésia (EDWARDS, 2005).

Como em nosso meio o álcool é frequentemente consumido em reuniões sociais nem sempre é fácil delimitar o início do alcoolismo. Muitas vezes o usuário não se dá conta de sua condição até que problemas interpessoais surjam na família, no trabalho ou entre amigos, consequentes à embriaguez. Nas primeiras doses o álcool pode causar enjoo e desconforto. Com o desenvolvimento da tolerância a esses efeitos desagradáveis, porém, aparece um efeito estimulante, em doses baixas, com sensação de euforia e bem estar associada à diminuição da tensão psicológica. As causas do alcoolismo parecem ser múltiplas, alinhando-se, como sempre, fatores biológicos, sociais e psicológicos. Destes, os mais discutíveis são os biológicos (GRAEFF, 2005).

Embora o uso não médico do álcool seja aprovado na maioria dos países, o consumo excessivo é considerado abuso. Devido ao fácil acesso à droga, seu alto potencial para gerar dependência e os graves problemas de saúde que o uso excessivo e prolongado pode acarretar, a dependência do álcool se configura no maior problema médico-social determinado pelo uso de drogas. Existem milhões de alcoólatras em nosso meio, cerca de 5% da população adulta, muito dos quais sofrem de graves afecções orgânicas, como neuropatia periférica, cirrose hepática, ou mesmo psicoses degenerativas. Além disso, o álcool participa como favor importante nos crimes violentos e acidentes de trânsito (GRAEFF, 2005).

Drogas

BIRNER, Uzunian, faz comentários diferenciando e esclarecendo algumas diferenças e efeitos provocados por algumas drogas.

A palavra droga vem do neerlandês droog, que significa coisa seca, talvez folha. Antigamente, a maioria dos medicamentos eram produzidos a partir de vegetais. Hoje, conceituamos drogas como qualquer substância que provoque mudanças fisiológicas ou comportamentais nos organismos. As drogas psicotrópicas, ou seja, aquelas que agem sobre o psiquismo, podem   ser separadas em 3 grupos distintos:

A) Drogas depressivas: Diminuem a velocidade do funcionamento do   cérebro. São os tranqüilizantes. Aqui podemos citar o álcool, os opiáceos (ópio, morfina, heroína), os barbitúricos, os solventes;

B) Drogas estimulantes: Aceleram o funcionamento do cérebro. Entre as   estimulantes podemos citar as anfetaminas, a cocaína, o crack e a cafeína; e C) Drogas perturbadoras: Nem aceleram, nem diminuem a atividade do   cérebro, mas apenas “perturbam” o funcionamento do Sistema Nervoso Central. São os alucinógenos. (BIRNER, 2000, p. 38)

Pode-se então conceituar que drogas são substâncias capazes de atuar sobre um ou mais sistemas do organismo, e o problema não está no uso, e sim no abuso, que ocasiona a dependência, definido como um conjunto de fenômenos comportamentais, cognitivos, fisiológicos e psicológicos que é desenvolvido após uso repetido de uma substância, que ocasiona o desejo de consumir a droga e a dificuldade de controlar seu consumo (LIMA, et al., 2008).

Simões (2008) também conceitua que drogas são substâncias psicoativas ilícitas (maconha, cocaína, crack, heroína, LSD, ecstasy etc.), onde seu consumo pode causar dependência e assim também abuso, por isso sendo alvo dos regimes de controle e proibição.

Com relação aos tipos de drogas pode se destacar a maconha como a mais consumida seguida pela cocaína em pó e pelos inalantes, porém, atualmente o consumo de crack tem assustado toda a sociedade. A merla e o crack e as drogas injetáveis apresentam uso menor, também pode destacar o loló, lança-perfume e atualmente ecstasy (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).

Drogas Depressivas

Essa é uma das drogas mais usadas pelos moradores de rua. Sem falar que grande parte dos dependentes químicos iniciaram o uso de drogas com solventes, depois passaram a usar drogas mais fortes, pois não produziam os efeitos desejados. Mesmo não sendo ilícitas queremos mostrar as consequências danosas que elas podem trazer aos seus usuários.

Essas substâncias têm um efeito geralmente sedativo sobre o sistema nervoso central. Os efeitos em geral são tontura, descoordenação, ilusões, alucinações visuais e auditivas, sentimentos de onipotência e destemor. Os efeitos imediatos -  descoordenação, euforia etc. – ocorrem logo no início da inalação e perduram por 14 a 15 minutos depois que se para de inalar (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).

O solvente hoje é considerado como droga, vem  adquirindo  seu espaço na classe baixa  pelo seu baixo custo e sua  fácil  compra e podendo ter um efeito devastador.

Drogas Estimulantes

Cocaína

A cocaína é encontrada em alta concentração nas folhas de Erithroxylon coca. É um alcalóide cristalino, branco, que atua como estimulante do Sistema Nervoso Central.

Um consumidor de cocaína sente muita euforia, tem a sensação de ser muito forte, de ter muita energia, necessita dormir menos, fica mais atento aos acontecimentos em sua volta. Ele se vê livre da ansiedade e do medo de um possível fracasso, a qualidade de seu trabalho melhora, o apetite diminui (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).

Por essa descrição, parece que a cocaína é a solução de parte dos problemas que nos afligem diariamente. Isto não é verdade, pois esse efeito desaparece rapidamente e aí vem apatia, tristeza, ansiedade, enfim os efeitos opostos aos acima descritos. Então o usuário volta a consumir a droga para retornar ao estado de euforia. Com isto instala-se um quadro clínico e o consumidor passa a ser considerado um dependente crônico.

 

O Crack

                   Efeito é muito mais rápido e forte que o da cocaína. Uma pesquisa demonstrou que 38,1% dos jovens que já usaram crack também se envolveram com tráfico, e 47,6% com polícia e prisão (BIRNER, UZUNIAN, 2000).

                   É vendido em ‘’pedras’’, que são fumadas em cachimbos, chegando rapidamente aos alvéolos pulmonares, cuja área de absorção é 200 vezes maior que a via nasal. Em menos de um mês instala-se a dependência. A degradação física é imediata, o usuário perde peso, não observa mais os mínimos princípios de higiene e de convívio social (BIRNER, UZUNIAN, 2000).

Sua fumaça é altamente tóxica da droga é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar excitando o sistema nervoso, causando euforia e aumento de energia ao usuário. Com a falta dessa sensação ao passar o efeito da droga, logo o usuário  é compelido ao segundo cigarro e assim por diante até levá-lo a consequências irremediáveis vez que ele é capaz de matar e morrer para sustentar o seu vício (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).

A cocaína e o crack tem sido as grandes “vedetes” da mídia entre as drogas ilícitas. Invariavelmente há manchetes de que está havendo um crescimento assustador e descontrolado do seu uso. Sabe-se que o Brasil é uma das principais rotas de cocaína em direção a Europa e Estados Unidos (BIRNER, UZUNIAN, 2000).

 

Drogas Perturbadoras: A Maconha

                   A palavra maconha provém de cânhamo, por troca de letras, feitas para ocultar o uso ilícito da planta. O cânhamo (Cannabis sativa) é um arbusto de cerca de dois metros, com folhas digitadas, que cresce em zonas tropicais e temperadas. Tem aspecto agradável, podendo mesmo ser usado para fins ornamentais. Existem duas variedades de Cannabis sativa: a índica e a americana, ambas contendo substâncias psicoativas. O cânhamo e uma planta dioica e é justamente nas inflorescências da planta feminina que mais se concentram seus princípios ativos (GRAEFF, 2005).

Os primeiros efeitos surgem muito rápido, em minutos, e podem durar até 12 horas. A maconha não é uma substância estimulante, como a cocaína, e nem depressora, como o álcool e os narcóticos (morfina e heroína). Ela “perturba” a atividade cerebral. É em função disso que muitas vezes o consumidor apresenta um riso fácil, certo estado de bem-estar, perda da noção de tempo e espaço, e frequentemente é tomado de confusão mental (ABRAMOVAY; CASTRO, 2005).

                   Os efeitos da maconha dependem da quantidade absorvida, do tipo de preparação, da via de administração,da sensibilidade e do estado de espírito da pessoa no momento do uso. A maconha não é uma substancia estimulante ela ‘’perturba’’ a atividade cerebral muitas vezes o consumidor apresenta um riso fácil, certo estado de bem-estar, perda da noção de tempo e espaço.  Esta é a parte romântica dos efeitos da maconha e seu uso constante gera um quadro mais sombrio e preocupante (BIRNER, UZUNIAN, 2000).

PADRÕES DE USO

O uso de drogas manifesta em um primeiro momento de modo sutil e maleável, mas à medida que a dependência aumenta os padrões vão se tornando o fixo e alterado, causam pouca incapacidade (EDWARDS, 2005).

                   O fato de que apenas uma parcela da população exposta às drogas se torne dependente a importância dos fatores psicológicos individuais no desenvolvimento da dependência. Por uma série de causas constitucionais ou adquiridas, alguns indivíduos adquirem uma personalidade tal, que os torna propensos a recorrerem às drogas e mais suscetíveis de ficarem dependentes delas. Comentando outros aspectos socioculturais e psicológicos do abuso e da dependência de drogas é suficiente destacar que neles o agente farmacológico em si é apenas um dos fatores, certamente menos importante que os de natureza sociocultural e psicológica (GRAEFF, 2005).

REFLEXOS NA VIDA DEPENDENTE

Nasi e Hildebrandt (2007) também evidenciam  que é grande o número de dificuldades enfrentadas pelo dependente químico, como por exemplo, no trabalho, nas relações sociais, familiares, amigos, enfim, diversas perdas. Tais perdas são em termos relacionais, onde há dificuldade de convívio e de aceitação por parte de outras pessoas, distanciamento, e também o aspecto econômico, onde a pessoa já não cumpre com suas obrigações.

                   Tornam-se dependentes do uso de drogas para manter seu equilíbrio psicológico e algumas vezes fisiológico, a ponto de serem levadas a se afastarem das normas e padrões culturais para manter a dependência, enfrentando a doença, perdas afetivas e financeiras, além da repressão legal ao tráfico de drogas (GRAEFF, 2005).

                   São vários os problemas oriundos em quadros de dependência química, como: brigas, violência, roubos, desaparecimentos. E, tudo isso acontece, sem que a família possua estrutura e até mesmo capacidade para lidar com tantos problemas. Assim, é importante que as famílias aprendam a lidar com o dependente e recebam orientação profissional adequada (SEADI, OLIVEIRA, 2009).

FAMILIAR

A família sofre impactos devidos a dependência de álcool e outras drogas por um de seus membros. No primeiro momento, é comum a ocorrência de negação, tensão e desentendimento, sendo comum até mesmo o silêncio referente ao problema. No segundo momento a família se preocupa e tenta controlar a dependência, e em um terceiro momento é comum instauração de desorganização familiar, endo comum até mesmo inversão de papéis e funções, e por fim o quarto estágio caracterizado pela exaustão emocional. Val enfatizar que tais estágios são sugestivos, sendo que cada família apresenta sua individualidade, forma de agir e de pensar (FIGLIE, 2004).

O consumo de substâncias químicas atinge também os membros da família do usuário, pessoas próximas a ele, que sofrem no plano afetivo e no seu cotidiano com as tensões e a insegurança (CALHEIROS, 2007).

                   Devido à relação complexa entre os familiares, observa-se a tendência em culpar os pais e principalmente a mãe pela enfermidade de um de seus membros. (TEIXEIRA, 1997).

                   Dependente químico em muitos casos tem sido segregado, sua família não o reconhece como um de seus membros e o afasta, como uma forma de negar a dependência. Em geral, habita o quarto mais retirado e desqualificado da casa ou então é internado (TEIXEIRA, 1997).

                   Porém essa atitude prejudica e muito o processo de recuperação do dependente, e diante disso é fundamental trabalho junto às famílias. É fundamental que profissionais como psicólogos e terapeutas ajudem a família a enfrentar a situação de crise gerada pela dependência química de um de seus membros. Tal atendimento deve apresentar abordagem multiprofissional (TEIXEIRA, 1997).

                   A família é como o corpo humano. Quando algum componente deste corpo não está bem,todo o corpo padece. No caso da família do dependente de drogas, os pais, esposos (as), filhos, irmãos, por serem pessoas bem próximas, sofrem tanto quanto o próprio usuário ou até mais. São por isto chamados de co-viciados, aqueles que são afetados, indiretamente, pelo vício alheio (LIMA, 2009, p. 63).

                   É comum que familiares de dependentes químicos apresentem sentimentos como desilusão, vergonha e até mesmo revolta, misturado com tristeza. Porém esses não são os melhores sentimentos para com as dependentes.

                   Consequências de ordem familiar são aquelas que comprometem diretamente o usuário de drogas em relação à família por ele constituída. Além de causar sérios problemas para a família, quem usa drogas também paga um alto preço por ver os problemas aumentando, cada vez mais, dentro de sua casa. As perdas de ordem familiar muitas vezes somente são percebidas pelo dependente químico quando ele tenta se recuperar (LIMA, 2009).

SOCIAL

                   A influência negativa do grupo social é apontada como um dos fatores que mais contribuem para a recaída. A longa historia de consumo intenso de álcool influencia na construção de uma auto-imagem negativa relacionada ao poder de comunicação dos dependentes, resultados de uma gradativa desvalorização de seus discursos, ao longo dos anos. Dessa forma, os alcoólicos se sentem derrotados e impotentes, e, invariavelmente, sofrem de baixa auto-estima. Durante o período de consumo, os dependentes restringem suas relações sociais a pessoas que também fazem uso do álcool (CARROL, 2002).

                   A resposta da sociedade para o indivíduo que a compromete por fazer uso de drogas vem de forma impiedosa. A verdade é que o peso da discriminação é cruel. Ninguém acredita no usuário de drogas. É quase impossível conseguir emprego. O usuário de drogas é colocado à margem e sempre olhado com desprezo (LIMA, 2009).

FINANCEIRO

                   As consequências de ordem financeira, por causa do maldito vício, leva o indivíduo a vender seus objetos quando acaba o dinheiro. Dinheiro, não tendo mais o que vender passa a vender os da família. Por falta de dinheiro para manter o vício, o usuário é capaz de roubar, assaltar, furtar e até matar para conseguir manter o vício (LIMA, 2009).

                   Costa-Rosa (2011) também destaca os prejuízos econômicos e de vida ativa, o que sugere-se a necessidade de estruturação e fortalecimento de  uma rede centrada na atenção comunitária, associada à rede de serviços  da saúde com ênfase na reabilitação psicossocial e na inclusão social desses usuários.

IMPORTÂNCIA DO ATENDIMENTO TERAPÊUTICO À FAMÍLIA

 

                   A família desempenha o papel mais importante na vida do ser humano, pois é a instituição que conserva o maior acervo de princípios morais disciplinares. Muitas vezes os pais só dão conta de que o filho está usando drogas quando este já está num estagio avançado de dependência. Pois no início, a pessoa que não usa drogas não apresenta rupturas nos vínculos com a família, com o estudo e trabalho. Ao tomar alguma atitude com o filho que usa drogas é necessário amor, firmeza, com senso e perspicácia para ajudar a resolver o problema. A primeira reação dos pais ao descobrirem que o seu filho usa drogas é de perplexidade, angústia ou pânico. Às vezes, seguida do sentimento de culpa, de fracasso e ate mesmo de exclusão (ROCHA, 2011).

                   Família – duas ou mais relacionadas entre si por vínculos de sangue ou legais (casamento,adoção). Tem característica de identificar-se e ser identificada por outros como tal. A família funciona como uma matriz para o comportamento de seus membros, de acordo com seus valores sociais e culturais. Dá-lhe cotenção (quando a pessoa se sente pertencente e participante de um grupo específico) e unicidade (quando faz a pessoa sentir-se única e separada das demais) (TEIXEIRA, 1997).

                   Seadi e Oliveira (2009) destacam a importância de intervenções focadas na família, como terapias, que visem auxiliar as famílias a enfrentarem esse problema grave e complexo que é a dependência química.

                   No combate ao uso de drogas, é fundamental a vivência de valores como: vida, saúde, justiça, amizade, família, solidariedade, responsabilidade, respeito às pessoas, honestidade, religiosidade e outras (ROCHA, 2011).

                   Visto que, conforme difere  Makken (1999), a personalidade do dependente caracteriza-se por um enfraquecimento do eu, da vontade e aumento da perda do controle, por um vazio existencial com a falta de uma atividade que lhe proporcione satisfação, pelo desenvolvimento de rituais aditivos, a partir dos quais se reafirma em suas novas crenças e valores (estilo de vida aditivos) pelo quebrantamento emocional etc.

                   Dessa forma, o apoio familiar tem como foco reestruturar cognições disfuncionais através da resolução de problemas,  objetivando dotar a família de estratégias para perceber e responder as situações de forma funcional. Em se tratando de serviços especializados em saúde, cabe destacar os centros de tratamento especializados para pessoas com alguma dependência química, podendo exemplificar como uma instituição desses serviços o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que oferece serviços ambulatoriais para atendimento a tais indivíduos e também Hospitais Psiquiátricos que também atuam para tratamento e internações de dependentes (NASI; HILDEBRANDT, 2007).

                   Acredita-se que qualquer tentativa de tratar o indivíduo isoladamente de suas famílias é inútil para ele, pois os principais passos na promoção e prevenção da saúde e tratamento devem ser planejados dentro do contexto familiar (TEIXEIRA, 1997).

                   É necessário paciência, tolerância e companheirismo para ajudar o dependente químico. Isso vale para os pais e também para os psicoterapeutas que o esteja acompanhando. Alterar a relação com a droga é alterar todo o equilíbrio interior. Esse trabalho brutal e dificílimo só poderá se iniciar quando o organismo estiver totalmente desintoxicado, livre da droga. A pessoa precisa de toda a sua energia para trabalhar na direção de te salvar. O clima de solidariedade e de verdadeira compreensão pode ser um importante atenuador da sensação de abandono e de solidão que o parar com a droga provoca na pessoa viciada (GIKOVATE, 19992).

                   Estudos como de Seadi e Oliveira (2009) e Figlie (2004) descrevem o aspecto positivo da abordagem terapêutica junto aos familiares de dependentes químicos, onde tal processo colabora e muito para minimizar os danos ocorridos nesse período, como por exemplo, modificações de comportamento e das interações familiares, melhora da comunicação familiar, assim como da habilidade de resolver conflitos, e fortalecimento de estratégias de enfrentamento à dependência.

                   Conforme pode-se observar na fala abaixo:

É, através do atendimento familiar que os membros passam a receber atenção não só para suas angústias, como também começam a receber informações fundamentais para a melhor compreensão do quadro de dependência química e consequentemente melhora no relacionamento familiar (FIGLIE, 2004)

                   A participação da família em grupos de apoio é uma boa oportunidade de ajudar seus filhos dependentes. A importância do apoio da família é muito grande. No grupo das famílias acostumadas a lidar de modo saudável com problemas corriqueiros e comuns enfrentarão da mesma maneira o desafio das drogas, não permitindo que a crise se avolume e tomando atitudes sempre que necessário (FERREIRA, 2004).

                   A atenção  a família iniciou em meados dos anos 70 e 80 em casos de tratamentos da dependência química, objetivando melhorar a estrutura familiar e assim promover auxílio aos familiares nesse momento de crise (FIGLIE, 2004).

                   São várias as formas de intervenção junto às famílias podendo destacar: Grupo de pares, distribuindo os familiares e buscando interação. Grupo Multifamiliar, onde acontece encontro de familiares que estão na mesma situação de crise. Permite rico intercâmbio e ajuda mútua, gerando um efeito em rede. Psicoterapia de casal: Este processo terapêutico oferece atendimento a um ou a dois membros. E, a psicoterapia familiar: refere-se a abordagem mais especializada, buscando compreensão do padrão familiar e intervenção. Nessa etapa deve ocorrer reunião da família e dependente químico (FIGLIE, 2004).

                   Seadi e Oliveira (2009) destacam a abordagem multifamiliar como subsídio as famílias e problemas relacionais, focada nos recursos e habilidades que as famílias necessitam para resolução dos conflitos envolvendo a dependência química. Esse tipo de terapia pode acontecer em qualquer contexto de tratamento de dependência química, porém, é mais buscada pós tratamento, devido ao acesso mais fácil das famílias nesse período. Nesse momento família encontra-se sensibilizada e por isso sendo viável mobilizá-la para tratamento multifamiliar.

                   Outra abordagem para as famílias são os grupos de auto-ajuda, onde estes familiares busquem conhecimentos aos efeitos do consumo de álcool e outras drogas, e assim colaborar no aspecto relacional das famílias e dependência, assim como, instrução de como melhor lidar com o dependente. Esse processo sistêmico considera a família como sistema de total relevância no equilíbrio dinâmico entre o uso de substâncias e funcionamento famiilar (FIGLIE, 2004).

                   Existem famílias que não sabem como agir, mas buscam alternativas. As famílias acabam por compreender que precisam de informação e ajuda porque não entendem do assunto. Daí podem desenvolver habilidades para enfrentar melhor as dificuldades como: frequentar grupos, ler sobre o assunto, participar de palestras e seminários, conversar com especialistas, fazer terapia assim poderão proporcionar um ambiente de respeito e colaboração dentro de casa. Frequentar o grupo dos anônimos é uma terapia são atitudes adequadas para esse momento de crise (FERREIRA, 2004).

Os princípios básicos para a assistência aos usuários de álcool e outras drogas, não se diferenciam, há necessidade de se promover a aliança terapêutica através de um ambiente acolhedor, conduzido a um relacionamento interpessoal, como garantia de assistência integral e contínua contribuindo para a competência. Para que assim, o profissional que lida diretamente com o dependente químico tenham capacidade estratégica no processo de tratamento e reabilitação de álcool e outras drogas, a prevenção da recaída, intervenção motivacional, incentivando ao usuário modificar seu comportamento de dependência, planejar suas ações de maneira a se proteger das situações de risco e fazer planos para o futuro. A intervenção breve favorece para procedimentos de ensino de autocontrole para atingir objetivos da abstinência ou diminuição da quantidade ou frequência de uso de substâncias (PILLON; LUIZ, 2004).

Assim, pode-se descrever que é fundamental a atenção a família, visto que, esta, em quadros de dependência química, há sofrimento muito grande, e de vários desafios, dessa forma, é necessário que se tenha olhar e cuidado para com essas famílias (SEADI; OLIVEIRA, 2009).

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Este estudo, portanto teve como foco familiares de dependentes de álcool e outras drogas. É possível observar que são vários os desafios que o indivíduo dependente e sua família necessitam romper em seu cotidiano.

É ampla a gama de tratamentos oferecidos pelo SUS e também pela rede privada, porém, antes de qualquer coisa, é fundamental que esse dependente se aceite como doente que requer tratamento, assim como sua família compreenda o contexto que envolve a dependência química.

Buscou-se através deste estudo propiciar a reflexão relativa à necessidade de prestar e ampliar uma melhor assistência às vitimas dessa doença, a fim de propiciar, o bem estar físico e psicológico das mesmas.

A família é extremamente importante para a recuperação do dependente, pois além da bebida e drogas, é na família que ele tenta encontrar sustentação, apoio e segurança. Hoje existem organizações que oferecem programa de recuperação de autoajuda para dependentes, entre elas destacam-se os Alcoólicos Anônimos. A função primordial dos familiares é convencer esse dependente a procurar também tais organizações, pois nem sempre o indivíduo que está mergulhado na dependência não consegue enxergar sua real problemática.

Como o envolvimento com a família é importante para a recuperação, muitos programas oferecem aconselhamento conjugal e terapia familiar como parte do processo de tratamento. Alguns programas podem oferecer para os dependentes recursos vitais da comunidade como a assistência legal, treinamento de trabalho, creche e aulas para pais.

As nossas considerações ficam com uma reflexão, que a família exerce um papel primordial na recuperação e manutenção do estado de abstinência do indivíduo dependente químico, pois a família é tão doente quanto o dependente químico em tratamento, devido ao seu envolvimento emocional. E  quanto mais cedo entrarem nesta sintonia e no reconhecimento deste momento, haverá menos danos do que relaciona sofrimentos e desgastes que  acarretaram para ambos.

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