EVOLUÇÃO: PARADIGMA PERFECTÍVEL 

Considero o Modelo Evolutivo como um paradigma perfectível do universo. 

Mas por que considerá-lo como um modelo perfectível, ou seja: em aperfeiçoamento, que se aprimora ao longo do tempo até ser compreendido como uma sua mais vasta expressão fenomênica, no que se pode denominar: Modelo Involutivo-Evolutivo? 

Ora, tudo muda o tempo todo. O próprio e vasto campo antropológico, incluindo o religioso, o científico e o filosófico, mostra-nos a todos tal condição mobilizante, e, portanto, mutável da humanidade terrestre, até mesmo em sua veste física exterior que, das primeiras formas hominídeas de sua primitividade, alcançara a idade adulta e viril no homo-sapiens de nossa atualidade. O revolucionário Modelo Evolutivo, positivista e científico por excelência, viera a implantar-se no mundo em meio a um modelo de cultura irracional, fideísta por natureza e que durante quase dois mil anos se fizera valer por sua postura criacionista, fixista, emanada de uma multidão de elementos presunçosos, cuja obscuridade permanece distante de tudo quanto se passa na pesquisa de campo e laboratorial, de resultados que refletem os labores de homens sérios, preocupados com a verdade, do que resulte de suas experiências e deduções do fato evolutivo das espécies, de tudo quanto há na criação mutável e progressiva.

 

Com efeito, ainda se debatem no mundo, pelo atraso cultural da humanidade terrestre, sobretudo no campo religioso, estes dois Modelos, onde o pensamento de um, do Criacionismo/Fixismo – apregoando que tudo fora criado de forma perfeita, pronta e acabada – está, a meu ver, em trânsito para o outro, o Evolucionismo, pois que a mudança cultural se faz do menor para o maior, do mais obscuro no campo da fé para o mais reluzente no campo da racionalidade, possibilitando uma mais perfeita equilibração de suas partes, da fé sintonizada com a razão. De tal forma que:

 

-O pensamento do Modelo Fixista, ou, do Criacionismo, tende a desdobrar-se para a verdade contida no pensamento do Modelo Evolucionista.

 

Ou seja:

 

Quer se queira, quer não se queira, a idéia contida no Modelo Fixista se desdobrará (--->) para a idéia contida no Modelo Evolucionista, engrandecendo-se vastamente, pois que a Evolução é o maior dos fenômenos universais, patente, pois, aos olhos da mais esclarecida razão, pautada que está na positividade científica de numerosos estudos empreendidos pelos mais diversos sábios dos tempos ora transcorridos. De tal forma que o primeiro Modelo tende, ou, se desdobra, no segundo, enfatizando:

 

 [(Modelo Fixista) (--->) (Modelo Evolucionista)]

 

Assim, as coisas se sucedem ou vão se sucedendo por lenta e gradativa conscientização das massas, inobstante sua teimosia, obstinação em não querer mudar, se transformar, conquanto para melhor. Mas este é o ser humano: em seu primarismo e ignorância: é pretensioso, arrogante, teimoso, insistentemente arredio ao progresso, que, inobstante sua má vontade, se faz, mesmo que à sua revelia, vias palingenésicas, forçando o indivíduo a novos paradigmas, novos modelos conceituais propiciados pelos muitos avanços da sociedade, sobretudo nos campos científicos e culturais.

 

E o fato mais visível e, pois, mais contundente, por sua marcante presença na dimensão cognitiva humana, ou seja, no mundo das inteligências, é que, na medida em que uma idéia se vai firmando na mentalidade das massas, outras já estão em andamento, sendo preparadas e consolidadas para que o processo de vitalização mental não se paralise e siga avante pelas veredas desconhecidas mais próximas e mais além, que, com alguma conexidade dentre suas partes, vai se nos mostrando lentamente, de sábio modo, nos revelando outras e mais amplas realidades universais.

 

E o que não mais serve, estando obsoleto, vai sendo, paulatinamente, descartado. Mas por que a coisa funciona assim? Sucintamente e, sem maiores detalhes, por enquanto, diria: Por que tal é a Lei: Transformadora e Progressiva em Sua essência mesma, mexendo com nossos interiores, do átomo ao arcanjo, ou seja: do verme ao homem, e deste a Deus. Todavia, questiona-se: mas que novas idéias são estas que estão sendo preparadas e consolidadas no mundo, inobstante nossa precária vontade e preguiça mental? São as de um Paradigma muito mais agigantado ainda; falo, pois:

 

-do Modelo Involutivo-Evolutivo.

 

Assim, temos:

 

-Modelo Fixista (Mfx);

-Modelo Evolutivo (Mev); e

-Modelo Involutivo-Evolutivo (Minv.ev)

 

Onde as idéias de um tende (--->) para o outro, se desdobra no outro, e assim, sucessivamente, na variável dos tempos universais:

 

  [(Mfx) (--->) (Mev) (--->) (Minv.ev)]

 

Cumprindo ressaltar, mais ainda, que: o Modelo Evolutivo é detentor de duas correntes fundamentais: a Científica Oficial e a Espiritista, não sendo esta menos científica que aquela outra. É que o Espiritismo surgira em 1857 com o catedrático e positivista francês Allan Kardec; e o Evolucionismo aparecera em 1859 com o sábio naturalista inglês Charles Darwin.

 

Assim, temos com Darwin e seus seguidores da:

 

Ciência Oficial:

 

-Gênese: Big Bang.

 

 

-Objeto de Estudo: Análises da Matéria e da Evolução das Formas propiciadas pelas mais diversas Espécies do orbe terreno.

 

-Finalismo: Incógnito.

 

-Resultado do Problema: Sem Solução.

 

E, para aquele outro, ou seja, para Kardec e seus seguidores, temos:

 

Espiritismo:

 

-Gênese: Criação dos Espíritos Simples e Ignorantes (ESIs).

 

-Objeto de Estudo: Análises dos ESIs reencarnados nos mais distintos organismos que compõem as Espécies planetárias, promovendo sua Evolução; além de estudos dos Espíritos desenfaixados das vestes físicas.

 

-Finalismo: Conversão dos ESIs em Espíritos Puros e Conscientes ou EPCs.

 

-Resultado do Problema: Solução Parcial e Injusta em seus primórdios genéticos.

 

Vê-se, pois, que o Espiritismo e a Ciência realmente se completam, se auxiliam mutuamente nos entrosamentos de suas brilhantes teses. Mas por que, para o Espiritismo, esta Solução Parcial e Injusta em seus primórdios como citado? Pelo simples fato de que o mundo é feito de adversidade e das mais pungentes dores mesmo nos planos subumanos; e, como pode? Se os Espíritos são criados Simples e Ignorantes (ESIs), isto é, sem culpa alguma, como admitir-se que tais elementos, de tamanha simplicidade e desprovidos de qualquer forma de conhecimento, de consciência vigil e atuante, venham a ser martirizados pela dor, pelas adversidades sem conta, pelas tantas doenças e dificuldades que lhes são impostas durante o longo processo palingenésico, ou seja, das múltiplas reencarnações nos diferentes planos evolutivos da animalidade?

 

Diz-se que é para evoluir, pois que:

 

[(Dor) = (Evolução)]

 

Sendo que tal equação se distende para outra sua formulação:

 

[(ESI) (=c=) (Inf.Imp.Ev)] = [(EPC)]

 

Sendo:

 

-(ESI): Espírito Simples e Ignorante;

 

-(=c=): Conexão: por não se ter como mostrar mais claramente a experienciação ou vivência do ESI nas mais duras provações (adversidade e dor), este autor o faz na forma explicitada desta simbologia filosófica e matemática;

 

-(Inf.Imp.Ev): Expressando ‘Infinitos Impulsos Evolutivos’ pelo fato de que: mesmo quando o ESI atingir sua forma mais avançada de EPC, tal condição de altos planos espirituais, não o isenta de, na comunhão com Deus e com suas Leis, prosseguir, conquanto de forma mais lenta, com novas formas de aperfeiçoamento sem nunca atingir a Perfeição Infinita, pois que tal pertence a Deus, aderente, obviamente, às tantas outras Potências Suas, bem como às de Onipotência, Onisciência e Onipresença universal; e

 

-(EPC): Espírito Puro e Consciente.

 

Assim, temos que, o Espírito Simples e Ignorante (ESI), por sua formidável experienciação [conexão (=c=)] física, biológica e psíquica, vivenciadas nas adversidades dos mais distintos mundos universais, transmudadas por Infinitos Impulsos Evolutivos (Inf.Imp.Ev.), culminará, bem mais adiante, em estado espiritual avançadíssimo, na condição de Espírito Puro e Consciente (EPC) de altas esferas espirituais,

 

 

Pureza e consciência, pois, de uma capacidade incompreensível e inimaginável aos nossos atuais padrões de entendimento do que seja tal pureza e tão avançada forma consciencial. Mas, para isso, como se está constatando, levantam-se os argumentos incisivos de que:

 

-O ESI não pecou, não cometera nenhum ato infrator para com a Lei, então por que tão injusto método de se progredir pelos numerosos séculos e séculos dos mundos universais até alcançar sua forma mais avançada e sublime como EPC?

 

-Que Deus é este que, como Amoroso Pai, entretanto, se comporta, paradoxalmente, como Soberano Duro e Cruel, criando ESIs que não pediram para serem criados e, mais ainda, os constrange a evoluir pela dor, pelas adversidades dos mundos materiais?

 

É o que, filosoficamente, e, de moldura matemática lógica e precisa, estará justificando o Modelo subseqüente, ou seja, o Modelo Involutivo-Evolutivo, cujas linhas mestras, sábias e justas, foram implantadas, nos tempos modernos, por um mestre da mais alta intuitividade, o sábio universal: Pietro Ubaldi.

 

De tal Modelo, noutros artigos de minha autoria, pude algo explanar; mas por sua novidade no mundo e, portanto, pela incompreensão das inteligências terrenas no tocante a tal, a ele estou de retorno para o plantio de novas sementes que, um dia, com certeza, terão como resultados grandes e robustos troncos, galhos, folhas e frutos portadores de novas sementes a serem plantadas e cultivadas no seio cognitivo das humanidades que crescem, progridem e se aperfeiçoam, consolidando, conquanto sua lentidão, alguma cinética evolutiva direcionada ao glorioso destino que Lhe reserva o Amoroso Pai.

 

(Vide próximo artigo: “Modelo Involutivo-Evolutivo”)

 

Articulista: Fernando Rosemberg Patrocínio

Email: [email protected]

Blog: fernandorpatrocinio.blogspot.com.br