EVOLUÇAO  FISIOPSICOSSOMÁTICA

Em despretensioso artigo de minha autoria já divulgado pela internet, de título: “Jesus e a Reencarnação”, este pretenso autor estivera iniciando o mesmo nos precisos termos de que: 

“Na verdade, as crenças de uma única existência corporal, e da salvação ou perdição irremissível das almas num juízo definitivo, tornam-se coisas desarrazoadas e de difícil aceitação nos tempos modernos; e, sobretudo quando se tem em mira os postulados básicos da palingenesia e da evolução espiritual”. 

E disse mais: 

“A tais crenças, alternativas não restam senão desaparecer dos sistemas religiosos que as abrigam na medida em que se assumem novas perspectivas e novos padrões de entendimento bíblico e cristão, impulsionados pelo irresistível progresso espiritual dos povos, das culturas, das idéias, enfim”. 

“Com efeito, uma soma incalculável de problemas aparece quando se tem em mente crenças tão infantis e realmente desconectadas da realidade, de tantos estudos filosóficos e científicos da atualidade tais como os citados em outro artigo de minha autoria intitulado: “Ciência Detectando o Espírito”, onde pude citar os trabalhos mais ou menos recentes dos cientistas e pesquisadores: 

-Ian Stevenson: “Vinte Casos Sugestivos de Reencarnação”;

-Hernani G. Andrade: “Reencarnação no Brasil”;

-Hamendras N. Banerjee: “Vida Pretérita e Futura”; e

-Hermínio Miranda: “A Memória e o Tempo”. 

Consolidando agora, no breve e minúsculo artigo, uma espécie de retorno às origens: O Espiritismo preceitua a idéia de que o Espírito: Princípio Inteligente que dimana da Inteligência Universal pode ser individualizado e potencializado em seus imensos recursos psíquicos latentes denominados: intelecto-morais. 

Mas em tal concepção, o Espírito surge sem qualquer saber, isto é, tal como tabula rasa: na ínfima condição de Simples e Ignorante: que se equacionaria tal como: (Simplicidade Psi = ESI). Mas tudo quanto nasce do Espírito em Deus, só o faz para imortalizar-se, ou seja, o existir para sempre, na eternidade de Deus. Mas não na simplicidade e na ignorância; e, por isto, duas serão as vias de sua mudança, sua transformação evolutiva: uma no campo da intelectualidade e, a outra, no da moral. 

Do que se depreende que o Espírito, em seu início, se compararia a uma Inteligência-Moral rudimentar que, por lenta evolução, se reelabora e se refaz por meio de uma íntima produção de valores intelectivos e morais que se sublimam progressivamente. No equilíbrio dessas duas forças, pois, residirá a sua sabedoria futura. Portanto, dentro de cada um de nós mesmos, vivemos esta relação constante, mais ou menos equilibrada entre entendimento e virtude, intelectualidade e afetividade, integrando o que se pode designar por Conexão Psíquica (=c=) entre: 

   [(Inteligência)] (=c=) [(Moral)] 

Somos, pois, aquele mesmo Princípio Inteligente (ESI) individualizado, porém, já chegados ao plano evolutivo das humanidades, que poderia equacionar-se por uma singela:

Equação do Espírito Simples e Ignorante (ESI): 

   [(Espírito)] = [(Inteligência-Moral)] 

Ou, abreviando, e mencionando o seu sentido ascendente (a): 

   [(ESIa)] = [(Int-Moral)a] 

E a pluralidade dos mundos espalhados pelo espaço cósmico será a sua escada de ascensão, desde as mais simples estruturas da matéria – energia condensada no átomo, que o constitui e o faz viver - ... até Deus nosso Pai e Criador. 

E, por isto, apregoa-se que: 

“A alma dorme na pedra, sonha no vegetal, agita-se no animal e acorda no homem”. 

Síntese evolutiva de tudo, do verme ao homem, ou melhor, do átomo ao arcanjo, passando pelas mais diversas expressões fenomênicas do existir e do viver, pois que tal Simplicidade Psi tem de atravessar: 

“... os mais rudes crivos da adaptação e seleção, assimilando os valores múltiplos da organização, da reprodução, da memória, do instinto, da sensibilidade, da percepção e da preservação própria, penetrando, assim, pelas vias da inteligência mais completa e laboriosamente adquirida, nas faixas inaugurais da razão.  ( ... ). 

“Contudo, para alcançar a idade da razão, com o título de homem, dotado de raciocínio e discernimento, o ser, automatizado em seus impulsos, na romagem para o reino angélico, despendeu para chegar aos primórdios da época quaternária, em que a civilização elementar do sílex denuncia algum primor de técnica, nada menos de um bilhão e meio de anos. Isso é perfeitamente verificável na desintegração natural de certos elementos radioativos na massa geológica do globo”. 

“E entendendo-se que a civilização aludida floresceu há mais ou menos duzentos mil anos, preparando o homem, com a bênção do Cristo, para a responsabilidade, somos induzidos a reconhecer o caráter recente dos conhecimentos psicológicos, destinados a automatizar na constituição fisiopsicossomática do Espírito humano as aquisições morais que habilitarão a consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica”. (Vide: “Evolução Em Dois Mundos” – André Luiz – Chico Xavier e Waldo Vieira – 1958 – Feb). 

E, portanto, nota-se com o ilustrado Espírito André Luiz, que os conhecimentos positivos relativos à “psi”, ou seja, à alma, ou Espírito imortal, são extremamente recentes no saber humano, estando se difundindo no mundo por meio do Espiritismo, da Metapsíquica, da Psicologia, da Parapsicologia e outras formidáveis pontes de integração do Espírito e da matéria, formando as bases científicas e culturais de um novo tempo, de uma nova era para a humanidade planetária: 

“A ERA DO ESPÍRITO”, 

Habilitando: 

“A consciência terrestre a mais amplo degrau de ascensão à Consciência Cósmica”. (Opus cit.), 

Pelas suas novas aquisições nos campos do verdadeiro saber, do amor e da moralidade legitimamente cristã. 

Articulista: Fernando Rosemberg Patrocínio

Email: [email protected]

Blog: fernandorpatrocinio.blogspot.com.br