É fácil manter a imagem em uma rede social, onde busca-se pelas famosas curtidas, pela aceitação momentânea, sensação de dever cumprido não é mesmo? Pois então. Fácil manter as aparências numa rede social aonde só tem o botão “curtir” e não o “não gostei” ou “não curti”. Não curtir no facebook ou instagram, por exemplo, é não pressionar o famoso joinha, ou não dar aqueles dois toques na tela do seu smartphone. Ou seja, como se não tivesse visto. Não gostei, não curto. Simples. Porém não chateio ninguém sem o botão “dislike”. A verdade é que buscar essa aceitação, ou curtidas, seja como for. É como se vivêssemos em uma eterna adolescência, aonde ser aceito num grupo de amigos e ser popular entre os demais fosse um objetivo de vida. Uma missão. Chega a ser cômico em ver as situações que as pessoas se expõem em busca dessa famosa aceitação momentânea. Um segundo de fama talvez?! Qual é o preço que paga-se para ter esses segundos de curtidas?. Tirar aquele auto-retrato mostrando mais os seios do que o rosto, ou a paisagem da fotografia, só me mostra a questão da aceitação novamente, entretanto, com o agravante da vulgaridade, ser vulgar. E depois buscar respeito quando recebe comentários ofensivos. Tirar aquele retrato daquelas festas regadas de bebidas. Tirar aquela famosa foto ostentação. Não é questão de julgamento, é questão de ver até que ponto as pessoas vão para buscar essa famosa aceitação, momento de fama, ostentar, sentir-se popular, chame como quiser, mas basicamente a definição é a mesma para todas. É muito fácil buscar a fama numa rede social aonde todo mundo é perfeito, todo mundo é simpático, ninguém tem obrigações ou problemas. Deixar de prestar atenção ao próximo como humano, prestar essa atenção como objeto de desejo, objeto de ser aceito, objeto a ser conquistado. Mas não do sentido romântico, do sentido de ter a curtida daquela pessoa. Oh, que especial! Que pena que a adolescência é só uma fase, mas em alguns casos, estende-se até a fase adulta e até mesmo a fase idosa. Não que ser jovem fosse um erro. Devemos ter a alma jovem para ser feliz. Mas trata-se da questão que a adolescência é a fase da descoberta, não da idiotice eterna.