IPAN - Instituto de Pesquisas Avançadas em Neuroestimulação
http:// www.ipan.med.br

Estimulação Magnética Transcraniana: indicações e prática

A Estimulação magnética transcraniana é um procedimento médico, que surgiu em 1975 e utiliza estimulos elétrico e magnético para reestabelecer o funcionamento cerebral. Em Outubro de 2008, o seu uso foi aprovado pelo FDA (Food and Drug Administration ) para o tratamento da depressão. Atualmente vem sendo amplamente estudada em diversas outras doenças doenças, tais como: esquizofrenia, síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo (TOC), transtorno do stress pós-traumático (TSPT), síndrome de Tourette, epilepsia, zumbido doença de Parkinson, demências. Ela é utilizada com sucesso em depressões leve e moderada. Pode ser realizada para quadros refratários e intolerantes aos efeitos colaterais das medicações. Esta indicada também na esquizofrenia, TOC, sindrome do pânico, transtorno do stress pós-traumático, quadros ansiosos e demenciais. A Estimulação magnética está contra-indicado para pessoas que usam algum tipo de de clip metálico localizado próximo ao local da região a ser estimulada. Em epilepsia não tratada caso seja realizada a estimulação de alta frequência. Esta técnica é praticamente isenta de efeitos colaterais, sendo bem tolerada pelos pacientes. Algumas pessoas podem ter dor de cabeça, mas ela melhora com analgésicos comuns. Desconforto no ouvido pode surgir em decorrência do barulho produzido pelo estimulador. Isto pode ser evitado com a utilização de protetores auriculares. A estimulação magnética é um tratamento médico por diversos fatores:  influenciar as atividades neuronais, gerar alterações metabólicas e ocasionar alterações comportamentais. Ou seja é um procedimento que trata doenças, gera efeitos terapêuticos, efeitos colaterais e alguns riscos. Por isso é fundamental que as aplicações sejam realizadas por médicos e estes devem ser devidamente treinados em Estimulação magnética. Antes de iniciar e ao longo do tratamento com estimulação magnética, o paciente deve ser avaliado pelo psiquiatra. Todas as aplicações deverão ser realizadas por psiquiatras especialistas nesta área. A Estimulação magnética é realizada no consultório médico e o paciente fica acordado e cofortavelmente sentado em uma poltrona. O número de aplicações não é padronizado. Há um certo consenso de que não deve ser previamente fixado, pois depende de vários fatores como: diagnóstico, gravidade, refratariedade e cronicidade. A maioria dos pacientes requer entre 10 a 20 sessões. Geralmente, 15 aplicações são suficientes para alcançar o resultado desejado na maioria dos casos. As aplicações de estimulação magnética são realizadas diariamente até se atingir o efeito terapêutico. Após este, as sessões podem ser espassadas gradativamente e ser realizado o tratamento de manutenção. Cada sessão de estimulação magnética dura, aproximadamente, 30 minutos. Durante o tratamento com a com Estimulação magnética, as atividades podem ser seguidas normalmente (por ex: trabalhar, estudar). A eficácia da Estimulação magnética está diretamente relacionada com diversos fatores, tais como: indicação correta, diagnostico, gravidade, cronicidade, refrataridade de cada caso entre outros. A taxa de eficácia está, em torno, de 60 a 70 %. O tratamento de manutenção está indicado quando ha uma melhora clínica, indicação do psiquiatra e vontade do paciente de continuar. Após ao término do tratamento, recomenda-se a redução gradativa das aplicações (por ex: semanal, quinzenal ou mensal, conforme a avaliação e indicação). Em geral, a maioria das medicações pode ser continuada ao longo das sessões de estimulação magnética. Tratamentos para hipertensão, diabetes e outras doenças, a principio, devem ser mantidos. A Estimulação magnética é extremamente segura. Porém é importante ter em mente que deve ser realizada por médicos especialistas nesta técnica para que seja evitado qualquer tipo de risco. A maior preocupação é o risco da indução de convulsões Porém, quando realizada por médicos especialistas e com o uso criterioso este risco foi pratiamente zerado.

Marina Odebrecht Rosa, MS, MD (Psiquiatra e pós-doutoranda pela Universidade de Columbia/NY).

Moacyr Alexandro Rosa, PhD, MD (Psiquiatra e pós-doutorando pela Universidade de Columbia/NY).

IPAN - Instituto de Pesquisas Avançadas em Neuroestimulação

R. Vergueiro, 1855, Cj 42b São Paulo-SP

 Tel:  (11) 50830342    

E-mail: [email protected]  

http:// www.ipan.med.br