INSTITUTO AVANÇADO DE ENSINO SUPERIOR DE BARREIRAS – IAESB

FACULDADE SÃO FRANCISCO DE BARREIRAS – FASB

ENFERMAGEM

 

CLÉRIA DA SILVA 

IZAU NUNES DE JESUS NETO 

JÉSSICA DE OLIVEIRA SANTOS

MARISLENE SOARES DA SILVA COUTINHO

RAYSA PABLINNE DA SILVA RIBEIRO

WELVETON REIS SANTOS DAMACENO

 

 

 

 

 

 

ESTÁGIO CURRICULAR: Relatório Final

 

 

 

 

 

 

                                                                                       

 

 

 

 

 

 

 

Barreiras – BA

2013

1. INTRODUÇÃO

O estágio curricular supervisionado se tornou obrigatório nos dois últimos semestres do curso de enfermagem, pois, a partir da Portaria 1721/94 do Ministério da Educação, foi aprovado o currículo mínimo da Enfermagem. Ainda, em 2001, foram aprovadas as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Curso de Graduação em Enfermagem pelo MEC (BRASIL, 1994). A Faculdade São Francisco de Barreiras – FASB atribuiu essas diretrizes no qual, todos os discentes no seu último ano de graduação devem ser submetidos a realização desse estágio, para assim obter o diploma de Bacharel em Enfermagem.

Partindo dessa perspectiva, esse relatório tem por objetivo apresentar de forma clara e sucinta todas as atividades desenvolvidas e as experiências vivenciadas pelo grupo do estágio curricular do 8º Semestre do Curso de Enfermagem da Faculdade São Francisco de Barreiras, no período de 16 de setembro a 14 de novembro do ano corrente, com carga horária de 216 horas.

O estágio foi realizado no Hospital do Oeste – HO, situado na Rua do antigo aeroporto Nº500 no Bairro vila Amorim, CEP 47807110, na cidade de Barreiras-Ba. As atividades foram desenvolvidas particularmente nas Clínicas médica e obstétrica, e na Unidade de Terapia de Queimados- UTQ, sob supervisão da Enfermeira e Docente Jamile Rodrigues.

Os objetivos propostos no estágio foram: complementar a formação do aluno, adequando uma experiência acadêmico-profissional através de experiências nos campos de prática do enfermeiro na área da saúde; estabelecer relações entre a teoria e a prática profissional; aperfeiçoar habilidades técnico-científicas imprescindíveis ao exercício profissional.

  1. 2.    DESENVOLVIMENTO

2.1.        CLÍNICA MÉDICA 

Segundo Medeiros (2010), clínica médica é um setor hospitalar onde ocorre atendimento integral do indivíduo com idade superior aos 12 anos que se encontra em estado crítico ou semi - crítico, que não são provenientes de tratamento cirúrgico e que estão hemodinamicamente estáveis. Ressalta ainda, que nesse setor a assistência de enfermagem é prestada de forma integral aos pacientes de média complexidade.

A unidade de clínica médica do Hospital do Oeste apresenta a seguinte estrutura física: 10 enfermarias, cada contém 3 leitos e 01 banheiro para uso dos pacientes; 01 posto de enfermagem, 01 posto de prescrição, 01 sala para depósito de equipamentos, 01 rouparia; 01 DML; 01 utilidade; 01 sala de exames/curativos, 01 banheiro para funcionários, 01 sala de isolamento.

A equipe de enfermagem é composta por 05 enfermeiros assistenciais, 01 enfermeira principal, 20 técnicos de enfermagem e 02 bolsistas em técnicos de enfermagem.  Além disso, a unidade conta com equipes médicas de diferentes especialidades, fisioterapeutas e nutricionistas, entre outros. Conforme a necessidades dos pacientes são solicitadas avaliações com outras especialidades, como acompanhamento psicológico, avaliação do grupo de tratamento de feridas, entre outros.

Durante o tempo que permanecemos nesse setor, desenvolvemos diversas atividades, como: Exame físico, Sistematização da Assistência em Enfermagem, passagem de sonda nasoenteral e vesical, diversos curativos, check – lista, aprazamento de medicações, punção venosa, auxilio em parada cardiorrespiratória, preparação de corpo pós – morte. Ao executar esses procedimentos técnicos próprios da enfermagem na unidade, foi possível aperfeiçoar a nossa desenvoltura e habilidades, fazendo dessa experiência uma complementação para a formação profissional e pessoal no que se refere à convivência com a equipe e conhecimentos adquiridos ao longo desse tempo.

A assistência em clinica médica requer profissionais enfermeiros preparados, devido a sua alta complexidade, para em qualquer momento venha atender pacientes com alterações hemodinâmicas importantes, as quais requerem conhecimentos específicos e rápida agilidade para tomada de decisões.

2.2.        CLÍNICA OBSTÉTRICA

A obstetrícia abrange a gravidez, o parto e o puerpério em condições normais e anormais. A palavra obstetrícia vem do latim obstetrícia ou obstetriz, significando parteira (ob= antes, sto= assistir, indicando observação) (SILVA; CUNHA; OKASAKI apud GOLDMAN, 1997).

Em obstetrícia a atuação do enfermeiro se dá durante todo o período gravídico e após o parto, estendendo o cuidado ao RN. A formação do profissional enfermeiro compreende uma ampla faixa de serviços de cuidado de saúde para a mulher durante a gravidez, que vai desde a orientação e solicitação de exames laboratoriais que comprovem a gestação, avaliação física, atendimento e acompanhamento pré-natal até o momento do pós-parto.

O estágio curricular dentro da Clínica Obstétrica nos possibilitou ampliar o conhecimento acerca dos cuidados prestados à gestante, puérpera e RN pelo enfermeiro, bem como, as principais atividades realizadas por ele dentro do setor. Através dos procedimentos realizados foi possível aprimorar as nossas técnicas, o que futuramente será primordial para a nossa atuação como enfermeiros.

Como os procedimentos foram realizados:

  • Curativo em ferida operatória, tanto limpa e seca quanto secretiva: se a ferida estiver limpa e seca, recomenda-se a limpeza com SF 0,9% ou álcool 70%. Porém, se esta estiver bastante secretiva, deve haver além da limpeza, a oclusão com gazes e/ou compressas, ambas com técnica estéril, de acordo com prescrição médica (LOLI, 2010).
  • Coleta de urina, através de técnica estéril: o cateterismo vesical para obtenção de urina é extremamente necessária em mulheres, pois as características do sistema genital feminino favorece à contaminação da amostra sendo coletada de forma tradicional. A equipe de enfermagem deve seguir as orientações preconizadas pela Comissão de Infecção Hospitalar da instituição para a realização deste procedimento, bem como as orientações técnicas do laboratório quando a coleta é realizada a nível ambulatorial (Portal da Educação).
  • Embrocação Vaginal: tem como objetivo promover a assepsia do colo uterino e paredes vaginais
  • Alta Hospitalar: durante esse momento a puérpera se sente mais feliz e realizada, pois é o momento em que ela finalmente poderá ir pra casa com o seu RN. O enfermeiro tem o objetivo de esclarecer, orientar e dar segurança à mãe no que diz respeito ao seu estado e do seu filho, bem como as alterações fisiológicas previstas (GOMES, 2010).

Conforme Decreto 94.406/87, que Regulamenta a Lei nº 7.498, de 25 de junho de 1986 e que dispõe sobre o exercício da enfermagem, é papel do enfermeiro, entre outras, como integrante da equipe de saúde, prestação de assistência de enfermagem à gestante, parturiente, puérpera e ao recém-nascido.

Como profissionais devemos aguçar nossa sensibilidade mediante a assistência prestada, tendo a consciência e o respeito de que a gestante ou puérpera se encontra num determinado estado de ambivalência (Portal da Educação).

Através do estágio na Clínica Obstétrica foi possível observar,  que é responsabilidade do enfermeiro atuante no setor conhecer a importância da assistência humanizada voltada ao parto  e que a equipe de enfermagem, ao se inserir no trabalho, também assume atitudes diferenciadas no tratamento à gestante, puérpera e RN, considerando o processo de humanização fundamental para o equilíbrio emocional da mesma.

2.3.        UNIDADE DE TERAPIA DE QUEIMADOS - UTQ

As queimaduras se caracterizam por uma lesão em determinada parte do organismo desencadeada por um agente físico. A depender deste agente podem ser classificadas em térmicas, elétricas e químicas. Esses agentes agem no tecido causando degradação parcial ou total da pele e seus anexos podendo atingir camadas profundas, como tecido subcutâneo, músculos tendões e ossos. (KNOBEL, 2006).

A Unidade de Tratamento de Queimados UTQ, desenvolve Papel fundamental quando se trata de acidentes por queimadura. Tendo em vista que aproximadamente 1.000.000 de acidentes por queimaduras ocorram por ano no Brasil; destes, 100.000 procurarão atendimento Hospitalar e 2.500 irão falecer por complicações diretas ou indiretas de suas lesões (NAZÁRIO, LEONARDI 2012).

A UTQ do hospital do oeste é referência para toda região oeste no tratamento de grandes queimados. Possui, em suas características físicas, Sala de balneoterapia, posto de enfermagem, brinquedoteca, enfermarias climatizadas e bem estruturadas, copa e vestiário. Ela dispõe de equipe multidisciplinar composta por cirurgião plástico, anestesista, enfermeiro, fisioterapeuta, técnico de enfermagem e higienização.

Segundo Geissler (2003), o enfermeiro deve fazer o exame físico céfalo-podálico, observando sinais, sintomas, lesão e o desenvolvimento de possíveis complicações. O exame neurológico também deve ser feito para avaliar o nível de consciência, estado psicológico, dor, ansiedade, comportamento se esta orientada no tempo e espaço.

Deve manter o equilíbrio eletrolítico, avaliar os sinais vitais para que o cliente não evolua para um choque hipovolêmico devido à perda em excesso de líquidos. Em casos como inalação de fumaça e toxinas, podem aparecer problemas respiratórios, atentar também ao risco de desenvolver infecção, uma vez que houve perda da primeira camada de proteção da pele. (IRION, 2005).

Enquanto estagiários percebemos a importância do enfermeiro na UTQ, pois realizamos tarefas de competência dessa classe, o que nos possibilitou aprimorar nossos conhecimentos teóricos, a saber: Observação e realização de curativos juntamente à equipe multidisciplinar, SAE e exame físico. Por se tratar de um setor fechado é necessário à utilização de roupa privativa e EPI´s como touca, máscara e pro-pé.

3. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O estágio curricular supervisionado é um instrumento fundamental para nosso crescimento como acadêmico e futuro profissional enfermeiro, pois contribui para ampliar o conhecimento construído, na certeza de que os esforços produzirão bons resultados.

Essas 216 horas de estágio nos proporcionou uma experiência incrível, totalmente recompensadora e positiva, sendo uma rica estratégia que facilita o desenvolvimento da responsabilidade e da autonomia, elementos que são essências para nossa futura identidade como profissional. 

Tenho certeza que a verdadeira reciprocidade entre estagiaria, colegas, supervisor e funcionários da instituição foi o caminho para o sucesso, desenvolvimento e realização de todos os procedimentos na medida do esperado. 

No decorrer do estágio curricular compreendemos a importância do mesmo, onde constatamos que os procedimentos realizados por nós, acadêmicas (os) de enfermagem, são de suma importância para nossa formação profissional.

Para o discente, o estágio é um fator significativo na sua formação profissional, por proporcionar a interação com a realidade da sua profissão futura e a complementação pratica do aprendizado acadêmico, onde o mesmo proporciona oportunidade de orientar, conduzir e avaliar na pratica as teorias adquiridas em sala de aula, dando a ele o retorno do processo ensino-aprendizagem.

Durante esse tempo, vivenciamos aspectos positivos e negativos. Mas, o positivo prevaleceu, no qual conseguimos alcançar nossos objetivos, realizando as atividades voltadas para enfermagem e prestando assistência de forma sistematizada, tendo o retorno tanto da equipe multiprofissional, no qual não mediu esforços para realização das nossas atividades como o dos próprios pacientes, membros fundamentais para promover a saúde e explanar todo nosso conhecimento científico.

É através dos conhecimentos adquiridos na teoria que a nossa pratica é facilitada. Em todas as informações adquiridas, aprendemos o que se utiliza ou não em determinados procedimentos, ficando assim como fonte de conhecimento para nós futuros enfermeiros. Porém, se não existir um pilar teórico, onde poderemos nos referenciar para podermos exercer uma boa pratica de nada valerá os anos de faculdade.

REREFENCIAS

____. Coleta de Urina por Cateterismo Vesical. 5 dezembro de 2012. Disponível em: <http://www.portaleducacao.com.br/educacao/artigos/﷑
23166/coleta-de-urina-por-cateterismo-vesical> Acesso em 10 de novembro de 2013.

GEISSLER, Aline, et alPlanos de cuidados de enfermagem. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

GOMES, M. L. Enfermagem obstétrica: diretrizes assistenciais. Centro de Estudos da Faculdade de Enfermagem da Universidade do Estado do Rio de Janeiro – Rio de Janeiro: 2010, 168 p

IRION, Glenn. Feridas: novas abordagens, manejo clinico e atlas em cores. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.

KNOBEL, E. et al. Terapia intensiva. São Paulo: Atheneu, 2006

NAZÁRIO, OTÍLIA NAZARÉ & LEONARDI, FRANCISCO DILMAR (orgs). Queimaduras Atendimento Pré-Hospitalar. Editora Unisul. 2012

Portaria n. 1721, de 15 de dezembro de 1994. Fixa os mínimos de conteúdo e duração do curso de graduação de enfermagem. Diário Oficial da União, Brasília, 16 de Dez. 1994.