No ambiente econômico contemporâneo e ao longo da história, a inflação sempre foi um tema recorrente e crucial. Quando os governos enfrentam esse problema, os reflexos de suas ações têm um impacto significativo, pois influenciarão a economia nos próximos períodos na Balança de Pagamentos. O controle da inflação é uma tarefa complexa e não pode ser subestimada por nenhum governo, uma vez que depende de diversas variáveis intricadas, como a taxa de inflação esperada e sua relação direta com o nível de produção. Portanto, cada governo deve empregar políticas adequadas para minimizar os efeitos negativos no crescimento econômico, pois é impossível controlar a inflação sem afetar a produção.

A variável primordial que determina os efeitos das políticas de controle de inflação é a taxa de inflação esperada. Os trabalhadores esperam receber salários nominalmente iguais ou superiores às variações inflacionárias futuras, uma vez que isso é estabelecido antes mesmo do trabalho ser realizado.

Conforme Dornbusch (2006, p. 596) afirma:

"Os trabalhadores que se preocupam com os salários reais que recebem desejam que o salário nominal reflita plenamente a inflação que esperam durante o período entre o momento em que o salário é fixado e o momento em que ele efetivamente é pago."

A taxa de inflação é diretamente relacionada ao nível de produção, ou seja, quanto maior a produção, maior será a inflação. Isso ocorre devido ao efeito dos níveis mais altos de produção sobre o aumento dos salários, que por sua vez influencia o aumento dos preços no mercado.

Para reduzir ou conter o nível geral de preços, torna-se necessário reduzir a produção e, consequentemente, diminuir a taxa de aumento de salários por meio do desemprego, o que leva à redução da inflação.

Portanto, para controlar o efeito inflacionário em uma economia, os governos devem considerar os efeitos das políticas adotadas, levando em conta as variáveis relevantes.

BIBLIOGRAFIA

DORNBUSCH, Rudiger; FISCHER, Stanley. Macroeconomia. São Paulo: Pearson, 2006.