ELUCIDAÇÕES  PSI-MATEMÁTICAS 

A vida não se resume no hoje, no presente, ou, melhor dizendo: no tão curto período de uma existência humana. A vida, por conseguinte, não começa no berço e não se encerra no túmulo. Somos seres palingenésicos: viajores espiríticos que habitaram outros corpos, viveram muitas aventuras, existências corridas e transcorridas no continuum fenomênico tempo-evolução; e mesmo quando tal continuum se findar haveremos de permanecer como viajores de outro tempo, porém, muito mais livres e soltos, espertos e voláteis, na eternidade atemporal do Amor, da Solicitude de um Verdadeiro Pai, de Deus, nosso Criador. 

E o fato é que, na existência atual, não constava em meu projeto de vida, ou seja, em meu programa de provas, de expiações e de novos aprendizados, o diploma de um curso superior - conquanto estivesse eu, mais uma vez, tentando burlar as Leis, me desviar do caminho e fazer o que outrora, arrogantemente, sempre o fizera ou sempre o pretendera fazer: ser o dono do meu nariz, dos meus passos, do meu destino, fosse ele qual fosse. Mas chega a hora em que a taça está cheia: abusos e torpezas já não se toleram mais; e a Lei reage, endireita e corrige pelo nosso próprio bem, nosso celeste futuro espiritual. 

Nesta existência, pois, cursei, por um período apenas, a Faculdade de Ciências Econômicas. Era até um aluno dedicado, exemplar. Todavia, uma forte astenia me atacara, tanto é, que, incontinente, abandonei o curso. Sou teimoso, todavia, e logo me ensaiava de novo. Com efeito, as portas da Faculdade de Engenharia Civil, depois de apertado vestibular, se abriram para mim. Mas tão-só para nova decepção atribuída ao fato contundente de se ter de estudar e de trabalhar, para o sustento diário de nossas vidas. E sobrevieram: fadiga, angústia, decepção, cursei apenas quatro períodos e me afastara. Fora quando o Espiritismo franqueara suas portas a mim. E, então, nada mais importava: encontrei a luz do meu caminho, da minha vida, do meu destino; a verdade escancarara suas portas para mim com a maior das Universidades: a do Espírito imortal, criatura infindável de Deus.

E novos paradigmas foram se juntando uns aos outros em minha curiosidade natural: Ciência Oficial (e conhecimentos gerais já obtidos); Espiritismo de Kardec e dos renomados Clássicos; Obra Humanística de Chico Xavier e, finalmente, Obra Monista do notável intuitivo e missionário do Cristo: Pietro Ubaldi. Óbvio que há muito mais, entretanto, os citados, por si sós, são o bastante por agora. 

Entretanto, surgem as obrigações morais. E, então, fundei uma pequena casa espírita onde até hoje atuo como coordenador de estudos doutrinários. Sou articulista de diversos órgãos da imprensa espírita e não-espírita, onde destaco: Revista Internacional de Espiritismo, Revista Eletrônica O Consolador, Fórum Espírita, O Rebate, Net. Saber, Web. Artigos, dentre outros. 

No que se refere ao despretensioso trabalho já desenvolvido:

“Psi-Matemática dos Universos”, 

Recordo que seus momentos iniciais se deram em meados do ano de 2005; em Setembro de 2008, três anos depois, pude finalmente concluí-lo, faltando apenas pequenos detalhes de suas abrangentes idéias filosóficas e de suas formulações psi-matemáticas. 

Soubessem da alegria de se viver um ‘insight’ e quereriam vivê-los repetidas vezes mais. Fora o que se dera comigo. Se a vida tem seus percalços, suas dores inevitáveis, tenho tido também, como todo mundo, muitas alegrias e, as maiores, confesso, presenciei nas intuições e inspirações de amados mestres queridos do coração, que, se não os conheço como homens, certamente os conheço como Espírito, pois que todas as noites, quando adormecemos, nos desembaraçamos do transitório veículo psico-bio-físico e volitamos céleres para as regiões espirituais mais ou menos altas, mais ou menos distantes, para o retorno àqueles de nossa sintonia, nossa amizade, nossa predileção.

Fora difícil, o referido trabalho? Sim! Mas de uma dificuldade prazerosa, abençoada por Deus. Por outro lado, não sou um escritor profissional e nem um matemático de formatura acadêmica; sou um matemático extra-oficial, de meus estudos, trabalhos e suados esforços; e quanto ao escrever, digo que: só escrevo nas horas vagas, finais de semana, pelas madrugadas quando o sono me falta. E, portanto, tenho atividades outras, profissionais, que nada tem a ver com meu exercício de pensar, refletir, e, com alguma matematicidade, escrever. 

Mas nada é impossível; por mais difícil que se torne uma tarefa qualquer, Deus nos supre as deficiências. E quantos Espíritos amigos pude presenciar de rodeio a mim, os quais, não os citarei para não despertar dúvidas e animosidades, coisa comum, infelizmente, no meio espiritista, como também, certamente, fora dele. 

Revelo ainda que a referida proposição (da “Psi-Matemática”) é um tanto mais extensa: com gráficos explicativos, desenhos e elementos outros de sua fundamentação doutrinária. Todavia, penso que o essencial da mesma fora ali exposta para o julgamento dos apreciadores da filosofia espiritista e monista, associadas, agora, a alguma matematicidade, conquanto o maior dos intuitivos cristãos já houvesse iniciado tal em algumas de suas importantes obras, sobretudo no tratado “Queda e Salvação” (Pietro Ubaldi – Fundapu). 

Tendo já recebido alguns comentários sobre referida proposição, continuo aguardando mais críticas, sugestões, desenvolvimentos e incrementações outras da citada e presente contribuição, que só não fora divulgada antes em face de alguma dificuldade de nossos pares, espiritistas ou não, com a mais exata das ciências ao nosso dispor: a Matemática. Ora, este autor mesmo tivera de aprender e de reaprender com as intuições recebidas; o mesmo, pois, deverá aplicar-se a outrem, a você e a todos nós. 

Articulista: Fernando Rosemberg Patrocinio
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