Angelica de F. Piovesan
Laurie Cristine Tavares

RESUMO: Nossa intenção era cartografar através de entrevistas, como é ser mãe na contem-poraneidade, quais são as mudanças psíquicas, como percebem a feminilidade diante das alte-rações físicas e hormonais nesse corpo de mulher. Essas mudanças também afetam a relação entre feminilidade e maternidade, como elas elaboram tudo isso, como lidam com as frustra-ções e os desejos desse corpo grávido. Buscamos saber como os afetos estão passando no cor-po-grávido através do olhar e da escuta do corpo vibrátil do pesquisador-entrevistador-cartógrafo. Utilizamos como Metodologia a Cartografia e realizamos 2 entrevistas com cada mulher-gestante. Um dos objetivos desta pesquisa era conhecer a construção das linhas de subjetivação dessas mães grávidas. Quando falam sobre si, sobre o bebê demonstram as trans-formações que estão ocorrendo em suas vidas. Nota-se uma reprodução de linhas rígidas, di-zeres passados de gerações a gerações onde esses dispositivos e os modos de subjetivação são históricos. É preciso que se busque o devir-mulher existente em cada uma, não abandonando o que se é, o que deseja, sem se deixar confundir com passado e futuro da história feminina. É necessário buscar as linhas de fuga desses devires, procurando a singularidade de cada uma, de cada mulher.

UNITERMOS: Cartografia, corpo sem órgão, corpo-grávido