EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA CONSTRUÇÃO CIVIL: CONSTRUIR SEM DESTRUIR.

 

Maria Carvalho Leal, Lívia¹

Raquel de Souza, Cinthia²

 

RESUMO

 

A educação ambiental deve ser incorporada ao convívio diário da construção civil, possibilitando tudo que possa ajudar direto e indiretamente a diminuição na degradação do meio ambiente. A educação ambiental é o meio para que ocorra um melhor planejamento e organização das construtoras ao realizarem suas obras em áreas que podem ser de grande relevância ambiental. Como construções de condomínio em áreas de predominância de grandes ecossistemas ainda fechados na cidade de Imperatriz – Maranhão. Aonde vem se agravando o descaso e a falta notória da educação ambiental, referente às áreas ambientais que em algumas localidades é numa extensão urbana. Quando temos a preocupação em colocar a prática da educação ambiental e legislações ambientais como parte integrante do planejamento diário de uma construção, em uma área ambiental, impulsionamos a capacidade de controlar o desmatamento, a degradação de áreas que contém uma biodiversidade amparada pela continua luta pela sobrevivência. Ao acoplar as diretrizes e a preocupação ambiental em um sistema econômico ativo da grande construção civil, ganharemos avanços na preservação do meio ambiente e uma qualidade de vida ambiental satisfatória, que notoriamente irá equilibrar o meio ambiente com a disseminação da construção civil.

Palavras-chave: Educação Ambiental. Sustentabilidade. Construção civil.

 

1  INTRODUÇÃO

A cada dia que passa as empresas são mais cobradas referentes à educação ambiental e a sustentabilidade, até mesmo os próprios membros por uma sustentabilidade gerada dentro da empresa. Buscando resultados significativos no intuito da educação ambiental ser gerada pelos seus próprios colaboradores. Mas estes resultados só serão levados em conta se a empresa realmente tiver uma linha desenvolvida na gestão ambiental.

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1 Lívia Maria Carvalho Leal, Licenciatura Plena em Ciências Biológicas – (Universidade Estadual do Maranhão), pós-graduação – Gestão Ambiental e Desenvolvimento Sustentável.

2 Cinthia Raquel de Souza, Química (Universidade Federal do Paraná), Mestre em Química Orgânica (Universidade Federal do Paraná (UFPR/PR)), orientadora de TCC do Grupo Uninter.

Muitos problemas ambientais, que na maioria das vezes parece ser complicados para empresas de construção civil, tendo em vista que o investimento para educação ambiental é notório, a educação ambiental nestas empresas tem que se tornar diário, com investimentos pedagógicos aplicando uma eficiência organizacional voltada para a compreensão e a utilização do trabalho envolvido na busca do aprendizado de conservação do meio ambiente.

Dentre as várias formas da educação ambiental salientamos que ela conduz os profissionais adquirirem uma mudança comportamental e atitudes relacionadas dentro e fora da empresa ao meio ambiente. A educação ambiental tem um papel bastante importante nas empresas na área de construção civil, devido a áreas ambientais, margens de rios e desequilíbrio ecológico de certa localidade no qual ocorrem as construções. Sabemos que uma pequena área pode concentrar um grande ecossistema que se não for estudado e analisado, poderemos destruir algo grandiosos que poderá vir afugentar os seres que constituem este ambiente.

Antigamente não se tinha conhecimento do agravante que uma construção faria em um ambiente, hoje temos conhecimento e a certeza que a falta de uma educação ambiental e um estudo de área poderá transformar a vida de toda uma comunidade ambiental. O mercado de estudos ambientais vem crescendo de uma forma que mostra que a cada dia devemos nos preocupar com o desmatamento e a destruição em nosso meio ambiente.

Os impactos no meio ambiente são consideráveis poluidores e destruidores. Quando se constrói condomínios a flora e fauna são massacradas pelo corte de árvores. Como se não bastasse a destruição ambiental, o descarte oriundo e o desperdício desses resíduos ocasionando a perda da qualidade ambiental nos espaços urbanos gerando grandes despesas ao poder público. 

Sendo assim, é bastante pertinente este trabalho que visa analisar a importância da educação ambiental nas empresas de construção civil que operam em Imperatriz – MA.

2  ALGUMAS CONSIDERAÇÕES SOBRE EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Educação ambiental é todo o processo empregado para preservar o patrimônio ambiental e elaborar estudos de desenvolvimento, com soluções limpas e sustentáveis. Área na qual é de grande relevância para a sociedade, empresas e indústrias, não somente em sala de aula, através da prática, da cultura empregada na empresa e por meio de palestras, mas um avanço da preocupação ambiental, praticada dentro das empresas e fora, agregando valores ambientais para o dia a dia. Buscando a melhoria interespecífica entre o predador voraz e o meio ambiente.

O simples fato da destruição de áreas ambientais para colocação de moradias, acessibilidade de ruas e parques industriais não faz o esquecimento do cuidado com o que podemos aniquilar diante um futuro próximo. A biodiversidade destes lugares que devemos buscar avanços em termo sólido da educação ambiental.

 “Entendem por educação ambiental os processos por meio dos quais o indivíduo e a sociedade traçam valores sociais, pensamentos, posicionamento e competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum do povo, essencial à sua qualidade de vida e sua sustentabilidade” (BRASIL, Lei 9.795,1999, art. 01).

Diversas abordagens são de suma importância para a pedagogia ambiental nas empresas. Por exemplo, ressaltar a importância de um ambiente cheio de inter-relações entre, o social, econômico, natural e cultural fragmentos que compõem a biodiversidade ambiental.

Educação ambiental é um processo que vem entrelaçando as linhas da sociedade verso meio ambiente. Buscando melhorias na preservação ambiental para um convívio socioambiental. Segundo Souza (1997):

O meio ambiente tem que ser entendido de forma que esclareça todos os pontos necessários para uma inter-relação entre a sociedade e natureza enquadrando um espaço e tempo. O ambiente é gerado ao longo do processo evolutivo e histórico, dando-se uma necessidade extrema de conservação e analises de estudo para não ocorrer à degradação total do ambiente em que vivemos e exploramos.

Muitos conceitos de meio ambiente carregam consigo, ainda, os equívocos decorrentes de sua origem ligada às ciências naturais. O sentido da expressão “meio ambiente” deve sempre ser considerado em sua dimensão histórico-cultural. As questões ambientais exigem a compreensão de novos paradigmas filosóficos e éticos que perpassam os universos cientifico, técnico, socioeconômico e político (Brügger,1994).

2.1      Importância da educação ambiental para construção civil

Nas últimas décadas foi grande o crescimento da preocupação social em busca de soluções de melhoria em relação ao homem e o meio ambiente. O setor da construção civil é apontado como um grande vilão ambiental, contribuindo com o deposito de insumos, desperdício de matéria prima.  A construção civil é também uma das atividades que mais consomem recursos naturais e causam maiores impactos ao ambiente. O setor, que inclui desde a fabricação de materiais, as grandes construções de infraestrutura ou edifícios, até as pequenas reformas domésticas, é responsável por cerca de 40% de todo o resíduo no mundo. Como destacado por CARNEIRO et al (2001), a construção civil é considerada uma das atividades que mais geram resíduos e alteram o meio ambiente, em todas as suas fases, desde a extração de matérias-primas, até o final da vida útil da edificação.  

 Sendo que a destruição ambiental nestes locais da construção abrangerá todas as fases da construção, desde a escavação a demolição. John (1996) salienta que os valores internacionais para o volume do entulho da construção e demolição oscilam entre 0,7 e 1,0 toneladas por habitante/ano. Sabe-se que a quantidade de resíduos descartados pela construção civil chegar ser alarmante, a falta da consciência ambiental na construção civil resultou em estragos ao meio ambiente de forma irreparável, devido aos processos de implantações das grandes muralhas de pedras ao longo de nossas cidades. Conforme se observar nos exemplos abaixo:

  1. A construção é responsável por 12% do consumo total da água.
  2. A cadeia produtiva da construção civil tem emissões de gases de efeito estufa significativos: a produção de cimento é responsável por 5% e o uso de energia em edifícios, 33%.
  3. As atividades das construções geram 40% de todos os resíduos gerados pela sociedade.
  4. Grandes empreendimentos de infraestrutura geram pressão sobre diferentes ecossistemas. ( PNUD, 2012).

A educação ambiental é uma ferramenta de grande importância para qualquer profissional, principalmente para os que todos os dias lidam com o desperdício, a mutilação do meio ambiente e a segregação das matérias – primas encontradas em nosso meio ambiente. Torna-se essencial a conservação dos recursos naturais do meio ambiente que entre outros, será sua futura ferramenta de trabalho.

Desta forma a educação ambiental não pode ser só transmitida de forma aleatória, pois difundi a sensibilidade que devemos ter com o meio que vivemos e adquirimos nossos recursos, visando às transformações das informações em prática, onde se possa promover uma equipe altamente voltada para a disseminação do aprendizado ambiental construindo uma sociedade mais consciente, uma sociedade verde com um papel fundamental para natureza que é de preservar e conservar.

A educação ambiental para uma sustentabilidade equitativa é um processo de aprendizagem permanente, baseado no respeito a todas as formas de vida. Tal educação afirma valores e ações que contribuem para a transformação humana e social e para a preservação ecológica. Ela estimula a formação de sociedades socialmente justas e ecologicamente equilibradas, que conservem entre si a relação de interdependência e diversidade. Isto requer responsabilidades individual e coletiva no nível local, nacional e planetário. (Fórum Internacional das ONGs, 1992, p. 193-4).

3  CONSTRUÇÃO CIVIL A BUSCA PELA SUSTENTABILIDADE

 

É uma tendência mundial que vem crescendo ao longo do tempo as práticas da sustentabilidade na construção civil. O mercado é tão exigente que caso seja implantada a sua prática sustentável os agentes governamentais, consumidores, associações e toda sociedade exigirá massivamente da continuidade desta prática sustentável pela empresa em suas atividades. Sustentabilidade foi um tema de vários debates na década de 1980, qualquer leigo na construção civil sabe a quantidade de insustentabilidade que existe no meio degradado pela construção desde o seu primórdio até a demolição das armações rochosas com seus ferros entrelaçados nos destroços, abrindo um grande buraco negro entre a sustentabilidade e a preservação do meio. No relatório de Brundtland (1987) que foi o estudo de vários debates levantados durante a passagem da criação de um novo mundo sustentável foi proposto que desenvolvimento sustentável definido como aquele que atende às necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem às suas necessidades.

O Conselho Brasileiro de Construção Sustentável - CBCS e outras instituições utilizam princípios básicos da construção sustentável. Onde podem ser destacados os seguintes:

  • aproveitamento de recursos naturais locais;
  • utilizar mínimo de terreno e integrar-se ao ambiente natural;
  • qualidade ambiental interna e externa;
  • gestão sustentável da implantação da obra;
  • adaptar-se às necessidades atuais e futuras dos usuários;
  • uso de matérias-primas que contribuam com a eco-eficiência do processo;
  • redução do consumo energético;
  • redução do consumo de água;
  • reduzir, reutilizar, reciclar e dispor corretamente os resíduos sólidos;
  • introduzir inovações tecnológicas sempre que possível e viável;
  • educação ambiental: conscientização dos envolvidos no processo.

A sustentabilidade na construção deve está em todo o seu processo desde a escolha dos materiais a serem usados ao processo de decapitação do terreno para o processo de obra. Segundo o Conselho Internacional para a Pesquisa e Inovação em Construção (CIB) define a construção sustentável como “o processo holístico para restabelecer e manter a harmonia entre o ambiente natural e construído e criar estabelecimentos que confirmem a dignidade humana e estimulem a igualdade econômica” (CIB, 2002, p.8).

A política sustentável tem que ser agregada nos princípios básicos da construção civil, tendo as pré-condições de construção para assegurar a adequação das normas sustentáveis dentro da empresa civil suprindo todos os espaços encontrados referente ao desperdício, degradação e a modificação do meio. Em principio a empresa civil tem que se comprometer em aplicar a cadeia produtiva da sustentabilidade. Na resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama nº 307, de 5 de julho de 2002 cita-se que:

Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil.

Art. 3º Os resíduos da construção civil deverão ser classificados, para efeito desta Resolução, da seguinte forma: I - Classe A - são os resíduos reutilizáveis ou recicláveis como agregados, tais como: a) de construção, demolição, reformas e reparos de pavimentação e de outras obras de infra-estrutura, inclusive solos provenientes de terraplanagem; b) de construção, demolição, reformas e reparos de edificações: componentes cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de revestimento etc.), argamassa e concreto; c) de processo de fabricação e/ou demolição de peças pré-moldadas em concreto (blocos, tubos, meios-fios etc.) produzidas nos canteiros de obras (BRASIL, RESOLUÇÃO, Art. 3º, Nº 307, 2002).

Diante vários debates da gravidade da crise hídrica e energética que estamos vivenciando nos dias atuais, torna-se extremamente necessário o esgotamento das práticas negativas da construção civil. Não se pode mais esgotar os recursos naturais, mantendo a produtividade educacional da sustentabilidade em meios de disseminação da destruição. A busca da sustentabilidade na construção civil vale muito para a conservação ambiental, promovendo assim um ganho ambiental para toda sociedade.

4  BENEFÍCIOS AMBIENTAIS E ECONÔMICOS

 

O desenvolvimento de uma consciência verde vem da aplicação da educação ambiental dentro das empresas e disseminado para sociedade, mostrando que não dependemos apenas de recursos criados, mas da mão de obra capacitada para se trabalhar com a preocupação da reutilização e conservação da matéria prima. Notório ver escavações para abrigar uma construção e se ver grande abismo entre o conhecimento, a falta de beneficiamento ao meio ambiente e a destruição no simples detalhe da demarcação de área. E preocupante a falta de qualidade e sustentabilidade dentre as empresas de construção civil.

O canteiro de obra é uma gestão de benefícios e economia aos quais corresponde uma importante parcela do custo ao qual será ordenado para a edificação da obra.

Os benefícios sempre virão através de uma construção educativa, deve-se buscar os anseios destes benefícios em:

  • Redução das perdas de materiais por uso inadequado dos recursos ferramentais;
  • Redução do impacto direto na paisagem original;
  • Relação da obra com a comunidade vizinha;
  • Tratamento dos resíduos utilizados;
  • Redução no consumo de energia.

Uma construção harmônica se torna notável no meio das dissimulações contraditórias da construção civil. Assim com a organização destas idéias educativas teremos um canteiro de obra sustentável, onde não haverá desperdício, desorganizações, impactos ambientais, perturbações a vizinhança. Tendo-se um bom planejamento e uma boa educação ambiental é capaz de se ter uma redução na perda de matéria prima e de resíduos, acidentes com operários e a minimização de danos ao meio ambiente. Os impactos ambientais são simplesmente a falta de conhecimento da prática adequada a trabalhar com o meio ambiente, onde serão transpostas as modificações para a construção, se em todo canteiro de obra, utilizar os critérios citados, teremos um conjunto de satisfeitos desde os operários a vizinhança da obra. Que são os que mais sentem o impacto da destruição ambiental.

Uma boa triagem é uma solução para diminuição de geração de resíduos, dentro desta triagem pode se utilizar a coleta seletiva, a reciclagem, o armazenamento adequado de materiais para serem reutilizada, utilização de produtos que não agridam o meio ambiente e locais adequados para deposito de entulhos.

Reutilizando todos os materiais de forma correta, sem ocorrer perdas ou mesmo agressão ao meio ambiente. O grande tripé da sustentabilidade vem desde as antigas civilizações que incorporam em sua cultura. As primeiras leis aprovadas em Roma e na China, enquanto o Peru e a Índia já estavam cientes da necessidade de preservar o solo e de abraçar às arvores para protegê-las, como fazemos hoje. (LORROAINE ELLIOTT, 2007).

4.1      Capacitação técnica sustentável

 

A sociedade tem que continuamente vivenciar uma sustentabilidade adequada, pois somos afetados constantemente pela falta de capacitação dentro das empresas e pela sociedade, a escassez técnica sustentável pode destruir com a qualidade transmitida pela empresa a sociedade. Quando sem tem uma política trabalhada dentro da empresa que vem desde o alto escalão até o simples operário, pode se notar que esta empresa desenvolveu uma política sustentável ambiental na empresa, no qual incentivou melhorias tanto para o equilíbrio do meio ambiente dentro e fora da empresa gerando ganhos para a sociedade e suas rentabilidades ambientais dentro da empresa. Não podemos deixar de mencionar:

É feita a identificação das políticas de participação em projetos e ações governamentais e iniciativas voltadas para o aperfeiçoamento de políticas públicas na área social. E, principalmente, investindo em programas sociais que beneficiem os familiares dos seus colaboradores e da comunidade em geral (...). É importante que empresa procure assumir o seu papel natural de formadora de cidadãos. Programas de conscientização para a cidadania do voto para seu público interno e comunidade de entorno são um grande passo para que a empresa possa alcançar um papel de liderança na discussão de temas como participação popular e corrupção (ANDRADE; TACHIZAWA, 2008, p. 217).

Com um desenvolvimento operativo do capital humano qualidade da sustentabilidade sucede quando o projeto socioambiental da empresa é fortalecido com todos envolvidos na gestão da empresa, de forma que todos os funcionários sejam envolvidos, interligando a cultura da empresa em todo o seu quadro. Desta forma levando para seus familiares e toda a sociedade em torno desta empresa.

A criação de projetos que envolvam todo o quadro de funcionários, que tenha objetivos estratégicos para envolver de forma positiva e abrir caminhos para novas idéias dentro da empresa. Considerando a redução de resíduos, o cuidado com materiais deixados no canteiro de obra, reciclagem de matérias dentro da construção, palestras com os funcionários sobre a preocupação socioambiental, disseminando uma construção de idéias justas dentro da empresa de construção civil que sabemos que é uma das maiores destruidoras do meio ambiente.

Segundo Christmann, amplos trabalhos empíricos têm demonstrado que, com um conjunto adequado de habilidades e capacitações como o envolvimento dos empregados e melhorias contínuas, as empresas voltadas ao combate à poluição e a redução de resíduos realmente reduzem custos e elevam lucros (Christmann, 1998 apud SANTOS; WAGNER, 2008, p.5).

Deve-se ter um monitoramento continuo para verificar se realmente as atividades de capacitação estão sendo desenvolvidas de forma correta. Abrindo a porta para a construção de funcionários disseminadores da sustentabilidade ambiental. São de grande relevância as auditorias ambientais, verificando o comprometimento de todos envolvidos nesta força de trabalho. Analisando se todos realmente tiveram de forma adequada a educação ambiental absorvida por sua equipe.

Muitas empresas que desejam integrar a preocupação socioambiental em seus objetivos estratégicos têm desenvolvido programas para seus empregados nos quais as habilidades construídas estão relacionadas a uma postura propositiva e à conscientização da necessidade de participação de todos para a melhoria da performance socioambiental, considerando a redução de resíduos, o aumento da reciclagem no processo produtivo e o enfreamento das situações (DEMAJOROVIC,2008, p.11).

4.2      As Principais Técnicas Utilizadas na Capacitação da Sustentabilidade Ambiental

 

Conforme várias analises é de certo que as principais técnicas utilizadas para a capacitação sustentável são:

  • Comunicação Institucional - Como podemos ter resultados se no nosso próprio convívio não estimulamos a capacidade de nossos liderados a desenvolver a cultura de uma educação ambiental. Comunicação institucional é chamativa e ajuda a disseminar a mudança do comportamento e o acrescimento de informações. Utilizando meios de comunicações podemos alavancar os discursos em nossos canteiros de obra, realizando campanhas de esclarecimento dentro e fora do canteiro de obra.
  • Cultura Coletiva - Baseia-se na coleta seletiva dos resíduos utilizados no canteiro de obra. Utiliza-se lixeiras coloridas com identificação de quais materiais elas irão receber, para quer o descarte seja feito adequadamente e até mesmo reciclado ou reutilizado dentro do canteiro de obra.
  • Entulho Seletivo - Diferente do lixo residual, o entulho se identifica por aqueles materiais como blocos quebrados no qual serão separados para uma reutilização dentro da obra.
  • Reutilização de árvores - As árvores retiradas do local do canteiro de obra poderão ser reaproveitadas em outro local, se conservadas por tapumes poderão ser replantadas em um local de necessidade de área verde.
  • Palestras – Dialogo com toda equipe que consiste desde a primeira escavação até os chefes de obra, debates envolvendo as principais causas de destruição ambiental, refletindo na conservação do meio, no qual irá segurar um ambiente limpo e reutilizável.
  • Folhetos técnicos - Informativo com dicas de preservação ambiental, cuidado com materiais residuais, utilização correta de solventes e reciclagem de lixo utilizado no canteiro de obra. Sendo distribuído entre os funcionários e a comunidade que fica ao redor da obra. Disseminando a importância de uma sociedade esclarecida com o que ocorre ao seu redor. Mostrando a dimensão de um impacto ambiental no qual somos responsáveis pela prevenção desta massa destruidora.

É preciso iniciar um aprendizado individual e coletivo que nos leve a outras formas de manifestação concreta da nossa natureza e que possibilite uma perspectiva de mudança em nosso modo de viver (GONÇALVES, 2005, p.05).

5  PRÁTICA DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL PARA DIMINUIÇÃO DO IMPACTO AMBIENTAL

 

A maioria das atividades da construção civil são geradoras de entulho, os materiais descartados, jogados em qualquer local, sem o devido acolhimento prejudicará em grande escala o meio ambiente no local da construção. A prática desenvolvida pela educação ambiental contribuirá para controlar o impacto provocado, pela construção. Em qualquer momento da construção se identifica uma agressão ao meio. Práticas educativas servem como forma de coibir a falta de consciência por parte de todos os envolvidos dentro do meio da construção civil.

Os esgotamentos dos recursos naturais em áreas devastadas pela construção civil são os impactantes em nosso meio. A educação ambiental deve ser lançada de forma que seus fundamentos sejam agregados na mão de obra, pois já basta que a grande maioria da mão de obra é de baixa qualificação profissional técnica e nível escolar. Porém com a prática diária da educação ambiental voltada para a mão de obra, iremos ter grandes ganhos dentro de um canteiro de obra. Desenvolvendo a habilidade de trabalhar com materiais que agredirão menos o meio, padronizando todo o setor da construção civil. Segundo Lima (1994) considera que o processo de formação da mão de obra na Construção Civil, ocorre através da iniciação e da colaboração direta na execução prática das tarefas.

A escolaridade, a evolução tecnológica para fins de produção de materiais menos agressivos ao meio, serão de grande relevância para o desenvolvimento da sustentabilidade ambiental dentro da construção civil. A adoção de tecnologias limpas vem contribuindo para o desenvolvimento de recursos sustentáveis.

A modernização da Construção Civil substitui mão de obra por novas máquinas e equipamentos, estruturas de concreto armado por metálicas, paredes de alvenaria por novos materiais, sistemas hidráulicos e elétricos. É visível a forte tendência à utilização de sistemas construtivos baseados na pré-fabricação. (CAMPBELL, 2009).

O treinamento e a prática educativa propiciam melhorar a mão de obra e todo o quadro de funcionários envolvidos no mercado da construção civil, desenvolvendo suas habilidades a lidar com o campo da sustentabilidade ambiental. Ao qual a construção civil vem se adequando a cada ano para suprir as grandes necessidades da diminuição dos impactos ambientais.

O dialogo com a vizinhança próxima ao local da obra é sempre importante. Faz-se necessária para repassar todas as informações do meio ambiente envolvido nos arredores da obra, o que poderá ocorrer com a mudança significativa do meio ambiente, alinhando os tripés de alicerce da sustentabilidade ambiental, sociedade, ambiente, empresa (economia) e ética cultural. Possibilitando a gestão ambiental ter possíveis idéias de melhorias relacionadas ao canteiro de obra e a sociedade envolta.

Os canteiros de obras podem causar diversos incômodos, tanto aos seus empregados como a sua vizinhança, destacando-se os seguintes: sonoros, advindos principalmente dos equipamentos e execução dos trabalhos; visuais, causados pela alteração na paisagem; incômodo devido à circulação de veículos, que pode trazer alterações no trânsito local e incômodo causado pelo material particulado produzido pela obra.(Alberto & Petronio,2011, P.43).

O impacto ambiental deixará uma massa destruidora, assim que todos em um único objetivo comum, agregarem a suas atividades diárias, disseminando dentro do seu campo de trabalho, o meio ambiente é destruído a cada segundo, se não tivemos consciência do que estamos fazendo, ou pelo menos uma educação ambiental, seremos dizimados por nosso próprio erro de cobiça destruidora ambiental.   

6  CONCLUSÃO

Estamos vivenciando um mundo sem seu envoltório verde, destruição em massa, pela sociedade industrializada, por nossas cidades de concreto, pela falta de consciência ambiental. As indústrias e as empresas, são cobradas por criações de projetos educativos, de campanhas que envolvam sua mão de obra até chegar na sociedade. O legado verde é preocupante no século XXI, sabemos que a construção civil pode causa danos irreversíveis. E sabemos que a sociedade luta pela causa da sustentabilidade ambiental, e se mesma não for propagada pela educação ambiental, a concretização da sustentabilidade fica longe dos sonhos modernos da sociedade.

Vários órgãos sem fins lucrativos lutam para que todos os meios de transformação e social sejam incubados de agregar em suas rotinas a preocupação de um meio saudável. A educação ambiental vem para alinhar todas as lacunas que desconhecemos perante nosso meio, não diferente na construção civil, na qual se trabalha massivamente com o meio ambiente. Impactos ambientais podem diminuir de uma forma considerável se todos trabalharem de forma adequada como se manda as propostas da educação ambiental.

O modelo proposto pela política da empresa da construção civil alinha com os resultados de vários debates realizados em conferências ambientais, agregando valores e adequando a cada alicerce do canteiro de obra. É vital para todo canteiro de obra um estudo do meio ambiente, desenvolvimento de projetos ambientais, palestras e disseminação do conhecimento do meio ambiente no qual vai se modelar. Não deixando de visar que tudo que é alterado sofreu agressão, o meio ambiente pode ser dizimado em pouco tempo sem o conhecimento adequado de estudo do meio ambiente. Desta forma devemos sempre alinhar os conceitos da educação ambiental em todas as fases da construção civil.

Em assim sendo, a educação ambiental é caso primordial para uma sustentabilidade dentro de todos os meios, agregando valores para o conhecimento da conservação ambiental e de toda sociedade. Sobretudo com um compromisso de assegurar que os meios agressores no caso a construção civil alinhe-se com a cultura ambiental buscando idéias de defesa, práticas educativas e preventivas para toda sociedade e meio ambiente envolvidos em seus canteiros de obra.

REFERÊNCIAS

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AMARAL, Sérgio Pinto. Sustentabilidade ambiental, social e econômica nas empresas: como entender, medir e relatar. São Paulo: Tocalino, 2004.

ARAÚJO, Viviane Miranda. Práticas Recomendadas para a Gestão mais Sustentável de Canteiros de Obras. Dissertação (Mestrado). Universidade de São Paulo. 2009.

ASSOCIAÇAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS (ABNT). NBR 10004 – Resíduos Sólidos – Classificação. Rio de Janeiro: ABNT, 2004.

BARBIERI, José Carlos. Gestão Ambiental Empresarial: conceitos, modelos e

instrumentos. 2. ed. São Paulo: Saraiva, 2007.

BEZERRA, M. C. L.; BURSZTYN, M. Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento sustentável. Brasília: Ministério do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis: Consórcio CDS/ UNB/ Abipti, 2000.

BORGES, Marcio Silva; NOGUEIRA, Heloísa Guimarães Peixoto. De fato toda a

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BLUMENSCHEIN, Raquel Naves. A Sustentabilidade na Cadeia Produtiva da Indústria da Construção. Dissertação (Doutorado), Universidade de Brasília. 2004.

MOTTA, Silvia Romero Fonseca. Sustentabilidade na construção civil: crítica, síntese, modelo de política e gestão de empreendimentos. Dissertação (especialização) Universidade de engenharia da UFMG, 2009.

SANTOS, Luciana Pucci; WAGNER, Ricardo. Gestão estratégica de pessoas no contexto de demanda por Sustentabilidade. ENANPAD, 2008.