DETERMINISMO VIVENCIAL E O AUTOGERENCIAMENTO VIVENCIAL

Determinismo, teoria segundo a qual todos e cada um dos acontecimentos do universo estão submetidos a um sistema de causas e efeitos necessários.

Uma relação é determinada quando existe uma ligação necessária entre uma causa e o seu efeito. Neste sentido, o determinismo é uma generalização do princípio da causalidade, que liga cada acontecimento a outro.

O determinismo vivencial”, por sua vez, tem como objeto de estudo a “dinâmica vivencial” de cada pessoa, buscando estabelecer para cada dinâmica, um sistema de causas e efeitos necessários para o seu entendimento.

Segundo o autogerenciamento vivencial, o determinismo vivencial, nos permite interpretar a dinâmica vivencial sobre dois aspectos:

Um fruto do que já está “pré-determinado” onde os acontecimentos presentes não dependem das nossas escolhas vivenciais atuais para acontecerem, já estão programados.

A história de vida de cada pessoa já está pronta, não há novas escolhas vivenciais, os acontecimentos acontecem por que tem que acontecer, fazem parte do pacote vivencial e genético. Como um trem, a pessoa vai percorrendo o seu itinerário vivencial e genético. O nosso presente serve apenas para realizar o que já está pré-programado, nada acontece em termos vivenciais que já não esteja pré-estabelecido. O único aprendizado vivencial permitido é o que já está pré-agendado. “Preciso passar por alguma coisa para chegar a algum lugar”, é algo obrigatório.

Evoluir aqui se vincula aos conceitos de corrigir e reconstruir as nossas vivências passadas. À medida que corrijo os meus erros cármico, evoluo. Só seremos sofredores e infelizes eternamente pela nossa incapacidade em retificar o nosso passado.

O livre arbítrio, nessa visão, restringe-se em realizar ou não o que já está pré-programado, já que ele é fruto do nosso pacote cármico. O grande perigo desse processo é que entendemos e aceitamos a nossa realidade de maneira passiva, embora para que haja retificação dos nossos erros passados, exija de nós esforço empenho e até autoconsciência/autorreflexão, que são procedimentos dinâmicos.

A autoconsciência/autorreflexão, nesse caso, tem como função, perceber os erros passados e corrigi-los. Não é uma evolução criativa, a pessoa renasce tendo como objetivo principal, reesignificar passados. O que lhe acontece de ruim, não é tão ruim assim, pois permite a ela corrigir erros cometidos no passado e assim evoluir na escala de desenvolvimento. A evolução é avaliada aqui em termos de quantos erros cometidos no passado se conseguiu reparar na vida atual. Vê a vida atual pelos olhos do passado.

A outra, produto do pensamento, fruto das nossas “escolhas vivenciais”, já que somos criaturas capazes de analisar, interpretar e transformar nossos comportamentos e atitudes através do pensamento. Nesse processo, as nossas escolhas vivenciais é que irão determinar as conseqüenciais vivenciais futuras. O nosso destino vivencial é moldado pela nossa capacidade de mudar as nossas escolhas vivenciais, da nossa plasticidade vivencial, da nossa habilidade de autotransformação.

Evoluir aqui significa estar aberto a novas verdades, a novos conhecimentos, é um processo autotransformador. Nada, a não ser você, o irá impedir de modificar o conteúdo dos seus pensamentos, já que as relações vivenciais permitem serem vistas, revistas e interpretadas de diferentes formas pelo pressente. A nossa realidade é mudada à medida que agregamos novos conceitos ao nosso conteúdo do pensamento, mesmo que para isso, seja necessário descartar conceitos anteriores. É uma evolução criativa.

Só seremos sofredores e infelizes eternamente pela nossa incapacidade em transformar os nossos conteúdos do pensamento, isso é mudar o nosso ciclo vivencial. Logo, alterar o elemento instigador do nosso pensamento é alterar o ciclo de pensamento, este é o caminho da autotransformação. O que você faz em cada presente e que irá determinar a qualidade desse presente e conseqüentemente terá um presente e um futuro diferente e, não a retificação de vivências passadas. Vê a sua vida atual pelos olhos do presente.

O grande perigo desse processo está na construção do conteúdo de cada pensamento e o seu ciclo correspondente, já que os mesmos são resultados das nossas escolhas vivenciais. Por nossa vontade, determinado pensamento tendo em si como elemento instigador frustrações, decepções, amarguras, desrespeitos..., pode nos aprisionar a um ciclo de pensamento e determinar de maneira inflexível a nossa maneira de ser e agir. O passado determinando o viver atual.

A parte boa de tudo isso, é que embora, em alguns momentos, fiquemos prisioneiros de certo conteúdo do pensamento, mesmo assim, haverá liberdade de autotransformação, pois nenhum conteúdo é absoluto a não ser que as pessoas assim desejem. Há sempre uma nova maneira de viver a vida. Não nos tira o direito de uma nova escolha.

Enfim, buscar só através do mundo pré-programado explicações, justificativas para atingir um estado de equilíbrio vivencial, restringe o nosso olhar sobre a vida. Em termos de autotransformação vivencial, esse caminho deixa muito a desejar, já que conecta a evolução da pessoa, a retificação de erros, explicações e justificativas anteriores.

Na visão do autogerenciamento vivencial, somos frutos dessa vida, das nossas escolhas vivenciais atuais, embora a vida em alguns momentos nos dê desafios e motivos para sermos infelizes.

Cuidado com o viver pré-programado, perfeição para quê? Use a sua liberdade de escolha para se libertar de si mesmo. Deixe o seu mundo mudo falar. Você só tem esse tempo para conquistar os seus sonhos, não seja um herói vencido, vivendo “resto” de vida.

Para refletir!!!!

As pessoas sabem como iniciou o seu conflito vivencial, mas, infelizmente, ignoram como irá terminar, as suas conseqüências.

Há técnicas psicológicas que viajam pelo passado vivencial em busca de explicações e justificativas pelas atitudes e comportamentos atuais, para o autogerenciamento vivencial é buscar na morte explicação para vida. Fique esperto!!!!!!!!!!!!

Que tal, além de lutarmos por uma morte virtuosa, lutarmos por uma vida atual digna? Cuidado ao dividir a sua vida entre o “bem” e o “mal”.

A mente cria pensamentos, pensamentos criam hábitos, hábitos criam palavras e ações que determinam a qualidade da sua dinâmica vivencial. Cuidado com que anda criando e acreditando.

Acorde!!! Acreditar significa não ter dúvida, acreditar com dúvidas significa não acreditar.

Cuidado!!!! Não se utilize da ciência, das leis e religiões para fugir das suas responsabilidades, consigo, pois enquanto adia as mudanças, o seu futuro se torna passado. Nunca se esqueça que o trem da vida nunca para.

Viva, cada momento com amorrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrrr. Os conflitos e compromissos vivencial/sociais acabam nos afastando de nós mesmos e de quem amamos e infelizmente, acabamos trocando o amor por problemas , nos esquecendo dele e de como se ama.

O ACREDITAR

Oh! Deus

A minha alma

Pede socorro

Está cansada

De viver

Resto de vida

Preciso reaprender

A acreditar

Para parar

De viver

Morrendo pela vida

Pois essa dor abissal

Tira de mim

O desejo de estar vivo

Preciso voltar

A amar

Pois só o amor

Forja a vida

Com fios

De ternura e carinho

Só assim

É possível reascender

Dentro de mim

A luz da vida

Socorrooooooooooo

O vazio

Preenche-me

Estou cansado

De sofrer

A minha dor.

O pior abandono

É tornar-se

Sóóoóóóóó´´

Drº Cláudio de Oliveira Lima – psicólogo

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