Desvendar a própria mente

Não sabemos exatamente o poder que nossa mente tem,  o ilimitado  potencial humano. Se soubéssemos  e realmente quiséssemos dispor de tudo o que foi graciosamente dado para melhor administrar a nossa vida, balizaríamos adequadamente o limite para tomar conta do outro que nos rodeia.

Os  cárceres diversos em que nos colocamos: espiritual, saúde, social, afetivo, financeiro, falta de conhecimento próprio  requerem que o poder da mente saudável e que o cérebro condicionado para bem servir atuem e nos livrem dos grilhões por nós mesmos impostos.

Sugestionar a força infinita da mente por meio do conhecimento é caminho a ser seguido com êxito.  Não conseguimos avançar sem o autoenfrentamento cotidiano. Saber quem somos e a que destino nos dirigimos a cada dia ao sair da cama é interessante, importante.

Saber sondar e rastrear nossas emoções e para onde canalizamos nossa energia  é zelo que merecemos. Ademais, não esquecer que a mente sem o corpo e a gama de sentimentos e emoções que nos acometem, trabalham juntos, são inseparáveis.

Por que me irrito e com quem ou com o que? Por que não me olho nos olhos em frente ao espelho? Por que fico tantas vezes doente e desejo estar sempre assim para ter mais atenção?  Por que me sobrecarrego de tarefas? Por que preciso que os outros se submetam as minhas vontades? Choro muito; rio muito; lamento muito;  me vingo, me amo demais; falo por mim; falo pelos outros; acredito na perfeição; o que provoco no outro; o que provoco em mim mesmo; como cuido do outro; como cuido de mim; quem quero a meu lado, por que quero; que roupa usar; que sapato calçar, em que trabalhar, o que estudar, o que ler, assistir ou ver... por quê?

Não é tarefa simples.  Abundância de dias e saúde mental conquistamos quando nos disponibilizamos para o autoconhecimento. Isso não quer dizer que prorrogaremos quantidade de dias a se viver.  Seremos fartos de aprendizados e gozaremos de mais qualidade no tempo vivido.  Mudar e estar aberto para interações saudáveis consigo e com o outro. Impossível alcançar uma vida mais tranquila, correta, prática e útil sem conhecer o que se espera de si mesmo. Alcança objetivos de maneira mais simples quem se programa para isso.

Colocar-se como objetivo primeiro na vida, respeitando a si e os outros, percebendo que não nos cabe ser juízes alheios e sim de si mesmo, ser coadjuvante da história alheia e protagonista de sua própria nos garante abundância de minutos saudáveis para se viver.

Zelar por si não é egoísmo, é prudência e exemplo. Não há receita única, visto que somos únicos, no entanto aprender sobre si mesmo é importante para melhor lidar com a própria mente e auxiliar a formar um ciclo vital saudável  favorável àqueles com quem convivemos.